11 passas


Nesta passagem de ano, só como 11 passas. Porque um desejo que tinha para 2009 já sei que está em vias de se realizar. E assim também se poupa nas passas, para depois as juntar a bolos ou coisas do género.

De agora em diante (principalmente, até fins de Julho), aceito dicas, conselhos, donativos e todas as espécies de contribuições que se mostrem válidas para que a "versão júnior" do K@ tenha um belíssimo início de vida, que há-de acontecer lá para o Verão.


Obrigado e Feliz 2009!

K@

e, finalmente, chegou "aquela" semana!


Caraças! Mas - atenção - «Caraças!» dito no bom sentido. Tipo «Ah! Caraças! Assim é que se está bem!!!» mas não exactamente. Só «Caraças!», com um grande sorriso a acompanhar.

E porquê tanta boa disposição? Simples. É que é chegada uma das melhores semanas do ano - curiosamente, a última. Aquela semana em que, qualquer compra que se faça no supermercado incluí... álcool! Caraças! (com um sorriso grande e expressivo, não esquecer)

Aliás, não tenho grandes dúvidas em que esta seja a semana em que mais bebidas alcoólicas (em quantidade e tipo) entram em minha casa, sem que me sinta minimamente culpado por isso, como em todas as outras 51 semanas do ano. Isso é muito bom!... Caraças!...

:-)

os meus melhores amigos do momento

Por causa do mau tempo, veio a cosntipação e, por causa da constipação, veio todo um mundo já sobejamente conhecido por mim, que é o das nefastas dores de garganta, inflamações várias e aquilo a que chamos "ceninhas más no gasganete". Ceninhas essas que se me aparecem com (muito) maior frequência do que aquilo que desejaria. De modos que agora é isto. Rebuçadinhos do Dr. Bayard... cuja origem desobri hoje mesmo... ao mesmo tempo que descobri também - pasmado - que esta verdadeira "instituição" do universo de coisas giras que Portugal tem desde sempre (ao mesmo nível, por exemplo, que os rebuçados Flocos de Neve e das Bolachas Maria") tem um site na internet (!), todo catita, que respeita inclusivamente a imagem original do produto. Onde é que está? Está... AQUI! (http://www.drbayard.pt)

feitas as contas ao natal...


...não posso deixar de analisar, mesmo que só de passagem, os presentes que recebi na reunião de família, no dia 25. Para casa trouxe três garrafas de vinho, um wok e um pijama. Deduzo, por isso, que a minha família julgue que, pelo menos em casa, sou um preguiçoso imenso que dorme demasiado, só penso em comida e abuso um bocado dos líquidos de tons rosados (que não sejam sumo de romã).

o chamado "espítito natalício"...


...não me "bateu", este ano. Muitas razões e, simultaneamente, razões nenhumas terão contribuído para que assim fosse em 2008. Simplesmente, não estou em "Christmas Mode", se assim se pode dizer.

Por exemplo, ir às compras, à cata dos presentes de Natal, só me faz lembrar que devia ter feito isso em Novembro como tanto gosto. Além disso, faz-me ver que é uma altura em que ninguém parece perceber quanto dinheiro tem na verdade ou realmente quanto para si vale o dinheiro que tem. Por estes dias, toda a gente parece esconder-se atrás desse conceito de "Espírito Natalício", ou para fingir que é rica e comprar tudo o que vê à frente (dando largas a um consumismo patético e desproporcionado), ou para se queixar que não tem dinheiro nenhum, que tem muita pena mas não pode comprar prendas este ano, justificando a opção em gastar o seu dinheiro apenas em si próprio - estão no seu direito... mas, convenhamos que não é bonito.

Eu gastei dinheiro, embora me tivesse custado e saiba perfeitamente que ele não abunda. Mas sei também que, mesmo que eu não esteja em "Christmas Mode", pelo menos os meus sobrinhos estão - o que é muito natural - e merecem o mimo.

O uso do Pai Natal nos centros comerciais também me parece... hadjhsjhagklagh. Isso mesmo. Hadjhsjhagklagh. Confesso que estou muito farto disso mas também admito que possa estar, apenas e só, sugestionado pelo facto de não estar com pachora para "natais". No próximo ano volto a pensar nisto e logo vejo se a aversão é temporária ou permamente.

E, por fim, como não podia deixar de ser, a parvoíce. Dantes, achava foleiro que se colocasse as árvores de natal junto estrategicamente às janelas, com as luzes a piscar.

Depois, passei a achar foleiro colocarem-se só aquelas espécies de mangueiras com luzes coloridas nas mesmas janelas, fosse em formas geométricas, de estrelas, de "Pai Natal" ou a escrever "Feliz Natal", "Boas Festas" ou "Festas Felizes", muitas vezes com erros ortográficos ou com tudo escrito para o interior da casa, o que tira sentido ao facto de se colocar luzes à janela se a malta cá fora não conseguir ler o que lá está.

Depois disso, comecei a odiar (ainda odeio, não foi sentimento efémero) os Pais Natal pendurados como que a subir às janelas, varandas, chaminés, antenas e afins. O Pai Natal supostamente entra em todas as casas mas também não é preciso usar esse pretexto para lhe passar um atestado de criminoso, invasor de propriedade privada (ainda para mais, um falhado; passa-se toda a época natalícia e o raio do homem nunca chega a entrar em casa nenhuma - fica lá pendurado, no mesmo sítio, até ao Dia de Reis... Coitado...).

E, agora, os acérrimos "Espírito-Natalício-dependentes" deram em colocar gambiarras coloridas do lado de fora de casa. Maravilhoso! É luzes coloridas a piscar em tudo o que é beiral de telhado, corrimão de varandim, caixilho de janela, canto ou topo de chaminé, em plantas ou nos mini-canteiros dependurados nos 1ºs ou 2ºs andares dos prédios... Tudo a piscar desenfreadamente, noites inteiras (a EDP agradece). Sinceramente, (e, repito, pode ser só porque não estou virado para estas coisas, este ano - mas duvido muito que seja só por isso) não vejo "Espírito Natalício" nenhum nessa mania das gambiarras piscantes. A mim, só me faz pensar que, em Dezembro, o meu bairro se torna numa espécie de "Alto"... Bairo Alto, com bares e discotecas em cada canto, ou - pior - no Red Light District cá da zona.

Fica por saber se o Pai Natal acede "assaltar" o que aparente serem casas de prostitutas e/ou alternadeiras. Sim... elas não são nem mais nem menos do que ninguém (não estou a discriminar ninguém negativamente)... Mas não se pode dizer que, durante o ano, essas meninas tenham sido só "nice" e nunca "naughty".

A verdade é essa.

coisas que acontecem em simultâneo



Fazer as compras de Natal, indo freneticamente de centro comercial em centro comercial, e desaprender todas as regras do Código da Estrada; todas. É. Pelos, vistos, são coisas que acontecem exactamente ao mesmo tempo e, simultaneamente, a uma imensidão de gente. Descobri isso hoje, enquanto tentava escapar ileso de uma simples e curta viagem entre o Allegro de Alfragide e o Oeiras Park.


O seu futuro, segundo o microsoft Office



Quem trabalha na (ou com a) restauração sabe perfeitamente que quase todos produtos (seja um café, uma imperial, uma sandes de queijo ou até um pires de percebes; os exemplos são mais que muitos) chegam ao consumidor com preços altamente inflacionados em relação ao verdadeiro preço base (preço de custo), ou seja, muito mais caros do que deveriam ser.

Isto passa-se em quase todos os sectores em que se troque bens ou serviços por dinheiro. O cliente, mesmo tendo “sempre razão”, acaba por ter mais razão de queixa do dinheiro que gasta do que outro tipo de razão qualquer. Quero dizer com isto que o consumidor, mesmo não podendo fazer grande coisa para o evitar, apercebe-se que está a ser obrigado a pagar mais do que seria razoável por alguma coisa. Por outras palavras, toda a gente percebe quando lhe estão a mexer no bolso.

Toda a gente… excepto os directores de jornais e revistas de todo o mundo. Só eles – mais ninguém, praticamente – é que ainda não perceberam que há um dinheiro que gastam de forma muito parva e que poderiam muito bem poupar em todas as suas edições. E continuam a gastá-lo – o que é mais engraçado.

Horóscopo. É um grande esquema. Uma verdadeira “galinha dos ovos de ouro” para quem tenha uma lábia de jeito, uma criatividade q.b., e bons conhecimentos de Excel. Não é preciso mais nada. Fazer horóscopos é mesmo muito fácil.

A verdade é que, se se prestar atenção, é também fácil detectar que o horóscopo diário, semanal ou mensal, dos jornais e revistas é um embuste. Aquelas balelas sobre sorte, dinheiro, amor, saúde e trabalho, com os acrescentos da carta dominante, do cristal protector ou do número da sorte… tudo isto repete-se com uma frequência impressionante. Por exemplo, a frase «Deve cuidar mais da sua mente e do seu espírito», uma generalidade de todo o tamanho, aparece no signo de Caranguejo num dia e pode surgir em Capricórnio, Escorpião, Touro ou Virgem nas próximas edições do mesmo jornal ou da mesma revista.

O que eu acho ser a chave para que isto seja possível é um simples ficheiro de Excel. Com isso e uma mão cheia de banalidades lá guardadas para serem geridas pelo próprio programa do Office, é fácil não repetir as mesmas generalidades (que fazem servir a carapuça a qualquer membro de qualquer signo) no mesmo símbolo do zodíaco, mas sim repeti-las, ainda assim e sem que se note, em edições diferentes da mesma publicação.

A sorte dos tarólogos, futurólogos, astrólogos ou até sociólogos a quem os editores pagam para que estes prestem esse pobre serviço é que ninguém lê o horóscopo de fio a pavio. Ninguém lê tudo. Normalmente, só se lê um signo, dois no máximo. Se se lesse tudo, sempre, era fácil encontrar «Deve cuidar mais da sua mente e do seu espírito» em diferentes signos, em duas ou três edições consecutivas, estou em crer; e isso seria a desgraça dos “Horoscopólogos by Excel”. E, dessa forma, também os directores da imprensa escrita – problema deles, não fazerem um esforço para perceber que estão a ser gamados – saberiam que as “Mayas” deste mundo não passam de umas espécies de “sandes de queijo”, que lhes custam para aí 14972% mais do que realmente valem.

conselhos úteis para a vida - 1



Quando lhe oferecem doces, deve retribuir oferecendo doces também. Por exemplo: se lhe oferecerem chocolates, pode dar gomas ou algo do género (desde que seja um doce apreciado). Porque amor com amor se paga... E doces com doces, também.


um polícia em cada... rotunda



Já há algum tempo que vinha pensando nisto mas desde ontem que para mim se tornou evidente ser necessário alterar a velha máxima "um polícia em cada esquina" para "um polícia em cada rotunda".

