11 passas


Nesta passagem de ano, só como 11 passas. Porque um desejo que tinha para 2009 já sei que está em vias de se realizar. E assim também se poupa nas passas, para depois as juntar a bolos ou coisas do género.

De agora em diante (principalmente, até fins de Julho), aceito dicas, conselhos, donativos e todas as espécies de contribuições que se mostrem válidas para que a "versão júnior" do K@ tenha um belíssimo início de vida, que há-de acontecer lá para o Verão.


Obrigado e Feliz 2009!

K@

e, finalmente, chegou "aquela" semana!


Caraças! Mas - atenção - «Caraças!» dito no bom sentido. Tipo «Ah! Caraças! Assim é que se está bem!!!» mas não exactamente. Só «Caraças!», com um grande sorriso a acompanhar.

E porquê tanta boa disposição? Simples. É que é chegada uma das melhores semanas do ano - curiosamente, a última. Aquela semana em que, qualquer compra que se faça no supermercado incluí... álcool! Caraças! (com um sorriso grande e expressivo, não esquecer)

Aliás, não tenho grandes dúvidas em que esta seja a semana em que mais bebidas alcoólicas (em quantidade e tipo) entram em minha casa, sem que me sinta minimamente culpado por isso, como em todas as outras 51 semanas do ano. Isso é muito bom!... Caraças!...

:-)

os meus melhores amigos do momento

Por causa do mau tempo, veio a cosntipação e, por causa da constipação, veio todo um mundo já sobejamente conhecido por mim, que é o das nefastas dores de garganta, inflamações várias e aquilo a que chamos "ceninhas más no gasganete". Ceninhas essas que se me aparecem com (muito) maior frequência do que aquilo que desejaria. De modos que agora é isto. Rebuçadinhos do Dr. Bayard... cuja origem desobri hoje mesmo... ao mesmo tempo que descobri também - pasmado - que esta verdadeira "instituição" do universo de coisas giras que Portugal tem desde sempre (ao mesmo nível, por exemplo, que os rebuçados Flocos de Neve e das Bolachas Maria") tem um site na internet (!), todo catita, que respeita inclusivamente a imagem original do produto. Onde é que está? Está... AQUI! (http://www.drbayard.pt)

feitas as contas ao natal...


...não posso deixar de analisar, mesmo que só de passagem, os presentes que recebi na reunião de família, no dia 25. Para casa trouxe três garrafas de vinho, um wok e um pijama. Deduzo, por isso, que a minha família julgue que, pelo menos em casa, sou um preguiçoso imenso que dorme demasiado, só penso em comida e abuso um bocado dos líquidos de tons rosados (que não sejam sumo de romã).

o chamado "espítito natalício"...


...não me "bateu", este ano. Muitas razões e, simultaneamente, razões nenhumas terão contribuído para que assim fosse em 2008. Simplesmente, não estou em "Christmas Mode", se assim se pode dizer.

Por exemplo, ir às compras, à cata dos presentes de Natal, só me faz lembrar que devia ter feito isso em Novembro como tanto gosto. Além disso, faz-me ver que é uma altura em que ninguém parece perceber quanto dinheiro tem na verdade ou realmente quanto para si vale o dinheiro que tem. Por estes dias, toda a gente parece esconder-se atrás desse conceito de "Espírito Natalício", ou para fingir que é rica e comprar tudo o que vê à frente (dando largas a um consumismo patético e desproporcionado), ou para se queixar que não tem dinheiro nenhum, que tem muita pena mas não pode comprar prendas este ano, justificando a opção em gastar o seu dinheiro apenas em si próprio - estão no seu direito... mas, convenhamos que não é bonito.

Eu gastei dinheiro, embora me tivesse custado e saiba perfeitamente que ele não abunda. Mas sei também que, mesmo que eu não esteja em "Christmas Mode", pelo menos os meus sobrinhos estão - o que é muito natural - e merecem o mimo.

