Polegar Direito

É essencial (para além de nos pedidos de boleia e para chuchar no dedo, claro) para...

... agarrar decentemente canetas, telefones, ferramentas e tantos outros objectos;
... escrever no teclado do computador ou do telemóvel;
... abrir e fechar portas e janelas;
... comer usando os talheres ou mesmo as mãos;
... vestir qualquer peça de roupa, mas acima de tudo para apertar botões de camisa ou calças;
... fazer os nós dos atacadores do calçado;
... desfolhar papel;
... cozinhar, cortar alimentos e manipulá-los;
... conduzir (até para rodar a chave na ignição, o dedo que mais força faz é o polegar direito!);
... tantas, tantas outras tarefas (de que agora não me recordo).

Pois é. O Polegar Direito é absolutamente essencial para a nossa vida diária. Mas, na verdade, só nos lembramos disso quando lhe damos uma martelada certeira, lhe fazemos um golpe com um x-acto afiado ou (descobri agora mais recentemente) quando inadvertidamente o entalamos entre duas janelas corrediças.

RTP - Rádio e Televisão(?) Portátil

A verdade é que há uns quatro anos fui a uma loja chinesa comprar um radiozito para colocar junto à minha secretária no escritório onde, na altura, trabalhava. O critério de escolha foi, naturalmente, o preço. Baratinho... não pensei muito antes de decidir comprá-lo. Estranhamente, só agora (dois empregos, várias mudanças de casa e quatro anos depois) é que reparei nessa maravilha que surge no canto inferior esquerdo da caixa do (que eu pensava ser só) rádio.



TV???? Além de Rádio FM e Onda Média, Gravador e Leitor de Cassetes, o aparelho é também... um receptor de TV??? Mas... onde é que está o ecrã?!? Já lá vão 4 anos. 4 anos perdidos sem aproveitar essa funcionalidade da TV no rádio. Se perder outros 4 anos a tentar (em vão) encontrar um ecrã no raio do aparelho... de certeza que ele dá o badagaio antes disso!...

PS: Já agora... será que apanha televisão por cabo? SportTV... talvez?... Dava jeito...

Rehab das Boobies

Há mais de um mês que tenho um texto escrito para cá colocar. Um texto relacionado com uma coisa que parece fazer furor nos Estados Unidos, essa terra de fantásticas oportunidades de fazer palermices e ser um autêntico palerma continuando a ser “O Maior”. No caso, sobre esse maravilhoso embuste que é o Nipple Slip, o “acidente” que… “acidentalmente” aumenta a fama de quem “sofre” o “acidente” de mostrar uma parte do corpo que “não quer” mostrar.

Mas, tendo visto um bocadinho dos Grammy’s esta semana, decidi que há um assunto do género que é mais urgente do que esse. E daí o texto que hoje aqui trago.

Há um conceito poderoso (e, pelos vistos, vencedor) a tomar conta do mundo. Rehab. A palavra pode ser pequenina mas as potencialidades que ela encerra são, aparentemente, infindáveis. Neste momento, estatísticas apontam para que haja mais de três centenas (não… quatro… ou mais… cinco ou seis centenas - são estatísticas... minhas... vá...) de celebridades em rehab… e há muitos outros VIP’s em lista de espera.

Durante muito tempo, aqui em Portugal (onde a rehab não se usa muito), a palavra foi traduzida como “Desintoxicação” mas, hoje em dia, a rehab não se limita a desintoxicar o corpo de alguma substância maligna (álcool, droga, …); agora as pessoas (famosas) vão fazer rehab até por dizer muitos palavrões. Que eu saiba, um palavrão nem sequer se constituí como uma substância. Pode ser viciante, mas não é substância.

