PLASTIC'at


Quem me conhece sabe que formulo teorias sobre… bem… sobre basicamente tudo. Por isso, é de estranhar – eu próprio estranho imenso – o facto de nunca ter conseguido formular uma teoria sobre os eventuais motivos que levam o meu gato a ser viciado em plástico. Vislumbrando um saco plástico ou, pior, uma embalagem de 6 pacotes de leite, ele não hesita e parte de dentes afiados para o plástico e não descansa enquanto não deixa "ratadas" as pontas, comendo mesmo bons pedaços desse material. Não faço ideia por que razão fará isso. E não tenho uma teoria.

Curiosamente, até tenho uma teoria para o que virá depois disso. Já o disse aqui que uma das consequências (uma eventual doença será uma delas mas isso nunca aconteceu, em 5 anos de vida e ruminação de plástico) será a defecação em forma de Pinipons ou de Pinipons reais mesmo – com corezinhas certas e tudo.

No entanto, continuo à procura de algo que explique o vício do meu gato, que rói plástico mesmo quando tem comida disponível. Fome não será, portanto. Tem de haver uma explicação para isto.

Palpite simples ou explicação científica, tudo é bem-vindo. Principalmente quando tenho de admitir que dificilmente serei capaz de encontrar uma teoria para este fenómeno.

Captain Hook'ed


Ganchos de Cabelo, esse drama masculino.

Não no sentido do seu uso (quem os usa, não será certamente macho, logo não sofre com esse drama) mas sim de tudo o resto, desde a arrumação ao manejamento desses minúsculos objectos de utilidade diametralmente diferente, dependendo do ponto de vista: masculino ou feminino.

Exceptuando aquela coisa (cada vez mais rara, porque os serralheiros e criadores de fechaduras não são parvos) de um eventual uso como chave-mestra com o fim de assaltar e assim chegar ao dinheiro fácil, o gancho do cabelo é só um objecto estranho para qualquer gajo que se preze. Já para a mulher, não, bem pelo contrário.Aliás, por muitos ganchos de cabelo que uma mulher tenha, cada um parece ser mais importante que o outro, muito embora sejam todos muito semelhantes ou mesmo iguais. A minha mulher tem dezenas (até provam em contrário – admito que possam ser centenas mas não tenho provas disso – digo apenas "dezenas"). À excepção da cor (uns quantos brancos, outros cinza escuros, um ou outro de cores mais garridas mas quase todos pretos) e de escassos milímetros de diferença em tamanho, os ganchos que vejo em casa são todos "gémeos perfeitos", ou quase. Daí que quando a minha mulher há uns dias me perguntou – logo a seguir a ter mudado a mobília toda (cama, mesas de cabeceira, camiseiro, baú e tudo mais) sozinho do nosso quarto para um outro, já com vista à criação do quarto do nosso rebento – pelo gancho que ela usa «normalmente com o casaco vermelho», eu tenha entrado um bocadinho em pânico. Porquê? Porque tinha guardado todos os ganchos que vi espalhados pelo quarto, indiferenciadamente, numa pequena caixa de prata que ela tem na mesinha de cabeceira e o modo como me perguntou por aquele gancho específico levou-me a crer que o mais certo (para além de eu ter a obrigação de saber qual era, exactamente) era tê-lo guardado num saco de veludo, isolado de todos os outros, para quando a minha mulher precisasse dele, estivesse 100% relaxado, massajado, reluzente e livre do stress por contacto com outros ganchos. Quando lhe respondi que os ganchos estavam todos juntos naquela caixa de prata, percebi que tinha errado clamorosamente e que a história do saco de veludo se justificava por inteiro. "A lesson taken is a lesson learned".

Perante isto, já me consciencializei de que tenho de cultivar nesse campo. Vou munir-me de uma lupa de qualidade e examinar cuidadosamente todo e qualquer gancho de cabelo que encontre em casa, para catalogá-lo e guardá-lo no seu devido lugar, evitando problemas futuros. Mas atenção! Ao contrário do que o início deste texto possa deixar induzido, o facto de querer conhecer a fundo tudo o que se relacione com ganchos de cabelo não me tornará menos macho, porque não os vou usar. Torna-me, sim, um macho prevenido. E um macho prevenido – sempre se disse – vale por dois.

