P’la boca morre...

Não raras vezes acontecem coisas menos… digamos… costumeiras nos nossos locais de trabalho. Pequenas a(b)normalidades (gosto do som da palavra com aquele “b” a mais – à inglesa… coisa fina!) que dão algum sal aos empregos que sempre têm o seu quê de sensaborão, aqui e ali.

No caso, aconteceu-me a mim reparar em algo estranho num dos muitos (mais de uma centena) computadores da empresa onde laboro. Aliás, computadores são coisa que não falta e – estatisticamente falando – até nem seria de estranhar que estivesse sempre a acontecer algo de invulgar com qualquer um deles a todo o momento. Seria uma probabilidade com sustentação matemática, diria mesmo.

Vamos então ao assunto em epígrafe.

Nos ecrãs dos computadores da casa, surgem muitas imagens. No “cantinho” onde trabalho, essas imagens são, mormente, de jogadores de futebol e outros desportistas (sendo que também aparecem imagens de belas tenistas, nadadoras, campeãs de atletismo e afins… mas, acima de tudo, são mesmo os cromos da bola).

Talvez (repito… TALVEZ) tenha sido por isso que, numa hora em que imagem nenhuma surgia no ecrã onde estava a trabalhar, reparei na (enorme) marca de um contorno labial em pleno monitor do PC. Para ser mais exacto, via-se uma curva com as inconfundíveis estrias labiais… mas de uma boca… GRANDE que tolhe!

“Estranho...!”, pensei. Mas pouca atenção dei à “descoberta” naquele momento. No entanto, à medida que o meu trabalho (naquele computador) avançava, foi-me fazendo cada vez mais impressão esse “carimbo” no ecrã. Foi como que ficando… “maior” (ou, como é óbvio, aparentemente maior do que realmente era). Como se aquela boca quisesse comer o meu trabalho, ainda inacabado, sem dó nem piedade. Uma coisa tremenda…

Não tardou até que me questionasse acerca da verdadeira razão para que a marca ali estivesse. Cheguei à conclusão mais óbvia – embora não necessariamente a correcta. Alguém… beijou o ecrã. E, se foi esse o caso, de que maneira beijou!!!... De boca bem aberta, mas – atente-se – não há quaisquer vestígios de língua (do mal o menos).

A ser verdade que alguém abocanhou (que é um termo claramente técnico) o ecrã, beijando-o como se fosse a última coisa que faria na vida… por que o terá feito?!? Terá lá surgido a imagem de um tão… dotado… jogador da bola ou de uma Sharapova de mini-saia e raquete em punho tão elegante que esse alguém decidiu mostrar a sua admiração assim,… labialmente?...

Continuo intrigado com este facto algo perturbador. A verdade é que a marca mantém-se lá, em grande (dimensional e categoricamente falando). E isso leva-me a pensar três coisas: 1. Como é que eu volto a trabalhar naquele computador sem que aquilo me aborreça? 2. Que raio é que as senhoras da limpeza andam a fazer até às altas horas da madrugada, quando supostamente limpam o tasco onde a malta trabalha durante o dia? 3. Quem (e por que carga d’água) se pôs aos beijos a um ecrã de computador?!?

É que tão depressa não me vai desaparecer esta imagem da mente…
Não vai, não…Que porra!...

Blog’s, Bloguistas & Blogueiros

A propósito da última grande polémica nacional, um autor português queixou-se de ter sido difamado cobardemente por alguém que se esconde por detrás do anonimato que a blogosfera proporciona e fez queixa contra desconhecidos. Isto para além de – em fúria (ou em acto de pura criatividade, quem sabe) – mandou os criadores do blog em causa «bardamerda» e prometeu resolver tudo à «paulada», acrescentando que a blogosfera permite coisas como a insinuação, a calúnia e outras “atrocidades” afins, perpetradas por pessoas (ao que parece muitas delas “famosas”) que abrem blog’s só mesmo para descarregar o fel das suas frustrações e/ou para atacar os “inimigos”.

Sobre a polémica em si, não me apetece muito falar e não vou fazê-lo. Mas quanto à coisa da malta abrir blog’s com x ou y intenção… penso que haja matéria para InSensar.

