Notíííííícias do Muuundo!


Notícia VERÍDICA, publicada num pasquim americano, chamado "Bangor Daily News"...

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Os empregados de um restaurante na cidade de Calais (Estado do Maine, Estados Unidos da América) desconfiaram quando um cliente assegurou estar a ter um ataque cardíaco. O homem contorcia-se muito e tudo mais... e foi por isso que o "112" (que, lá, é o "911") foi chamado ao local .
O chato, para o "cliente", foi não ter tido problemas nenhuns de suores ou afrontos enquanto se deliciava com a loooonga refeição que tomou. É que esse facto levou o proprietário do restaurante a pedir que a polícia viesse a acompanhar os paramédicos.
Resultado: Elias I. Elias (nome estranho...!) afinal, já tinha sido condenado por 18 vezes por acções semelhantes, pequenos roubos e "fugas apressadas de restaurantes e snack-bares", confimou o Ministério Público do Condado de Washington.
O caramelo foi a tribunal e acabou por ser condenado novamente, desta vez a passar 90 dias na cadeia.

Ah... Só um pormenor...
Tal como aconteceu em todas as outras vezes, este tal de Elias cumpre a pena... mas pagar a conta... é que não pagou... nem vai pagar!
«Alguém que a pague... porque, papada, já está!», deve ser o "lema" dele.

Pensando bem... ele devia ficar era na pildra.
As refeições até são de graça...!

"buaquinho" no "bônsu"


Mesmo consciente da pequenez da minha importância, acho que falarei por muitas “almas” (especialmente masculinas) quando afirmar que há poucas coisas no mundo que nos irritem mais do que o surgimento de um furo (rasgo ou buraco, como quiserem apelidá-lo) nos bolsos das calças.

Como deve ser perceptível, eu sou uma das mais recentes vítimas desse flagelo.

Para quem guarda os objectos mais diversos nessa divisão das calças, é um martírio sem igual. Eu, por exemplo, sou das pessoas que nesses bolsos guarda as chaves e o telemóvel, acima de tudo (o que, para além de ser prático, tem as duas clássicas vantagens de ser um “vibrante” prazer sempre nos ligam e de nos fazer parecer mais bem fornecidos de “masculinidade” do que por vezes somos…). Acho que é uma coisa mais de gajo mas acredito que as gajas – embora menos – também usem, à sua maneira, o bolso do chamado jean.

Mas… quando menos se espera… (como é difícil fazer esta onomatopeia!...)
“RRRRAAAAAASSSSSSGGG!!!” (confesso que não consegui melhor… peço desculpa!...)

E tudo se complica sobremaneira a partir desse momento. Pôr as mãos nos bolsos (esse gesto tão comum) passa a ser quase proibido, porque – das duas, uma – ou rasgamos mais ou… rasgamos mais!...
O que – em qualquer uma das situações –, convenhamos, é mau.
Pior é quando somos uns perfeitos anormalóides (como eu), nos esquecemos de que o rasgo lá está e… “lá vai disto!...”, mão ao bolso… e… “rrrrraaaaaaaassssggg!”. Mais um bocado!...

Quanto maior se torna o buraco, mais impossível se verifica a tarefa de guardar coisas na algibeira, principalmente por causa do desconforto. As pontas das chaves começam a tocar na pele da parte interior da perna, as moedas (para o café) caem ao chão (não sem antes percorrerem toda a perna da calça), saindo junto ao pé… coisa embaraçosa… e a chegada de uma chamada (ou mensagem) ao telemóvel começa a ser um evento deprimentemente mais agradável, a cada milímetro de diâmetro que o buraco vai ganhando.

É nessa (degradante) fase que se encontra o buraco do bolso direito das minhas calças de ganga. Calças que tanto jeito me dão mas que nos últimos dias já me proporcionaram a perda de 3€ e mais uns cêntimos de trocos, umas contorções em plena rua (com origem na zona da virilha e direito a música de acompanhamento providenciada pela TMN) e umas quantas situações de ter de meter a mão ao bolso, só para tirar as chaves do Punto, porque me estão a fazer cócegas (desagradáveis) na parte de dentro da coxa.

É mau. Eu sei.

Mas pior será quando, por fim, até algum lenço de papel (ou mesmo um pacote de lenços inteiro) se “espípe” pelo – então – ENORME buracão, alargado por dezenas de vezes em que ponho a mão ao bolso, esquecendo-me que o forro dele está rasgado.

Aí... talvez seja hora de mandar coser o bolso.

Intencionalmente, deixei “de fora” um aspecto importante da questão que interessaria, certamente, a alguns leitores, mas como não sou sócio (nem simpatizante) do CFFPBB (leia-se Clube de Fãs e Fervorosos Praticantes do Bilhar de Bolso, clube filiado numa secção desconhecida Federação Portuguesa de Bilhar Alternativo), não vou versar sobre a temática da execução intencional de buracos nos bolsos das calças, para que seja mais cómoda e – qui ça – mais eficaz a prática desse “desporto radical” que é o Bilhar de Bolso; modalidade (estranhamente... ou não...) com muitos adeptos no nosso país.

Caso assim o desejem, que falem eles disso… mas, por favor, não aqui no burgo … que apesar de ser como é… ainda é um blog que pretende manter um certo bom-nome… enquanto for possível, claro.

Sex on the Job


Não... Não houve ragabófe.
Lá porqure o título é aquele, não quer dizer... batatas com bacalhau.
Há que acalmar o facho já, não vá a lascívia do InSensato visitante perturbar a leitura deste (quase) inocente post, ok?...
A Gerência do burgo agradece.

O que acontece é que, há uns dias atrás, apercebi-me de algo deveras interessante na casa-de-banho do meu local de trabalho.
À saída - já depois de lavar e secar as mãos após... pronto... isso - reparei (pela 1ª vez em tanto tempo) num armário de vidro que lá está, bem ao estilo das "farmácias" que temos em casa.

Mas, apesar de ser de dimensões consideráveis, o armário está quase vazio (o que se vê bem, porque é de vidro). Lá dentro, uma bizarra combinação de elementos chamou-me a atenção.
Se não, vejamos.

Lista de objectos que se encontram no armário do WC do meu local de trabalho:
- 1 embalagem de gaze
- 1 bisnaga de Hirudoid
- 1 frasco de Eosina
- algodão
(até aqui tudo bem... mas tudo fica muito estranho a partir deste ponto)
- 1 porca e 1 parafuso, devidamente atarrachados mas colocados na prateleira do armário (?!?!?)
- 1 (UM) preservativo (!!!!!!!!!!!!)

Fiquei perturbado.

Que momento estranho, aquele que vivi em pleno ambiente de labor diário!...

Rapidamente, cheguei a algumas conclusões que me parecem pertinentes.

Isolados, os elementos acima referidos, são perfeitamente inofensivos, mas... juntos... a coisa muda totalmente de figura.
E, juntos, o que estes objectos me "dizem" claramente (ou então não...) é que o meu empregador encoraja a existência de relações de grande maluquice de natureza erotico-sexual entre a malta do meu local de trabalho... mas também que só encoraja um bocadinho.

Vamos por partes.
Acho que, desde logo, (para quem gosta de uma certa subtileza na mensagem e não fica logo todo com os calores por ver o preservativo ali à mão) a mensagem implícita pela porca e o parafuso é um forte de indício de que o ragabófe não seria mal visto pelo patrão.
Não esquecer que "parafuso" (mas também "rosca" e tal...), em inglês, se diz "screw" e que "screw" também signifa "pinocanço"...
Uma subtileza linguística do chefe, claramente.


O preservativo... pronto... é evidente. Está ali... é para ser usado, como é óbvio.

No entanto... lá está... só UM.
Por isso é que o "boss" encorajar, até encoraja... mas só um bocadinho.


Mas há mais.
Como se a "mensagem de incentivo" ao sexo no trabalho não fosse já por demais suficiente (com o preservativo à mostra e o "screw" em grande evidência), ainda se pode denotar uma preocupação do meu empregador com o "pós-maluquice", o que me parece extremamente positivo.