Freeport


Com todas as notícias que têm vindo a público nos últimos dias, lembrei-me que, no ano passado, comprei no Freeport uns calções de lycra para natação. A minha dúvida é:

Serei investigado pela PJ, como tem acontecido com José Sócrates, ou serei simplesmente "investigado" pelo José Sócrates?

dicas para um bom casamento - 2


Há um momento exacto - o momento em que o teste de gravidez dá positivo - em que se torna possível ao homem dizer à mulher algumas coisas, que noutra altura são absolutamente para lá dos limites, sem quaisquer consequências.

Frases como... «Estás gorda!», «Belo pneu!», «Estás balofa!», «Tu sentes-te inchada simplesmente porque estás mesmo inchada!», «Olha... para ser mais rápido, eu vou descendo pelo elevador, tu fechas a porta e vens rebolando pelas escadas, ok?», ... ditas com um sorrizinho maroto, passam de insultos gratuítos a piadolas de gravidez e a mulher não só não leva a mal como até acha graça.

DICA: Aproveite para usar estas frases "elogiosas" depois do momento exacto em que o teste dá positivo e até mais ou menos aos 7 meses de gravidez. Antes do teste... é parvoíce simples. Já na "recta final" para o parto - com a mulher já farta de estar grávida e, por isso, muito mais sensível a tudo - é pôr-se muito a jeito para correr riscos desnecessários.

= = =

PS: "Não há almoços grátis!". Já ouviu dizer? A verdade é que poder dizer coisas como «Estás balofa!» não significa que o período da gravidez lhe permite só a si divertir-se com a banhinha da sua mulher. Não se surpreenda se ouvir algo parecido como «Se é ela que está grávida, porque é que és tu quem tem a barriga?», que é um "upgrade" áquela coisa da "barriguinha de casado" que se ouve logo no copo d'água, no dia da cermónia.

"Que cera...cera!..."


Uma aturada observação do facto nos últimos tempos leva-me a crer que produzo hoje muito mais cera nos ouvidos do que há uns anos.

Não julgo que isto seja forçosamente um defeito, não tenho a certeza que isto me traga uma boa oportunidade de negócio mas creio que, pelo menos, me torna hoje um sujeito mais interessante do que há uns anos para a indústria da decoração, na sua vertente de produção de velas.

Ora aí está um válido motivo de orgulho e não uma forma vazia de vaidade como algumas pessoas têm, pensando que são interessantes por algum motivo fútil, como ser inteligente, por exemplo.

Flagrantes da vida (de casado) real

Tenho umas calças de pijama óptimas, quentinhas e que são muito práticas por não terem etiqueta que "obrigue" a vesti-las de maneira "x" em vez de "y" (coisas que um gajo preza - incompreensivelmente, mas preza). Por isso, estranhei o comentário da minha cônjuge:


- Olha! Vestiste as calças ao contrário!

- Pfff! Não vesti nada! Já te disse que estas não têm etiqueta e visto-as como eu quer...

- Xu... Estão do avesso.

- Ah... ok...

a minha crise é melhor que a tua! - 4


No "Público" de hoje, uma daquelas notícias que eu gosto sempre de ler:


Para o caso se não ser legível, o texto do lead é o seguinte: «Até hoje, já foram gastos perto de três milhões a preparar terreno onde ia nascer equipamento cultural».

Quando será que quem gere dinheiros públicos aprende um conceito simples como o início de qualquer obra ser uma espécie de "ponto de não retorno"? Abortar um projecto a meio pode poupar alguns milhões, é certo. Mas não o iniciar, mesmo não ficando "bem na fotografia", pelo menos evita perguntas incómodas como: Então e esses três milhões... foram só aí (literalmente) enterrados, não é? Pronto. Está bem.