Um blog já toda a gente sabe o que é. Para muitos é um diário, para outros é um meio de divulgar pensamentos (seus e de outros). Há também quem (como eu) veja nos blog’s um suporte como outro qualquer para deixar “armazenados” alguns escritos (também funciona com os blog’s de foto de autor) e outros que ainda não entenderam bem isto da blogosfera e vêem aqui uma boa oportunidade para fazer sites de empresas, associações, divulgação de publicidade, etc., evitando pagar os custos da compra de um domínio do tipo www.asdkjhkjha.com, o que no fundo não passa de uma foleirada pegada.

Quanto aos possuidores de blog’s, vejo-os em dois grupos. O dos Bloguistas e o dos Blogueiros. Eu acho que sou um Blogueiro, porque assumo o meu blog tal como ele é. Já o mantenho há mais de um ano (quase dois) e ele mantém a intenção inicial, ou seja, não tem intenção (especial) alguma que não o do prazer da escrita (no caso, a escrita de coisas parvas, imbecis e lamentáveis). Ou seja, quando um blog é isso mesmo – um blog – eu acho que o autor é um Blogueiro. Já o Bloguista (vocábulo que eu vejo como uma mistura de “blog” + “pára-quedista”) é um indivíduo que surge na blogosfera sem a pretensão de ter uma regularidade de apresentação de coisas novas mas com uma intenção específica; normalmente, a de que o blog tenha uma grande exposição – inclusivamente mediática, se possível – ou para atingir um objectivo relacionado com algo ou alguém em concreto. São aquilo a que eu chamo de “mandar umas blogadas”. Abre-se um blog, acede-se ao Blogger de vez em quando, coloca-se a password,… manda-se uma blogada (99% das vezes sob anonimato) com boa ou má intenção e depois a malta volta a ser quem é, seguindo com a sua vidinha, vendo quantos comments teve naquele post, para só voltar ao Blogger quando já não houver mais comments novos ou algo de novo haja para “divulgar”. Em todo o caso, também há Bloguistas-Blogueiros e Bloguieros-Blguistas, obviamente. Uns que criam diariamente e mandam blogadas esporadicamente e outros cujas blogadas esporádicas são perfeitamente justificadas e de qualidade criativa a justificar o uso da blogosfera para as apresentar.

Esta dupla de conceitos (Bloguista e Blogueiro) dá, na minha opinião, azo a outra dupla de conceitos: Blogagem e Blogadura. Na minha parva visão das coisas, sempre achei que devia denominar de Blogagem o que penso ser mauzinho na blogosfera. No fundo, o conjunto do que não gosto nisto dos blog’s. Logo… se me virem falar de Blogagem, talvez não seja bom sinal. E… se há muita Blogagem por aí? Há. Tenho alguns ascos de estimação na Blogagem, é certo, mas também acho que este mesmo burgo seja muitas vezes parte desse grupo (para os outros e até para mim, imagine-se). Blogadura, pelo contrário, (e embora pareça um termo perfeitamente estúpido) é o que eu acho ser giro e bom no mundo blogosférico. Os links que aqui coloquei (InSenso Club e outros, em jeito de sugestões) nos “favoritos” do meu PC estão denominados “Blogadura” e isso resume o conceito. Se há muita Blogadura por aí? Há. E ainda bem que há, em grande maioria, no mundo dos blogs.

Seja o que for que a polémica do autor que alegadamente fez o plágio denunciado na blogosfera venha a dar, chateia-me que em ambos os campos se esteja a aproveitar para deturpar algumas coisas. O autor deixa sugestionado no seu discurso que a blogosfera é tão somente o “Eixo do Mal” e devia ser exterminado. Do outro lado, os Bloguistas em causa, ao usarem um blog (talvez para não pagar o custo do domínio, o que não me parece que tenha sido o caso) para fazer a denúncia, permitiram que todos nós, Blogueiros, andemos agora a ser “bombardeados” com estas tristes trocas de palavras nos jornais. A blogosfera é fixe. E eu até escrevo com o pseudónimo K@, que obviamente não é o meu nome verdadeiro. Mas… e quê?! Também não é anonimato. Já aqui disse que, regra geral, o que escrevo é 80% verdade pura e 20% de liberdade criativa (já agora, tenho pavor de plágios, meus ou de coisas minhas). Não intento atingir ninguém nem cumprir x objectivos com os meus escritos. Espero, sim, fazer parte do que os leitores considerem ser, para si, a sua Blogadura. Mais de resto, palavras leva-as o vento… ou, neste caso, levam-nas os bit’s e os byte’s.