O uso do Pai Natal nos centros comerciais também me parece... hadjhsjhagklagh. Isso mesmo. Hadjhsjhagklagh. Confesso que estou muito farto disso mas também admito que possa estar, apenas e só, sugestionado pelo facto de não estar com pachora para "natais". No próximo ano volto a pensar nisto e logo vejo se a aversão é temporária ou permamente.

E, por fim, como não podia deixar de ser, a parvoíce. Dantes, achava foleiro que se colocasse as árvores de natal junto estrategicamente às janelas, com as luzes a piscar.

Depois, passei a achar foleiro colocarem-se só aquelas espécies de mangueiras com luzes coloridas nas mesmas janelas, fosse em formas geométricas, de estrelas, de "Pai Natal" ou a escrever "Feliz Natal", "Boas Festas" ou "Festas Felizes", muitas vezes com erros ortográficos ou com tudo escrito para o interior da casa, o que tira sentido ao facto de se colocar luzes à janela se a malta cá fora não conseguir ler o que lá está.

Depois disso, comecei a odiar (ainda odeio, não foi sentimento efémero) os Pais Natal pendurados como que a subir às janelas, varandas, chaminés, antenas e afins. O Pai Natal supostamente entra em todas as casas mas também não é preciso usar esse pretexto para lhe passar um atestado de criminoso, invasor de propriedade privada (ainda para mais, um falhado; passa-se toda a época natalícia e o raio do homem nunca chega a entrar em casa nenhuma - fica lá pendurado, no mesmo sítio, até ao Dia de Reis... Coitado...).

E, agora, os acérrimos "Espírito-Natalício-dependentes" deram em colocar gambiarras coloridas do lado de fora de casa. Maravilhoso! É luzes coloridas a piscar em tudo o que é beiral de telhado, corrimão de varandim, caixilho de janela, canto ou topo de chaminé, em plantas ou nos mini-canteiros dependurados nos 1ºs ou 2ºs andares dos prédios... Tudo a piscar desenfreadamente, noites inteiras (a EDP agradece). Sinceramente, (e, repito, pode ser só porque não estou virado para estas coisas, este ano - mas duvido muito que seja só por isso) não vejo "Espírito Natalício" nenhum nessa mania das gambiarras piscantes. A mim, só me faz pensar que, em Dezembro, o meu bairro se torna numa espécie de "Alto"... Bairo Alto, com bares e discotecas em cada canto, ou - pior - no Red Light District cá da zona.

Fica por saber se o Pai Natal acede "assaltar" o que aparente serem casas de prostitutas e/ou alternadeiras. Sim... elas não são nem mais nem menos do que ninguém (não estou a discriminar ninguém negativamente)... Mas não se pode dizer que, durante o ano, essas meninas tenham sido só "nice" e nunca "naughty".

A verdade é essa.

coisas que acontecem em simultâneo



Fazer as compras de Natal, indo freneticamente de centro comercial em centro comercial, e desaprender todas as regras do Código da Estrada; todas. É. Pelos, vistos, são coisas que acontecem exactamente ao mesmo tempo e, simultaneamente, a uma imensidão de gente. Descobri isso hoje, enquanto tentava escapar ileso de uma simples e curta viagem entre o Allegro de Alfragide e o Oeiras Park.


O seu futuro, segundo o microsoft Office



Quem trabalha na (ou com a) restauração sabe perfeitamente que quase todos produtos (seja um café, uma imperial, uma sandes de queijo ou até um pires de percebes; os exemplos são mais que muitos) chegam ao consumidor com preços altamente inflacionados em relação ao verdadeiro preço base (preço de custo), ou seja, muito mais caros do que deveriam ser.

Isto passa-se em quase todos os sectores em que se troque bens ou serviços por dinheiro. O cliente, mesmo tendo “sempre razão”, acaba por ter mais razão de queixa do dinheiro que gasta do que outro tipo de razão qualquer. Quero dizer com isto que o consumidor, mesmo não podendo fazer grande coisa para o evitar, apercebe-se que está a ser obrigado a pagar mais do que seria razoável por alguma coisa. Por outras palavras, toda a gente percebe quando lhe estão a mexer no bolso.