E tinha código postal que
- como se sabe -
é "meio-caminho andado"!...


Um casal amigo escolheu a Patagónia como destino da viagem de lua-de-mel. Metódicos, criaram um blog actualizado todos os dias com os relatos dos momentos mais marcantes e as fotos dos lugares mais pitorescos e das situações mais rocambolescas. E hoje chegou o postal, enviado das longínquas paragens da Patagónia.


Espectacular! Não é!? Um glaciar imenso, lindo, de cortar a respiração!... Algo de fantasticamente inspirador!... O chato é que... os moços (ambos os dois, naturalmente) já regressaram a Portugal... ANTES DO NATAL!... E o postal foi enviado... bom... atente-se à data.



Chegou hoje, 21 de JANEIRO de 2009.

Com Saudades de um bom "Big Brother"?

Eu também! Mas o que eu gostava mesmo é que o próximo fosse... assim:

PS: Há uma data de anos que conheço este vídeo e desde a primeira vez que o vi tenho a seguinte opinião. É só impressão minha ou esta é mesmo a melhor paródia feita ao fenómeno Big Brother/Reality Shows... ever?

A Minha Crise É Melhor Que a Tua! - 3


Adoro a "pontualidade" de algumas 1ªs páginas dos jornais. Se surgissem um dia mais tarde, já não fariam nem metade do sentido. As duas capas que se seguem surgiram nos quiosques simultaneamente, esta manhã, mas uma refere-se a uma notícia de ontem e a outra a uma nova notícia. Assim, logo a seguir a esta "nova"...

... surge esta...

... e ficamos todos contentes por saber que o dinheiro que não temos vai ser muito bem investido em coisas essenciais para a vida do povo, como estádios de futebol.

O que penso de M.Ferreira Leite

Não será propriamente uma girafa mas é alta e fininha. Não vive na selva mas parece-me que acha uma selva o mundo em que se meteu, quando chegou à liderança do PSD. E de vez em quando empenha-se muito para que lhe aconteça isto. Ainda na passada sexta-feira! Estava a ver as notícias no sábado de manhã e só me ocorria que este vídeo tem muito a cara de Ferreira Leite.

FOG'a-se!!!


Este domingo foi estranhíssimo.

Às 10h da manhã estranhei que estivesse um nevoieiro cerradíssimo; cerrado demais para aquela hora. Às 11h estranhei que nada tivesse mudado, porque o nevoeiro continuava a não deixar, do 9º andar, ver a rua lá em baixo. Ao meio-dia, a coisa melhorou um pouquinho mas, estranhamente, continuava sem conseguir ver a escola que fica do outro lado da rua.

À uma da tarde, foi estranho almoçar com o nevoeiro que, normalmente, se verifica à hora a que tomo o pequeno-almoço, 1ª e não 2ª refeição do dia. Às 14h, 15h e 16h foi ainda mais estranho perceber que o nevoeiro se mantinha igualzinho, cerrado como se D.Sebastião estivesse para regressar. Às 17h, começou a escurecer... ainda com nevoeiro. E, quando a noite caiu por completo - são agora 20:00 - apercebi-me que se passou um dia inteiro em que a "tarde" não existiu e que foi uma espécie de manhã tããããão grande que se prolongou até anoitecer.

O facto de não conseguir ver o que está para lá de um raio de 100 metros em relação à minha janela - o bom disto foi que, por um dia, não vi o IC19 mas dava jeito saber se ainda está no mesmo sítio - impede-me de confirmar se São Marcos não se terá mudado, durante a madrugada passada, para as Ilhas Britânicas (e tudo isto não passar de fog, em vez de nevoeiro).

É que, se sim, esta segunda-feira vai haver problemas graves no trânsito matinal, com as pessoas confusas, sem saber de que lado devem conduzir. Pelo sim, pelo não, acho que vou evitar o IC19.

o cão ainda vai lixar isto tudo!


