Red, red wine, goes to my head,
makes me forget that I
still need you so
Red, red wine, it's up to you
All I can do, I've done
But memories won't go
No, memories won't go...
Esta música, conhecida e cantarolada por todos... é um flop.
É, sim senhor!
Eu agora poderia ficar-me por aqui e fazer o papel de "bate-e-foge".... mas não me apetece.
O que acontece é que o tema "Red Red Wine" é visto, sentido e cantado como uma música de engate ou mesmo uma "love song" mas, na verdade,... é o oposto.
É a chamada música do ressabianço.
É a história de um gajo que se lamenta da pouca sorte que leva na vida amorosa e apanha uma bebedeira do caraças, ao ponto de jurar amor eterno ao vinho tinto, com que vai afogando as mágoas.
E isto levanta-me duas dúvidas.
1. Porque é que esta música serve de tónico para tanto início e tanta "manutenção" de relações amorosas?
- É um facto que, para muitos casais, o "Red Red Wine" é, como eles próprios dirão, «A "nossa" música!». Ou porque tocava muito nas matinés da escola ou dos salões dos voluntários ou da associação lá da terra, onde foram dançados os primeiros "slows", ainda com os pais, os tios e os avós sentados nas cadeiras à volta da pista de dança, no chamado controle... ou porque quando deram o primeiro beijo no carro, à beira da praia, lá ia passando o disco na rádio... ou ainda porque é a eleita para, enfim, servir de banda sonora aos momentos de... "encaixe" e "troca de fluidos". Seja por que motivo for, os UB40 têm nesse tema o seu maior sucesso de sempre e - digo eu - sem perceberem bem porquê.
2. Quem é que escreveu aquilo???
- Não foi nenhum dos elementos dos UB40!!! Não, senhor! Esses só o reeditaram (em versão "REGGAEzada"em 1983. TEORICAMENTE (e eu já explico porque é que destaco este "teoricamente"), a canção foi escrita entre 1965 e 1967 (não se sabe bem) pelo mítico... Neil Diamond(!), o que só de si já seria uma surpresa do camandro... mas eu nem nisso acredito.
A minha crença vai mais para o facto de o mega-êxito que é o "Red Red Wine" foi escrito em Portugal... e por um português.
Recordemos então a história.
Gajo ressabiado com o amor e com a vida... é o fado português. Nunca estamos bem com nada!
Afogar as mágoas em tinto... ora... há lá coisa mais portuguesa do que isso?!?!
Eu cá acho que, numa passagem por Portugal, o Neil Diamond passou por uma tasca qualquer, daquelas que estão numa ruela de empedrado muito suspeita, só visível pelo ramo de loiro preso no topo da porta. Decidiu entrar para perguntar direcções e reparou num cromo que lá estava, como muito mau aspecto, a dormir debruçado numa mesa muito suja, com uma data de "copos de três" já mamados e com um papel largado na mesa, com uma mancha circular em tom de grená.
Pegou, traduziu e foi o sucesso que foi.
Daí que acredite piamente que o "Red Red Wine" que todos conhecemos não passe de "Vinho Tinto! Oh Vinho Tinto!", não escrito por Neil Diamond (e celebrizado pelos UB40) mas sim por José Manuel Carraca, um tipo com problemas de alcoolismo, higiene negligente e, provavelmente, de flatulência; com aspecto duvidoso, cabelo despenteado, bigode farfalhudo e barba (malhada e rija) por fazer há, pelo menos, dois dias.
A ele (caso ele exista, de facto, ou seja só mais uma figura da minha imaginação fértil e parva), aqui fica a merecida vénia de homenagem.
1 inSensinho(s) assim...:
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