Toda a gente… excepto os directores de jornais e revistas de todo o mundo. Só eles – mais ninguém, praticamente – é que ainda não perceberam que há um dinheiro que gastam de forma muito parva e que poderiam muito bem poupar em todas as suas edições. E continuam a gastá-lo – o que é mais engraçado.

Horóscopo. É um grande esquema. Uma verdadeira “galinha dos ovos de ouro” para quem tenha uma lábia de jeito, uma criatividade q.b., e bons conhecimentos de Excel. Não é preciso mais nada. Fazer horóscopos é mesmo muito fácil.

A verdade é que, se se prestar atenção, é também fácil detectar que o horóscopo diário, semanal ou mensal, dos jornais e revistas é um embuste. Aquelas balelas sobre sorte, dinheiro, amor, saúde e trabalho, com os acrescentos da carta dominante, do cristal protector ou do número da sorte… tudo isto repete-se com uma frequência impressionante. Por exemplo, a frase «Deve cuidar mais da sua mente e do seu espírito», uma generalidade de todo o tamanho, aparece no signo de Caranguejo num dia e pode surgir em Capricórnio, Escorpião, Touro ou Virgem nas próximas edições do mesmo jornal ou da mesma revista.

O que eu acho ser a chave para que isto seja possível é um simples ficheiro de Excel. Com isso e uma mão cheia de banalidades lá guardadas para serem geridas pelo próprio programa do Office, é fácil não repetir as mesmas generalidades (que fazem servir a carapuça a qualquer membro de qualquer signo) no mesmo símbolo do zodíaco, mas sim repeti-las, ainda assim e sem que se note, em edições diferentes da mesma publicação.

A sorte dos tarólogos, futurólogos, astrólogos ou até sociólogos a quem os editores pagam para que estes prestem esse pobre serviço é que ninguém lê o horóscopo de fio a pavio. Ninguém lê tudo. Normalmente, só se lê um signo, dois no máximo. Se se lesse tudo, sempre, era fácil encontrar «Deve cuidar mais da sua mente e do seu espírito» em diferentes signos, em duas ou três edições consecutivas, estou em crer; e isso seria a desgraça dos “Horoscopólogos by Excel”. E, dessa forma, também os directores da imprensa escrita – problema deles, não fazerem um esforço para perceber que estão a ser gamados – saberiam que as “Mayas” deste mundo não passam de umas espécies de “sandes de queijo”, que lhes custam para aí 14972% mais do que realmente valem.

conselhos úteis para a vida - 1



Quando lhe oferecem doces, deve retribuir oferecendo doces também. Por exemplo: se lhe oferecerem chocolates, pode dar gomas ou algo do género (desde que seja um doce apreciado). Porque amor com amor se paga... E doces com doces, também.


um polícia em cada... rotunda



Já há algum tempo que vinha pensando nisto mas desde ontem que para mim se tornou evidente ser necessário alterar a velha máxima "um polícia em cada esquina" para "um polícia em cada rotunda".

Ontem, em cerca de quatro horas, enfrentei filas de trânsito muito complicadas causadas por três acidentes (apenas chapa batida) que aconteceram em rotundas diferentes (duas delas com 300 metros de distância entre si). Na sua grande maioria, os acidentes desta natureza passam por um processo como este:

Os carros batem, os condutores saem e discutem, ninguém retira o carro do sítio, os condutores discutem um bom bocado mais, ninguém acede a preencher a declaração amigável, discute-se em plena rotunda com os outros carros a fazerem gincana tentando passar entre os automóveis acidentados e os condutores vestidos com os coletes fluorescentes que vão discutindo, alguém finalmente chama a Polícia, a Polícia demora, os condutores acidentados continuam a discutir e mostram um ao outro os danos (mínimos) que têm nos seus carros, os agentes da Polícia chegam depois de fazerem gincana entre os carros na fila criada até ao centro da rotunda, os condutores discutem, os outros condutores apitam, os polícias analisam o local e os carros acidentados, os condutores discutem, os polícias tomam notas, ouvem-se muitas buzinas, os polícias medeiam por fim a discussão que ainda continua entre os condutores acidentados vestidos com os coletes fluorescentes e concluem que tudo se poderia ter resolvido com o recurso à declaração amigável, os condutores acidentados discordam e discutem então com os polícias que viram costas e vão embora deixando os condutores a discutir sozinhos um pouco mais até que preenchem a declaração amigável, tiram os carros e seguem o rumo normal da sua vida, aborrecidos com o sinistro mas felizes por poderem despir os hediondos coletes fluorescentes. Entre o acidente e o momento em que toda a gente vai à sua vida passam pelo menos 45 minutos, uma hora... Nesse tempo, o trânsito acumulou-se de tal forma que ainda deverá demorar a escoar e ninguém garante que, com os atrasos dos condutores retidos nas filas não dêm azo a novo acidente precisamente na mesma rotunda apenas alguns minutos depois da resolução do anterior. E, se acontece, o processo recomeça.

Se, de facto, houvesse um polícia em cada rotunda, haveria duas grandes vantagens, a meu ver:
  1. em caso de um acidente ser mais sério, seria uma excelente testemunha e accionaria de imediato os meio necessários para a resolução do problema;
  2. nos acidentes de "beijinho" ou pouco mais, praticamente nem deixava os condutores sairem dos carros, quanto mais andarem a discutir vestidos de fluorescente no meio da rotunda - «Vá!!! Desapareçam! Vão lá resolver isso no próximo parque de estacionamento que encontrem e não empatem aqui, que esta gente tem mais que fazer! A'ndar! T'á'ndar! Siiiga!!!!»

dicas para um bom casamento - 1



Evitar o tema hálito matinal é uma opção sensata. Eu e a minha mulher, por exemplo, levamos isso à prática... e somos muito felizes!



O “Dossier: Bloom” (opened & closed)
ou, “as ruivas (ainda) estão em alta”


Confesso, antes de mais, que temi por este post. Ou melhor, temi que este post fosse mais do que apenas um.

Em explicando, já há vários dias que planeava escrever sobre este assunto e que hoje o que aqui surgiria seria apenas o primeiro de, pelo menos, dois inSensos sobre a minha intensa (e dramática) busca por uma ruiva. Afinal, a busca até foi, de facto, intensa (e um bocadinho dramática) mas já terminou, sendo bem sucedida – adianto já.

Voltando ao início de tudo, tenho de esclarecer que a razão para esta minha arriscada aventura tem por base um desejo da minha sobrinha de 4 anos de idade, que ao “Pai Natal” pediu pouca coisa mas foi meticulosamente específica no pedido: ela quer uma Bloom.

O que é uma Bloom? É uma boneca. Perdão… É uma Winx. As Winx’s não são propriamente bonecas; são… meninas… em miniatura. Perdão… Não são bem meninas; são… pequenas fadas estudantes de magia, sendo que a Bloom é a fada ruiva que forma o Clube Winx, juntando mais quatro amigas (uma de cabelo loiro, outra de cabelo castanho, mais uma de cabelo preto e uma de cabelo… mais ou menos entre o roxo e o cor de rosa – entretanto, desde o início destes desenhos animados, já se lhes juntou mais uma Winx, de raça negra, a bem da diversidade étnica da coisa, desconfio).

