Hino "versus" EZ-Crunch

É uma "Notícia Exclusiva InSenso Comum"!!!!!

PORTUGAL ESTÁ A PERDER IDENTIDADE! CADA VEZ MENOS JOVENS SABEM O HINO!
E A CULPA É... DAS TELEVENDAS!

(um trabalho de reportagem de K@, o InSensato, em rigoroso exclusivo para o blog "InSenso Comum")

As últimas sondagens realizadas a nível nacional demonstram que os jovens portugueses mostram cada vez maior desconhecimento acerca dos símbolos da pátria. A bandeira, as figuras históricas, datas mais importantes e - acima de tudo - o hino.
Os números não mentem: mais de 60% dos inquiridos afirmam não saber a letra d'A Portuguesa; metade desses nem cantarolar os acordes de forma minimamente correcta consegue e 10% do total dos indivíduos que aceitaram participar nos inquéritos desconhece por completo a letra e a música do hino lusitano.

É uma realidade preocupante.

Quando questionados acerca das razões que apontam para tal ignorância, os jovens (na sua maioria com idades compreendidas entre os 13 e os 20 anos) são praticamente unânimes: as poucas transmissões televisivas de jogos das selecções nacionais de futebol e... as televendas.

Se, quanto aos jogos das equipas nacionais de futebol, a questão é compreensível (dado o impacto positivo que o futebol – e tudo o que rodeia o "desporto-rei" – tem na juventude em Portugal e no mundo inteiro) mas pouco poderá ser feito, pois tudo depende dos rigorosos calendários da UEFA e da FIFA, já na questão das televendas foi necessário ir mais fundo e tentar perceber o porquê desta invulgar resposta.

A razão pela qual os jovens inquiridos "apontam o dedo" a estes longos programas de publicidade ("Infomercial TV", como são designados no seu país de origem, os Estados Unidos da América) é a sua transmissão a altas horas da madrugada em praticamente todos os canais de televisão, tanto os nacionais (em sinal aberto), como os de cabo e até os de recepção via-satélite. Mas, mormente, nos quatro canais nacionais e, ainda mais particularmente, nos dois canais estatais.

A questão é a de que, há (não muitos) anos atrás, as emissões televisivas não eram "24 sobre 24" horas, havendo uma interrupção ao fim da noite que durava até às primeiras horas da manhã, altura em que a emissão reiniciava com mira técnica, música clássica e, finalmente, com os programas propriamente ditos. Quando a programação terminava, era o hino nacional (sempre acompanhado de um muito velho clip da bandeira adejando ao sabor do vento) que assinalava esse términos.

Mas isso... já não acontece. Com o surgimento dos canais de televisão privados e, mais recentemente, com o alargamento da oferta pelas empresas de televisão por cabo e satélite, as emissões deixaram de ser interrompidas, sendo que os canais aproveitam para fazer render esse espaço de antena aberta com a transmissão de longos programas de televendas que, em suma, substituíram o hino nacional.

Perdeu-se, assim, de um momento para o outro, o acesso dos jovens (que vêem televisão até mais tarde) a esse grande símbolo de Portugal, numa demonstração de que, novamente, a televisão FALHOU no importante processo de disponibilizar valiosa informação e educação ao seu público. Um facto que acaba por entrar claramente em "rota de colisão" com (vasto) interesse nacional e com o desenvolvimento pretendido para o nosso país.

Exemplo disso é que, confrontados com uma questão relacionada com o caso, os jovens inquiridos provaram saber mais de camas insufláveis, aparelhos de cozinha multi-funções e adesivos redutores de apetite para o emagrecimento do que sobre os "egrégios avós".

Perante tal crueza deste sério caso de negligência, só há uma coisa a fazer. EXIGIR O REGRESSO DO HINO NACIONAL, DIARIAMENTE, ÀS EMISSÕES TELEVISIVAS (mesmo que isso implique o fim das - sempre interessantes e contagiantes - televendas)!


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Nota de "roda o pé"

OBVIAMENTE, aqui o gajo não fez sondagem nenhuma... porque não há guito para isso e... basicamente... porque a malta também não está para ter trabalho. Querem sondagens... leiam jornais e não blog's imbecis!...
:-)

3 inSensinho(s) assim...:

Andre disse...

Qualquer dia cantamos:
"Colchões de dobrar, frigideira
Tira nódoas p’ra limpar
Levas uma batedeira
Se fores o primeiro a ligar

Começa já a telefonar
Os números estão no ecrã
Não deixes para amanhã
Que o aspirador pode esgotar

Às compras, às compras,
Telefona sem parar…

Às compras, às compras,
Para a casa rechear…

Cartão de crédito p’ra pagar!"

Zana disse...

Eu nem ia comentar pq realemte me entristece que haja gente q n sabe iss.. mas..Caro André.... n podia deixar de te dar os parabens!! Tá brutal...Isto dava para um belo programa de televisão q alertasse para esta triste e ja conhecida realidade.
Talvez na revolta dos pasteis de nata!;)

so disse...

as televendas, as televendas... bem me lembro, como ficava de olhos esbugalhados a ver colchões insufláveis que resistem ao peso de um urso e escovas «rotativas com peças polidoras patenteadas»...

é incrível como nas épocas de exames tudo me parecia fascinante :P