Agora trata-se acima de tudo de curar a alma e não o corpo. E isto está tão na moda e é tão bem visto que o Dr.Phil (o psicólogo/psiquiatra careca de bigode que o povinho americano idolatra) é bastante conhecido no nosso país, apesar de o programa dele passar só num canal de cabo praticamente só visto por mulheres do sexo feminino (impõe-se dizer isto porque não sei se “a” Filipa Gonçalves foi sondada para se determinar se é ou não espectadora do canal em causa).

Tomemos alguns exemplos de que a rehab está na moda. A Lindsay Lohan está há cerca de um ano a fazer rehab de drogas, álcool e mais não sei o quê. Está com um aspectozinho de meter dó mas – parece-me – nunca foi tão famosa; a rehab deve estar a fazer-lhe bem. Fala-se que o Heath Ledger também passou por um processo desses mas que saiu; viu-se o resultado final. A Naomi Campbell fez rehab por ter atirado uns quantos telemóveis a outras tantas assistentes pessoais; neste caso, acho que a rehab faria mais sentido se fosse para as assistentes, já que os telemóveis (quando atirados à mona de alguém) são, claramente, substâncias nocivas à saúde de uma pessoa; ainda assim, foi a Naomi que teve um aumeno na cobertura jornalística. Amy Winehouse (irónico – muito irónico – o apelido da senhora, que é dada fortemente aos copos) canta que não quer ir para a rehab mas anda “vai-não vai” para a rehab para perceber qual a substância que ainda não tomou para ter a fantástica voz (e a tresloucada maluquice) que tem; ganhou cinco (!) Grammy’s – é o expoente máximo do sucesso de estar dependente de tudo e mais alguma coisa… inclusivamente da rehab. Por fim, a Britney Spears. Já foi para a rehab, já fugiu, já voltou, já saiu, já se descabelou, já se mostrou ao mundo… todinha “descabelada” e agora está no Hospital, de novo em rehab; Conclúo que a Britney só pode estar a desintoxicar-se… do facto de ser a própria Britney Spears. Aliás, julgo que já não há substância que piore aquilo… nem substância que queira envolver-se com a miúda, para não ficar mal vista (a substância, claro). Ainda assim, Britney Spears continua em grande nas bocas do mundo.

Por tudo isto, eu… estou também a ponderar entrar em rehab brevemente. Não sou dependente de substância nenhuma (está resolvido aquilo com as gomas de Coca-Cola), mas há algo que incomoda sobremaneira a minha existência. Estou com aquilo a que se chama Man Boobies. A acumulação de gordura onde não é necessária determina que o tamanho dos meus peitos seja actualmente algo embaraçoso para mim. Tanto que começo a pensar que o desconforto (e o meu consequente comportamento quando toca a despir roupa, por exemplo, na piscina) deverá levar-me a entrar em rehab de vergonha de man boobies. Quem sabe isso não potenciará a minha imagem pública...! Se calhar,... não. Mas, para o caso, o importante é dar nas vistas o suficiente para chegar aos telejornais (cá em Portugal, o facto de ser inédito bastaria) e dados os exemplos que têm surgido… talvez valha a pena tentar, mais do que cansar-me a fazer exercício ou uma lipoaspiração (claramente menos em voga que a rehab) para perder esta gordura.

Se, entretanto, entrar em rehab – como penso fazer – aqui darei conta disso. Ou talvez nem seja preciso, porque ficarei famosíssimo, logo no momento em que dê entrada na clínica.

Colocar Certos Títulos Perto de Certas Fotos...

... dá nisto!

in "Correio da Manhã", 12-02-2008, pag.52

A mim, sinceramente, não me parece que o problema esteja no prazo de validade. Aliás, se "os olhos também comem", não me chateava nada apanhar uma intoxicação alimentar destas!...


Às Voltas Com(o) Uma Máquina de Lavar


Desconfio que haja pouca coisa pior do que ter uma máquina de lavar avariada em casa e ter de optar pela compra de uma nova. Os problemas são mais que muitos, desde a avaria da máquina "velha" (que nunca é tão velha quanto nós desejaríamos que fosse uma máquina "de pés para a cova") até à verdadeira aventura que é encontrar a sucessora na lavagem das peúgas e ceroulas da malta. Sim... lá em casa só se lavam essas peças de roupa; o resto a gente passa por água no lava-loiças e fica prontinho a usar, claro.