Como a minha sobrinha faz muita questão de ter uma Bloom este Natal, o tio foi à procura, pensando que, sendo as Winx’s tão populares neste momento, não seria de todo complicado. Mas enganei-me. Foi complicado, e muito. Afinal, a Bloom é terrivelmente difícil de encontrar! Tanto que a minha busca demorou mais de duas semanas, em vários centros comerciais, alguns deles visitados por mais do que uma vez, na esperança de que a reposição de stocks ajudasse um tio ávido de agradar à sobrinha. Hoje, finalmente, consegui encontrar UMA (não havia mais!) e a busca terminou em bem. Ei-la.

Tudo isto levou-me a pensar (para além de, a certa altura, julgar que não conseguiria manter imaculada a minha imagem de bom tio, claro) que, apesar de por vezes não fazer grande sentido (toda a coisa das meninas fadas serem superstars ao nível da Madonna e mais cobiçadas pela pequenada que bilhetes para o High School Musical – e eu sei do que falo!), o mundo ainda é o que era. As ruivas continuam em alta. E isso deixa-me muito mais descansado.

Por serem as mais raras, as ruivas foram consideradas, praticamente desde o início da Humanidade, as mulheres mais misteriosas e sensuais do planeta. Pensei que isso estivesse a começar a não ser verdade, com a constante “POP’ização” das loiras, das morenas e das negras. Exemplos: Madonna, Britney Spears e Shakira… loiras; Katy Perry, Gabriella Cilmi… morenas; Beyoncé, Leona Lewis e Rihanna… negras.

Não há qualquer ruiva nas maiores popstars do momento… excepto a Bloom, aparentemente! A excepção confirma a regra (a tal, das excepções que confirmam as regras), e eu e todo o resto da espécie Humana suspiramos de alívio… mesmo que isso torne a busca por uma simples boneca (perdão… fada) extremamente complicada a qualquer tio que queira fazer uma sobrinha feliz este Natal (e também manter a sua imagem de bom tio imaculada, claro).

Assim o país não anda prá frente, não!


Isto é rigorosamente verdade (estou mesmo a falar a sério):

A rua da empresa onde trabalho tem sempre muito movimento. Há sempre carros e pessoas a circular por ali. Então às horas de entrada e saída da maioria dos funcionários das várias empresas que ali operam... chega a haver engarrafamento de trânsito, apesar de ser uma normalíssima zona industrial.

No entanto, seja hora de ponta ou não, dia de semana ou de descanso, seja de noite ou de dia, a rua ali mesmo ao lado nunca tem engarrafamentos (nem mais de dois carros seguidos, quanto mais!) nem gente a circular (por exemplo, nunca vi mais do que três pessoas na paragem de autocarro que lá existe). É impressionante.

Confesso que, de início, não percebi o que tornava aquela rua tão pouco apelativa às pessoas. Por que raio ninguém gosta de passar ou estar lá? Entretanto, lá entendi.

Chama-se... RUA DO TRABALHO.

tenho saudades de comer pistachios!





... ah... isto estava a gravar, era?!... Agora ficou escrito, ali em cima, a amarelo e tudo mais... Olha... Paciência...

procura-se


Há um mistério que está a tomar conta do meu lar, doce lar. A expressão "lar, doce lar" era escusada, aqui, bem sei. Mas como nunca a havia usado por estas bandas (e porque estou farto de pesquisas por gajas de rabo grande que aqui vêm dar), decidi fazê-lo hoje, para começar a surgir por cá gente com mente mais "limpa" e no Google digite, então, "lar, doce lar". A todos esses novos leitores, Boas Vindas!

Dizia eu que há um mistério novo do "1º andar a contar do céu" onde vivo actualmente. No início da semana passada, pegámos num filme em DVD e passámos uma calma noite de cinema (sem pipoca, infelizmente) em casa. Desde então, o comando remoto do leitor não mais foi visto e está, ainda hoje, em paradeiro desconhecido.

