Gurosan... han?!?


"Inspirado" pelos Ben-U-Ron's e Aspirina's tomados ontem para a dor-de-cabeça que me atacou de forma tão contundente quanto Grécia, um dia, atacou Tróia (mas sem aquela coisa do cavalo, claro), aqui venho fazer o follow-up da minha condição de paciente da chamada cefaleia.

Os comprimidos lá me arranharam o gasganete mas admito que até produziram alguns (bons) resultados. Ou seja, a dor ainda existe mas já não padeço da forma que padeci ontem… todo o santo dia.

Bem hajam, então, o Ben-U-Ron e a Aspirina, bons amigos da malta que anda às voltas com a tola a doer.
Ainda assim, não gosto de os tomar; algo que prevejo já não venha a mudar... pelo menos, não tão depressa.

Bom... mas a situação abriu portas para este novo InSenso.

Quando a minha mãe me aconselhou 1764559 medicamentos para dar cabo da dor-de-cabeça, não pude deixar de reparar num pormenor.
Quase todos os nomes dos medicamentos dessa lista (que fui - obviamente - apontando no rolo de papel higiénico) terminavam em "on", "an", "in", "il", “al”, "ol" ou "ina".
E isso deu-me que pensar.

Haverá algum requisito obrigatório (no caso, a terminação) para dar nomes aos medicamentos?

Parece que sim. Ao fim, ao cabo, dá-me a sensação que para aí 90% dos fármacos têm nomes diferentes mas sempre com terminações muito semelhantes.
Porquê?
Será que tem de ser mesmo assim?

Imagine-se a seguinte situação.
Um caramelo qualquer (sim... aos estudiosos cientistas das indústrias farmacêuticas eu chamo - com a devida vénia, claro - "caramelos") inventa um novo medicamento - vá lá... - para a pancreatite e pensa intitulá-lo de "Pancreawell" (que até seria um nome carregado de esperança e tal...).
Será que consegue fazer valer esse nome? Eu aposto que não.

Aqui a malta tem quase a certeza que - lá pelo meio do processo - há um gajo que diz...
«Oh meu caro amigo!... Não se meta nisso!... Onde é que já se viu... Pacreawell?... Pancreawell!... Fáxabôre é de escolher aqui uma destas terminaçõezinhas buuunitas, sim? De outra forma... não há terminaçãozinha... não ná medicamentozinho! Ouviu?...»
E lá fica o pobre cientista obrigado a chamar o remédio de Pancreawellon, Pancreawellan, Pancreawellol, Pancreawellin, Pancrewellal, Pancreawellina, Pancreawellil... qual deles o mais estapafúrdico?

Assim, não há gajo que tome os compridinhos de consciência tranquila.
«Se souber tão mal quanto o nome soa... estou feito!... E de certeza ainda me arranha na garganta!...»
(esta última parte fui eu que acrescentei, está visto)

Se reperarem bem, isto acontece em quase todos os medicamentos.
Passem pelo armário da casa-de-banho lá de casa e verifiquem se isso não é assim mesmo.
Até o nosso amicíssimo - e salvador!... - GurosAN... não é?


E nem a cena da abertura aos genéricos ajuda!...
É que é "ina's" por tudo e por nada!...

Fora desta vasta maioria há uma outra (nova) geração de medicamentos.
Os "ene's". Mas, como esses são "coisas de gaja"... nem os tomo... nem falo deles.
Elas que falem, se quiserem...

: )

1 inSensinho(s) assim...:

mfc disse...

Tomo um que me dá um efeito bestial e não está nas tuas terminações.
Termina em "ma".
Vou para a ca"ma" e durmo.