A Mais Lenta das Internet’s Rápidas


Sou um utilizador de internet móvel. Desde que tenho internet própria que optei por essa forma de acesso à Web porque me dá uma grande liberdade. Há InSensos escritos e postados em bancos de jardim, por exemplo, que só o poderiam ter sido com uma placa 3G de um operador móvel de telecomunicações. Quer dizer… a placa sempre foi minha porque a comprei.

E entretanto chegou a hora de fazer o upgrade à coisa.

O telefonema do senhor da TMN dizia que, com a nova placa, a velocidade de acesso à internet seria substancialmente maior, o que iria dar muito jeito no visionamento de vídeos e de páginas mais “pesadas”, com muitas imagens, coisas em java e em flash. Parecendo-me bem, aceitei mudar e adquirir então esse novo aparelho para substituir a original placa 3G que já tinha praticamente 3 anos.

Hoje posso garantir que, sim senhor, a minha internet móvel é bem mais rápida e que, por esse prisma, estou bastante satisfeito. Mas não estou satisfeito de todo. O problema é que, por muito mais rápida que esta nova net seja, eu estou em condições de afirmar que esta tão chamada “internet rápida” é lenta para “xuxú”*.

Desde o tal telefonema até hoje, dia em que estreio a nova placa, já lá vão mais de três semanas (quase um mês, para ser mais exacto). E isso é a negação do conceito de rapidez.

A verdade é que, entre o meu “Sim” e o toque da campainha aqui de casa com o senhor da Chronopost a estender-me o saco com a encomenda, aconteceram “mil e uma” coisas estranhas que atrasaram um processo que poderia ter demorado 3 dias em mais de três semanas.

A chamada da TMN caiu (quão irónico é isto?) quando era hora de combinar a data de entrega do equipamento, a mensagem de confirmação de entrega demorou uma semana e chegou num domingo às 19h (quando o horário da linha de apoio é de 2ª a 6ª, até às 18h), e a Chronopost conseguiu não entender por 4 vezes qual a hora em que eu estaria em casa para receber a nova placa de acesso à internet, tendo eu feito uma mão cheia de telefonemas só para esclarecer com exactidão esse pormenor.

É giro que, devido a um aparelho que visa melhorar em qualidade e rapidez a minha comunicação com o mundo, todo o processo de o adquirir tenha ficado marcado pela ineficácia e lentidão, precisamente nas… comunicações.

Espero que agora o aparelho faça o efeito pretendido, que trabalhe bem e que tudo seja mais rápido daqui em diante. Aliás, o que eu queria mesmo é que a minha nova placa 3G fosse como aqueles carros que nos dizem dar 160km/h e acabam por conseguir dar 180. Porquê? Porque me dava um jeito tremendo tentar recuperar este mês de atraso. Isso, sim, é que era mesmo bom!...

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* - Ouvi (ou melhor, voltei a ouvir) essa expressão (perdida no tempo) há uns dias e não resisti a usá-la.

O Raio do Cristo Rei


Ouvi dizer que o Cristo Rei, em Almada, foi atingido por um raio, alegadamente devido ao mau tempo. Sinceramente, não estou convencido desta última parte, muito embora no dia em causa tenha, de facto, chovido e trovejado imenso. Ainda assim, a circunstância de um raio ter caído precisamente ali (causando uma quebra de energia que desligou a iluminação natalícia do monumento)levanta questões pertinentes no campo teológico e também ao nível da ironia do destino.

(Vamos por pontos, porque… bem… porque é sempre giro criar alíneas ou numerar assuntos e coisas e itens e tal, seja no que for)

Ponto 1 – Nunca pensei que a justiça divina (diz o povo que uma das suas expressões mais fortes – se não mesmo a mais temida pelos tementes a Deus – é precisamente a queda de um raio) poderia fazer-se sentir sobre o Cristo Rei. E quem diz sobre o Cristo Rei, diz sobre basílicas, igrejas, santuários ou capelas. A provar isso, há uns anos visitei uma pequena capela que esteve envolta pelo fogo num incêndio de grandes proporções… mas que escapou à destruição, ao contrário de tudo o que estava à volta. Deus protegeu, claramente, a capela. Desta vez, não protegeu o Cristo Rei. Bem pelo contrário… mandou-lhe com um raio para cima.

Ponto 2 – Que terá feito o Cristo Rei para que o seu “Pai” se tenha enfurecido tanto, ao ponto de recorrer à sua “arma” mais poderosa como forma de reprimenda? Se Deus não esteve pelos ajustes, foi porque o “Filho” não fez das boas, apesar de estar sempre ali, parado, no mesmo sítio, já vai para umas décadas. Sim… também se pode pecar só por pensamentos… Terá sido isso?