Pensem comigo.

Então e se a malta se arranha na quina de uma secretária ou esbarra contra uma aresta abrasada da máquina fotocopiadora...?
Há gaze, algodão e eosina para fazer o curativo!...
E maus jeitos durante uma "voltinha" mais arrojada...?
(Apesar de estar proibido por lei) O Hirudoid poderá dar uma ajuda, não?...

Pensa em tudo, o meu chefe!

Bem haja, patrão!...


A "lasagna" e a Guerra no Iraque


Nota prévia:

A minha ausência ontem deve-se a este post; à sua preparação, execução e apresentação pública.
Esta é uma tese criada especialmente para ser defendida numa tertúlia que me incumbiu de «dizer umas coisas» num jantar (que teve lugar ontem à noite). Como (quase) sempre, esta minha teoria está fundamentada em pressupostos imbecis e irresponsáveis pesquisas, nas quais a veracidade dos factos será potencialmente inexistente; ou seja, o que adiante for lido... pode ser só uma data de balelas.
Mas... que raio... Este blog não é assim desde o início mesmo?!?...

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Dignissimos Membros da Tertúlia:

Tenho tanto prazer em aqui estar como tive em aceitar o convite para comer completamente à borla, tendo, para isso apenas de pagar a minha parte nos ingredientes que compõem o prato principal, trazer «alguma coisita para beber» e, claro, preparar uma tese – esta que vos apresento agora – para merecer estar neste momento a, repito,… comer à borla.

Ora… sendo o prato principal uma lasagna, decidi então que esse facto poderia muito bem ser destacado… obviamente, para o bem da clarificação da importância desta iguaria nos destinos do mundo, tal como o conhecemos.

Tenho para comigo a fervorosa crença de que a lasagna – sim, a lasagna – poderia ter impedido a recente Guerra no Iraque.

Para quem está com a moleirinha confusa com esta contundente afirmação (que também pode ser intitulada de “Bitáite Imbecil”, o que até me deixaria, de certa forma, orgulhoso - confesso)… passo a explicitar as vastíssimas ramificações que me levam a chegar a esta (aparentemente estranha) conclusão.

Normalmente, vista como uma especialidade italiana, a lasagna tem origem num procedimento… grego, na altura chamado de “laganon”, que designava o corte da massa (que, curiosamente, até foi inventada pelos chineses, em tempos imemoriais) mais tarde usada pelos romanos num prato a que deram o título de “laganum”; semelhante à actual lasagna, mas feito todo no forno e não com ingredientes cozidos e depois gratinados.

Mas mais vim a saber quando me debrucei sobre esta interessantíssima temática.

A carne picada – confesso – não descobri quem se lembrou de a criar, mas tenho a tentação de pensar que, recuando à pré-história, iríamos chegar à conclusão de que um infeliz acidente, em que a má disposição de um Neandertal e a fomeca de um outro terá dado origem ao gosto pela carne previamente despedaçada (no caso, também deglutida e regurgitada) e misturada numa amalgama de outros alimentos.
(Ah… e, como se sabe, a vida humana começou em África…)

O tomate tem origem no México (quem diria?!?...), a cebola, no antigo Egipto (depois trazida para a Saxónia, para Roma e mais tarde, já na Polónia - constituída como um território autónomo -, o rei Stanislau terá inventado aquela que é a sopa que mais gases e diarreias terá provocado no mundo até hoje: a Sopa de Cebola.

Para dar um cunho transalpino a esta miscelânea de ingredientes, os italianos juntaram então o azeite (que eles próprios inventaram), mas o vinho… que até poderia ser feito lá… não foi certamente criado por eles, sendo essa invenção disputada por gregos, chineses e até – imagine-se – pelos quase sempre ignorados georgianos.

Ou seja, contas feitas, tudo junto, condimentado e posto no forno… a lasagna não é só uma especialidade culinária.

Não!... É um testemunho… global.
Um “mundo inteiro” em duas, três ou quatro camadas de... história.
História de povos e costumes, de civilizações e sociedades.

Daí que me pareça lógico que alguma vez – num futuro próximo, acredito – a lasagna venha a ser designada como Alimento Oficial das Nações Unidas, dada a alargada abrangência mundial que os seus ingredientes lhe conferem.

Essa designação poderá até nem ser demasiado complicada, já que, sendo a sede da ONU em plena cidade de Nova Iorque (que tem na comunidade italiana a 2ª maior comunidade estrangeira - apenas atrás da irlandesa), o lobby transalpino facilmente conseguirá convencer Kofi Annan a tomar essa medida de fundo, que há muito merece ser tomada (ou então não…).

Quanto à minha declaração inicial… não tem nada que saber.

Se a lasagna for (como, de resto, merece) designado como o Alimento Oficial das Nações Unidas…
E se as Nações Unidas podiam ter impedido a Guerra no Iraque…
Logo… A lasagna podia (e devia) ter impedido a Guerra no Iraque!...

A mim… parece-me claro.
Mas aguardo as vossas opiniões.

Mais umas eleições...


Reparei ontem que votar é muito mais do que um simples acto cívico ou politico.
É uma... "coisa" de grande importância social!...

Fui pôr o meu voto à terra onde cresci e lá dei-me conta de um punhado de pormenores interessantes que agora me apetece partilhar convosco.

Antes de tudo mais, pelos vistos,... não se deve ir votar com uma roupa qualquer.
Pelo menos, foi com essa impressão que fiquei logo que cheguei à minha assembleia de voto.
Aparentemente, eu não me dei tanto ao trabalho de tratar de levar a melhor ndumentária que tenho no armário quanto o resto das pessoas... e isso valeu-me a (indesejada) atenção dos olhares que me seguiram até ao momento em que entrei na cabina para fazer a cruzinha no boletim de voto.
Será que é só mesmo impressão minha ou a rapaziada que vai votar faz questão de ir com uma toillete especial para a ocasião?...
É que eu vi pessoas que, num domingo normal (leia-se, sem eleições), não se vestem tão bem quanto as vi ontem vestir.
Muitos fatos, muitos ensembles, muitas gravatas e muitas écharpes... e eu... sweater, calça cheia de bolsos e umas botas.
Fica, portanto, a minha questão: Haverá algum "código de vestuário" para a malta ir "pôr"?

Fiquei também com a certeza de que - a bem da boa informação - tem de haver eleições todos os anos (e, se possível, duas vezes por ano). Simplesmente porque, desde que cheguei ao meu local de voto e até ao momento em que voltei para casa (coisa de 10 minutos, mais ou menos), tive a chance de saber que dois ex-colegas meus (sensivelmente da minha idade) são “recém-pais”, que uma outra moça está grávida de gémeos, que houve três divórcios de gente conhecida minha, que há outros dois casamentos com graves problemas ao nível da chamada "infelidade encornante" e que indivíduo "x" já "afiambrou" uma das tais divorciadas que, segundo a minha "fonte", «é uma "daquelas" que não perde tempo, 'tá a ver?...».
Enfim, nem num canal de notícias 24 horas se consegue tanta informação "valiosa" em tão pouco tempo.
Se assim é, haver eleições periodicamente dá-me, então, a hipótese de saber tudo o que é "realmente importante" acerca do quotidiano lá da terrinha!... E estamos na Era da Informação, não estamos?...

Outra das coisas inerentes ao facto de vir de fora para votar na terra onde se cresceu é o verdadeiro ataque cerrado em forma de questionário feito à malta (e lembro de que só lá estive 10 minutos).
«Que é que tem feito?... Onde é que está a sua mulher?... Ou ainda não casou?... E filhos?... Não quer ter filhos?...
O que é que faz agora?... Ganha bem, é?... Então e os seus pais?... Estão de saúde?...»
São, obviamente, perguntas para as quais estou plenamente qualificado para responder... mas não à velocidade a que mais e mais perguntas surgem e saltam da boca do(s) meu(s) interlocutor(es)!... É impressionante! Fico mesmo na dúvida se o mais importante é saber a resposta ou simplesmente não deixar nenhuma pergunta potencialmente indiscreta por fazer...