Ontem, em cerca de quatro horas, enfrentei filas de trânsito muito complicadas causadas por três acidentes (apenas chapa batida) que aconteceram em rotundas diferentes (duas delas com 300 metros de distância entre si). Na sua grande maioria, os acidentes desta natureza passam por um processo como este:

Os carros batem, os condutores saem e discutem, ninguém retira o carro do sítio, os condutores discutem um bom bocado mais, ninguém acede a preencher a declaração amigável, discute-se em plena rotunda com os outros carros a fazerem gincana tentando passar entre os automóveis acidentados e os condutores vestidos com os coletes fluorescentes que vão discutindo, alguém finalmente chama a Polícia, a Polícia demora, os condutores acidentados continuam a discutir e mostram um ao outro os danos (mínimos) que têm nos seus carros, os agentes da Polícia chegam depois de fazerem gincana entre os carros na fila criada até ao centro da rotunda, os condutores discutem, os outros condutores apitam, os polícias analisam o local e os carros acidentados, os condutores discutem, os polícias tomam notas, ouvem-se muitas buzinas, os polícias medeiam por fim a discussão que ainda continua entre os condutores acidentados vestidos com os coletes fluorescentes e concluem que tudo se poderia ter resolvido com o recurso à declaração amigável, os condutores acidentados discordam e discutem então com os polícias que viram costas e vão embora deixando os condutores a discutir sozinhos um pouco mais até que preenchem a declaração amigável, tiram os carros e seguem o rumo normal da sua vida, aborrecidos com o sinistro mas felizes por poderem despir os hediondos coletes fluorescentes. Entre o acidente e o momento em que toda a gente vai à sua vida passam pelo menos 45 minutos, uma hora... Nesse tempo, o trânsito acumulou-se de tal forma que ainda deverá demorar a escoar e ninguém garante que, com os atrasos dos condutores retidos nas filas não dêm azo a novo acidente precisamente na mesma rotunda apenas alguns minutos depois da resolução do anterior. E, se acontece, o processo recomeça.

Se, de facto, houvesse um polícia em cada rotunda, haveria duas grandes vantagens, a meu ver:
  1. em caso de um acidente ser mais sério, seria uma excelente testemunha e accionaria de imediato os meio necessários para a resolução do problema;
  2. nos acidentes de "beijinho" ou pouco mais, praticamente nem deixava os condutores sairem dos carros, quanto mais andarem a discutir vestidos de fluorescente no meio da rotunda - «Vá!!! Desapareçam! Vão lá resolver isso no próximo parque de estacionamento que encontrem e não empatem aqui, que esta gente tem mais que fazer! A'ndar! T'á'ndar! Siiiga!!!!»

dicas para um bom casamento - 1



Evitar o tema hálito matinal é uma opção sensata. Eu e a minha mulher, por exemplo, levamos isso à prática... e somos muito felizes!



O “Dossier: Bloom” (opened & closed)
ou, “as ruivas (ainda) estão em alta”


Confesso, antes de mais, que temi por este post. Ou melhor, temi que este post fosse mais do que apenas um.

Em explicando, já há vários dias que planeava escrever sobre este assunto e que hoje o que aqui surgiria seria apenas o primeiro de, pelo menos, dois inSensos sobre a minha intensa (e dramática) busca por uma ruiva. Afinal, a busca até foi, de facto, intensa (e um bocadinho dramática) mas já terminou, sendo bem sucedida – adianto já.

Voltando ao início de tudo, tenho de esclarecer que a razão para esta minha arriscada aventura tem por base um desejo da minha sobrinha de 4 anos de idade, que ao “Pai Natal” pediu pouca coisa mas foi meticulosamente específica no pedido: ela quer uma Bloom.

O que é uma Bloom? É uma boneca. Perdão… É uma Winx. As Winx’s não são propriamente bonecas; são… meninas… em miniatura. Perdão… Não são bem meninas; são… pequenas fadas estudantes de magia, sendo que a Bloom é a fada ruiva que forma o Clube Winx, juntando mais quatro amigas (uma de cabelo loiro, outra de cabelo castanho, mais uma de cabelo preto e uma de cabelo… mais ou menos entre o roxo e o cor de rosa – entretanto, desde o início destes desenhos animados, já se lhes juntou mais uma Winx, de raça negra, a bem da diversidade étnica da coisa, desconfio).

Como a minha sobrinha faz muita questão de ter uma Bloom este Natal, o tio foi à procura, pensando que, sendo as Winx’s tão populares neste momento, não seria de todo complicado. Mas enganei-me. Foi complicado, e muito. Afinal, a Bloom é terrivelmente difícil de encontrar! Tanto que a minha busca demorou mais de duas semanas, em vários centros comerciais, alguns deles visitados por mais do que uma vez, na esperança de que a reposição de stocks ajudasse um tio ávido de agradar à sobrinha. Hoje, finalmente, consegui encontrar UMA (não havia mais!) e a busca terminou em bem. Ei-la.

Tudo isto levou-me a pensar (para além de, a certa altura, julgar que não conseguiria manter imaculada a minha imagem de bom tio, claro) que, apesar de por vezes não fazer grande sentido (toda a coisa das meninas fadas serem superstars ao nível da Madonna e mais cobiçadas pela pequenada que bilhetes para o High School Musical – e eu sei do que falo!), o mundo ainda é o que era. As ruivas continuam em alta. E isso deixa-me muito mais descansado.

Por serem as mais raras, as ruivas foram consideradas, praticamente desde o início da Humanidade, as mulheres mais misteriosas e sensuais do planeta. Pensei que isso estivesse a começar a não ser verdade, com a constante “POP’ização” das loiras, das morenas e das negras. Exemplos: Madonna, Britney Spears e Shakira… loiras; Katy Perry, Gabriella Cilmi… morenas; Beyoncé, Leona Lewis e Rihanna… negras.

Não há qualquer ruiva nas maiores popstars do momento… excepto a Bloom, aparentemente! A excepção confirma a regra (a tal, das excepções que confirmam as regras), e eu e todo o resto da espécie Humana suspiramos de alívio… mesmo que isso torne a busca por uma simples boneca (perdão… fada) extremamente complicada a qualquer tio que queira fazer uma sobrinha feliz este Natal (e também manter a sua imagem de bom tio imaculada, claro).

Assim o país não anda prá frente, não!


Isto é rigorosamente verdade (estou mesmo a falar a sério):

A rua da empresa onde trabalho tem sempre muito movimento. Há sempre carros e pessoas a circular por ali. Então às horas de entrada e saída da maioria dos funcionários das várias empresas que ali operam... chega a haver engarrafamento de trânsito, apesar de ser uma normalíssima zona industrial.

No entanto, seja hora de ponta ou não, dia de semana ou de descanso, seja de noite ou de dia, a rua ali mesmo ao lado nunca tem engarrafamentos (nem mais de dois carros seguidos, quanto mais!) nem gente a circular (por exemplo, nunca vi mais do que três pessoas na paragem de autocarro que lá existe). É impressionante.

Confesso que, de início, não percebi o que tornava aquela rua tão pouco apelativa às pessoas. Por que raio ninguém gosta de passar ou estar lá? Entretanto, lá entendi.

Chama-se... RUA DO TRABALHO.

tenho saudades de comer pistachios!





... ah... isto estava a gravar, era?!... Agora ficou escrito, ali em cima, a amarelo e tudo mais... Olha... Paciência...

procura-se


Há um mistério que está a tomar conta do meu lar, doce lar. A expressão "lar, doce lar" era escusada, aqui, bem sei. Mas como nunca a havia usado por estas bandas (e porque estou farto de pesquisas por gajas de rabo grande que aqui vêm dar), decidi fazê-lo hoje, para começar a surgir por cá gente com mente mais "limpa" e no Google digite, então, "lar, doce lar". A todos esses novos leitores, Boas Vindas!

Dizia eu que há um mistério novo do "1º andar a contar do céu" onde vivo actualmente. No início da semana passada, pegámos num filme em DVD e passámos uma calma noite de cinema (sem pipoca, infelizmente) em casa. Desde então, o comando remoto do leitor não mais foi visto e está, ainda hoje, em paradeiro desconhecido.

A família (a nossa, já que não conhecemos a dele) está preocupada, sem saber qualquer novidade: onde estará, como estará, se estará a alimentar-se convenientemente ou se está com pilha fraca, se ainda se mantém lúcido ou se - esperemos sinceramente que não - já perdeu a orientação e se mostra incapaz de orientar qualquer outro aparelho. Isso é, no fundo, o que mais nos preocupa. Não por nós, num sentido de que nesse caso ela já não nos pode servir, não. Por ele, porque caso não consiga controlar-se a si ou a outros... que outro objectivo terá na vida? Qual será o sentido da vida dele?

Repito: esperamos que não. Ser-nos-ia doloroso saber que ficaria votado a uma existência nula, em estado comatoso, sem vida nas teclas, ligado a duas pilhas carregadas que, ainda assim, seriam impotentes para lhe dar energia. Isto e, mais tarde, a ser substituído por algum mais novo, ... Universal, como se intitulam esses que, descurando uma especialização e sem qualquer brio profissional, acedem a fazer tudo, mesmo que mal. Eu bem sei o que passo com esses "universais", que prometem mundos e fundos, a troco de pouco dinheiro, no MediaMarkt ou na Rádio Popular. Servem para a TV mas não mudam o canal, só aumentam e diminuem o som, orientam o Vídeo mas só quando lhes apetece e o DVD só em noites de lua cheia, e entre Março e Maio. Esses, amontoam-se na gaveta dos detritos electrónicos lá de casa. Avariam-se em dois, três meses, se não menos.