Haveria muito para dizer acerca dos "bardamerdas" e das "pauladas" do mundo editorial e do mundo blogosférico... mas não me apetece mesmo nada agora falar disso. Talvez depois, 'tá?...

15 de 95 = (+ ou -) 150

(InSenso de Serviço Público)

Quem tem a seu cargo as finanças da casa sabe muito bem que a Matemática que aprendemos na escola (com aquelas regrazinhas todas e tal) tem de ser “moldada” ao Poupança-Method diário.

Desde logo, a malta sabe que nem todas as operações parecem interessar para realizar as contas do dia-a-dia. Somar e multiplicar são coisas que raramente se fazem, a não ser quando temos de fazer somatórios daquilo que temos a pagar em facturas de água, gás, electricidade, tvcabo, telefone e Internet. Aí, sim, soma-se e até se multiplica. A partir daí… só se subtrai e divide. E isso é o que se faz… para aí em 25 dos 31 dias do mês.

Mas não é tudo. Quando menos pensamos nisso, damos connosco a fazer contas de cabeça e médias das maneiras mais estranhas possíveis, bem como a usar a lógica e umas quantas leis das probabilidades de formas bem mais… criativas do que aquelas que nos impingiram nos bancos da escola.

O exemplo maior disso é aquilo a que chamo de K@lculo Gasolineiro. Para dosear o consumo de combustível da viatura, faço sempre abastecimentos fixos – no caso, de 15€ cada – e ponho o conta-quilómetros (aquele para as viagens) a zeros. Depois vou fazendo as minhas rotas normalmente e, dali a uns tempos, há que ver quantos quilómetros foi possível fazer com essa gasolina. Regra geral (ou seja, se eu não tiver de andar “à maluca”) os 15€ de “gasosa” 95 dão para mais ou menos 150 quilómetros. Não está mal de todo… mas podia estar melhor… se os combustíveis não fossem tão caros. No entanto, para o caso importa apenas que quando o contador atinge os 100 quilómetros, já estou avisado de que dali a pouco tempo tenho de abastecer de novo. E assim a malta não é surpreendida com despesas inesperadas.

O que é giro (ou então… é só parvo) é que o K@lculo Gasolineiro pode ser adaptado a outras coisas que não combustível (com algumas mudanças pontuais, consoante o caso), para fazer a gestão de coisas tão variadas como comida e (!) papel higiénico.

Passo a explicar. Mantendo uma vida minimamente rotineira (convenhamos… todos temos uma vida minimamente rotineira), é possível fazer algumas previsões acerca de quando esgotarão os stocks de vários produtos. E já que a questão do papel higiénico lhe ficou a matutar na tola (eu sei que ficou!...), repare bem, InSensato Leitor, se não é fácil perceber para quanto tempo dá um determinado número de rolos. Dá, não dá? Obviamente, isto não se aplica a “fugas” à rotina – como o são dias de feijoada, por exemplo – que estragam as médias… a não ser que também aí haja uma certa rotina e se saiba de antemão que haja feijoada “x” vezes por mês. Nesse caso, volta a ser possível o K@lculo.

Caso queira aplicar a minha ideia ao seu dia-a-dia, faça favor e use-a. Não lhe vou cobrar nada por isso (muito embora desse jeito um rendimento extra). E fique desde já a saber que pode ser adaptada e aplicada não só a gasolina e papel higiénico, como também a detergentes, comida, desodorizantes, papel de impressora e até comida para o gato (ou cão, ou canário, ou iguana… enfim, acho que percebe que se aplica também à comida para o animal de estimação) e outros tantos produtos. Basta que comece a aperceber-se de quanto gasta numa semana… e depois é fazer as contas.

Depois diga-me se ajudou, ok?