Depois - muito depois - vem a questão politica.
Sabendo toda a gente da simpatia politica de... toda a gente - como é normal em terras pequenas - a rapaziada fica curiosa em que quadrado é que a malta que está fora um ano inteiro vai deixar a cruz. E é ver os estratagemas "geniais" que se põem em prática para tentar saber...!
Vale quase tudo!... e só não vale ir à cabine comigo porque 1) eu não deixo e 2) porque isso ia dar uma "bandeira" desgraçada, com a malta não só a desvendar a preferência partidária bem como a permitir o nascimento de um boato acerca de uma relação proibida de sexo ardente numa cabina de voto...
Mais de resto...!

Mas enfim... lá se passou mais um dia de eleições.
E em Outubro há mais!
Talvez saiba mais umas novidades jeitosas e lá tenha de levar com uma nova ronda de perguntas, "metralhadas" por alguém que me encontre perto da mesa de voto.
Em quem vou votar... não sei. Logo se vê.
Mas acho que vou já começar a preparar um fatinho para vestir nesse dia...

AH! Quase me esquecia!
Deixem-me só dizer que - em termos políticos - me perece IMPORTANTÍSSIMO dar relevo à eleição de Pita Ameixa (distrito de Beja) para a Assembleia da República, pela qual - de resto - me regozijo pessoalmente.
Porquê?
Porque gosto de saber que vivo num país cujos destinos estão a cargo de 200 e tal deputados que eu não saberei o que estão lá a fazer mas de uma coisa terei a certeza... lá no meio estará um tal de Pita Ameixa, o gajo com o nome mais fixe do Parlamento.


Gurosan... han?!?


"Inspirado" pelos Ben-U-Ron's e Aspirina's tomados ontem para a dor-de-cabeça que me atacou de forma tão contundente quanto Grécia, um dia, atacou Tróia (mas sem aquela coisa do cavalo, claro), aqui venho fazer o follow-up da minha condição de paciente da chamada cefaleia.

Os comprimidos lá me arranharam o gasganete mas admito que até produziram alguns (bons) resultados. Ou seja, a dor ainda existe mas já não padeço da forma que padeci ontem… todo o santo dia.

Bem hajam, então, o Ben-U-Ron e a Aspirina, bons amigos da malta que anda às voltas com a tola a doer.
Ainda assim, não gosto de os tomar; algo que prevejo já não venha a mudar... pelo menos, não tão depressa.

Bom... mas a situação abriu portas para este novo InSenso.

Quando a minha mãe me aconselhou 1764559 medicamentos para dar cabo da dor-de-cabeça, não pude deixar de reparar num pormenor.
Quase todos os nomes dos medicamentos dessa lista (que fui - obviamente - apontando no rolo de papel higiénico) terminavam em "on", "an", "in", "il", “al”, "ol" ou "ina".
E isso deu-me que pensar.

Haverá algum requisito obrigatório (no caso, a terminação) para dar nomes aos medicamentos?

Parece que sim. Ao fim, ao cabo, dá-me a sensação que para aí 90% dos fármacos têm nomes diferentes mas sempre com terminações muito semelhantes.
Porquê?
Será que tem de ser mesmo assim?

Imagine-se a seguinte situação.
Um caramelo qualquer (sim... aos estudiosos cientistas das indústrias farmacêuticas eu chamo - com a devida vénia, claro - "caramelos") inventa um novo medicamento - vá lá... - para a pancreatite e pensa intitulá-lo de "Pancreawell" (que até seria um nome carregado de esperança e tal...).
Será que consegue fazer valer esse nome? Eu aposto que não.

Aqui a malta tem quase a certeza que - lá pelo meio do processo - há um gajo que diz...
«Oh meu caro amigo!... Não se meta nisso!... Onde é que já se viu... Pacreawell?... Pancreawell!... Fáxabôre é de escolher aqui uma destas terminaçõezinhas buuunitas, sim? De outra forma... não há terminaçãozinha... não ná medicamentozinho! Ouviu?...»
E lá fica o pobre cientista obrigado a chamar o remédio de Pancreawellon, Pancreawellan, Pancreawellol, Pancreawellin, Pancrewellal, Pancreawellina, Pancreawellil... qual deles o mais estapafúrdico?

Assim, não há gajo que tome os compridinhos de consciência tranquila.
«Se souber tão mal quanto o nome soa... estou feito!... E de certeza ainda me arranha na garganta!...»
(esta última parte fui eu que acrescentei, está visto)

Se reperarem bem, isto acontece em quase todos os medicamentos.
Passem pelo armário da casa-de-banho lá de casa e verifiquem se isso não é assim mesmo.
Até o nosso amicíssimo - e salvador!... - GurosAN... não é?


E nem a cena da abertura aos genéricos ajuda!...
É que é "ina's" por tudo e por nada!...

Fora desta vasta maioria há uma outra (nova) geração de medicamentos.
Os "ene's". Mas, como esses são "coisas de gaja"... nem os tomo... nem falo deles.
Elas que falem, se quiserem...

: )

Dor-de-Cabeça


Como sabem (ou melhor, como espero que saibam... - assim é sinal de que são InSensatos e fiéis leitores aqui do burgo... obrigado a todos!) escrevo aqui muitas vezes sobre coisas que me fazem diferença à cabeça.

Ora... hoje, por via disso, só agora (para lá das seis da vespertina) venho aqui "postar" alguma (e miserável) coisa.

É que não há nada que mais me chateie a cabeça do que uma valente... dor-de-cabeça!

Estou com uma carga de dores que só me apetece desatarraxar a moleirinha e ir buscar outra (já agora, mais bem parecida, se fosse possível...) que não me desse tanto transtorno como esta me está a dar desde manhã.

E isso seria bem catita, a possibilidade de (consoante o contexto) podermos usar a cabeça de forma realmente inteligente.

Leia-se - por "usar a cabeça de forma realmente inteligente" - "usar uma cabeça realmente adequada a cada situação da nossa vida quotidiana, sendo que a decisão da troca seria algo de inteligentemente planeado e decidido".
Só não tinha dito isto que era para não ocupar muito espaço...

Vejo com bons olhos a possibilidade de ter várias cabeças bem armazenadas em casa, à espera de uma valiosa utilização.
Uma para dias em que tenho muita coisa para fazer - essa viria logo com uns óculos todos jeitosos e uma capacidade porreira de organização pessoal -, outra para dias de ócio - obviamente mais leve porque totalmente vazia de preocupações pessoais e profissionais -, outra para as saídas à noite - sempre com um bom "hair day" (com style...), claro, e um rico manancial de BOAS frases de engate... não vá o Diabo tecê-las... -, uma para dias de sol - com cabelo mais espesso e protecção contra os raios solares que nos provocam umas insolações do camandro - e uma para dias de chuva - com cabeleira impermeável, para não "metermos água" no que estamos a raciocinar.

Tudo isto me parece muito bem... e é pena que não seja possível de pôr em prática.

Evitavam-se situações em que o remoinho do cabelo nos denuncia como sendo "más pessoas", dores desnecessárias, dias em que nada nos corre de feição e pensamentos em que, simplemente, não queremos... pensar em determinados momentos.

Enfim... infelizmente, acho que esta dor de cabeça está aqui para durar... mas espero que não por muito mais tempo, que não curto mesmo nada andar a tomar comprimidos.

Fazem-me comichão na garganta...!

Peter Pumpkin Head


Confesso que não conheço a história, mas o nome sempre me intrigou.

Peter Pumpkin Head
(ou, para os puritanos da língua portuguesa, "Pedro Cabeça-de-Abóbora")

Até tem uma música dedicada a ele mas por mais que procurasse a tal "informação inútil" de que eu tanto gosto... não encontrei nada que me dissesse, à séria, quem era/foi esta figura.