O mundo aguarda em ânsia uma das maiores e mais importantes mudanças das últimas décadas. Barack Obama (o primeiro afro-americano a chegar à presidência dos Estados Unidos) toma posse a 20 de Janeiro e espera-se uma reviravolta na política americana, tanto a nível interno, como a nível externo - mas, acima de tudo, neste último aspecto. Tal era a preferência do resto do mundo por Obama (a imagem e voz da mudança em relação ao "direitismo republicano" de W. Bush) em detrimento de McCain (a imagem e voz do "mais do mesmo"), que a chegada do novo líder do "Mundo Livre" à Casa Branca se reveste de uma importância nunca vista na História.

Ora, é precisamente nesta chegada à Casa Branca que tudo ainda pode correr mal. Pior mesmo do que em todos os oito anos de Chenney e Bush (por esta ordem) a mandar em todos nós. É que Obama ainda não decidiu qual o cão deve passear-se nos jardins do nº 1600 da Pennsylvania Avenue mas já disse que as suas filhas gostariam de ter um Cão d'Água Português. Eu acho que ele fez mal em tornar este facto público e, antes disso, ter dado ouvidos às duas pirralhas que – se a coisa fosse bem conversada – se contentariam com um rafeiro qualquer.

Talvez seja eu o único português a não achar bem que o cão escolhido seja esse, mas com tudo isto, para além do facto de o "chico-espertismo" nacional já ter entrado em acção (a Região de Turismo do Algarve quer oferecer um Cão d'Água, chamado... "Algarve" - quem diria?! - a Obama) o que me está a parecer é que o presidente eleito dos EUA não conhece bem o nosso país.

A América há quatro anos safou-se de boa, ao evitar que Teresa Heinz (descendente de portugueses e mulher de John Kerry) fosse primeira-dama. Mas agora, com isto do Cão d'Água Português, talvez os "yankees" não estejam bem a ver onde se estão a meter.

Vamos supor: O cachorro chega à Casa Branca e começa a fazer... digamos... portuguesices. A princípio, os americanos - que até são facilmente iludíveis - acham giro ou fofinho aquilo tudo mas, quando se aperceberem... a portuguesice (que nós bem sabemos ser - em termos técnicos - uma coisinha má) já terá minado a Sala Oval, toda a Ala Oeste e, claro, a totalidade da Administração Obama, levando ao descalabro os destinos do Mundo. Tão simples quanto isto.

Por isso, senhor Obama… OK… vá…. Barack, “mááánu”! Ouve!

Atenção a essa coisa do Cão d'Água Português! Estamos todos a contar contigo para governar bem o estaminé e vais ver que o raio do cachorro tuga que as filhotas tanto querem ainda vai lixar isto tudo!... Ninguém quer isso, pois não? E tu muito menos!

Pó-Pó-Pó-Pó-Pó-Popó-T'á bem, 'tá!...


Agora que estamos de “esperanças”, eu e a minha mulher falamos de coisas que nunca tínhamos falado. Por exemplo: que música deverá o bebé ouvir durante a gravidez. Um tema que dá mais “pano para mangas” do que à partida possa parecer. Principalmente, se olharmos ao que não queremos que a criança oiça. Com isso em mente, já tomámos a nossa primeira decisão de veto. Desde que a Popota – até há pouco tempo, uma popstar para a pequenada – se associou ao Tony Carreira, passou para nós a ser “hipopótama non grata” e o Bebé Bu não vai ouvir nada disso, nem antes, nem depois de nascer. Está decidido. Agora já só falta decidirmos o que, de facto, vai ouvir. Mas o primeiro – e mais importante – passo... está dado.

a minha crise é melhor que a tua! - 2


No seguimento do inSenso de ontem, mais uma prova de que estamos cheios de dinheiro em Portugal. Por cá (neste caso, em São Marcos, Sintra), a iluminação pública está ligada às... 13:30! Eu posso confirmar, já que a foto foi tirada por mim. E, realmente, não custa nada!...



Bem... Não custa nada... excepto ao contribuinte. Mas que é que isso interessa, na verdade?!