Custava-nos ver ao nosso comando do DVD acontecer o mesmo. Por isso queremos encontrá-lo rapidamente, para sabê-lo bem, para o tratarmos se preciso for, para lhe darmos o futuro que merece e não nos vermos forçados a trocá-lo por um mercenário qualquer que não permita a troca das legendas a meio do filme, o uso do slow motion ou até da função zoom. Estamos fartos de chicos-espertos, preguiçosos e caprichosos. Não queremos mais!

Como já deve ter percebido, estamos em ânsia por encontrar o nosso controlo remoto do DVD. Já procurámos em todo o lado: no sofá, entre as almofadas, em toda a sala, em toda a casa...

Queremo-lo de volta! Infelizmente, não temos uma foto dele (culpa nossa! uma relação assim, como a que temos, merecia um registo para a posteridade...). É parecido (não igual, mas parecido) com este outro, de traços semelhantes.


Caso o veja por aí, por favor, diga-lhe que estamos preocupados e que o esperamos em casa, no sítio dele, o poufe quadrado que está à frente da televisão da sala. Obrigado.

= = = = = UPDATE = = = = =


Apareceu!!! Ao fim da tarde. Não muito longe do sítio onde normalmente está. Visivelmente desorientado. Perdido. Mas bem. Foi acolhido com o carinho que merece e já estamos a ver se está com algum problema. Aparentemente, não; mas pelo sim pelo não esta noite ninguém viu filmes em DVD, para que o moço tenha hipótese de descansar. Estamos felizes de o ter de volta.

gm


Se a General Motors fosse o que a sua sigla (GM) significa (para além, claro, de General Motors), não teria os problemas com que actualmente se depara.

É um facto que os produtos Geneticamente Modificados podem ser controversos e tal... mas a verdade é que o bicho não lhes toca e o difícil mesmo é serem afectados pela podridão.

Dava ou não dava jeito à GM ser... G.M.?

médicos:
metam-se com a malta do vosso tamanho, pá!


Tenho para mim que os médicos são gente muito perigosa. Fazem a vida deles a... tratar da saúde a todo e qualquer um que lhes apareça à frente! É por isso que eu acredito que se todos os médicos se juntassem numa ilha sem nome, chamar-lhe-iam Sicília, de certeza.

No extremo oposto da minha consideração estão os agentes fúnebres: funerários e coveiros. Porque são pessoas concilidoras. Para eles, todo e qualquer problema que surja é garantidamente assunto... morto e enterrado. Desconfio que não haja postura mais conciliadora que essa.

fui raptado por extra-terrestres!!!


Quero dizer... não posso exactamente provar que fui, de facto, raptado por seres alienígenas mas desconfio, sinceramente, que sim.

Há cerca de três semanas que sinto uma comichão danada na palma da mão direita, onde NUNCA tive qualquer tipo de coceira, urticária ou sequer um simples problema de pele (exceptuando um breve episódio infeliz com um detergente para loiça, entretanto resolvido com sucesso). No entanto, é mesmo na palma da mão que a comichão ataca em força. A minha conclusão - nada precipitada - é a de que extra-terrestres me colocaram um chip ou um implante desse género sob a pele, para controlar tudo o que faço.

Como não sei com exactidão quando isso aconteceu (só sei que sinto esta comichão há cerca de três semanas), parto do princípio de que terei sido "abordado" pelos aliens nos últimos tempos, embora também isso não seja passível de ser provado. Durante o dia não terá sido, que eu dar-me-ia conta disso. De noite... não sei. Eu não me apercebi de nada e a minha mulher também diz que não deu por confusão nenhuma lá no quarto nem pela minha falta na cama. A não ser que ela esteja feita com eles, não tenho razões para duvidar da esposa, naturalmente.

Seja como for, a comichão está cá, pelos vistos, para ficar. E se alguém dado à Ciência quiser investigar isto, eu deixo... a troco de uns poucos milhares de euros e na condição de a cedência do meu corpo ser por apenas alguns minutos (e não para a eternidade, como agora virou moda), sem a aplicação de cortes cirúgicos que deixem cicatrizes ou daquela coisa chata... como é que se chama...? Ah, sim! ... morte. Mais de resto, tudo bem.

Se essa pessoa ligada à Ciência for só um dermatologista... também serve.

«Como Atormentar o Meu Vizinho»


Descobri que alguém veio aqui ter, depois de ter feito uma pesquisa no Google por «como atormentar meu vizinho» (a prova está AQUI).

Na senda de prestação de Serviço Público que é apanágio deste blog, aqui vai a resposta a essa tão nobre dúvida:

1) Se viver num apartamento... tire férias. Longas, se possível. Mas antes de partir de viagem para outra qualquer parte do mundo, assegure-se que a sua porta é impossível de arrombar, que as suas janelas estão fechadas e tapadas por painéis de ferro, tal como deve garantrir que as persianas (se possível, de metal) estão muito bem fechadas. Ou seja, faça tudo para que ninguém possa entrar em sua casa. Depois, mesmo antes de fechar a porta e ir de férias, ligue a aparelhagem, a televisão, o rádio da casa de banho e o da cozinha, o leitor de dvd (se tiver um sistema home cinema... tanto melhor)... enfim... ligue TUDO, e puxe todos os volumes ao máximo. Depois dê à sola. Sim... custa algum dinheiro em electricidade... mas quem quer atormentar um vizinho como gente grande não deve olhar a esses pormenores.

2) Se viver numa vivenda, é mais complicado. Mas pode sempre... tirar férias também. Assegure-se é que o elefante que alugou ao circo itenerante que apareceu lá na terra não comeu nos últimos 12 dias e, antes de zarpar para outras paragens, atire tudo o que ele possa achar interessante para comer para o maior número de locais em que o paquiderme possa fazer estragos (se hover jardim e/ou quintal, vai ver que será bem sucedido); ah... e se o automóvel do seu vizinho estiver estacionado ao ar livre, aconselho à colocação de amendoins bem no meio do capot e do tejadilho*. O aluguer de animais circenses está um bocado carote?!... Mais uma vez... não é altura de fechar os cordões à bolsa! Atazanar o seu vizinho em grande estilo não é coisa que se faça com a mente posta nas vacas magras nem nos apertos de cinto.


Agradecido?...
Não tem de quê!



* - se não houver elefantes disponíveis... não desista. Hipopótamos ou rinocerontes também prestam um bom serviço. Tem é de saber exactamente o que cada um come e certificar-se que não comem nada nas cerca de duas prévias ao início das suas férias.

aquilo do gato escrever... se calhar...


... se calhar, não é bem para já.

A verdade é que o bicho até se tem esforçado por se afeiçoar ao computador portátil e tal... mas, não sei bem em que parte do processo, acabou por se afeiçoar mais ao interior da mala de transporte do aparelho, como a imagem documenta.



Ah! E o tempo que ele passa enfiado na mala do computador é o que seria suposto ele passar a aprender a falar e escrever Português. Por isso, se calhar também é melhor esperarmos todos sentadinhos por ele dizer mais do que «Miau!» e escrever algo diferente do habitual «lkjhsPI8Y/=P576576cjbbbbbbbb» que ele me deixa no ecrã sempre que se aproxima do teclado do portátil (normalmente, aproxima-se tanto que se deita em cima das teclas mesmo).

Por acaso, é pena. Sempre achei que o gato teria talento. Mas, como se vê, as prioridades do bicho são claramente outras.

mas que... raio se anda a passar?!

Acabo de ver uma notícia na televisão que dava conta da queda de um raio sobre uma das torres de uma igreja na região da Póvoa de Varzim, provocando a queda de pedras de parte da cúpula sobre o telhado do templo e de algumas salas contíguas.

Estou confuso. Se, somo se sabe, os raios caem quando Deus está zangado... e agora caem raios sobre igrejas (e Deus, tipo sensato, não os faria cair sobre a Sua casa, obviamente)... quem é que os está a lançar? A concorrência?

publicidade gratuita... e para maiores de 18*

* ou, "Entretanto, isto chegou ao meu mail do trabalho..."

O
(note-se o uso deste símbolo,
neste local; já se sabe porquê)

No trabalho, recebemos uma data de e-mails que nada têm a ver com aquilo que fazemos profissionalmente. Todos os dias, sem excepção. E, na verdade, ninguém percebe bem porque é que estas mensagens continuam a passar pelas firewalls e pelos filtros de spam das esmpresas. Passo a citar o caso mais recente, no mail do meu burgo profissional. Trago-o aqui porque é particularmente bizarro.


«Só aqui tens REALMENTE moças de 18 anos com vaginas bem adoptadas. Orgia durante a aula de matemática. John pratica sexo com Mery, ao passo que Poul pratica o sexo oral com Geniffer. Sexo grupal com a ingestão do esperma. A melhor pornografia escolar! www....»

Três questões:

  1. Por que é que só o John é que tem um nome normal, sendo que a Mery não é Mary, o Poul não é Paul e a Geniffer não é Jennifer?
  2. Quem é que escreve estes textinhos ricos em pérolas como a utilização obrigatória de artigo definido "o" antes da expressão "sexo oral"? Sim... porque só há UM sexo oral, pelos vistos...
  3. O que são, exactamente, «vaginas bem adoptadas»? Sério... gostava de saber!...

PS: Já fiz Delete ao raio do mail.

blá, blá, blá... glu, glu, glu...


Conversas entre homens e mulheres são sempre situações delicadas, que requerem alguma diplomacia de parte e parte. Por exemplo, se uma mulher fala para um homem, o homem tem de ter o cuidado de a deixar falar até ao fim; já se é a vez do homem falar para a mulher, a coisa difere um pouco, porque a mulher irá sempre interromper o discurso quantas vezes achar que o deve fazer (e, quando isso acontece, aplica-se o primeiro caso que mencionei, quando uma mulher fala para um homem).

A observação destas regras básicas são o primeiro passo para que uma conversa homem-mulher resulte. Mas há outras. Refiro uma: dá jeito que nenhum dos interlocutores opte por abordar assuntos desconfortáveis à outra parte. Caso isso aconteça, se for a mulher a abordar um tema incómodo ao homem, o homem normalmente cala-se e a conversa acaba logo ali; se for ao contrário, a mulher começa a discutir desenfreadamente a conversa nuuuuuunca mais acaba. Isto está provado cientificamente.

Obviamente, há sempre excepções que confirmam a regra das excepções à regra. No caso mais recente de uma conversa minha com um elemento do sexo oposto (tida há poucos minutos), a abordagem por parte dela de um assunto incómodo para qualquer homem como é o da disfunção eréctil obteve da minha parte uma reacção imediata.