A família (a nossa, já que não conhecemos a dele) está preocupada, sem saber qualquer novidade: onde estará, como estará, se estará a alimentar-se convenientemente ou se está com pilha fraca, se ainda se mantém lúcido ou se - esperemos sinceramente que não - já perdeu a orientação e se mostra incapaz de orientar qualquer outro aparelho. Isso é, no fundo, o que mais nos preocupa. Não por nós, num sentido de que nesse caso ela já não nos pode servir, não. Por ele, porque caso não consiga controlar-se a si ou a outros... que outro objectivo terá na vida? Qual será o sentido da vida dele?

Repito: esperamos que não. Ser-nos-ia doloroso saber que ficaria votado a uma existência nula, em estado comatoso, sem vida nas teclas, ligado a duas pilhas carregadas que, ainda assim, seriam impotentes para lhe dar energia. Isto e, mais tarde, a ser substituído por algum mais novo, ... Universal, como se intitulam esses que, descurando uma especialização e sem qualquer brio profissional, acedem a fazer tudo, mesmo que mal. Eu bem sei o que passo com esses "universais", que prometem mundos e fundos, a troco de pouco dinheiro, no MediaMarkt ou na Rádio Popular. Servem para a TV mas não mudam o canal, só aumentam e diminuem o som, orientam o Vídeo mas só quando lhes apetece e o DVD só em noites de lua cheia, e entre Março e Maio. Esses, amontoam-se na gaveta dos detritos electrónicos lá de casa. Avariam-se em dois, três meses, se não menos.

Custava-nos ver ao nosso comando do DVD acontecer o mesmo. Por isso queremos encontrá-lo rapidamente, para sabê-lo bem, para o tratarmos se preciso for, para lhe darmos o futuro que merece e não nos vermos forçados a trocá-lo por um mercenário qualquer que não permita a troca das legendas a meio do filme, o uso do slow motion ou até da função zoom. Estamos fartos de chicos-espertos, preguiçosos e caprichosos. Não queremos mais!

Como já deve ter percebido, estamos em ânsia por encontrar o nosso controlo remoto do DVD. Já procurámos em todo o lado: no sofá, entre as almofadas, em toda a sala, em toda a casa...

Queremo-lo de volta! Infelizmente, não temos uma foto dele (culpa nossa! uma relação assim, como a que temos, merecia um registo para a posteridade...). É parecido (não igual, mas parecido) com este outro, de traços semelhantes.


Caso o veja por aí, por favor, diga-lhe que estamos preocupados e que o esperamos em casa, no sítio dele, o poufe quadrado que está à frente da televisão da sala. Obrigado.

= = = = = UPDATE = = = = =


Apareceu!!! Ao fim da tarde. Não muito longe do sítio onde normalmente está. Visivelmente desorientado. Perdido. Mas bem. Foi acolhido com o carinho que merece e já estamos a ver se está com algum problema. Aparentemente, não; mas pelo sim pelo não esta noite ninguém viu filmes em DVD, para que o moço tenha hipótese de descansar. Estamos felizes de o ter de volta.

gm


Se a General Motors fosse o que a sua sigla (GM) significa (para além, claro, de General Motors), não teria os problemas com que actualmente se depara.

É um facto que os produtos Geneticamente Modificados podem ser controversos e tal... mas a verdade é que o bicho não lhes toca e o difícil mesmo é serem afectados pela podridão.

Dava ou não dava jeito à GM ser... G.M.?

médicos:
metam-se com a malta do vosso tamanho, pá!


Tenho para mim que os médicos são gente muito perigosa. Fazem a vida deles a... tratar da saúde a todo e qualquer um que lhes apareça à frente! É por isso que eu acredito que se todos os médicos se juntassem numa ilha sem nome, chamar-lhe-iam Sicília, de certeza.

No extremo oposto da minha consideração estão os agentes fúnebres: funerários e coveiros. Porque são pessoas concilidoras. Para eles, todo e qualquer problema que surja é garantidamente assunto... morto e enterrado. Desconfio que não haja postura mais conciliadora que essa.

fui raptado por extra-terrestres!!!


Quero dizer... não posso exactamente provar que fui, de facto, raptado por seres alienígenas mas desconfio, sinceramente, que sim.