Sendo assim, só posso - então - deitar-me a imaginar e adivinhar (o que é sempre perigoso, no meu caso) quem seria este Peter Pumpkin Head, cujo nome me dá um gozo especial dizer... não me perguntem porquê... porque eu não saberei responder.

As parcas informações que encontrei relatam o nascimento de um miúdo com uma cabeça anormalmente grande (muito semelhante a uma abóbora) e algo acerca de ter servido de espantalho, afugentando a passarada... de a cabeça ser mesmo de abóbora (estilo Halloween) e só os olhos e a boca serem mesmo naturais... enfim... uma mixórdia de histórias e mitos que só confundem a minha InSensata moleirinha.

Daí que avanço para a especulação, o que me dá sempre um certo gozo.

Um gajo com cabeça de abóbora... pronto... não é bonito, mas também não é o fim do mundo, porque há por aí cada "biombo" a andar na rua que isso nem sequer me faz muita espécie.
Além do mais, a cabeça seria necessariamente renovada de tempos a tempos (sim... um gajo andar de cara podre não é coisa que se faça - já bem basta nos dias de ressaca!), o que dava a possibilidade do magano ir alterando de uma forma natural o look facial.
E isso de ter uma abóbora em cima dos ombros ainda podia muito bem ser o prenúncio de um belo final de ano, cheio de popularidade. Halloween no fim de Outubro... Natal (e as suas filhóses) em Dezembro... O Peter havia de ser um gajo muito apreciado por essas alturas, não?

Também me lembro vagamente de um gajo a quem chamavam "Cabeça-de-Amendoim", que era vocalista de uma banda dos anos 80 e 90 - os Communards -, de seu nome Jimmy Sommerville.
O gajo cantava fininho (por que seria...?) e, de facto, a tola dele mais parecia um bago de amendoim, tal era a forma e volumetria daquele (mini)crânio.
Não consta que alguma vez o pobre Jimmy se tenha descascado a rir ou entrado em aventuras com chocolates ou manteiga de amendoim... mas... lá está... eu também não tenho nada a ver com a vida pessoal do rapaz.

Pena que por cá isso não exista nada destas coisas.

O mais aproximado que temos "em stock" - julgo eu - é a expressão "Cabeça de Alho Xôxo"... que, a bem da verdade, tem o seu quê de piada, mas a que faz falta - parece-me - substância e até algum efeito prático.
Para que serve uma cabeça de alho xôxo?... Para nada! Não dá para fazer refogado nem para acompanhar um bacalhauzito na brasa... muito menos servirá para causar febre à rapaziada da formatura em tempo de guerra (adoro esse sketch!...).

Olha porra!!!
Porque é que o nosso personagem de cabeça fora da norma tinha de ser mais fraco que os outros?!?

É sempre assim... Até nestas coisas nos passam a perna!

Somos mesmo uns cabeças de vento...!

: [

De perder a "cãobeça"


Há uma coisa que sempre me causou alguma estranheza enquanto estou no trânsito.
De quem foi a ideia peregrina de inventar aquele cão que a bimbalhada coloca junto ao vidro traseiro do carro?
Aquele cão estúpido que tem a cabeça despegada do corpo e que, com o movimento do automóvel, abana a focinheira para tudo o que é lado, em movimentos estranhos, sem qualquer lógica.

Sim... esse. O cachorro que, quando está no carro imediatamente a nossa frente nuns semáforos (por exemplo), parece estar sempre a gozar com a nossa cara com aqueles movimentos estúpidos, caóticos e ridículos!

A mim, só me apetece sair do meu carrinho e chegar à fala com o outro condutor, bater-lhe na janela e...
«Ó faxabôre! Sim... Ó Chefe! Rai's'partam o cão que não pára de gozar comigo, pá! É capaz de tirar dali aquilo ou não? Hã?!?»

O mais certo é o gajo me mande pastar e nem sequer abra o vidro... e entretanto, o semáforo passa a verde e eu ainda fico é plantado no meio da estrada, a ouvir buzinadela de tudo o que é carro que esteja atrás do meu Punto...!
Daí que me decida sempre por ficar quietinho... a ser gozado fortemente pelo caraças do cão, que não para de mexer a cabeça.

É nessas alturas que me ponho a pensar... O que é aquilo, carago?!?
Que mente... demente... iria juntar "dois mais dois" e achar que um cão que fizesse movimentos impossíveis de descrever, com uma cabeça semi-atarrachada (nem sei como dizer isto) ao corpo, seria o ideal para a malta trazer na parte de trás das viaturas "auto-próprias"? E qual seria o significado que o inventor esperaria ser assimilado, tanto pelo comprador do dito cão, como pelo automobilista que teria de levar com a estranha visão de um cão... (pronto; o resto eu já disse mais do que uma vez)?...

Fico sempre com essa dúvida cravada na carola.

A verdade é que me parece que nem sequer o inventor deve ter perdido muito tempo a pensar nisso... e ainda bem para ele.
Ou seja, o gajo deve ter pensado em fazer o boneco e simplesmente se limitou a achar que aquilo havia de ser comercializado, para um dia, qui ça, ser um dos objectos mais usados nos carros de todo o mundo. Se assim foi... o rapaz acertou em cheio.

Mesmo assim, tenho uma outra dúvida. E acho que esta me perturba mais do que o gozo do cão do carro da frente da fila do semáforo.
(repararam na aliteração do "d"...?)

Qual terá sido a fonte de inspiração para a criação deste boneco estúpido?

Um cão... cabeça despegada do resto do corpo...

Acho melhor não continuar. O gajo era, de certeza, mesmo maluco e a bimbalhada deve ser ainda mais, ao comprar essas paneleirices, só para nos irritar quando estamos no trânsito, que é (como se sabe) uma altura em que a malta está cheia de pachorra para ser gozada à força toda.

Rai's'partam o cão!!!...

Upgrade


É verdade.

Pode não ser muito óbvio. Estou certo de que até nem seja facilmente observável, ao olho nu do comum dos mortais.
Mas é um facto. Fiz um upgrade aqui no InSenso Comum.

No início, quando me deu na cabeça começar esta aventura de manter um blog com textos diários, esqueci-me de dois pormenores importantes.

UM... a boa disposição não é - ao contrário do espírito do blog - diária.

DOIS... a imaginação, eventualmente, um dia (como se diz na minha terra) haveria de me falhar "como as notas de 5000".

Daí que - algum tempo após a estreia do meu burgo - me tenha resolvido a arranjar um pequeno bloco no qual fui apontando tópicos das coisas que, no quotidiano, vou observando e que me parecem ser potenciais InSensos, depois do devido desenvolvimento da ideia até ali descrita em meia dúzia de palavras (às vezes, menos) numa folha 6x10cm.

Claro está que esse tal bloco foi uma solução arranjada "a pressão", de entre as coisas que tinha em casa.
Não passa de um brinde publicitário que me foi dado, numa feira comercial, por uma empresa de móveis. É feio e as folhas soltam-se com uma facilidade descomunal; já para não falar do facto de não ter linhas o que - tenho de admitir - só provoca é confusão nesta moleirinha em que neurónios válidos... não são coisa que abunde.

Por isso, agora decidi dar um "passo em frente", mandar uma pedrada para o charco, dar um chuto na situação actual, ultrapassar o obstáculo, superar a adversidade,...

...ok; desviei-me aqui um bocado do caminho que isto estava a levar...

Simplesmente, e em poucas palavras, decidi fazer um upgrade.
E estou certo que foi o momento ideal para o fazer; já que esta mudança implica um significativo salto tecnológico na, até agora simples, realidade do blog.

Agora, há toda uma nova complexidade na forma de pensar e escrever o InSenso Comum.
Já não tenho de me preocupar com folhas sem linhas que se descolam. Os assuntos de que me lembrar para aqui desenvolver estarão, a partir de hoje, mais organizados, mais seguros, ... ah!... e tudo isto, com muito mais estilo.
Sim... porque, se é para inovar, que se inove... em GRANDE!