Ponto 3 – Se o Cristo Rei fez asneira, isso quer dizer que se sentia com as costas quentes, pensando que a sua divindade lhe garantia de imunidade ou que simplesmente não é tão temente a Deus quanto o resto dos católicos? Ah… já para não falar que não deve ter grande respeito ao “Pai”, deitando por terra um exemplo que deveria dar a todos nós, quanto à lealdade familiar – “Honra o teu pai”, ordenam os mandamentos.

Ponto 4 – Ao lançar um raio sobre o monumento, Deus – parece-me – afirma-se ele próprio como uma espécie de “Pai Tirano”, imortalizado pelo velhinho filme português, do início dos anos 40. Algo absolutamente inesperado num pai tantas vezes adjectivado de “bondoso”, “clemente” e “tolerante”. Ainda para mais, quando direcciona a sua dura justiça sobre um filho (quando o mais usual é defender-se os elementos da família). Será Deus pior chefe de família do que aquilo que pensamos?

Ponto 5 – (e já que falamos em família) Onde está a reacção do irmão mais velho do Cristo Rei, o Cristo Redentor do Rio de Janeiro? Se é estranha toda a ocorrência de o Cristo Rei ter levado com um raio em cima (muito provavelmente, lançado pelo próprio “Pai”), mais estranha é a ausência de uma reacção da família; no caso, do irmão da vítima. Mesmo que tenha medo de represálias parentais, ficava bem ao Cristo Redentor uma palavrinha sobre esta questiúncula familiar, não ficava?

Questões que, desde o sucedido, ainda ninguém esclareceu cabalmente, o que é pena. Mas talvez também isto tenha uma razão de ser. Sem estas explicações, qualquer cristão pensará agora duas vezes antes de pôr “o pé em ramo verde” ou “a pata na poça”. Se o Filho de Deus leva com um raio e é quem é… então todos os outros filhos de Deus (sem a ligação umbilical ao Criador nem a vantagem de serem feitos de pedra) têm mesmo de se “pôr a pau”, correndo o risco de – caso contrário – aumentar drasticamente a ocorrência de violentas “trovoadas” um pouco por todo o lado, dizimando os pecadores. Diz o povo que Deus escreve direito por linhas tortas. Será que é a este tipo de coisas que o ditado se refere?







Obrigad(inh)o, Mãe!...


Ao fim de uns anos de vida (digamos, sei lá… uns trinta), todo e qualquer um de nós acha que já é um homenzinho ou uma mulherzinha. Mesmo aqueles homens que pensam ser umas gajas boas e as mulheres que pensam ser uns grandes machões… mas isso agora não vem ao caso.

Dizia eu que todos nós nos achamos independentes, cheios de personalidade e carregadinhos de traços tão nossos que nos distinguem de toda a gente. Lamento dizê-lo… mas andamos todos enganados. E sei disto porque os meus pés, descalços, estalam imenso.

Se está confuso… percebo que esteja. Aliás, confesso que era essa a minha intenção ao juntar, aparentemente de forma desinteressada, referências à transexualidade e aos estalidos dos pés. Mas… avante.

De há uns meses para cá, posso dizer que ando com alguns problemas de identidade. Tudo porque descobri uma foto do meu pai quando ele tinha para aí uns 23 anos e a verdade é que a cara que vejo nessa imagem é igualzinha àquela que vejo todas as manhãs no espelho da cada de banho quando faço a barba. Isto apesar de em criança ser a cara chapada da minha mãe, com as bochechas rosadas e tudo mais. (Já agora… isto é bom porque agora tenho a certeza de que não houve facadinha no casamento deles para me coceber.)

Lá se vai a teoria dos “traços tão nossos”…

Por falar na minha mãe, chego ao ponto que me leva a abordar este tema: o estalido dos meus pés, quando descalços (sim… a referência era autêntica e não só para confundir o leitor).

Essa característica herdei-a da minha progenitora, infelizmente. Sei bem disso, porque em miúdo (quando ainda me parecia com ela e não com o meu pai) sempre ouvi os estalidos dos pés da minha mãe quando ela ia à casa de banho, a meio da noite. Eram audíveis o suficiente para não raras vezes ter acordado com esses “Tlac!… Tlac!… Tlac!…”, tanto na ida como na volta.

