Às Voltas Com(o) Uma Máquina de Lavar


Desconfio que haja pouca coisa pior do que ter uma máquina de lavar avariada em casa e ter de optar pela compra de uma nova. Os problemas são mais que muitos, desde a avaria da máquina "velha" (que nunca é tão velha quanto nós desejaríamos que fosse uma máquina "de pés para a cova") até à verdadeira aventura que é encontrar a sucessora na lavagem das peúgas e ceroulas da malta. Sim... lá em casa só se lavam essas peças de roupa; o resto a gente passa por água no lava-loiças e fica prontinho a usar, claro.

No caso, o que me parece é que a máquina preferia-nos (a mim e à minha recém-casada esposa) solteiros. Se antes do casório, trabalhava bem (ainda que com uma ou outra maluquice pontual), dois dias depois da cerimónia... começou o nosso calvário, com o aparelho a fazer avariar os vários programas à vez (e com isso obrigando-nos a encontrar todos os dias um ponto certo - diferente - para lhe "agradar") até se recusar simplesmente a trabalhar. Tudo isto (a reacção ao casamento, a maluquice pontual, a complicação, a matreirice diária e a birra final) só me leva a concluir uma coisa: a máquina de lavar é, definitivamente, gaja.

Mas, avante...

A avaria, de facto, tem-nos dificultado em muito a vida de casados. Logo desde a preparação da roupa para a lua-de-mel, feita com muita dificuldade e improviso, passando pela lavagem da mesma roupa no regresso e terminando na gestão diária da roupa usada desde então. Asseguro que não tem sido nada fácil. E o lava-loiças está sempre ocupado, o que prejudica a lavagem... da loiça, obviamente.

Agora que a máquina "morreu" mesmo, a malta teve de passar à fase seguinte. Andamos à procura da "senhora" que se segue. Mas há problemas.

1º problema: Qual a origem das melhores máquinas de lavar roupa? Em boa verdade, não sei. E ao fim de uma aturada pesquisa online e no terreno (leia-se, após visitas a várias lojas de electrodomésticos das região "Lisboa-Cascais-Oeiras-Sintra") continuo sem saber. Toda a gente me diz para evitar as máquinas coreanas, acima de tudo. Ok. Nada de novo aí, sendo que é sabido que o produto mais barato raramente (ou nunca) é uma boa compra. No entanto, o que mais surpreende é que me têm desencorajado também de comprar máquinas americanas, japonesas e centro europeias. A marca que até agora reúne mais consenso entre técnicos e vendedores (e que até tem preços mais ou menos acessíveis) é sueca. Mas, dada a opinião que tenho dos suecos e dos seus "estópeques" [vide texto de 21 de Janeiro - aqui], duvido que a nossa procura esteja perto do fim.

2º problema: Que características deve ter a máquina a escolher? Em boa verdade, (também) não sei. O que uma aturada pesquisa online e no terreno permite é a criação de uma enorme dor de cabeça para tentar perceber todas as (des)vantagens de um electrodoméstico ter centrifugação variável das 0 às 1400 rpm, termostato regulável electronicamente, programador electrónico com várias memórias para início e fim de lavagem, abertura da porta a 150º, display digital e/ou analógico, eficiência energética e lavagem "A" e eficiência de centrifugação "B"... Muito sinceramente, se a máquina quiser "só" lavar a roupita... por mim... está tudo bem.

3º problema: Que fazer à máquina obsoleta e em estado comatoso que jaz lá em casa? Em boa verdade, se calhar vai chegar a hora em que a nova máquina seja entregue no domicílio e eu ainda não saiba. Ou seja, é uma questão ainda em aberto e sem solução à vista a curto prazo, lamentavelmente.

Resumindo... O que eu não dava para que o raio da máquina se tivesse aguentado mais uns tempos, antes de declarar a sua (muito) própria setença de morte! Pelo menos, o tempo suficiente para que a malta tivesse tido a chance de aprender a resolver os problemas acima descritos de forma mais cabal. Assim, apanhados desprevenidos (vulgo, "com as calças na mão"), temos mesmo de nos safar com a roupita passada por água no lava-loiças.

Tem-nos encrencado a vida toda! Até nisso, a máquina foi muito gaja...!

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