Pessoalmente, acho que se fala pouco de empadas de peru. Sofrendo impiedosa e injustamente do maior peso de apoio popular à empada de frango, a empada de peru não tem (nem nunca teve, até hoje) a projecção e o reconhecimento que merece. Ninguém parece importar-se, lamentavelmente, com o facto de a empada de peru ser igualmente boa ou até melhor iguaria que a empada de frango (algo que se passa também no comparativo entre empadinhas de peru e empadinhas de frango). Não. Só se fala na empada de frango e nunca na empada de peru. É tempo de dizer “Basta!” e colocar, finalmente, a empada de peru no “mapa da 1ª divisão” dos destaques da alimentação portuguesa.

É disso que, realmente, importa falar. Agora… de disfunção eréctil…? Pfffff!...

= = = = = = = = =


PS: para mais informações acerca de como fazer boas empadas de peru, sugiro ESTE post no blog “Receitas da Filipa”.

em breve, pra subir as audiências do blog...



...crónicas inSensatas criadas e assinadas por Mr. Jenkins, o meu gato, que já está a familiarizar-se com o K@tatil.



Bom... o bicho só não sabe é falar e escrever Português... ainda! Logo que aprenda... as crónicas começam a ser publicadas aqui de imediato.





descubra as diferenças



Bom... Se calhar, não valerá a pena perder tempo a descobrir as diferenças, que são muitas (basta olhar para os traços das duas senhoras). Mas as semelhanças, essas, crescem a olhos vistos. Para além de serem as duas de direita, ao ritmo a que a coisa vai, Ferreira Leite está quase a alcançar a impressionante média de gaffes proferidas por Sarah Palin na campanha americana. Com a notoriedade que isso deu à governadora do Alaska em tão pouco tempo, parece-me lógico que a estratégia da líder do PSD seja semelhante. Talvez só esteja a esquecer-se que Palin não chegou à Casa Branca mas o que é que isso importa?

E, assim de repente, reparo que no passado sábado o tasco fez





CON(ou sem)DOMÍNIO

Apesar de até ontem à noite nunca ter posto os butes numa sequer, sempre tive a ideia de que as reuniões de condomínio eram…

…uma perda de tempo

…um tédio

…uma oportunidade aproveitada por malta que nunca se faz ouvir para dizer umas larachas em tom muito elevado, mesmo que não tenham nada a ver com o assunto que se discute

…um conjunto de pessoas que tentam estar minimamente confortáveis numa sala extremamente… desconfortável

…uma data de gente que só se vê “de raspão” no elevador (por sinal, quase sempre avariado) a falar toda ao mesmo tempo, sem qualquer tipo de ordem

…meio caminho andado para as pessoas do prédio deixarem simplesmente de se falar (nem Bom Dia, nem Boa Tarde…) por causa de se chatearem à séria a discutir fissuras, esgotos, humidades e foças comuns

…um pretexto para alguns moradores perceberem quem são os outros que fazem um barulho imenso todos os dias (ou, pior, todas as noites) e decorar-lhes as caras, “marcando-os” impiedosamente e aproveitando ainda para lhes lançar olhares “assassinos”

…um tédio (ah… já disse isto…?)

…uma ocasião perdida pelo administrador do condomínio de demonstrar que está a fazer um bom trabalho e, ao invés disso, “levar na cabeça” de todos os condóminos, sem apelo nem agravo, pelos maus serviços prestados

…uma estucha de várias horas de muito barulho numa sala exígua e fechada e nada de bom, como um cafezinho, uns bolinhos ou mesmo possibilidade de fumar uma cigarrada

…um rol de críticas, acusações, números que ninguém entende bem, lamentos, insultos, promessas e demais processos de intenções, claramente não concretizáveis

…no fundo, uma forma de gastar duas a três preciosas horas num fim de dia de trabalho… horas essas perdidas para todo o sempre, que nunca mais se recuperam, mesmo que se queira muito, muito.

Ora… ontem à noite, ao fim de 32 anos (mais seis meses e 23 dias) de vida, decidi pôr finalmente os butes numa reunião do meu condomínio. Realmente, eu pensava que aquilo era tudo o que supra-mencionei. Mas na verdade… não era SÓ aquilo. Ou melhor… a reunião foi aquilo tudo e mais: foi fisicamente extenuante. Estou aqui que nem posso de dores no corpo! O que só me vem dar razão para ter passado tanto tempo sem ir a uma assembleia de condomínio.

Quim, o (verdadeiro) herói lusitano


Trabalhar num lugar onde a rotina é rara não é mau mas tudo tem um limite. Quando se entra pela Recepção e a primeira pessoa que se vê é... Quim Barreiros (com chapéu de aba e acordeão incluídos)... a malta percebe logo onde esse limite fica.

Entretanto, aproveito já para lançar a ideia da criação futura de um boneco / brinquedo inspirado nesta personagem. "Quim Barreiros, The Action Figure" não ficaria em nada atrás dos bonecos do G.I.Joe, do Homem-Aranha nem de qualquer um dos da Guerra das Estrelas. Atrás do Ken da Barbie, talvez... mas dos outros, de certeza que não.

Obviamente, a ser criada, a action figure de Quim Barreiros teria sempre de possuir elementos obrigatórios, como o bigode, o chapéu e um coletinho a condizer. Como é óbvio, teria de cantar excertos dos maiores êxitos do artista e ainda (em modelos mais avançados, provavelmente) mandar larachas brejeirias e soltar sonoras gargalhadas dúbias (entre o meramente desproporcional à situação e o resultante da ingestão de álcool em excesso).

Entre as opções extra que este boneco (recordo, ainda não criado mas que urge criar, digo eu) poderia ter estariam uma parafernália de equipamentos que seriam vendidos em separado. A saber: microfone de palco (daqueles que parecem um auricular bluetooth dos telemóveis para usar no carro), camisas de várias cores garridas, botins com design diferente para cada par, bigodes sobresselentes (não vá acontecer algo ao de origem), acordeões mais ou menos tecnológicos, chips com diferentes conjuntos de larachas e músicas para o boneco debitar e, claro, todo um belo conjunto de óculos escuros (tal como o artista por vezes usa), muito embora esse elemento extra só deveria ser incluído numa série especial e limitada da action figure - Quim Barreiros, O Pimba Super Cool (uma personagem que o próprio gosta de encarnar de vez em quando - puxa dos óculos... e "cá vai disto!").

Espero que alguém (para além de mim) se dê a dois minutinhos de reflexão sobre este assunto. Se há... "herói" lusitano com as características ideias (e algum merecimento) para a criação de uma action figure, esse herói é, sem dúvida, o nosso grande Quim. Caraças! Até tem nome de super-qualquer-coisa! Quim! Barreiros, ainda para mais!

Não vejo como esta ideia possa não ser um êxito comercial!...

olá... eu sou a (in)sónia!

Não dormir é coisa para deixar qualquer um à beira de um ataque de nervos. Toda a gente sabe disso. É um facto unânime. E mesmo que não seja assim tão unânime, eu acho que toda a gente devia achar que não dormir seria coisa para deixar qualquer um à beira de um ataque de nervos. Caso seja uma das pessoas que não ache isso, pode sempre fazer-me a vontade e dizer que acha, só para que eu não fique mal disposto.

Quando não consigo dormir, eu fico um bocadinho intratável (só um bocadinho). O mau humor é garantido durante toda a noite (e possivelmente durante todo o dia seguinte também). Resmungo, dou voltas na cama, levanto-me, vou ver televisão, tenho ler ou escrever alguma coisa... mas o mais certo é que me dê para as coisas mais bizarras que se possa imaginar. Há duas noites, a coisa correu-me seriamente mal e acabei - eu que detesto canais de música na tv cabo - a fazer zapping entre as 5 e as 6 da manhã por MTV, MTV TWO, MTV Dance (sabe Deus...), VH1, VH1 Classic e MCM. Um degredo, para quem foge destes canais como o Diabo da cruz.

A coisa foi ruim de tal forma que ao fim da madrugada (ali mais ou menos durante a chamada aurora), resumi todas as musicas ouvidas num "dueto", no mínimo, improvável mas que me pareciam ter sido as... "melhores" da madrugada de zapping (ou então, as únicas de que me lembrava, na verdade). E eis as minhas duas eleitas, só para se perceber como uma noite de insónia pode resultar nas coisas mais bizarras:






Nickelback: Rock Star*
&
Paul McCartney: We All Stand Toghether




* - By the way... grande vídeo, este dos Nickelback! Do melhor, na sua complexa simplicidade. Juntar a simples malta anónima verdadeiras "rock stars" (desde Nelly Furtado, Kid Rock, a actriz Eliza Dushku, vários rappers, um jogador da NBA e coelhinhas da Playboy) é tão simples quanto genial, quando o tema da canção é mesmo esse: "Eu quero ser uma rock star!!!"

inês



O nome não é fictício. É o nome de uma antiga colega dos meus tempos de estudante. Uma personagem por quem ainda hoje nutro um fascínio especial. Tão somente porque, como a própria garantiu, perdeu a virgindade três vezes! De todas as mulheres que conheço, é a única mulher que conseguiu tal façanha! Sim, é fascinante! Bom... ela não garantiu, garantiu... isso. A questão é que, sem ela se ter apercebido de um "elemento em comum", eu presenciei três conversas em que ela garantiu (isso, sim, garantiu) que tinha perdido a virgindade... só que em cada uma dessas conversas ela disse que tinha sido com um gajo diferente. Ora... 1+1+1=3, que eu saiba. Eu até nem sou (nem era, na altura) alguém com curiosidade nas conversas alheias. A moça é que - descuidada - terá feito mal as contas e esqueceu-se de que eu estava presente nas três ocasiões em que falou da sua vida sexual (aparentemente, iniciada três vezes, com três tipos diferentes, recordo). Portanto, oficialmente, a Inês "perdeu os três"... três vezes. Irónico, curioso, bizarro, insólito... é o mínimo que se pode dizer acerca desta coincidência de números. Mas, pessoalmente, na verdade, na verdade... eu acho que é triplamente fascinante.

a gíria e o calão


Será que o Calão acha que a Gíria também é boazona?