O mesmo acontece agora comigo. E repare-se que não estou contente. Primeiro, porque estalar dos pés não é coisa de que alguém se gabe de bom grado, como é evidente. Em segundo lugar, porque isso me prejudica sobremaneira.

Do que a minha mãe não se lembrou ao “dotar-me” com essa sua péssima característica foi que, tal como ela me acordou vezes sem conta (dando cabo de noites até ali bem dormidas), também eu de futuro acordarei gente que tenta descansar em paz, cumprindo um sono retemperador, de preferência ininterrupto. Isso não é bom.

Não é bom, logo “à cabeça”, se pensarmos que a minha futura vida conjugal estará sempre “por um fio”, até a minha cara-metade se fartar de acordar com os estalidos dos meus calcantes descalços, a caminho do WC. Mas, acima de tudo, não é bom porque limita as minhas opções de carreira. Obviamente, ser ladrão profissional de residências no período nocturno está fora de questão. Se assaltar uma casa habitada silenciosamente estando calçado é praticamente impossível, então… tirando os sapatos, não só acordaria de imediato os donos da casa, como também os vizinhos todos e ainda um guarda da GNR ou agente da PSP que vivesse ali nas redondezas (há sempre um) que, sem grande esforço, me apanharia em flagrante delito.

Escusado será dizer que estou um bocado desiludido com a minha mãe.

O Regresso do PÍFIO


A discussão do Orçamento de Estado já veio e já foi. Se foi giro? Não sei bem. Raramente lhe presto grande atenção. Se ainda pudesse ir lá falar do meu orçamento… Mas não. Aquilo, segundo sei, é sempre “deputados de um lado - governo do outro” a falarem à vez, de dedo em riste, sobre percentagens, PIB’s e sei lá mais o quê.

Seja como for, pode dizer-se que (pelo menos) algo de MUITO positivo saiu desta discussão do OE2008: o reaparecimento da palavra PÍFIO.

Nunca pensei usar estas palavras, combinadas numa mesma frase, mas cá vai disto: Muito obrigado, Jerónimo de Sousa!

Aliás, muito… obrigradíssimo! O líder do PCP e da bancada parlamentar comunista merece este e todos os agradecimentos que lhe venham a fazer nos próximos tempos, principalmente vindos da parte de tantos e tantos professores de Português actualmente deleitados com a iniciativa do político!

Logo no primeiro dia de debate, Jerónimo de Sousa usou a expressão “duelo pífio” (para espicaçar Sócrates e Santana). E o País quase parou. Quero dizer… parar, parar… não parou. E quase parar… também não quase parou. Na verdade, nem esteve perto disso. Acho mesmo que mais de metade de Portugal nem sequer se apercebeu que no Parlamento se estava a discutir o Orçamento, quanto mais de que Jerónimo tinha recorrido a uma das mais obscuras palavras do vocabulário lusitano.

Mas assim aconteceu. E, na ausência, de bons momentos para recordar (é que fala-se muito de emoção nestes debates importantes em São Bento mas, se fosse tipo jogo de futebol, as repetições em slow motion daquilo não mostravam nada de espectacular), o momento em que o fonema pífio ecoou nas galerias do Parlamento acabou por ser, na minha modestíssima opinião, o ponto alto dos três dias de debate.

Não pelo momento em si mas sim por aquilo que veio depois disso. Desde esse momento, já ouvi a palavra pífio proferida no meu trabalho e, melhor do que isso, na rua… várias vezes! Obviamente, a internet também já foi “inundada” de referências ao adjectivo. No fundo, o que Jerónimo fez não foi (só) insultar Santana e Sócrates (intitulando-os de reles ou ordinários – sinónimos de pífio). Jerónimo educou o País, que não fazia ideia da existência de uma palavra tão catita e simultaneamente tão ofensiva na Língua Portuguesa. O País gostou e trouxe o vocábulo de volta à “ribalta”.

Pessoalmente, regozijo-me sempre que o nosso idioma sai a ganhar onde normalmente sai a perder (os debates políticos são quase sempre muito fraquinhos, também nesse aspecto). Foi o que aconteceu desta vez.

Aparte isso, estou preocupado com Jerónimo de Sousa, que me parece ter feito bem à Língua Portuguesa mas mal à sua carreira política. A palavra pífio pode vir a ser a sua némesis. Tal como o Rato Mickey e uma conversa qualquer de “Você sabe que eu sei que você sabe que eu sei que você sabe” estão para Maria José Nogueira Pinto, pífio poderá estar para Jerónimo, que talvez venha a ser recordado daqui a alguns anos mais pelo adjectivo do que pelas suas ideias políticas.