Bom... e como é meu apanágio não estar a dar voltinhas sem sentido a um assunto qualquer (bem sabeis que sou um rapaz de ideias claras, proferidas de forma directa e concisa, sem quaisquer artifícios ou rodeios...) mais vale desvendar o segredo do resultado do meu InSensato upgrade.

O bloco "6x10" de folhas mal coladas da empresa de mobiliário já passou à história.
E foi substituido - valha a verdade - em grande estilo!...
Estou orgulhoso! Foi difícil (dispendioso, até)... mas consegui!

Agora, todas as ideias para o InSenso Comum são geridas num verdadeiro "topo de gama"... bloco 7x11cm, COM LINHAS e folhas seguras por argolas em espiral*.

Meus amigos... um verdadeiro ESPECTÁCULO!

Mas há mais!... É de uma beleza rara! Capas de plástico semi-transparente azul!!!!
Que mais pode um gajo querer?!?

Eu sei que não se nota à primeira vista.

Mas, por outro lado, esta mudança que agora sucedeu é tão evidente... que eu atrevo-me mesmo a declarar este dia como sendo "o primeiro dia do resto da vida do InSenso Comum"!...


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* O super-upgrade acima descrito exigiu um esforço financeiro avultado para o InSensato Autor. Foi adquirido na famosíssima cadeia de lojas “Ling Xuang Fu” por exorbitantes 0.85€/pack de 3 blocos. Tenho upgrade (cheio de estilo, não me canso de o dizer) garantido para os próximos meses!...

JOHN 3:16


É uma das imagens que perduram na minha memória, a dos cartazes amarelos que sobressaiam no meio das multidões, quase sempre em grandes eventos desportivos. Futebol, basquetebol, ténis, boxe... na bancada, lá estava o cartaz amarelo, agitado até à exaustão, para ser focado pelas cameras da TV.

John

3:16

Confesso que sempre matutei no que aquilo quereria dizer, muito embora nunca tenha perdido muito tempo com isso, já que naquela altura (meados dos anos 80), a minha prioridade era mais... ciclismo... ou melhor... dar umas quedas na minha BMX azul, com amortecedor ao meio do quadro.

Para que conste, "John 3:16" (ou, em português, "João 3, 16") é uma referência bíblica.
«Porque Deus amou de tal modo o mundo que lhe deu o Seu Filho único, para que todo o que n'Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna».
O versículo até que poderia ter (como terá, certamente, para muita gente) um significado especial... mas a sua utilização em cartazes ostentados em jogos de futebol americano por um tal de Rollen Stewart deveu-se a uma razão que eu considero ser, provavelmente, a mais fútil de sempre.

Ontem, sem querer, encontrei na internet um artigo de uma fulana que chegou a entrevistar este indivíduo. Na peça, ela conta o estranho percurso de vida de Rollen Stewart, que passou, claro, por esta loucura dos cartazes amarelos.

Teve uma infância infeliz. O pai - alcoólico - morreu quando Rollen tinha sete anos. A mãe - também alcoólica - faleceu num incêndio apenas oito anos depois e, dali a poucos meses, a irmã dele era estrangulada pelo namorado.
Estava visto que não havia qualquer chance de que este gajo alguma vez viesse a ser um tipo certo das ideias.

Casou, a mulher deixou-o e a partir daí (como se já não bastasse o que estava para trás) é que a coisa se tornou mesmo muito... "escanifobética".

Largou tudo o que tinha, foi para uma quinta nas montanhas para cultivar... marijuana, ver muita televisão e tentar entrar para o Livro do Guiness, com o maior bigode do mundo (?!?). Aliás, esse foi o primeiro sinal de que o que este caramelo queria mesmo era... dar nas vistas. Em 1976, Rollen achou que haveria de ficar rico e famoso, aparecendo constantemente em frente às cameras de TV (soa a familiar, não?) com uma peruca "afro" colorida, a rir, a fazer sinais de "ok" com os polegares, "coiso e tal"...
Não resultou.

De volta a ver muita televisão, assistiu (em 1980) a um daqueles programas religiosos com pregadores barulhentos. Foi aí que descobriu o versículo "João 3, 16" e partiu, com a sua nova mulher, numa viagem sem fim pelos Estados Unidos para ir mostrar os tais cartazes amarelos em centenas de eventos desportivos em todo o país. Por essa altura, eles viviam no carro e o dinheiro que tinham (de poupanças e donativos) acabou por ser todo gasto nesta louca "missão". Não sem antes ter sido banido de vários estádios, ter começado a ser evitado pelas cameras de televisão e de a mulher ter pedido o divórcio, por ele a ter agredido por (uma vez) ela ter levantado o cartaz que trazia num local da bancada que não era bem aquele que ele lhe tinha indicado.

Os "15 minutos de fama" do pobre Rollen Stewart tinham chegado ao fim. Tornou-se um sem-abrigo em Los Angeles mas não desistiu da tara que sempre teve. Decidiu engendrar outra "personagem" e, de uma vez, colocou bombas (acima de tudo, de mau cheiro) numa igreja, numa livraria religiosa, na redacção de um jornal, entre outros locais. Agora intitulava-se "O Anti-Cristo" e chegou mesmo a fazer uma "lista negra" de pregadores, alegando que só queria chamar a atenção para a mensagem cristã(?!?).
Em duas palavras... QUE GAJO!!!...

Bom... ninguém ficou ferido com as bombas e isso é que interessa.

Em 92, meteu-se na última das suas aventuras, para a qual - sem grandes surpresas - se preparou... a ver televisão, claro.
Encenou um sequestro de dois indivíduos que, não sabendo de nada, se sentiram mesmo sequestrados. A coisa (como não podia deixar de ser) deu "para o torto", houve mais uma pessoa envolvida na trapalhada, ele sacou de uma arma no meio da confusão e acabou preso e - ao que parece - condenado a três penas de prisão perpétua.

Agora, ninguém se lembra de quem é o Rollen Stewart, o gajo que uma vez iniciou a mania dos cartazes amarelos (que ainda hoje se vêem )nos estádios de futebol... mas ele deixou "discípulos".
Este Verão, um louco (que já se tinha metido no meio de uma pista com Fórmula's 1 a passar a 300km/h) atrapalhou o líder da Maratona dos Jogos Olímpicos, para fazer passar uma mensagem supostamente religiosa.
O "streaker" (o gajo que aparece nu em várias competições desportivas - entre elas a final da Taça UEFA, ganha pelo FCPorto em 2003) é conhecido em todo o mundo e até já é patrocinado por um casino on-line.
E, por cá... lá temos o "Emplastro", a quem não se conhece nenhuma motivação religiosa (a não ser que o "fêquêpê" também seja uma religião...) mas que se deve ter inspirado fortemente neste personagem, que... para mim... é, tão somente, um CROMO de todo o tamanho, sem "caderneta" à altura para o "colar".

Aqui fica a desnecessária e imerecida homenagem a este louco que via demasiada televisão.

Porque dos loucos... nem sempre reza a história.
Ainda bem...

Para quê ver o Totoloto?


Há uns dias reparei que aqui no burgo não uso suficientemente a palavra "deveras"; por isso...

* * * * * * * * * * * * * * *

Após uma observação deveras aturada sobre o nosso fenómeno social, deparei-me com uma situação deveras curiosa e até algo estranha, qui ça permitindo o levantamento de uma questão deveras pertinente.

Por que raio ainda perdemos tempo a ver o Totoloto?

Ora, bem sei que esta questão nos passa deveras despercebida no nosso dia-a-dia (até porque o dito programa só passa ao sábado). Mas quem diz o Totoloto também diz o Loto2 e o Euromilhões, que permitem ao grande público televisivo 3 minutos inteirinhos de "excelente" televisão.

Lá está... Para quê perder esses 3 minutos?!?...
Juro que, a mim, se torna deveras confuso.

A transmissão televisiva destes sorteios serve apenas para que alguém (não interessa quem... basta que seja UMA pessoa) veja que aconteceu, para comprovar minimamente a veracidade da extracção dos números, ditos "da sorte". Mais de resto, não vejo por que raio haveremos todos de gramar com mais uma (deveras penosa) apresentação da mítica Serenella Andrade (que eu considero uma grande profissional, muito mal aproveitada, mas enfim...).