Mesmo que ache, não me parece que a Gíria lhe dê grande bola. Deve achá-lo muito... calão.

champ'uva & cabel'êbedo


Na minha infindável senda de encontrar um champô que não me f... que não me lixe o cabelo, há dias decidi experimentar um da Corine de Farme, de extrato de uva. Este:


No entanto, desde aí, o meu cabelo (apesar de não estar em má "forma física") tornou-se praticamente impossível de domar. Revolto como nunca, o cabelo está agora mais despenteado do que alguma vez esteve. A minha conclusão é a de que não é o champô de uva que é mau mas sim o cabelo que está permanentemente bêbedo.



PS: Dão-se alvíssaras - muitas - a quem me disser a marca de um bom 2 em 1 que não me deixe o couro cabeludo mais vermelho que uma camisola do Benfica

"Magalhães" for the boys


Tenho tentado (com muita, muita força) não falar do "Magalhães" - aquele computador (que na verdade até se chama "Classmate PC") da Intel criado em 2006 e que José Sócrates insiste em dizer que é uma coisa de origem lusitana e fabrico inteiramente português. (Já agora, será que o nosso "primeiro-engenheiro" sabe o significado da palavra mentira...?)

Tentei, como já disse, não falar disto porque estou (também eu) farto de que se fale no assunto. No entanto, esta coisa do "Magalhães" deixou-me com uma dúvida, penso que legítima:

Foi Sócrates quem disse, na Cimeira Ibero-Americana, que todos os seus assessores tinham e usavam o "Magalhães", porque «não precisam de mais nada». Mas... então e os miúdos que precisam do "Magalhães", já fizeram a inscrição e ainda não receberam o respectivo computador? Ainda não o têm porquê? Será porque estão a ser usados pelos (muitos) assessores do Primeiro-Ministro (que na verdade não precisam do "Magalhães" - não acredito que não tivessem já todos um portatilzinho catita de última geração e topo-de-gama, pago por mim... e por si), em vez de irem para quem, de facto, os devia estar a utilizar?

Pelos vistos, não é suposto que os putos tenham o "Magalhães" tão rápido quanto os "boys" de Sócrates. A não ser que a miudagem tenha a sorte de conseguir assim de repente um lugarzinho de assessor no Executivo, mesmo que tenha só 6, 7, 8 ou 9 anos de idade. Assim com'assim, deve haver malta a assessorar o "engenheiro" com a mesmíssima capacidade intelectual e de trabalho ou com muito pouquinha coisa que fazer... se «não precisa de mais nada» senão do "Magalhães" no exercício diário das suas funções.

não é o 1º e não será o último

Destaque principal do site do Porto Canal, há poucos minutos:


(imagem com link para a página respectiva)

Gosto! Acima de tudo de que o Porto Canal se orgulhe de dar um destaque destes como a coisa mais fantástica que se passou hoje no mundo inteiro. Mas também de que esta malta politiqueirazinha (que sabe que há muito que grande parte da imprensa em geral já não lhes passa cartão e, basicamente, já não lhes acha piadinha nenhuma) se refugie nos meios de comunicação regionais (ou então, só mesmo no Porto Canal... não sei...) para mandar larachas assim. Agora que o outro moço se tornou realmente poderoso e as suas palavras inspiradoras encantam o mundo inteiro... "ora deixa-me cá colar-me a ele - nem que seja só dizendo isto no Porto Canal, en passant - para toda a gente achar que eu também sou muito inspirador e tal". Por mim, isso não é bom nem mau. É só mesmo muito parvo. Mas pronto. O Narciso não é o primeiro a fazê-lo e nem será o último. A técnica é velha e já devia estar gasta mas, pelos vistos, não está. Pena. Na verdade, é sempre mais fácil a colagem a algo ou alguém bom do que ter o trabalhão de fazer qualquer coisinha pelas próprias mãos, saída da própria cabeça. Cansa. Mais do que dizer que se quer ser o "Obama" lá da terrinha. Isso não cansa nada. E há-de enganar um ou dois pategos eleitores, pelo menos. Já é lucro.

RABUDAS RABUDAS RABUDAS RABUDAS

!!!ATENÇÃO!!!
!!!ESTE É UM POST DE PROTESTO E NEGAÇÃO!!!

!!!OU SEJA, SE VEM À PROCURA DE RABUDAS... NÃO É AQUI!!!
!!!NÃO HÁ - NEM NUNCA HOUVE - AQUI NADA DISTO!!!


... e vai continuar a não haver. Se continua a vir caír aqui (estou certo de que não será a primeira vez), após as buscas intensas que fez tendo por base a sua preferência sexual por mulheres de glúteos por demais proeminentes e desproporcionais em relação ao resto do corpo... está na "casa" errada. Este blog não é sobre rabudas. Este blog nem sequer tem vocação de divulgação de material erótico ou pornográfico. Estou farto de visitas (que vejo surgirem cá através do site de estatísticas do blog) que visam a mera baba por mulheres de rabo grande. Por isso, desfrute dos últimos dias em que pode ver sequer a palavra "rabudas" neste post ou noutros deste blog, porque os vou retirar. Estou farto. E, já agora, se anda à procura de rabudas, porque é que não vai para a rua ver se as encontra e se lhe "dão bola"?... Estou farto de rabudo-ciber-dependentes! Farto!

há por aí um mini... sósia?...
...ou um sósia a mini...preço?


A minha mãe já me ligou a dizer...

Já ouvi dizer que a minha tia também acha o mesmo...

Colegas meus já me disseram...

... só eu é que ainda não consegui constatar se é mesmo verdade que o tipo que surge no final de um spot publicitário do MiniPreço é ou não igualzinho a mim («só que com óculos escuros»), como me têm dito (e garantido) vezes sem conta nos últimos dias.

Confesso que isso me confunde um bocado. Embora já tenha sido comparado a outros gajos, como um repórter do AXN (agora no Porto Canal) e ao jogador João Tomás (actualmente no Boavista). Em ambos os casos, não me senti elogiado com a comparação (e admito que os rapazes tenham pensado o mesmo, se a questão já lhes foi posta nos mesmos termos - ou seja, acho que somos todos feios) mas desta vez a minha confusão prende-se com o inusitado entusiasmo que toda a gente põe na abordagem que me faz para me perguntar se sou mesmo eu («só que com óculos escuros») a aparecer no spot publicitário.

A toda a gente que pensa que sou eu... não sou. Eu não posso fazer publicidade e o simples uso de óculos escuros não me livraria das sanções de que seria alvo de imediato. Pronto. Case closed.

Só fico chateado com o facto de um tipo parecidinho comigo andar a lucrar (a figuração em publicidade dá dinheiro, claro) usando tão somente a sua imagem, que pelos vistos também é a minha... e ele não está para partilhar comigo os meus (merecidos, digo eu) 50% do cachet. ISSO é que é verdadeiramente lamentável.

n'américa...


...chegou ao fim o suspense. Barack Obama é o novo homem mais poderoso do mundo, sucedendo a Dick Cheney.




se não acompanhou o processo eleitoral
americano ou não tem interesse
- what so ever -
em relação a politico-americanices...
foi bom receber a sua visita; até à próxima


Como quase todo o resto do mundo, estou satisfeito e esperançado de que esta mudança na Casa Branca resulte em algo de positivo. Quando digo «eu e o resto do mundo» não incluo, claro, os "estados vermelhos" que votaram maioritariamente no John McCain (tipo o Oklahoma e o Mississipi, que - apesar de serem intitulados de "estados vermelhos" por causa da cor do Partido Republicano - são, na verdade, mais brancos que o branco)... e a FOX News.

De entre quem está esperançado numa verdadeira mudança (além de mim, claro) está a comunidade afro-americana, obviamente. Acima de tudo porque está visto que já era tempo de a Casa Branca deixar de ser tão branca. Adivinho que em breve, se muito tempo depois da tomada de posse nada mudar, as manifestações estarão garantidas à porta da residência oficial do presidente americano... pela simples razão de que Obama não terá decretado a pintura da Casa Branca em tons mais... "afro". Nesse sentido, parecia-me justo, no mínimo, pintar as paredes exteriores em tons garridos ou com um padrão leopardo, honrando as origens quenianas do novo presidente. Segue o exemplo:


Tanbém é possível que todos os funcionários públicos passem a ser obrigados a usar cabelo em carapinha ou rastas - embora isso possa só ser matéria legislativa para um eventual segundo mandato.

Mas há quem esteja "assim-assim" com este resultado. Os comediantes americanos (quase todos apoiantes de Obama) estão agora preocupados com o facto de John McCain (quase sempre o "alvo" preferido das suas piadas no último ano) sair de cena. Jon Stewart, Stephen Colbert, Jay Leno, David Letterman, Conan O'Brien, Craig Ferguson, Jimmy Kimmel e, especialmente, todo o elenco do Saturday Night Live são só alguns dos humoristas que vêem com um misto de felicidade e tristeza a eleição de Obama. Agora restar-lhes-á fazer as "exéquias" a W.Bush e Cheney e homenagear o fairplay de McCain nos últimos anos. Depois disso, talvez só Sarah Palin (qual Santana Lopes) continue "por aí"* e mereça umas piadolas dos stand-up comedians e dos late show hosts, mas isso não é garantido. Quanto a Barack Obama, por ser tão certinho, vai ser realmente complicado arranjar matéria para a comédia diária. Sim, pode dizer-se que Bush ainda não deixou a Casa Branca mas já deixa saudades em toda a gente que escreve humor na América.


* Sarah Palin... Ah... Sarah Palin... O mais inolvidável, divertido e estranhamente sexy erro de casting que ninguém imaginaria possível numa eleição americana (sobretudo, depois de ter sido possível eleger... George W. Bush... duas vezes seguidas!). Estou curioso de como ela se comportará no futuro mais ou menos imediato. Obama surgiu aos olhos do mundo há quatro anos, na convenção democrata que deu a nomeação presidencial a John Kerry e, desde então, não mais deixou de aparecer na televisão, criando em torno de si esta opinião de que é mesmo um tipo fantástico - que lhe valeu a eleição para presidente - e McCain foi sempre um dos habitués nas entrevistas de late night - de que já falei. Palin parece-me "matéria-prima" para algo muito semelhante. Pode dizer-se o que se quiser acerca da burrice e tacanhez da senhora, mas não deixa de ser algo... adorável. Cheira-me que não vai desaparecer de todo e que vai começar a preparar-se para daqui a quatro anos se candidatar (e perder, quase de certeza) e também daqui a oito para ganhar (sem que por essa altura se possa alegar - como agora - que não tem experiência). Por um lado, tudo o que ela defende me assusta mas, por outro, será interessante ver se este processo de "estágio" se repete de facto com Palin e, já agora, quero muito continuar a ver a Tina Fey imitar a Sarah Palin. Tina Fey... Ah... Tina Fey...