A minha crise é melhor que a tua!


Mesmo que se diga por aí à boca cheia que estamos em crise, acredito piamente que Portugal vive um momento fantástico em termos económicos. A sério. Atrevo-me mesmo a dizer que nós, portugueses, estamos em condições de fazer uma coisa gira ao resto do mundo que é: abrir completamente a mão direita, colocar a ponta do polegar encostadinha ao nosso nariz, agitar a mão para um lado e para o outro e, ao mesmo tempo cantarolar…

«Nhã-Nhãnhã-Nhãnhã-Nhã!... A minha crise é melhor que a tua!»

… e, aí (perante tal demonstração de inequívoca supremacia), o mundo perceberá o quão melhor estamos nós em relação à esmagadora maioria das economias do planeta.

A explicação para a minha crença é simples.

Portugal está em crise, reconheço. Mas mesmo em termos oficiais, Portugal só entrou em crise depois de todos os outros países. Sim! O Primeiro-Ministro só há poucos dias afirmou oficialmente que o nosso país está em recessão, coisa que os líderes dos outros países já fizeram há muito. Está visto que isto se deve ao facto de Portugal ter resistido mais e melhor à chegada da chamada míngua económica. Portugal, 1 – Resto do Mundo, 0.

O Natal foi bom, muito obrigadinho. E o seu, também? Olhe… o dos centros comerciais foi excelente, pelo menos nos dias imediatamente antes da consoada. Os parques de estacionamento estavam superlotados, as lojas e os hipermercados a abarrotar, as caixas com filas imensas de gente para pagar presentes… Enfim, tudo aquilo que um gerente de uma grande superfície comercial sonha e, de vez em quando, acontece. Depois do Natal, quando este movimento todo diminui… desta vez, não diminuiu! No resto do mundo, as famílias entraram em forte contenção de custos; por cá… não. As filas de automóveis com gente a dirigir-se para os grandes centros comerciais ao fim-de-semana parecem ter mesmo aumentado, enquanto os supermercados de produtos mais baratos (como o Lidl ou o Aldi), pertinho desses mesmos shopping’s, estão praticamente às moscas. Crise… deve ser só para os outros. Portugal, 2 – Resto do Mundo, 0.

Em todo o mundo, as agências de viagens e transportadoras aéreas queixam-se de que, aos primeiros sinais de crise, a procura pelos seus serviços decresceu de imediato. Em Portugal, no final do ano passado, os agentes turísticos congratulavam-se pelo facto de praticamente todos os “pacotes” com destinos para o Reveillon – desde a Madeira ou Espanha até às paragens mais exóticas (e, por isso, mais dispendiosas) – estavam praticamente esgotados. Aqui, não só Portugal faz o 3-0 em relação ao Resto do Mundo, como inclusivamente INVADE o Resto do Mundo, só para mostrar que estamos em grande forma. Toma!!!

Diz-se que tudo está caro; que os combustíveis para os automóveis estão caros, que a comida está cara, que o gás, a água, a renda, o telefone e a internet, que pagamos todos os meses, estão caros… Mas continuamos a aderir “loucamente” aos “pacotes” mais caros dos serviços de televisão por cabo (ou a mudar para a MEO, só para ter a Benfica TV), como se isso fosse absolutamente essencial às nossas vidas. O que é que ganhamos com isso? Vemos o Benfica o perder por 5-1 com o Olympiacos num jogo que só é possível ver num dos operadores de cabo (que, ainda por cima, não é a MEO, só para chatear quem tinha mudado de propósito) e ficamos com mais canais onde podemos ver o Primeiro-Ministro a dizer que (só agora) entrámos em recessão. Ficamos logo mais bem dispostos. Nos outros países, os operadores de tv-cabo baixaram os preços para estancar a perda de clientes. Coitados. Portugal, 4 – Resto do Mundo, 0!