Há cerca de três semanas que sinto uma comichão danada na palma da mão direita, onde NUNCA tive qualquer tipo de coceira, urticária ou sequer um simples problema de pele (exceptuando um breve episódio infeliz com um detergente para loiça, entretanto resolvido com sucesso). No entanto, é mesmo na palma da mão que a comichão ataca em força. A minha conclusão - nada precipitada - é a de que extra-terrestres me colocaram um chip ou um implante desse género sob a pele, para controlar tudo o que faço.

Como não sei com exactidão quando isso aconteceu (só sei que sinto esta comichão há cerca de três semanas), parto do princípio de que terei sido "abordado" pelos aliens nos últimos tempos, embora também isso não seja passível de ser provado. Durante o dia não terá sido, que eu dar-me-ia conta disso. De noite... não sei. Eu não me apercebi de nada e a minha mulher também diz que não deu por confusão nenhuma lá no quarto nem pela minha falta na cama. A não ser que ela esteja feita com eles, não tenho razões para duvidar da esposa, naturalmente.

Seja como for, a comichão está cá, pelos vistos, para ficar. E se alguém dado à Ciência quiser investigar isto, eu deixo... a troco de uns poucos milhares de euros e na condição de a cedência do meu corpo ser por apenas alguns minutos (e não para a eternidade, como agora virou moda), sem a aplicação de cortes cirúgicos que deixem cicatrizes ou daquela coisa chata... como é que se chama...? Ah, sim! ... morte. Mais de resto, tudo bem.

Se essa pessoa ligada à Ciência for só um dermatologista... também serve.

«Como Atormentar o Meu Vizinho»


Descobri que alguém veio aqui ter, depois de ter feito uma pesquisa no Google por «como atormentar meu vizinho» (a prova está AQUI).

Na senda de prestação de Serviço Público que é apanágio deste blog, aqui vai a resposta a essa tão nobre dúvida:

1) Se viver num apartamento... tire férias. Longas, se possível. Mas antes de partir de viagem para outra qualquer parte do mundo, assegure-se que a sua porta é impossível de arrombar, que as suas janelas estão fechadas e tapadas por painéis de ferro, tal como deve garantrir que as persianas (se possível, de metal) estão muito bem fechadas. Ou seja, faça tudo para que ninguém possa entrar em sua casa. Depois, mesmo antes de fechar a porta e ir de férias, ligue a aparelhagem, a televisão, o rádio da casa de banho e o da cozinha, o leitor de dvd (se tiver um sistema home cinema... tanto melhor)... enfim... ligue TUDO, e puxe todos os volumes ao máximo. Depois dê à sola. Sim... custa algum dinheiro em electricidade... mas quem quer atormentar um vizinho como gente grande não deve olhar a esses pormenores.

2) Se viver numa vivenda, é mais complicado. Mas pode sempre... tirar férias também. Assegure-se é que o elefante que alugou ao circo itenerante que apareceu lá na terra não comeu nos últimos 12 dias e, antes de zarpar para outras paragens, atire tudo o que ele possa achar interessante para comer para o maior número de locais em que o paquiderme possa fazer estragos (se hover jardim e/ou quintal, vai ver que será bem sucedido); ah... e se o automóvel do seu vizinho estiver estacionado ao ar livre, aconselho à colocação de amendoins bem no meio do capot e do tejadilho*. O aluguer de animais circenses está um bocado carote?!... Mais uma vez... não é altura de fechar os cordões à bolsa! Atazanar o seu vizinho em grande estilo não é coisa que se faça com a mente posta nas vacas magras nem nos apertos de cinto.


Agradecido?...
Não tem de quê!



* - se não houver elefantes disponíveis... não desista. Hipopótamos ou rinocerontes também prestam um bom serviço. Tem é de saber exactamente o que cada um come e certificar-se que não comem nada nas cerca de duas prévias ao início das suas férias.