ASSSSSS... Pelos Ares


Ok... Confesso que sou, por vezes, algo crédulo e que me lixo por causa disso. Mas não é assim por tuta e meia. Simplesmente, por vezes, sou apanhado desprevenido e não consigo escapar a tempo de ser apanhado o meio da bizarria. É verdade: o bizarro corre que se farta e as nossas pernas nem sempre correm mais rápido. É lamentável.

Acontece que, de vez em quando, fico convencido de que o Mundo já pouca coisa tem para me surpreender e de que só algo mesmo em grande consegue sacar de mim uma expressão de surpresa. Mas não. Às vezes, até o mais estranhamente improvável acontece, "inocentemente" disfarçado de coisa-gira-mediática-e-engraçada-que-vai-dar-um-bom-boneco-e-que-toda-a-gente-vai-curtir-à-brava, só para enganar a malta e apanhar-nos em contrapé.

Paulo Vintém (Ex-D'ZRT) lançou hoje o primeiro disco a solo. Sim, só de si, esta informação é bizarra, à sua maneira. Mas o mais estranho é que o rapaz decidiu... lançar... literalmente... o disco. De um helicóptero lançou um exemplar do álbum que desapareceu no ar imediatamente e, logo de seguida, lançou-se ele, de pára-quedas, aterrando no areal do Guincho. Tudo isto devidamente filmado e fotografado, para toda a gente ver. Seguem-se as imagens, retiradas do site do... verdadeiro artista.


QUÊ?!?!...

É impressão minha ou o moço não se deu conta de que incorreu numa contra-ordenação ao lançar lixo para o chão???... e, já agora, que isso está provado por imagens??? Bom... não quero com isto dizer que o álbum do rapaz é lixo (embora desconfie que sim, não o ouvi e, por isso, não posso afirmá-lo categoricamente); mas a verdade é que, lançado do céu, quando chegou cá a baixo, o CD despedaçou-se todo, de certeza; aí, sim, é automaticamente considerado lixo.

Mas há mais. Ninguém - NINGUÉM - de entre quem magicou esta "fantástica" promoção ao álbum (e, por curiosidade, nenhum elemento da imprensa presente no evento) se lembrou de perguntar «Hmmmmm... E o CD... não terá caído na cabeça de alguém?...» Nesse caso, o lançamento do disco (provado por imagens, recordo) pode constituir crime. É, no mínimo, uma agressão. Ou uma ofensa à integridade física de alguém (ou, se caiu em cima de algum carro, por exemplo, até pode haver razão para um pedido de indemnização por danos materiais). Em qualquer um destes casos, o CD pode ter-se tornado numa espécie de arma de arremesso. Só os próximos dias dirão se aparece alguém com a cabeça rachada por um... disco voador (peço desculpa... não resisti!).

Sim... estou em condições de admitir - sem vergonha mas com algum embaraço - que fui surpreendido por esta "giríssima" manobra mediática de um artista à portuguesa (... com certeza). Aliás vou já incluir parvoíces desta natureza na minha lista de potenciais bizarrias com capacidade de me apanhar desprevenido no dia-a-dia, para que isto não volte a acontecer. É que - desconfio - vai haver mais espertinhos a atirar coisas de aviões, helicópteros, prédios e afins nos próximos tempos, só porque sim. A originalidade não é um dos pontos mais fortes deste país.

que bom seria viver na ucrânia...


... se um gajo conseguisse perceber... sei lá (nem peço muito)...
... metade do que aquela malta escreve e fala!...

A $olidão do Poder


Facto: Há gente com poder. Facto: Toda a gente sabe que há gente com poder. Facto: Nem toda a gente tem poder. Facto: Só há gente com poder porque há gente sem poder sobre quem a gente com poder tem autoridade. Facto: Quem não tem poder, de uma forma ou de outra, teme o poder de quem tem poder. Facto: O último facto é uma espécie de “Lei da Vida”.

Acho que tudo o que foi escrito até agora faz parte do conhecimento geral (vulgo, senso comum – um conceito mal amado aqui no burgo… vá lá saber-se porquê).

Talvez seja por todos estes factos que todos nós que temos chefes (e não somos chefes, naturalmente) fazemos por chegar sempre a horas aos nossos empregos, obedecemos às ordens que nos são dadas, não ofendemos os nossos superiores e cumprimos as regras ditadas por “quem de direito” (além disso, também é por essa razão que, por vezes, usamos a expressão “quem de direito” quando queremos, digamos, fugir com o rabo à seringa sem apontar na direcção do chefe se algo corre mal).

Ser chefe tem essa vantagem, portanto: ter poder. Há quem diga que se tem mais problemas, mais reuniões, mais conflitos, mais responsabilidade mas, por outro lado, ganha-se melhor e… tem-se poder. Só parece não se ter mais amigos com essa subida ao cargo.

Duas situações recentes fizeram-me ver isso, de forma mais ou menos clara.

1. Na sede de uma grande empresa nacional, uma reunião levou-me, primeiro, ao 11º piso do prédio onde o encontro com um executivo da companhia iria decorrer e, depois, de volta para o 1º andar, onde a sala marcada para o efeito estava de facto reservada para a reunião. Se a viagem para cima no elevador foi perfeitamente descontraída, a descendente, já com o executivo na nossa companhia, foi muito tensa e silenciosa. No elevador, cheio de gente, o silêncio foi desconfortável e confrangedor (o calor também, mas isso não vem ao caso). Foi o próprio executivo quem nos explicou a razão para o “som sepulcral” no ascensor: «Ia lá um administrador…». Presumo que, se toda a gente naquela empresa (e trabalha lá muita gente) se comportar assim, o senhor administrador (que deve ter muito poder) não ouve vivalma um dia inteiro.

2. Numa loja de materiais de construção e bricolage, uma ida ao balcão de informações em busca de um produto que em tempos lá tinha adquirido e que agora não encontrava resultou na chamada, primeiro, de dois funcionários que não resolveram a minha questão e, por fim, na chegada daquele que na minha mente apelidei de “Chefe da Secção de Pequenos Instrumentos e Quinquilharia”. Ponto prévio: não vejo como chegar a “Chefe da Secção de Pequenos Instrumentos e Quinquilharia” possa não ser um verdadeiro pico na carreira de quem trabalhe numa loja de bricolage. Acho que o jovem (25 anos, no máximo) que me atendeu pensava exactamente assim quando, com a sua imagem franzina, voz fininha e óculos geek, deu um par de ordens aos seus subalternos de secção. Ordens que ambos… não cumpriram (pelo menos, não de imediato), continuando a fazer aquilo que tinham em mãos, não passando grande cartão ao superior, mesmo sem o afrontar.

Em ambos os casos, percebi que os chefes – mesmo que em diferentes pontos das suas cadeias hierárquicas – não gozavam da simpatia dos seus súbditos. Pode ser um pormenor, tê-la ou não a ter, quando o importante de ser chefe é ter o poder e exercê-lo sobre os outros. Afinal,… ganha-se mais, não ganha?... mas tenho dúvidas se esse x a mais na conta do banco compensa a solidão que parece vir, automaticamente, com o cargo (assim como as batatas fritas vêm sempre com o “Bife à Casa”).

parece que estamos mesmo todos em crise


Estou em crer que a selecção portuguesa não escapa à crise vigente. Coloquemo-nos na pele daqueles 11 pobres coitados jogadores de futebol lusitanos. Se representam o povo português, presumo que vivam em condições muito semelhantes. Ou seja, com o magro salário que auferem, também eles deverão estar mais a pensar na forma como vão organizar o orçamento familiar do que propriamente em correr mais do que aquilo que correram frente à equipa da Albânia. Até porque - como é sabido - a motivação profissional não é muita quando o dinheiro é escasso. E quanto ao facto de Cristiano Ronaldo se virar contra o público que assobiava... estou com ele! Se no meu trabalho me mandassem bocas e tal... também era bem gajo para desbaratar com a malta toda. Ainda assim, acho que ele é um bocadinho mais corajoso do que eu. Lá no trabalho, mandar a rapaziada crítica bugiar era capaz de dar motivo para demissão por justa causa. Talvez o moço (mesmo tendo um salário baixinho, recorde-se) tenha um contrato melhor do que o meu nesse aspecto, que o proteja em situações destas, possibilitando (pelo menos de vez em quando) uma descarga da bílis sem sanções daí decorrentes.

****DENÚNCIA DE PLÁGIO****

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we are the... koiso!...

Hoje, meio "do nada" - até fiquei atordoado -, surgiu na rádio esta canção, que me lembrou que sempre tive uma data de dúvidas acerca dela (que deixo escritas logo abaixo da janela seguinte e que, de resto, podem ser acompanhdas à medida que o videoclip avança).





- Antes de mais... Como é que esta malta (com as agendas complicadas que têm) se conseguiu encontrar toda no(s) mesmo(s) dias(s), no mesmo local?! É algo simplesmente notável!... a não ser que a pós-produção de vídeo já na altura fosse muito boa e, na verdade, esta rapaziada tenha lá ido à vez e a cena de aparecerem todos juntos seja um grande e belo embuste.

- Sempre achei giro aquele exercício de tentar dizer o nome dos artistas todos, à medida que iam aparecendo no videoclip (assim como se estivéssemos num concurso televisivo): «Olha o Lionel Richie... e o Stevie Wonder... e o Paul Simon... e o Kenny Rogers... e... aquele... o coiso... ah!... e a Tina Turner!... e aquele gajo que está ao lado dela... o Billy Joel!!! Yes!!! Sou o maior por saber o nome desta malta toda, pá!... E olha também... aquele... o coiso... aquele que cantava aquela do nãã-nãã-nããããã...»