E, por fim, Ronaldo – o grande exemplo. Não é “à balda” que temos sempre os olhos postos no “puto maravilha”. Quando um português estoira um carrito de 350 mil euros num túnel de Manchester e nem se preocupa muito porque tem mais sete ou oito carros igualmente baratinhos na garagem – à espera da hora em que sejam espetados contra uma parede, um poste ou também um túnel (deve ser uma cena de celebridades, aquilo dos acidentes em túneis) – está a dar o exemplo a toda a população nacional. Se ele pode, qualquer português pode! Pronto… pode quando tiver um Ferrari para estoirar. Mas quando tiver, pode! E, se calhar, até deve! Penso ser essa a mensagem que o nosso Cristiano, Príncipe de Portugal, nos quis passar esta semana que passou, para que olhemos a crise apenas de soslaio, como se nada fosse connosco, não lhe dando grande confiança. E como aquilo que não vemos também não sentimos… a crise talvez nem sequer exista. É esta a filosofia vigente em Portugal, que é bem melhor que a que se conhece no resto do planeta. 5-0! Uma abada à moda antiga! Aprende com a gente, Resto do Mundo!

algo de errado se passa



Ainda o verão ia a meio e já só se fazia publicidade aos materiais escolares para o regresso às aulas. Chegados a Setembro, os supermercados encheram-se de brinquedos e enfeites natalícios. Ora... que eu saiba, o Natal já passou e o Ano Novo também já lá vai. E as minhas contas dizem-me que - visto que eu moro mesmo à beira de uma E.B. 2+3 - já deveria estar a ouvir os estoiros das bombinhas de Carnaval, vendidas ilegalmente aos putos todos ao anos no início do Segundo Período, nos primeiros dias de Janeiro. Mas não oiço nada. Alguma coisa de errado se passa este ano... e eu não estou a gostar nada disto.

post involuntário mas quase obrigatório


Tenho mil e uma coisas para fazer (que não incluem estar ao computador a escrever posts no blogue) mas tenho...


... um pé de tal forma dormente que não consigo levantar-me daqui de maneira nenhuma, pelo menos nos próximos minutos. E, sendo assim, mais vale gastar este tempo a escrever um post (este), à espera que a dormência passe de uma vez.

o intervalo do pinanço

Se há período de tempo mal documentado na História da Humanidade é o intervalo do pinanço.

Talvez me esteja a escapar alguma coisa, mas não percebo por que razão os cientistas – sempre ávidos por ter uma explicação para tudo – não façam questão de, entre um e outro acto sexual que tenham, no mínimo tirar umas notinhas e com elas formular hipóteses, equações e dessa forma, sempre que possível, chegar a conclusões aceitáveis, a bem da rigorosa compreensão deste hiato de tempo tão peculiar, entre um coito e outro.

Das duas uma: ou 1) os cientistas – como todos os restantes comuns mortais – distraem-se nessa pausa da cópula (e, ao permitir essa desconcentração, são obviamente maus profissionais) ou 2) simplesmente, não há cientistas no mundo a praticar a fornicação. Inclino-me para esta segunda hipótese, confesso. Só porque tenho os cientistas como excelentes profissionais.

Como não sou um homem de ciência mas sim do relato e da análise das incidências desportivas, só posso reportar-me a essa realidade para dar a minha visão sobre o intervalo do pinanço. E é à luz disso que... aqui vai.

No meu ponto de vista, a paragem entre um acto sexual e outro não só é essencial para a reposição dos níveis físicos de ambos os protagonistas do encontro como também de afinação da(s) estratégia (s) a utilizar no recomeço das hostilidades, para que o desempenho dos intervenientes seja da maior qualidade possível na segunda parte do desafio. É também o tempo de avaliar a performance do opositor na 1ª parte do encontro (acima de tudo, em termos de recorte técnico); se domina em campo ou se (e como) pode ser dominado mas também o modo como se portou mesmo antes da cópula; como esteve durante o jantar e o cinema, se bebeu muito ou pouco no bar, se a quantidade de álcool eventualmente consumida tem efeito nefasto ou positivo no desempenho sexual – e desinibição, por exemplo, é de ouro mas a desorientação alcoólica não traz nada de bom a uma relação). Já perto do final do intervalo do pinanço, naquela altura em que os atletas se aprestam para entrar de novo em acção (passando por aquele exíguo – mas sugestivo – túnel de acesso), é mesmo uma boa altura para se fazer a antevisão do que poderá ser a 2º tempo, se a análise feita à 1ª parte pode produzir efeitos positivos na segunda metade, se o opositor fez alterações para mudar a sua maneira de actuar e prever como isso pode ser um bom tónico para o espectáculo, seja ele à porta fechada ou com público (há quem goste de ter uma assistência – não é tão raro quanto isso –, já para não falar da indústria da pornografia – aí há sempre público garantido).