Cueca no Quadro

Os temas dos InSensos vão surgindo com mais ou menos naturalidade. São coisas que vejo, que oiço ou que simplesmente me ocorrem, parecendo ser merecedoras de uma reflexão InSensata aqui no burgo. Ou seja, tanto há temas mais ou menos aprofundados – alguns mesmo repetidos, mas abordados sob perspectivas necessariamente diferentes – como há outros que nunca serão aflorados (nem sequer ao de leve)… porque, tão somente, não me ocorrerão.

Em consequência disso, de quando em vez, penso cá para comigo como terá sido possível nunca me ter lembrado de falar de “x” assunto, por tão evidente ser, por tão importante e vital ser trazido ao mundo da blogosfera. Pechas graves que sempre que possível aqui colmato. E daí nasce mais um InSenso, que há-de ser lido (ou não, se o InSensato Visitante desejar levar uma vida regrada e feliz), uma vez acedido o chamado Endereço URL (ou “úrle”… “úrlinho”, para os amigos) do site.

É o caso do InSenso de hoje que, inacreditavelmente, nunca aqui tinha sido abordado e que me “veio” (salvo seja) por via dessa tão óbvia questão que é… haverá hall de entrada de um prédio sem uma cueca exposta no placard da administração do condomínio, ali nos “arredores” das caixas do correio?

A minha opinião é que não. Isso não existe. Prédio que é prédio (e que goste de ser respeitado como prédio que se preza que é) TEM de ter pelo menos uma peça de roupa (se não mais), supostamente caída de um estendal de um dos seus andares, exposta no hall de entrada, para todo o “mundo” ver.

Constato eu que, mais do que um mero acaso (que eu até acredito que não o seja, de resto) é uma OBRIGAÇÃO do prédio – qualquer prédio – ter SEMPRE uma cueca, um soutien… ou, no mínimo, uma meia desportiva (com raquetes cruzadas e uma bola de ténis bordadas, juntamente com a palavra “sports”). Menos dos que isso é fracasso e o prédio não vale um chavo.

A teoria dominante para esta realidade é aquela do dia ventoso que faz com que as pequenas peças de roupa voem dos estendais directamente para a calçada em frente à porta do prédio, obrigando à recolha das mesmas pelo eficientíssimo método da “pesca por ponta de caneta” (claramente o preferido, seguido da “pesca manual com protecção de lenço de papel” e da simples manipulação da roupa interior alheia, sem qualquer artifício ou protecção que, sendo o menos popular, ainda assim é o de maior agrado para quem tenha nessa tarefa uma forma estranha de satisfação).

Mas, seja pela ventania, seja pela mola velha que se partiu ou por mera incúria de quem estende (mal) a roupa, a meioca do bebé ou o lenço de bolso bordado com as iniciais do proprietário lá vem parar ao quadro do condomínio. Faz parte. Se assim não fosse, como iriam os vizinhos conjecturar em surdina de quem seria a lingerie provocante vermelha transparente e rendada quando só há senhoras-bem no prédio, quem ousaria vestir o boxer justo estampado com casais nus em várias posições sexuais ou se a tanguinha leopardo com o pompom negro seria feminina ou masculina?

Lá está. Faz parte. É absolutamente necessário haver um mínimo de intriga em cada prédio, por mais respeitável que ele seja, ou que aparente ser. Aliás, eu adianto que nem só por “azar” estas peças de roupa “voam” da corda para a calçada.

Acredito piamente que há sempre alguém a querer fazer um pouco de propaganda sobre o seu repertório de roupa interior (há sempre algo de exibicionista em todos nós) ou que as administrações de condomínio lucram mais se, de vez em quando, houver confusão, bate-boca, porrada e, logo, danos a reparar nos corredores, escadarias, elevadores ou terraços dos prédios que gerem.

E uma cueca colocada estrategicamente no placard dos avisos pode muito bem ser o ponto de partida para uma algazarra daquelas bem esgalhadas, convenhamos.

Dream Dating

Sempre na senda de encontrar o “TAL” conceito vencedor que me leve à fama e/ou à “podre-riqueza” (sim… a malta quer ser podre de rica), eis que aqui venho apresentar o resultado do meu mais recente rasgo de criatividade inventiva.