E seria uma pena que um simples momento alto num debate do OE que até passou despercebido acabasse com a relevância de um percurso político de uma vida inteira. Isso, sim, seria grosseiramente pífio.

Não sou excêntrico... e já sei por quê!

Muito sinceramente, estou em crer que descobri a resposta para uma questão que há algum tempo a esta parte venho colocando a mim próprio.

Haverá uma razão para que ainda não tenha ganho o EuroMilhões?

Pelos vistos, há. Apercebi-me disso há pouco, quando fui ao supermercado.

Se há coisa que é recorrente nas minhas idas ao supermercado é o azar de me calhar SEMPRE a caixa que demora a mais a despachar-se. Aliás, permita-me o InSensato Leitor que me expresse melhor. A minha tendência para ficar na mais lenta fila para a caixa registadora não me parece bem ser uma questão de azar, mas sim de um talento estranho que tenho em escolher com impecável exactidão aquela que – apesar de promissoramente rápida – se revela a mais entediante das filas para o pagamento dos artigos comprados num estabelecimento comercial.

Situações já houve em que me dirigi em passo apressado para uma caixa com apenas um cliente e acabei por esperar cerca de um quarto de hora para ser atendido. Acredite-se ou não, é preciso ter um engenho fora de vulgar para que algo deste género aconteça em 95% das vezes em que vou ao supermercado.

95% é também – mais coisa menos coisa – o ratio de vezes em que nada ganhei no EuroMilhões em relação às ocasiões em que tive boletim premiado. E nesses outros cerca de 5% também não ganhei grande coisa (20€ uma vez, acho que foi o máximo). A verdade – lamentavelmente – é essa.

O facto de serem duas premissas com percentagens de ocorrência muito semelhantes faz-me agora acreditar que estão relacionadas.

Já contactei quem me possa ajudar a estudar melhor este fenómeno. Acho que está tudo doido de excitação na Universidade de Estudos Médio-Avançados em Estatística Aplicada ao Meio Social Centro e Sul-Europeu e Norte-Asiático da cidade de Happyland no Estado de Oklahoma (Estados Unidos da América, cerca de 2043km a Oeste de Washington) depois de eu lhes ter telefonado – chamada à cobrança, claro. Quem diria que o telefone deles não tocava, de todo, desde 1989?!?

Até que o estudo americano produza resultados (disseram-me que quaisquer cinco anos e teria um relatório a chegar cá a casa – estou muito esperançado!), continuo a crer que, logo que comece a atinar com as melhores filas para as caixas dos supermercados, também a minha sorte no EuroMilhões mudará para melhor.

Amanhã volto ao supermercado (esqueci-me de comprar queijo fatiado e café em pó). Aproveito e começo a tentar inverter a minha fortuna. Se a coisa correr bem (se me despachar rápido a pagar), vou logo registar o boletim do EuroMilhões. Se não… se calhar, vou na mesma. Porque não gosto de deixar para a última hora… e eu jogo com chave fixa… e se depois sai e aquilo não foi registado… é uma chatice... dá para perceber, não dá…?

Carne Humana Certificada (por que não?)


Pode ser difícil acreditar mas há mais de dois anos que este tema está pendente, à espera de ser transposto para InSenso. Não quer isto dizer que a questão não seja urgente – ainda que para nós, humanos, se calhar, não seja mesmo. Simplesmente, nunca calhou abordar no blog o assunto que eu e uma InSensata Visitante aqui do burgo abordámos um dia numa conversa via chat.

A páginas tantas dessa curiosa discussão, falou-se de que – exceptuando um problema alérgico que tenho com alguns insectos (não todos) – é raro ser picado por mosquitos, melgas ou abelhas, tal como tendo a não ser mordido por cães, por exemplo. Diria, baseado nestes factos, que não sou um tipo apetecível para os dentes ou ferrões dos animais em geral, ao contrário da grande maioria das pessoas, que estão mais sujeitas a mordidas várias de animais vários, denotando que a sua carne será mais… apetitosa que a minha.

Citando uma mensagem minha dessa conversa, «K@ diz: Até posso ser giro e tal [sou sempre um gajo modesto, eu] mas, se calhar saibo mal... Não é uma questão de odores corporais nem nada... Deve ser só má qualidade da carne. É que nem pulgas, nem outro qualquer parasita me pega. Aliás... os cães também não me mordem, como já disse. A carne deve ser ruim. Se nem os mosquitos gostam…!»