Obviamente, outros profissionais, de outras áreas, terão outras visões (bem diferentes desta, como será compreensível) sobre a pausa da pinocada. Aceito isso com grande naturalidade e até fico curioso por saber como um embalsamador ou um latoeiro analise a paragem entre duas pranchadas com as suas companheiras ocasionais ou de longa data.

No entanto, ficará sempre a faltar a análise científica. Exacta, inequívoca, comprovada pelos dados metodicamente recolhidos e cuidadosamente tratados com vista a um resultado que não deixe dúvidas a ninguém. Mas enquanto essa malta não se decidir a experimentar a coisa (como é sua obrigação profissional, de resto)… continuaremos a depender da análise empírica de leigos, como eu, como você, ou como a análise do médico pneumologista que vive no seu prédio, para quem o intervalo do pinanço até poderá ser muita coisa… desde que não seja um momentinho para pôr a clássica cigarrada em dia. Se for, é o xô'tor quem é um péssimo profissional.

2 RRAN’s*

(*- Duas Resoluções Repentinas de Ano Novo)

Acabo de tomar duas decisões, assim de chofre. Uma, porque me apercebo que 97,3% das minhas peúgas têm o chamado buraquinho, ali na zona dos dedos – algo que, obviamente, se deverá a intervenção criminosa de alguém mal intencionado a querer fazer-me passar vergonhas quando me descalço em público (não acontece muitas vezes, mas volta não volta…) e torrar-me a paciência todas as manhãs quando tento encontrar UM par que não tenha furo no lugar do dedo gordo, uma tarefa de todo em todo impossível. Por isso, senhores do Continente do Oeiras Parque, ficam avisados para repor imediatamente o stock de peugâme tamanho 43-45 em todos os modelos (especialmente em cores escuras), porque eu vou renovar por inteiro a minha gaveta peúgal. Obrigado.


A outra resolução tem a ver com esta… e não tem. Tem a ver, só porque também para isso vou precisar de peúgas em condições e nada mais. De resto, a minha recente aquisição de “pneus” novos…


… leva-me a tomar a decisão de que está na hora de começar a fazer uns quilómetros com eles.

não custa nada!

Um esquimó não se queixaria, por exemplo.

Para evitar o Síndrome "Monday"

Como sempre, o inSenso Comum está na vanguarda do Serviço Público em Portugal. Agora, e como é segunda-feira, uma sugestão para… as segundas-feiras. Poderia dizer ainda mais uma vez segunda-feira ou segundas-feiras mas acho que seria dizer muitas vezes segunda-feira ou segundas-feiras a uma segunda-feira e às segundas-feiras as pessoas não têm pachorra para jogos de palavras de pura palermice.

Por não haver grande paciência para o que quer que seja em dias assim, em início de semana, deixando para trás as folgas e a cama quentinha, penso ter descoberto uma forma de o choque do regresso ao trabalho não ser tão desagradável.

(Ah! A sugestão que se segue serve também para pessoas que tenham vivido desaires futebolísticos no fim-de-semana. Atente-se ao exemplo que referirei, a seu tempo.)