- Outra coisa lixada. Porque é que o Michael Jackson (vendo o Kenny Rogers vestido com uma sweat-shirt da campanha USA fom Africa) foi vestidinho com aquela roupa horrível que ele usava nos vídeos da época do Thriller e tal?! E aquela luvinha na mão direita a brilhar (e tudo o resto a brilhar também)... o que era aquilo?!

- Ah! E, já agora, a Diana Ross (que também lá estava e na altura era quase uma mãezinha para o Michael Jackson)... será que depois de tudo o que já se passou... ainda se dá bem com o "Jacko"?...

- E o Willie Nelson?! Se estava pedrado (como está sempre), disfarçava bem como o caraças neste teledisco! Pergunto-me se estaria mesmo "limpo" ou se só teria fumado uma brocazita "inocente", atrás de uma coluna, à espera da vez para cantar a seguir à Dione Warwick?...

- Quando o Bruce Springsteen começava a cantar, questionava-me sempre qual seria o problema dele: mal-estar de barriga?... caganeira?... dor de dentes?... garganta inflamada?... A 100% o homem não estava de certeza... Ninguém canta assim porque quer...

- Há ali um trio (um de barbas, um cabeludo e um de trufa loira)... que não faço (nem nunca fiz) a mínima ideia de quem fossem. A dúvida mantém-se.

- Será que a Cindy Lauper assustou a malta toda com a cabeleira amarela e os berros? A mim, assustou... (Ah!... E ela tinha estado a fumar com o Willie Nelson - disso tenho a certeza!)

- Outra cena que sempre me fez confusão. Mesmo partindo do princípio que estivesse mesmo lá toda a gente... como é que o Ray Charles e o Stevie Wonder deram com o sítio?! (tiveram de ir à boleia, obviamente; de caminho, também dava jeito saber quem levou os rapazes e como se organizaram todos em termos de boleias, para poupar no combustível e ser mais fácil o parqueamento junto ao estúdio)

- Afinal, quantos Jacksons estavam neste clip? Eu aposto em 324!

- Espectacular! É notável como nesta música dá para se perceber TUDO o que o Bob Dylan canta! Se calhar, foi antes de se juntar ao Willie Nelson e à Cindy Lauper atrás da coluna...

- Parece-me ver Harry Belafonte lado-a-lado com Dan Aykroyd... Por terem "tanto" em comum, pressinto que terá sido uma coisa de "one time only" mesmo.

- E outra vez o tipo das barbas, caraças! Quem será o gajo?!...

- Uma nota final. Eu acho que esta canção trouxe mais problemas que benefícios. Parece-me que o facto de se juntar num mesmo refrão as frases "We are the children" e "So let's start giving" terá dado azo a certas coisas que o Michael Jackson terá feito nos anos seguintes, confundindo o inicial intento da letra. Creio que vale a pena pensar um bocadinho nisto e tirar as devidas ilações. Até agora, ninguém o fez.

e o "prémio persistência" vai para...


... A MINHA TOSSE!!!

"Rebenta" a música, soltam-se os confetti's, há papelinhos e serpentinas por todo o lado, meninas dançando o can-can rodeiam os milhares de pessoas que entretanto surgem para a festa. Há barulho de melodia e palmas batidas a um ritmo certo, luzes, cores, gente sorridente e em êxtase... Há alegriiiiia!!!

Ok. Eu sei que nada disto fará muito sentido e que os últimos 20 segundos (tempo médio necessário para a leitura das linhas anteriores - eu cornometrei...) são 20 segundos que não vai poder reaver assim tão facilmente; provavelmente, estarão mesmo perdidos para sempre. Mas coisas fora do comum são para serem assinaladas de forma... incomum.

O facto é que sendo a minha vida, pessoal e profissional, muito pouco marcada pela rotina, quando algo se repete diariamente por mais do que uma semana, isso é realmente assinalável.

E, sim, nos últimos (11 ou 12) dias não faço outra coisa que não tossir. É a minha mais recente rotina. Já não me lembrava de ter uma sequer.

O fascinante "caça e pesca"

Sou cliente da TV Cabo há coisa de dois anos e de empresas do ramo há quase cinco. Nesse tempo houve (e há) sempre canais a surgir e outros a desaparecer. Quando se dá esse sumiço, de uns sinto a falta porque faziam parte da minha escolha diária, de outros nem por isso porque no zapping eles eram só mais um canal ocupado com qualquer coisa.

Ultimamente, com a coisa da box digital, o nome e a respectiva programação imediata dos canais aparecem no ecrã automaticamente e, aí sim, é possível perceber que há canais em que nunca so pôs a vista em cima. No caso – até por ser codificado – o Caça e Pesca passou a ser o meu “canal-nunca-visto-sequer” preferido.

Não me interesso nada por caça ou pesca. À pesca fui uma vez na vida, com um primo, e detestei. À caça... só fui em trabalho e todo o apregoado gozo daquilo passa-me ao lado. No entanto, o canal Caça e Pesca (muito embora nunca tenha visto nada dele) é um caso aparte. Aquilo é bom!... quer dizer... ver a programação daquilo (mesmo sem ver os programas) é mesmo espectacular!

Hoje, segunda-feira, por exemplo, o Caça e Pesca tem programas como "À Espreita", "À Caça", "Podengos e Furões, a Caça Tradicional das Canárias", "Codornizes do Páramo", "Trutas da Toscânia", "Pesca no Vale de Aosta", "Corços e Javalis", "Presos pelo Reo", "À Mosca no Noroeste", "Atrás dos Maiores Peixes do Mundo", "O Tordo com Negaça Viva, em Posto Fixo ou de Salto", "Surfcasting na Cantábria", "Usoa, a Pomba Basca" e "Declínio da Caça Menor".

Juro que não estou a gozar com o canal e com os seus responsáveis. Acho extraordinário que o canal exista, até. E há uma diferença para outros canais tão específicos como, por exemplo, o Sailing Channel (que está logo a seguir e até nem é codificado): os nomes dos programas para velejadores são muito menos interessantes que os que são dedicados à malta da cana e da espingarda.

Simplesmente, por não ser um aficionado do chumbo e do anzol, não consigo entender a verdadeira dimensão do que será estar à espreita e, quase simultaneamente, à caça. Não saberei nunca o que podengos e furões farão quando se encontram (presumo que um fuja do outro, mas não sei bem qual será qual), se as trutas da Toscânia e as codornizes do Páramo se dão bem umas com as outras (apesar das naturais diferenças entre peixes e aves), como será estar preso pelo Reo, se a mosca do Noroeste será mais ou menos chata que a do Oeste ou a do Sul... Tal como nunca saberei onde fica Aosta ou o que raio será fazer surfcasting, o que será um tordo com Negaça Viva (será que dói?!), o que será um Posto Fixo ou um Posto de Salto. Nunca privarei com a Usoa, a Pomba Basca nem vou saber até que ponto o declínio da Caça Menor afectará os mercados mundiais, numa altura de recessão global como é a que se vive hoje em dia.

Talvez seja por isso que a programação do Caça e Pesca me fascina. Há toda uma dimensão do desconhecido que me atrai ao #30 da Tv Cabo.

No entanto, não faço questão nenhuma de pagar pela instalação do canalinho, até porque se os nomes dos programas, por si só, me agradam... porquê estragá-los depois com conteúdos e imagens de que não vou gostar e/ou que não vou entender?...

Por mim, está bem assim: o Caça e Pesca é um dos pontos altos do meu zapping diário. E o mais curioso é que, se eventualmente o canal sumisse, seria o primeiro (e único) – daqueles em que nunca teria posto a vista em cima – de que teria verdadeiras saudades.

Uma Guerra dos Sexos Metida na Gaveta


Já lá vai o tempo em que na Guerra dos Sexos se tentava perceber qual era o sexo forte e o sexo fraco, quem tinha mais oportunidades de emprego, quem ganhava mais, quem conseguia levar mais vezes e melhor a sua avante.

Sim... ainda muito se fala de (des)igualdades de oportunidades entre sexos, de salários (não) equiparados e da necessidade de quotas para assegurar que um dos sexos não domine totalmente em determinadas áreas. São todas grandes questões mas que já muito foram discutidas.

Hoje em dia, parece-me que a Guerra dos Sexos se trava diariamente, nas pequeninas coisas do quotidiano. Aí, sim, essa coisa do levar a sua avante torna-se na verdadeira questão essencial para homens e mulheres.

Lá em casa, penso que a nossa Guerro dos Sexos limita-se a uma gaveta. Ou melhor, a uma mesa de cabeceira... onde eu só tenho uma gaveta, em vez das três que supostamente seriam o meu domínio. Nada disso. O meu "território" é uma gavetita e nada mais.

Esta história comeou há cerca de um ano com o simples facto de, com o casamento, ter sido eu a mudar-me de armas e bagagens para o apartamento que já era dela. Uma mudança que não foi problemática e sobre a qual não tenho quaisquer queixas, excepto na questão da mesa de cabeceira.

É que sinto que, no último ano, contribuí imenso para o melhoramento das condições de habitabilidade da casa... e faço o jantar todos os dias!... No entanto, isso claramente não se reflete no nosso dia-a-dia. Parece que o armazenamento das suas peúgas coloridas e outras pequenas peças de vestuário é colocado pela minha dedicada esposa bem alto nas suas prioridades. Tão alto que essas peças de roupa ocupam as duas gavetas que, penso eu, seriam por direito minhas na mesa de cabeceira, do meu lado da cama. Um direito, está visto, não adquirido com o facto de desposar a proprietária do imóvel.

Embora já tenhamos falado sobre isto em casa, a situação mantém-se inalterada há cerca de um ano, pelo que conclúo que estou a perder esta guerra e a minha esposa mantenha assim a sua hegemonia, ainda que de forma bizarra, sobre alguém que até faz o jantar todos dias (nunca é demais referir).

Mostrar indignação por se limitar a uma gaveta o meu domínio territorial no mobiliário do quarto talvez faça algum sentido. Mas numa guerra - já diz o ditado - tem que se dar e levar. Pois muito bem! Assim farei!

Enquanto se mantiver esta situação gritante de não equiparação no direito à gaveta consagrado por um qualquer código conjugal (que, se nunca foi escrito, eu posso apresentar, mesmo que seja rascunhado num guardanapo de pastelaria), vou deixar de fazer o jantar!... sempre e quando não estiver ninguém em casa para o consumir ou não haja vontade de nenhum dos conjuges em ingerir alimentos cozinhados ao início da noite.