E, bem vistas as coisas, não há mesmo razão para ver aquilo.

Em quantos sítios se vêem publicados os números da chave premiada logo a seguir ao sorteio ou no dia a seguir? EM TODO O LADO!!! Jornais diários, TeleJornais, Intercalares Noticiosos Radiofónicos, Teletexto, Internet... ninguém regateia a divulgação dessa informação.
E como as nossas chances de ganhar uma coisa daquelas é de para aí 1 para 32432425427515... porque é que insistimos em estar em frente à tv, com o cupão na mão, de olhos pregados no ecrã e a pensar... «É hoje! É hoje!»... Resultado: frustração imediata, 3 minutos após do início do sorteio.

Olha porra! Que coisa... deveras... estúpida!

Ou seja, para quê VER os sorteios, se já há alguém a ver e que, inclusivamente, vai publicar os resultados em tudo o que é órgão de comunicação social, permitindo à malta sentir-se frustrada na mesma, mas descansada por, pelo menos, não ter perdido tempo a ver as extracções (que ultimamente até já só passam às tantas da madruga na tv, o que é mais um argumento contra o visionamento).

Quem soube resolver isto foi a TVI.
Para combater esta situação, a estação de Queluz colocou na apresentação do Euromilhões a deveras jeitosa Marisa Cruz, justificando assim as audiências.

Às 7 da tarde, 9 da noite ou 1 da madrugada... 3 minutos depois do início do sorteio europeu, a malta lá continua a sair frustrada mas, ao menos, sai com as vistas regaladas por ver uma gaja boa a dizer com voz sexy que «é para a semana que... você vai ter sorte!»; e isso vindo da Marisa Cruz... convenhamos... soa sempre deveras bem!... Não?...



As 10 coisas menos sexy's


Estou em crer que isto de ser um gajo sexy não é para todos.

Pronto… eu sou… mas asseguro-vos que não é fácil!

Acho mesmo que há mais coisas que as gajas detestam em nós do que coisas que realmente gostam. Principalmente, nas coisas que fazemos. Sim, porque a nossa aparência – apesar de naturalmente fraca e facilmente tida como rude – pode ser “retocada” de modo a que, ocasionalmente, pereçamos melhores do que somos na verdade.
Por exemplo, as pessoas que me conhecem sabem que sou um “casual wear guy” (vulgo, em português “corrente”, “gajo que veste a 1ª coisa que encontra” – o que faz todo o sentido, dados os meus dramas matinais diários [exº1 exº2]); no entanto, sou muito elogiado sempre que me deixo dessas coisas e visto um fatito ou uma roupinha mais catita.
Ou seja, eu deixo de ser “só mais um gajo” e, temporariamente (claro), passo a ser “um gajo jeitoso”. Depois do casório… pufff!... “só mais um gajo” outra vez…!

Portanto, se à nossa aparência podemos dar um jeito, de vez em quando, com uma lâmina de barbear e uma camisa da Tommy Hillfigger bem engomada, já o mesmo não podemos dizer das coisas que fazemos, nas nossas atitudes, naquilo em que nem sequer reparamos… mas elas reparam.

Tenho andado a pensar nisso (já vos disse que, “volta-não-volta”, não tenho nada melhorzinho para fazer…) e acho que cheguei a uma possível lista das 10 coisas menos sexys que um gajo tem para mostrar a uma gaja.
É claro que esta lista é altamente subjectiva e até o facto de ser um macho a elaborá-la pode ser visto como uma tentativa de ser “juiz em causa própria” e, por isso, não ser considerada como válida pela Insensata audiência fêmea. Mas paciência. Se não quiserem ler… não leiam.

Estes 10 itens foram sendo aqui postos com o tempo e não têm uma ordem específica.
Não é um “top”, portanto. Só uma lista. Aqui vai…


  1. O coçar do rabo quando nos levantamos.
  2. A maneira como lavamos a cara, metendo os dedos nas narinas e passando logo a seguir para o resto da cara - olhos, orelhas e, por fim, boca - sem as passarmos por água entre cada uma dessas partes da face.
  3. A facilidade com que nos sujamos ao comer um qualquer prato massa num restaurante italiano.
  4. O facto de deixarmos sempre um cheiro impossível de aguentar nas casa de banho e de nem sequer nos importarmos com isso (aliás… como é que as miúdas conseguem NÃO deixar cheiros tão intensos? Isso é um mistério para mim…).
  5. O nosso à vontade em sair à rua (com elas) com a roupa mal engomada (ou, completamente por engomar). Elas acham que é para as fazer passar vergonha… mas nós… é só porque nos sentimos melhor assim…
  6. Não limparmos os pés antes de entrarmos em casa (delas, se não for o caso de ser um casal) – nem quando chove –, cagando todo o caminho entre a porta, a sala… e o quarto(?).
  7. A nossa necessidade de aliviarmos aquela sensação de “desconforto” na “zona das virilhas” (algo que nunca será compreendido por elas... infelizmente).
  8. Nunca nos lembrarmos de comprar a "Nova Gente" ou a "Cosmopolitan" quando vamos comprar "A Bola" ou o "Record".
  9. Esquecermos tudo o que elas acham importante... e nós não
    - datas de aniversário de namoro/casamento
    - nomes dos familiares delas – mesmo que em 27º grau –
    - de não marcar uma saída com os amigos para ver a bola no café para o dia em que dá na tv aquele filme (cheio de beijos e coisas assim…) que elas queriam muito ver connosco (vá lá saber-se porquê…!)
    - de comprar o presente de anos para a mãe delas, … enfim...
  10. Sermos nós mesmos e não aquilo que elas queriam que a gente fosse.

Lá está… como disse, tudo isto é altamente subjectivo e discutível. Ou melhor… subjectivo, só. Porque… discutível… seria, se nós estivéssemos dispostos a DISCUTIR qualquer uma destas coisas para mudarmos e não me parece que isso seja sequer uma possibilidade.

Gajas, assumam.
Também é por isso – por sermos “feios, porcos e maus” – que vocês curtem a malta!

Sim… porque gostando de nós assim mesmo, o que fará quando usamos a Gillete e vestimos um fato com aquela gravata que vocês tinham dado no Natal e pensavam que a malta nunca iria usar porque simplesmente não gostava…?


Não vou falar do Carnaval…


Não vou falar - é simples - … porque não gosto do Carnaval.

Não acho piada nenhuma ao facto de a malta andar por aí a mascarar-se disto e daquilo só “por que sim” ou simplesmente “porque não?...” e não me peçam para engraçar com esse pseudo-divertimento porque não faço previsões de “ir com isso à bola”… nem agora… nem tão depressa.

Já lá vai o tempo em que – bem parvo – me deixei vestir de cigana (quando tinha para aí uns seis ou sete anos) e levar pela mão da minha irmã (mais velha) pela aldeia onde morávamos, passando uma vergonhaça sem igual no meu (carregado de vergonhas… mas não tão grandes como essa) processo de crescimento.

E o pior é que há provas físicas disso! Fotografias! Polaróides (que eu nunca consegui destruir…) em que um pirralho muito miudinho, de cara branca abolachada e bochechas rosadas (o protótipo de uma pequena cigana, está visto…!), aparecia de saia comprida, uma blusa escura, lenço na cabeça e brincos de mola a ornamentarem os coitados dos lóbulos das orelhas.

Deprimente…

Não falo do Carnaval porque não gosto.

Porque, apesar de se ver umas boas “febras” na tv, que aparecem (claro) do Brasil e até aqui de mais perto (Ovar, Estarreja, Figueira da Foz, Loulé, Torres Vedras…), aquilo parece-me sempre muito forçado.
Não percebo porque é que a malta chega a passar 362 dias a minguar sem ver um “bifito” de jeito e depois tem de levar com altos "rodízios" (com “picanhas”, “maminhas” e tudo) que… não pode comer!!!...