Penso que há pouca coisa pior que ter de enfrentar uma semana inteira de trabalho e lembrarem-nos do fim-de-semana (do qual temos de certeza muitas saudades e sobre o qual ficaremos a pensar se nos falarem disso), desconcentrando-nos irremediavelmente dos nossos afazeres laborais. Daí que me pareça de todo útil entrar no local de trabalho e, mesmo que aparentemente não faça muito sentido, começar de imediato qualquer conversa com algo como isto:


«Pois. Também estava a pensar nisso mas acho que não devia ser exactamente como estás a dizer para se fazer. Devia ser mais do outro jeito, de que já falámos há bocado.»


Desta forma, evitam-se todos os clichés de segunda-feira. Os bons dias, as perguntas de como foi o fim-de-semana… até as conversas incómodas sobre futebol, para quem viu o clube levar dois golinhos (fofinhos!) do último classificado do campeonato (lá está, o exemplo futebolístico, como estava prometido).

Assim, começa-se pelo meio da conversa (uma qualquer conversa, ao acaso) e isso fica logo tudo o resto despachado “à cabeça”. Por essa altura, já não fará sentido perguntarem-lhe como foi o fim-de-semana, por exemplo. Porque essa fase, simplesmente, já passou. Aí, o melhor que se pode fazer, perante a evidente estranheza do seu interlocutor, é dizer "Olha… mudando de assunto..." (e aí parte-se para outra coisa, já de trabalho, quase de certeza) mas nunca permitindo que a pessoa lhe diga "Então, olá! Como vai isso? Então esse fim-de-semana?...". Isso diz-se no início de uma conversa, nunca a meio.

Por isso, já sabe. Para que a segunda-feira não tenha para si aquele peso imenso das segundas-feiras – e na impossibilidade de começar a semana logo a uma terça – o mínimo que pode fazer é começar… pelo meio todas as primeiras conversas que tenha com as pessoas com que se cruza no trabalho.

Não diga que isto não é Serviço Público, se não serei forçado a lembrar-lhe que ainda faltam pelo menos 5 dias de trabalho árduo e chato até voltar a poder ficar no quentinho da cama até tarde ou que o seu clube muito provavelmente é aquele que levou dois secos dos tipos que iam em último lugar no campeonato. Veja lá se não se põe a jeito disso.

Argumento de Peso


Já passando das sete da tarde e vendo-a a comer, pergunto, sem qualquer tipo de segunda intenção:

«Já estás a jantar?»

Resposta imediata, como se estivesse na ponta da língua (juntamente com os flocos de cereais):

«Não! Estou a dar de comer ao teu filho!»

OK...

dream'alhaços (agora com +1)


A prova de que a minha nova condição já começa a enraizar-se está nos sonhos. Nos meus. Mas de forma, digamos, palerma - como não podia deixar de ser. Dantes, os meus sonhos (aqueles de que me lembro) eram grandes "filmaços", sem nexo nenhum e, quase sempre, com estranhíssimas sequências de acção, simultaneamente emocionantes e bizarras. Agora, quando tenho a sorte de me lembrar de manhã com o que sonhei durante a noite, tenho o azar de perceber que os meus sonhos não mudaram muito: continuam "filmaços" (sejam curtas ou longas metragens) desconexos e emocionantes. Só que, agora, mesmo nas sequências alucinantes de acção e parvoíce, há mais um personagem que se junta à maluquice. Não consigo perceber se é rapaz ou rapariga, mas é uma criança, disso tenho a certeza. Alinha em todas as palermices que o sonho traga e corre, salta, berra... e até se safa melhor do que eu nas perseguições em que fugimos de perigosíssimos zombies ou loucos escaravelhos gigantes.

há uma certa sensação de obesidade...


...quando a malta se senta no sofá com ripas (que sempe me pareceram muito fortes) e ouve-se um estalo... curiosamente, muito parecido com o som de uma ripa de madeira a partir. Há ali um momentinho em que a malta se sente um bocadinho pesada de mais. Mas depois olha-se para a ripa em causa e essa sensação de obesiade passa por completo... para, logo de imediato, se ter a certeza absoluta de que sim, há peso a mais neste corpo.