A resposta do outro lado foi, elucidativamente, «LOL». Ok…

Na altura, ambos concordámos que, tal como acontece na nossa cadeia alimentar, também a carne humana deveria passar a ser devidamente certificada, para se saber que pessoas seriam mais apetitosas na cadeia alimentar da fauna em geral. A ideia não seria “condenar” as pessoas que o fossem [apetitosas] a atirarem-se para a boca de um cão ou ficarem, como que por obrigação, debaixo de uma lâmpada ligada à espera que as melgas aparecessem para beber uma “sangriazita” das boas. Não. A atestação da chicha humanóide serviria, acima de tudo, para que as pessoas potencialmente mais “saborosas” se protegessem melhor (para não serem vítimas da animália) do que as outras – como eu.

Como sabemos, este processo de certificação nunca teve início (nem a nível oficial, nem não-ofícial). Tudo porque os humanos se estão marimbando para isso – a verdade é essa. Quanto aos animais carnívoros e sugadores de sangue, tenho a certeza de que teriam todo o interesse nisso. E até acredito que já se tenham feito manifestações concertadas para a exigência da certificação da carne humana. Em vão, claro, porque os animais não falam e assim os humanos não os entendem. Pronto… poderiam sempre pedir a ajudar de uma arara ou de um papagaio… mas como estes não são carnívoros nem sugadores de sangue… duvido que aceitassem a tarefa.

Bom… ao fim de 2 anos, está exposto o tema.

Agora que comece a discussão pública… ou então, não…!

SIM, É no Continente!


Há uns tempos, foi notícia de caixa alta a compra dos supermercados Carrefour em Portugal por parte da Sonae, detentora da marca Continente. Ou seja, daqui a uns (outros) tempos, as lojas Carrefour passam a chamar-se Continente.

Na altura, a informação fez-me um bocado de confusão, porque os peços Continente são de uma forma geral, mais elevados e a grande superfície que mais uso é, de facto, um Carrefour que fica perto de casa; Lá, gosto do serviço e dos preços de uma forma geral. Pode dizer-se, portanto, que sou um cliente Carrefour satisfeito… de uma forma geral, claro.

Entretanto, já passou algum tempo e já tive a chance de fazer as pazes como negócio feito por Belmiro de Azevedo. A razão para já não me sentir tão incomodado é o facto de o Continente ter pelo menos duas marcas “brancas” que me levam a crer num futuro catita na minha relação com essa cadeia de supermercados.

Nos detergentes e produtos de limpeza, podemos encontrar a marca SIM. E não há nada mais positivo do que ter um detergente líquido e um amaciador para a lavagem da roupa, ambos, a afirmarem que “SIM, senhor!”, querem ir comigo para casa. É pensamento positivo… pelo menos, da parte dos senhores que fabricam os detergentes e sabem que ganham mais uns trocos se, de facto, eu pegar (e… pagar) os produtos deles.

Já no campo alimentar, o Continente “oferece” (as aspas aqui significam, naturalmente, que nada na vida é grátis, como se sabe), a marca É, nomeadamente nos congelados, nas águas engarrafadas e nos lacticínios. Extraordinário! Isto sim, “É” uma boa ideia! Basta um cliente abeirar-se das prateleiras e questionar-se “Será este o garrafão de 5lt. de água que devo levar?” e é o próprio garrafão de 5lt. de água a responder: “É”! Fantástico! Algo manipulador, é certo, mas porreiro também, principalmente para os clientes mais indecisos.

Se o Continente continuar com esta política, estou certo de que outras marcas que ajudem a clientela a escolher melhor (e mais rapidamente) as compras, já para não falar no facto de serem mais baratas que as concorrentes.

Aproveito para sugerir desde já alguns nomes para essas marcas ditas “brancas” a surgir num futuro próximo numa loja Continente perto de si… e de mim também. ESTE/ESTA (consoante o produto) parece-me um bom conceito. “Que champô 2 em 1 levo? Ah! ESTE!”, e já está. BOM/BOA (idem), idem. “Este macarrão riscado será bom…? Ah… é BOM, sim senhor! Porreiro!”, e carrinho com ele. E para produtos mais juvenis uma marca que estou certo daria cartas, por exemplo, nos materiais escolares ali por volta de Setembro: FIXE. Não vejo como as vendas poderiam falhar.

Senhor Belmiro, se estiver a ler isto… não se esqueça de quem lhe está a “oferecer” [recorde-se a chamada de atenção anterior] estas ideias. Posso ter mais (até melhores)… por uma remoneração... digamos… “modesta”.