No caso, o que me parece é que a máquina preferia-nos (a mim e à minha recém-casada esposa) solteiros. Se antes do casório, trabalhava bem (ainda que com uma ou outra maluquice pontual), dois dias depois da cerimónia... começou o nosso calvário, com o aparelho a fazer avariar os vários programas à vez (e com isso obrigando-nos a encontrar todos os dias um ponto certo - diferente - para lhe "agradar") até se recusar simplesmente a trabalhar. Tudo isto (a reacção ao casamento, a maluquice pontual, a complicação, a matreirice diária e a birra final) só me leva a concluir uma coisa: a máquina de lavar é, definitivamente, gaja.

Mas, avante...

A avaria, de facto, tem-nos dificultado em muito a vida de casados. Logo desde a preparação da roupa para a lua-de-mel, feita com muita dificuldade e improviso, passando pela lavagem da mesma roupa no regresso e terminando na gestão diária da roupa usada desde então. Asseguro que não tem sido nada fácil. E o lava-loiças está sempre ocupado, o que prejudica a lavagem... da loiça, obviamente.

Agora que a máquina "morreu" mesmo, a malta teve de passar à fase seguinte. Andamos à procura da "senhora" que se segue. Mas há problemas.

1º problema: Qual a origem das melhores máquinas de lavar roupa? Em boa verdade, não sei. E ao fim de uma aturada pesquisa online e no terreno (leia-se, após visitas a várias lojas de electrodomésticos das região "Lisboa-Cascais-Oeiras-Sintra") continuo sem saber. Toda a gente me diz para evitar as máquinas coreanas, acima de tudo. Ok. Nada de novo aí, sendo que é sabido que o produto mais barato raramente (ou nunca) é uma boa compra. No entanto, o que mais surpreende é que me têm desencorajado também de comprar máquinas americanas, japonesas e centro europeias. A marca que até agora reúne mais consenso entre técnicos e vendedores (e que até tem preços mais ou menos acessíveis) é sueca. Mas, dada a opinião que tenho dos suecos e dos seus "estópeques" [vide texto de 21 de Janeiro - aqui], duvido que a nossa procura esteja perto do fim.

2º problema: Que características deve ter a máquina a escolher? Em boa verdade, (também) não sei. O que uma aturada pesquisa online e no terreno permite é a criação de uma enorme dor de cabeça para tentar perceber todas as (des)vantagens de um electrodoméstico ter centrifugação variável das 0 às 1400 rpm, termostato regulável electronicamente, programador electrónico com várias memórias para início e fim de lavagem, abertura da porta a 150º, display digital e/ou analógico, eficiência energética e lavagem "A" e eficiência de centrifugação "B"... Muito sinceramente, se a máquina quiser "só" lavar a roupita... por mim... está tudo bem.

3º problema: Que fazer à máquina obsoleta e em estado comatoso que jaz lá em casa? Em boa verdade, se calhar vai chegar a hora em que a nova máquina seja entregue no domicílio e eu ainda não saiba. Ou seja, é uma questão ainda em aberto e sem solução à vista a curto prazo, lamentavelmente.

Resumindo... O que eu não dava para que o raio da máquina se tivesse aguentado mais uns tempos, antes de declarar a sua (muito) própria setença de morte! Pelo menos, o tempo suficiente para que a malta tivesse tido a chance de aprender a resolver os problemas acima descritos de forma mais cabal. Assim, apanhados desprevenidos (vulgo, "com as calças na mão"), temos mesmo de nos safar com a roupita passada por água no lava-loiças.

Tem-nos encrencado a vida toda! Até nisso, a máquina foi muito gaja...!