Inspirei-me nos conceitos americanos de “Blind Date” e “Dating Agencies” (dois verdadeiros “must’s” estado-unidenses) e no facto de estar a dormir (ou seja, a pensar parvoíces desta maneira bem me posso queixar de não andar a dormir nada de jeito). Assim, uma noite destas, lembrei-me de que poderia, com alguma facilidade, resolver um problema de que muita gente se queixa: falta de relacionamentos, de carinho, de afectos… enfim… falta de tudo menos de solidão.

O conceito é simples mas – digo eu – poderá ter sucesso muito para além do que se possa imaginar por esta primeira “pincelada” que aqui deixo para os vossos InSensatos Olhos.

Já que, em alturas de solidão, muito boa gente fantasia imaginando encontros idílicos com as celebridades que vê na TV, nos filmes, nas revistas e até nos outdoor’s publicitários… nada melhor do que tornar essas utopias… “reais” a quem se vê privado da possibilidade de encontrar o amor. E é tão fácil, no fundo!

No futuro, tudo o que o/a interessado/a em passar uma verdadeira “Noite de Sonho com uma Estrela” terá de fazer é adormecer… embalado/a por um CD com sons de um programa romântico com uma celebridade à sua escolha. Encontro, jantar, bebida num barzinho calmo, um filme e, quem sabe, uma despedida à porta de casa, com direito a abracinho e beijo na face. Tudo num CD, fácil de adquirir num supermercado ou quiosque perto de casa.

Recapitulando, a malta adormecia e ia sonhar que esteve num encontro romântico com “x” estrela de cinema ou “y” astro do espectáculo, com um político (sim… há quem goste da cena do poder e tal) ou com o manequim que se passeia normalmente por Milão, Nova Iorque e Paris. Seria a tal “Noite de Sonho com uma Estrela”. E o nome não podia ser mais adequado, acho eu.

Sim… reconheço não ser totalmente original a coisa de fazer CD’s com sons para a mente adormecida, mas convenhamos que grilos, corujas, cigarras, passarinhos e gaivotas com som de ondas em fundo podem muito bem trazer calma mas felicidade não dão a ninguém. Já estes CD’s ajudam qualquer um(a) a sentir o carinho (ainda que fictício) de outrem, ainda para mais… famoso!

E as opções são infindáveis. Como em todos os dispositivos de som, as faixas poderiam ser seleccionáveis, por exemplo. Ou seja, o usuário poderia escolher se ia só jantar ou só ao cinema com o VIP escolhido. Mais… Se fosse alguém mais carente ou mais “aberto” a várias experiências, poder-se-iam fazer colectâneas com várias celebridades bem ao jeito de “Hit Parade” (neste caso, “Date Parade”, claro); nem só o CD podia ser o suporte da coisa, havendo possibilidade de compra desses conteúdos para iPod ou outros leitores (de mp3); e com um produto (o CD) podiam ser vendidas também as aparelhagens ideais para a audição dos sons noite fora (assim ao estilo de sistema de som recomendado).

É um negócio cheio de possibilidades.

Agora só falta começar a convencer as celebridades a participar ganhando cachet’s razoáveis e, pior que isso, convencer o Banco de que isto é um negócio à séria, para que os homens lá libertem o guito sem pensar que ando de mão estendida à cata de um apoio a fundo perdido.

Quanto ao resto, se um dia destes vir por aí publicidade dizendo algo como “Quer ter um jantar de sonho com a Floribella?” ou “Que tal um cineminha na companhia do Paulo Pires?”… já sabe… Trata-se do conceito (finalmente) vencedor de K@, InSensato Empresário, que há-de estar a caminho da ”podre-riqueza”.


PS(1): Perguntará o InSensato Leitor se a seguir à referida despedida «à porta de casa, com direito a abracinho e beijo na face» não poderia haver uma continuação mais... picante. Avanço desde já que não. Pelo menos, não nesta forma-base da ideia. Muito embora não esteja de todo colocada de parte uma versão "HOT" do produto agora pensado. Se der dinheiro...!


PS(2): Se esta invenção der certo, avanço logo para outra ideia do género: "Dream Traveling"... Que tal?...