Parece-me desajustado do que deve ser a nossa realidade, pá!...

Eu, cá, garanto que, se houvesse justiça neste mundo, na minha casa haveria, então, Carnaval todos os dias (com direito a “churrasco” de dia e de noite) com a única condição de que a “carninha” melhor estivesse sempre à mostra, como aparece nas reportagens da tv.

Por isto não acontecer… estou decidido… não falo do Carnaval… e pronto!


A Problemática do Corte da Unha


Acredito piamente que haja, mas não conheço... alguém com menos jeito para cortar as unhas do que eu.

É algo que me ultrapassa. Olho para as unhas dos outros (tento ser comedido na observação... para não pensarem que eu tenho um qualquer fetiche mais estranho ou assim ...) e chego sempre à mesma questão...

Como é possível cortar as unhas com tamanha mestria?!?

Como é que se pode fazer com que as unhas fiquem mais curtas e - ao mesmo tempo - com um aspecto formidável, redondinhas, perfeitas e sem aspecto de terem sido sequer tocadas, quanto mais "amputadas" por um corta-unhas?

Eu... não consigo.

Talvez seja por eu detestar essa tarefa. As minhas unhas ficam sempre numa lástima.
Em vez de redondas... ficam com todas as formas geométricas possíveis e até com outras que roçam a "inovação" (eu acho mesmo que já criei, involuntariamente, novas formas poligonais até agora não reconhecidas pela ciência).
Além disso, não acerto com as pontas. Magoo-me sempre quando chego com o corta-unhas junto da pele do dedo e deixo as extremidades mal cortadas (o que muitas vezes também me provoca a chamada dor).
Mas ainda há mais... se a ideia é fazer com uma unhaca (até ali, grande) passe mais despercebida, então aquela estúpida linha branca que fica depois do corte deita por terra essa intenção e toda a gente vai reparar que a malta acabou de efectuar o desbaste da extremidade da inSensata úngula!...

Bom... é certo que este último problema é menos evidente na unha do pé, mas os outros são equivalentes tanto nas mãos como mais a "sul".

A lima para o aperfeiçoamento do corte da unha podia muito bem ser a solução para este meu imbróglio mas... recuso-me a ir por aí. Porque sou um "puritano". Cortar a unha é com... um corta-unhas!... e o resto são "panelirices"!

Prefiro mil vezes continuar a sair à rua de mãos nos bolsos do que render-me à prática da manicura (e pedicura) caseira, que é coisa muito pouco "macha".
Ah! E gastar guito com que posso pagar umas cervejas num salão de beleza também não está nos meus planos. Por isso.... acho que tenho mesmo é de perder tempo a aperfeiçoar a técnica. Não é assim que melhoramos a nossa performance noutras áreas?...
Claro que também estou disponível para que alguma "manicura" não profissional ofereça os seus préstimos… em regime de "pro bono", evidentemente.
O que é certo é que eu tenho de ter as unhas (bem) cortadas.
Ora... e o que tem de ser... tem muita força.

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PS: Ao pensar na questão que agora relatei, ocorreu-me que talvez o acto de cortar as unhas possa, eventualmente, num futuro mais ou menos longínquo, ser considerado quase que criminoso.
Se pensarmos que muito do que cientificamente se sabe acerca do nosso planeta foi descoberto através das camadas de sedimentos presentes nos nossos solos, não seria importante conservarmos as nossas unhas sempre intactas para se saber qual o nosso percurso, da nascença até à morte? Parece-me que - muito para lá de falta de higiene – o facto de não cortarmos as unhas podia era ser, no futuro, um importante meio para os antropólogos nos estudarem. E se insistirmos em cortar as unhas… só estamos é a dificultar-lhes a vida, coitados!...

Têm razão… isto é só mais uma maneira de eu me tentar furtar à tarefa de cortar as unhas…

Não gosto! O que é que se há-de fazer?!?...



A Culpa é das Rodinhas


Lá cantava o InSensato Manuel Freire...
«(...) o mundo pula e avança /como bola colorida /entre as mãos duma criança».

Uma porra, pá!
Não é nada disso!

O mundo bem que tenta pular e avançar... mas nem uma nem outra.
Só PARECE que pula, tal como parece que avança.
Mas não... Mas não...!

Eu explico.

Tenho cá para comigo que se a malta toda deste mundo se unisse e apenas andasse para a frente... aí sim, o chamado avanço seria alcançado globalmente.
Mas, infelizmente, há quem - maliciosamente, não tenho dúvidas - insista em dar cabo deste desígnio humano, apenas com o intuito de ser desmancha-prazeres ou, quem sabe, com algo de muito tenebroso (que eu ainda não descobri... mas se existir... eu descubro!...) como agenda secreta para impedir o verdadeiro desenvolvimento.

Sei que isto me trará problemas, mas cá vai...

Juro "a pés juntos" que acredito que a indústria do material de escritório anda a fazer "jogo duplo"; ou seja, tanto impede o avanço do mundo como lucra fortemente com ele.
O lucro é evidente. São milhares as peças de mobiliário de escritório criadas e vendidas todos os anos, no mundo inteiro. Mas... vendo bem, há um pormenor que me faz confusão.
Então as rodinhas das cadeiras?...
Serão condizentes com o desejo de avanço da raça humana?
Eu acho que não.
E basta pensar nisso 3 segundos... 3, 2, 1... já está?

Simples. O número de rodinhas nas cadeiras de escritório varia.
4, 5, 6, ou mais... A minha tem 5. Mas isso não interessa "puto"!...
O que importa é que, enquanto uma anda para a frente, as outras todas ou andam para o lado ou - pior - para trás!...
E lá se vai o avanço!
Como é que se pode apregoar que o mundo pula, se as cadeiras - regra geral - são pesadas como o camandro?
Como é que se pode afiançar que o mundo avança, se SÓ UMA das rodinhas de cada cadeira é que anda para a frente, de facto?
Vivemos na mentira, meus caros. Vivemos na mentira!

Estou certo de que este post terá consequências para mim, dado que desconfio haver por aí gajos contratados pelo lobby da indústria do mobiliário de escritório só para pesquisar a blogosfera à cata de mentes dissonantes que ousem denunciar esta marosca ao mundo.
A todos esses... estico o meu dedinho do meio e digo «Nunca me calarão!!...»

É certo que isto não é um exclusivo das rodinhas das cadeiras de escritório, mas - como me compreenderão - ser-me-ia muito mais complicado enfrentar (para já) o lobby da indústria automóvel por ter inventado a marcha-atrás e tê-la incluído em TODOS os carros do mundo, sem excepção.

Sim... um gajo anda aqui de peito feito a denunciar as injustiças mas... caraças...!


That's it!!!!!


Nota Prévia:

Atenção! Este post NÃO É em tom irónico.
O que aqui se dirá é MESMO o sentir do InSensato autor.

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Sinto-me bem com este blog.

Acho que se chegou - ontem - a um ponto marcante aqui no burgo.

Num comentário ao post anterior dizia-se [e passo a citar, mesmo sem autorização da autora do mesmo] «não me ocorre mais nenhum comentário imbecil acerca do tremoço».

Ora... FINALMENTE!
Alguém verbalizou aquilo que eu acho desde o início deste meu blog.
É um blog imbecil!

Se a malta considera que a melhor maneira de participar é entrar na imbecilidade e comentar os meus InSensatos desvarios... porreiro!
Atingi um dos meus objectivos!

Agora, a próxima meta (não sei se estarei a subir demasiado a fasquia) é mesmo ter aqui alguém famoso (politicos não quero!...) a comentar-me um texto.

Não é por razão nenhuma em especial...
Eu só queria era poder gabar-me à mesa de um Café Central, numa qualquer vila do interior, de que um gajo ou uma gaja que - sei lá... - faça novelas da TVI se tinha dignado a perder 5 minutos a ler uma amálgama de parvoeiras sem nexo nenhum e ainda tinha perdido mais uns bons 30 segundos (eles dizem que não têm tempo para nada...) a insultar-me, a mandar-me pastar e a dizer-me que mais valia era eu ter juízinho.