Sim. É uma medida drástica, eu sei. Mas é assim que um gajo subjugado num matrimónio mostra que é realmente forte! E se isto não resultar... bem... a questão agudiza-se ainda mais! Aí, passarei a não fazer jantar... também quando sou só eu que estou em casa, optando por comer iogurtes ou umas peças de fruta, para além de que me recusarei a lavar loiça... entre as 20:40 e 20:45. Nessa altura é que eu quero ver se ela não se sente na obrigação de aceitar incondicionalmente a derrota na Guerra dos Sexos do 9ºD...

Ex-Cop is The New Black, baby!!!


Há uma nova categoria de galãs a emergir. Os ex-polícias/experts em criminalidade. O mercado do suspiro feminino (acima de tudo, no target 35-55 anos) está claramente a ser tomado de assalto por antigos profissionais do combate ao banditismo e/ou repórteres especialistas em assuntos policiais que surgem na televisão a fazer crónicas de crime e publicam livros dentro dessa área (ou... estranhamente... romances de cordel). As donas-de-casa (casadas, divorciadas, ou simplesmente desesperadas) fazem deles os novos alvos das suas fantasias.

Perdão… Talvez esta categoria de que falo não seja coisa tão nova quanto isso. Penso que o “inspector” Varatojo – há muitos anos já – terá sido o pioneiro de todos os experts em criminalidade a fazer muitas senhoras de bom-nome suspirar quando aparecia na televisão, a falar dos feitos da Scotland Yard. Mas uma “categoria” começa quando há mais do que um elemento, naturalmente. Ainda assim, aqui se tira, com a respectiva vénia, o chapéu ao “inspector”.

Depois dele, anos depois, vieram Carlos Narciso e Moita Flores. Este último ainda está no activo, a falar de crime… e de tudo mais sobre o que lhe peçam para falar (confesso que me deixa curioso saber se, eventualmente, Moita Flores tem opinião formada e prontinha a ser dada na TV sobre amaciadores de cabelo; na volta… até tem!). Também ele, com voz firme e grave, a falar dos bons e dos maus, do certo e do errado, fará as delícias do suspiro feminino, acredito. Talvez num target acima dos 55 anos… de mulherada que não goste particularmente de política. Estou em crer que o facto de Moita Flores ser também Presidente da C.M. de Santarém possa não fazer furor junto das fêmeas que não vão à bola com políticos.

Mas quem está mesmo com grande “saída” entre o sexo feminino "over thirty" são mesmo Hernâni Carvalho e Paulo Pereira Cristóvão. Tive a prova disso ontem, numa papelaria do centro comercial. Enquanto aguardava a minha vez para registar o EuroMilhões, uma recém-cinquentona (estou a basear-me apenas no aspecto físico da senhora, claro) acercou-se do balcão e perguntou, com voz afogueada, se já estava à venda o novo romance do Hernâni Carvalho. Perante a ausência de resposta pronta por parte da funcionária, voltou para o meio da loja, onde continuou a procura pelo livro, juntamente com outra mulher, aparentemente da mesma idade. Entre elas, iam pegando nos livros já editados pelo repórter e pelo antigo agente da PJ, aproveitando para elogiar as diversas… virtudes (não literárias) dos agora comentadores televisivos e autores de livros sobre crime, desaparecimentos, porrada… e, pelos vistos, também sobre beijinhos.

Sinceramente, não vejo este tipo de excitação no que toca a experts de outros quadrantes. Por exemplo, sei lá… não me parece que haja tanto suspiro por comentadores desportivos que também escrevam sobre futebol – e desses não faltam. A malta perita em Economia (que também publica umas coisas sobre guito, boas oportunidades de investimento e assim) também não anda muito bem cotada no ranking das preferências femininas – muito menos com a conjuntura actual. E ainda há também quem tente… em vão. Marques Mendes editou agora um livrinho de sua lavra. O esforço do senhor é meritório, assinale-se. Mas não vi qualquer trintona, quarentona ou cinquentona a procurar pela obra na papelaria… muito menos a elogiar o «belo cabedal» do antigo Presidente do PSD. É pena; ele bem que está a precisar de uns elogios. Talvez se se deixar de falar de políticos e começar a falar de criminosos a sério… não sei…

O exemplo (de George Lerner)
... que não aproveitamos


Em 1952, George Lerner inventou um brinquedo de grande sucesso na América (e em todo o mundo) chamado Mr. Potato Head (na imagem abaixo).


Em 2008, este inSensato Autor sofreu aquela que lhe parece ser a centésima quinquagésima quarta inflamação da garganta em 32 anos de vida. Inflamação da qual ainda está a sofrer consequências, com brônquios, laringe, faringe e cabeça a ressacar em dor. A juntar a isso, os pulmões estão mais uma vez a pedir para serem substituídos mesmo "antes do intervalo", de tão sobreutilizados estarem a ser nos últimos oito dias, para tossir, acima de tudo.

Todo o resto do corpo passou praticamente incólume aos efeitos da inflamação. À excepção do estômago que não acompanhou cabalmente o acréscimo de fármacos e andou ali um bocado aos papéis por uns dias. De resto, tudo ao fininho. Do peito para cima é que a coisa correu mesmo mal.

Leva-me isto a questionar o porquê de em 56 anos (que é tempo suficiente para nascer e morrer muita gente e para acontecer uma data de coisas, boas e más), ninguém se tenha dado ao trabalho de desenvolver para as ciências médicas a ideia original de Lerner que se baseava no conceito de poder alterar… tudo naquela cabeça de batata, sempre que se quisesse. Desde o bigode à boca, passando por nariz, orelhas, pés, chapéu, sobrancelhas, braços e não sei mais o quê… tudo é passível de ser alterado no Mr. Potato Head. Isso também devia acontecer em nós mas, infelizmente… não acontece.

Sinceramente, isso chateia-me porque me dava um jeito desgraçado poder mudar tudo o que me dói por "peças" (diferentes ou semelhantes) que fizessem o mesmo (ou melhor), pelo menos até que as que actualmente estão com maleita fossem reparadas.

Sim… a Medicina (que, recorde-se, começou apenas por – neste particular – fazer amputações; tirava-se e não se substituía) já faz transplantes com bastante sucesso… mas não é bem disso que estou a falar. 56 anos volvidos desde a invenção de George Lerner, já seria de esperar que esta questão não fosse tão problemática e que bastava a malta ir à loja para poder mudar as partes que estão KO e não OK. Se acontece com computadores, carros, roupa… só falta mesmo com o corpo humano, digo eu.

Além dos pulmões, faringe e etc. (com que estou mesmo a stressar fortemente), já agora, também não me importava de poder trocar o orelhame e narigongo de Dumbo que tenho por outros mais maneirinhos, e a título mais permanente. Se fosse só tirar uns e pôr outros, não custava nada.

Agora que penso bem nisso, talvez seja o lobby dos cirurgiões plásticos que não está a ajudar muito na colocação em prática da "lógica da batata" que Lerner criou. Hmmm… desconfio que sim…

Está muito na moda agora!...*


A frase diz tudo. A assumpção de que algo é bem visto a uma dada data (já reparou, InSensato Leitor, o quão giro é dizer “dada data” em voz alta…?) traz com ela a máxima que resume tudo nessas belas cinco palavras.

Aliás, a verdade é que está sempre alguma coisa (muito) na moda, agora ou em outra qualquer altura. Noutro qualquer “agora”, portanto. Por isso, será… quase justo dizer que a frase é logicamente verdadeira ou verdadeira baseada na lógica. Errado! Não é!

O que está na moda agora… deixa de estar na moda… mais tarde. No tal outro qualquer “agora”, portanto. E isso, logicamente, retira à frase a tal verdade baseada na lógica. É triste dizê-lo… mas é verdade.

Por exemplo, está muito na moda agora andar de iPod ligado, com os respectivos auriculares nos ouvidos, por todo o lado, não ouvindo nada que venha do mundo exterior ao “universo iPod”, que entra pelos ouvidos e se passeia pelos meandros da cabeça sem que se saiba bem por onde sai (muito embora eu desconfie que sai pelos olhos… mas não consiga provar). Ou seja, está muito na moda agora a malta alhear-se do mundo, marimbar para o que se lhe diz, em troca de uns acordes bem malhados que entram cabeça-dentro por uns auscultadores brancos (ou, mais recentemente, da cor... do arco-íris) e não se sabe bem por onde saem.

Um dia destes, isso há-de deixar de estar na moda. Pelo menos, espero eu que assim seja. E há-de deixar de estar na moda porque o resto do mundo, ignorado que é por quem anda para todo o lado com o iPod ligado, vai chatear-se, mais tarde ou mais cedo. E vai exigir que o raio dos auscultadores deixem de estar permanentemente enfiados nos ouvidos de com quem precisamos de falar. Está muito na moda agora… mas um dia destes…

Outro exemplo. Também está muito na moda agora ir a restaurantes de sushi e beber e comer coisas light mas acredito que, por ser tão bom, tão bom, tão bom… as belas idas a tascas com aquele cheiro entranhado de gordura para comer fantásticos cozidos à portuguesa, regados com uns belos tintos (ou moelas, ou pregos, ou bifanas, ou um belo pica-pau)... até termos de desapertar o cinto e o botão de cima das calças há-de voltar a ser um “must”. Isso, sim, nunca estando muito na moda, estará muito na moda agora… e sempre.

Se nada disto estiver a fazer sentido… porreiro!

Porque eu acho que está muito na moda agora não fazer sentido no que se diz e escreve. Resulta para os políticos, para os cronistas sociais e para mais uma data de gente – tipo… a malta dos blog’s – que se orgulha de proferir palavras sem nexo num qualquer meio de comunicação ou de um qualquer púlpito. E, se está muito na moda agora…!

PS: O texto (que eu próprio escrevi) levanta-me uma dúvida. Estar muito na moda será o mesmo que estar muito na berra?!? Se é ou não é, na v erdade, não me importa muito. Só é chato que eu próprio me enrodilhe com coisas que escrevo...


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* texto escrito a 1 de Agosto de 2007 e nunca publicado... vá lá saber-se por quê!... Volvido todo este tempo - mais de um ano - talvez o próprio tema já tenha passado de moda. Se sim, isso só ajuda à causa do texto, convenhamos.