InSenso inominável*

* - por mera falta de criatividade do InSensato Autor - que fique claro!


Pode ser um bom bocado de informação a mais para um início de texto (ou para qualquer hora e circunstância, pensando bem)… mas acabo de vir da casa-de-banho. E venho perturbado.

Não que alguma parte da minha anatomia seja assim de uma tão impressionante dimensão que me perturbe a mim próprio vê-la ou pegá-la. Não. Simplesmente (e não menos perturbador será admiti-lo neste momento) fiquei estarrecido quando, inadvertidamente, urinando, olhei para baixo e me pareceu ver que algo se escapulia pelo cano da sanita.

“Hmmmmmmm!!!...”, pensei. E depois deixei de galar o meu “instrumento”. Nãããã!!… estou a brincar. Dizia eu que, parecendo-me ter visto o que me pareceu ter visto, pensei “Hmmmmmmm!!!...” e pus-me a matutar.

O que seria aquilo? Por que se escapulia? Para onde iria? Seria real? Seria… plebeu (em oposição a real, claro…)? Seria um animal? Seria um mero objecto? Seria um resquício de algo… … ? Ter-se-ia escapulido por eu ter chegado? Teria alguma dúbia intenção? Quereria sair sanita fora?... ou teria só vindo ver as vistas?...

Tanta questão me coloquei naquela hora quase me esqueci de mijar, a verdade é essa. Mas lá tratei do assunto, esquecendo o “incidente” que me pareceu ter presenciado. Recordo que tudo isto poderá não ter passado de uma falha no sistema central informático da minha InSensata Tola, mas motivou o uso do telemóvel para recorrer à opinião especializada e avalizada de um amigo meu.

Como mero aparte, esse meu amigo é um especialista em tópicos tão variados como culinária nipónica e têxteis romenos, passando por iluminação de exteriores, fogos florestais, cinema independente e, claro, canalizações. Tudo porque já desempenhou tanta função em tanta profissão diferente que se tornou numa espécie de Nuno Rogeiro das banalidades técnicas do mundo quotidiano.

Ele assegura-me que, devido a uma imensidão de voltas, voltinhas, curvas, filtros, diafragmas, anilhas, colectores de impurezas e afins, não é possível que um ente estranho tenha surgido “do nada” para aparecer ali e bazado com a minha chegada. Lá está… seria possível se fosse algo que já lá estivesse, resultante de uma eventual incúria do “cliente” anterior; mas lá continuaria e sair pelo seu próprio “pé” seria simplesmente uma impossibilidade. Ou seja, a frase “Cá para mim andas a ver coisas!” resume a opinião desse verdadeiro expert das tretas do dia-a-dia.

Continuo perturbado, portanto.

Mantenho a ideia de que me parece ter visto ali algo a escapulir-se com a minha chegada. Mas, não sabendo o que era, o que ali estava a fazer, que intenções teria e para onde foi… não fico descansado. Estou em crer, no entanto, que a frase simplista do meu amigo (“Cá para mim andas a ver coisas!”) ajuda a uma certa descompressão, ainda que incompleta, acerca deste assunto. E lembro-me de outra expressão, talvez possível de aplicar à situação. “Don’t ask… Don’t tell…”. Teria sido ajuizado da minha parte, começo a desconfiar.

Não me tivesse eu indagado e não estaria com estes rodriguinhos e a dar voltas à cabeça. Não me tivesse ocorrido ligar ao meu amigo e não corria o risco que agora corro de o gajo dar com a língua nos dentes e andar a espalhar por aí que não tenho mais nada que fazer do que olhar para a sanita quando mijo, o que dará uma bela imagem de mim.

Enfim… tentarei de futuro não olhar, mesmo que isso implique falhar o “alvo”; tentarei não fazer juízos de valor sobre coisas estranhas que veja em casas-de-banho, urinóis públicos, cabines de prova em lojas de vestuário ou traseiras de prédios, armazéns e camiões TIR; tentarei não envolver terceiros em questões tão sensíveis como esta e, definitivamente, tentarei não conjecturar que haja entes esquisitos a passear-se nas sanitas que uso ou venha a usar… caso contrário… nunca mais uso um WC na vida!...

Mais vale relevar… Mais vale relevar…