Aproveito - claro - para agradecer à InSensata "so" pelo comentário "imbecil".

Ass.: (Um verdadeiramente feliz) K@


O Tremoço,... esse infeliz


Este será um dos mais penosos textos que alguma vez publicarei aqui no burgo.
Já vão perceber porquê.

São muitas as histórias daqueles jogadores de futebol que muito prometeram enquanto iniciados, juvenis, juniores..., não confirmando o seu talento aquando da passagem para os seniores.
Anos depois, fazem-se reportagens ao (já) homem (de barba rija) que, em vez de ter ingressado num clube grande a nível nacional ou internacional, se quedou pelas divisões secundárias, num qualquer clube de uma vila do interior.
Diz-se, então, que jogador "x" passou ao lado de uma grande carreira.

Serve esta referência ao mundo da bola de ponto de partida para o assunto que me traz aqui, hoje.

Estou em crer que o tremoço (esse delicioso... fruto?... tubérculo?... legume?... fungo?...) se assemelha em muito a um desses tais casos.
Eu acho que o tremoço (É um legume!!! Fui ver ao dicionário! É um legume...) passou ao lado de uma GRANDE carreira, de facto.

Quem não se lembra das fortíssimas palavras de Eusébio, considerando que o tremoço seria, na sua opinião "real", o melhor «marisco» de todos?
É certo que este episódio não passou de uma gaffe do "rei" (mas que raio, pá!... ele foi o nosso melhor futebolista de sempre!... uma gaffezita... nem devia contar para a "média"...), no entanto, temo eu - na minha InSensata insignificância - que talvez tenha sido o "canto do cisne" para o pobre do tremoço, assim em jeito de "pico mais alto" de uma "carreira" que se veio a revelar absolutamente falhada.

O tempo veio a confirmar o pior dos cenários para o tremoço.
Aos lugares de topo dos "favoritos dos amantes da bejeka e seus acompanhantes" ascenderam os naturais mariscos (divisão em que o camarão/gamba lidera isolado), petiscos (com uma renhida luta entre a moela, o pica-pau e as iscas de fígado pelo domínio da classe), comidas de roulotte (bifanas e sandes de coirato ainda mantém o hambúrguer e o cachorro quente a uma distância considerável) e até os caracóis (que só vencem a sua categoria por "correrem" isolados, obviamente).

Ora... quando o tremoço se vê ultrapassado por míudos de galinha, gorduras de porco e - o que é mais decadente - por uns "ranhosos" de uns caracóis... algo vai mal na vida do gajo.

Custa-me muito ver o tremoço neste padecimento.
Acho que deve ser muito duro para ele...
Acredito que, dada a situação em que está, o dia-a-dia do tremoço não seja senão um calvário permanente.
Imagino, por exemplo, que seja fortemente gozado pelos seus "pares".
«Sabes porque é que não chegas longe? Porque só tens uma cabeça e não várias como eu!», dirá o amendoim com casca.
«Não te sabes mexer, pá!», provocará a enguia.
«Ó tremoço!... Isto é só pra malta rija; dura de roer!», vai certamente dizer a parva da noz, armada em boa.

E pouco mais será necessário dizer - até porque já me vai doendo a alma, enquanto relato este InSenso - a não ser que o único ponto a favor do coitado do tremoço é mesmo só quando olha "para o lado" e vê que pode, finalmente "dar cabo"... da pevide.
Mas também... mal seria.
Tão pequena, tão magrinha, tão... seca...! Que frente pode fazer a pevide a quem quer que seja?

E essa, sim... deve ser uma história ainda mais triste de se contar do que a do tremoço,... esse infeliz.

A Batata Frita é Anti-Afrodisíaca


Pois... É, sim senhor.

E digo mais. Até pode haver por aí muita coisa que corta o ambiente mais favorável a um bom enrolanço (que a há...!), mas poucas que cortem TANTO a vontade à malta de "encaixar" fortemente do que o raio da batata frita.

Acontece que - como muitas vezes na minha semana - fui almoçar ao meu 3ºB.
Ementa de luxo, tenho a dizer-vos.
Batata Frita, com ovo estrelado (em muito óleo), acompanhando salsicha "Isidoro"... frita.
Um verdadeiro manjar dos deuses, tão saudável, tão saudável, tão saudável... que não poderia ficar completo se não lhe juntasse as três colheres de maionese que completaram o prato, num belo montinho branco, a dar um ar de pureza e castidade ao conjunto da minha refeição.

Como não tenho empregada e o gato (sei eu lá porquê!...) se recusa a cozinhar, tive eu de "vergar a mola" e pôr tudo o que era frigideira da casa em cima do fogão e... "lá vai disto".

Mas... se ovos e salsichas demoram pouco a preparar, já o aquecimento do óleo para a fritura da batata demora bem mais e - apesar de haver o chamado exaustor - a cozinha fica com aquele ar contaminado, com as partículas "gorduro-odoríficas" em ambiente de grande festejo a povoar toda aquela (pequena) área que vai do chão ao tecto da divisão.
E a malta ainda fez melhor... foi ver um daqueles programas de humor que dão na televisão àquela hora - como é que se chamam... Ah! Sim... TeleJornais!... É isso! Pois, fui ver um desses - e esqueci-me do Fula ao lume. Quando fui colocar as batatas... foi uma paródia, claro.

Resultado: O "bel" odor ao Fula que banhou a minha batata frita... aqui está... a fazer-me companhia, tal como se de um cão se tratasse. Mais fiel que um de guarda e mais grudado em mim do que um daqueles vadios que simpaticamente nos perseguem na rua.

Ora... e se a "mulher da minha vida" se cruzar comigo antes que este bedum se vá?...
Não vai querer nada comigo!...
Sim... porque se há certezas que tenho na vida... essa é uma delas.
Enquanto este cheirinho de batata frita subsistir... não há enrolanço, não senhor.
Ou seja, a ÚLTIMA coisa que eu posso desejar agora é ver (ou melhor... ser visto... e - inevitavelmente - cheirado) por uma gaja jeitosa que nunca fala comigo e hoje decida perguntar-me as horas ou pedir-me lume para o cigarro.
Já para não falar na vizinha do 5º Esquerdo...!

O mesmo se aplica à malta que vai ter com a cara-metade depois de ter passado pelo McDonald's, pela cantina da faculdade, pelo snack "ali da esquina" ou pelo restaurante que, por estar tão cheio, só tinha uma mesa livre e essa era juntinha à porta da copa.
Para esses... também não há "ragabófe".

Gajo ou gaja que se preze, não vai sentir vontadinha nenhuma de... ... imediatamente, ao segundo em que as partículas "gorduro-odoríficas" de quem estiver à sua beira penetrem nas suas fossas nasais, provocando assim como que uma reacção do género "Baigon - repelente".
Bom... a não ser que isso seja um fetiche até agora desconhecido, claro.
Como há gente para tudo, é bem capaz de haver por aí alguém para quem o odor à batata frita seja um atractivo "turn on" e o resto ser encarado como uma refeição (necessariamente de "fast food" - o que, pronto... também há quem goste), tomada numa "casa de pasto" com um menu extremamente... "colorido".

Eu, cá, não sou desses e acho que neste momento sou o gajo com menos sex-appeal à face da terra - quer dizer... exceptuando uns quantos gajos mesmo muito feios que, mesmo bem perfumados, talvez não se safem.

Ah! Resta-me dizer que não está provado que os croquetes de carne e os bolos de bacalhau também sejam anti-afrodisíacos.
Pensando bem... acho que bem pelo contrário.

Atente-se neste conceito. Estar no "truca-truca" e poder intercalar com um bolinho de bacalhau, estrategicamente colocado num prato de sobremesa no chão ou na mesa-de-cabeceira...

...sinceramente, parece-me uma mais-valia e não um "estraga-f***s"...!