Com uma "míne"... vai tudo!


Caríssimos:

Depois de ter lançado a "acha" do sexo do/da hamburger para a "fogueira" das perguntas mais parvamente feitas às insensatas mentes que ainda se preocupam em ler estas linhas, um dos feedback's que recebi foi de um tal de Pica-Ossos (que também é blogueiro) que juntou umas achegas ao tema do fast food... neste caso, fast food "à portuguesa".

A questão (ou melhor, questões... foi mais do que uma) que me foi posta, é a seguinte.

Deve dizer-se SANDE ou SANDES?

Deve dizer-se FEBRA ou FÊVERA?

E eu ainda acrescento, neste registo...

Deve dizer-se COURATO ou COIRATO?
(sim... se é para falar em comida gordurosa que se vende nas roulottes nas feiras populares e à beira dos campos da bola... ao menos que se fale de tudo*!)

Bom... respostas cientificamente correctas acerca destes casos... não tenho.
Mas tenho a minha opinião. E apetece-me partilhá-la.

Se não quiserem gramar com ela, parem de ler o texto por aqui, ok? Amanhã há mais...

...

Ai ficaram por aí?... Agora não se queixem... E não ousem dizer que a minha opinião não conta! Vocês é que quiseram saber qual era...

Bom... Quanto à questão SANDE/SANDES, eu opto pela segunda forma. SANDES.
Porquê?
Porque sim!
:-)
Não. Opto por uma questão patriótica mesmo.
É sabido que a malta, por esse País fora, gosta de por uns ésses a mais no final de algumas palavras, principalmente, nos verbos.
A segunda pessoa do singular do pretérito perfeito, para muita gente, não é (por exemplo) "fizeste" ou "foste", mas sim "fizestes" ou "fostes". Não... a malta não regrediu no tempo ao ponto de se tratar por «vós isto...» e «vós aquilo...». Simplesmente, a essa maralha, soa-lhes melhor dizer «Ó Zé! Não quisestes comer há bocado!... Agora lixastes-tes!». Sabe Deus...
E eu acho - por uma questão de coerência com este príncipio do uso (e abuso) do "s" no final das palavras - que SANDES há-de soar muito melhor ao plebeu ouvido lusitano.

Na dúvida entre FEBRA e FÊVERA, escolho a primeira. FEBRA.
Sem nenhuma razão especial, a não ser a de que, se fosse FÊVERA, isso significaria um valente "rombo" no mundo do piropo do trabalhador da construção civil, que nunca mais conseguiria dizer «É pá!!! Rica febra!!!!» de uma forma artisticamente pontuável com nota 9.5, pelo menos (como é, actualmente).
«É pá!!! Rica fêvffffvvvvffffffera!!!».
Já estou a imaginar... o cuspo (o chamado "gafanhoto") que não voaria boca fora, a fazer ficar mal visto o nosso "piropador-mor"... e isso não pode acontecer!
O piropo nacional tem de ser defendido e preservado!

Por fim... COIRATO e COURATO.
A malta sabe que as duas formas estão correctas (tal como em OURO/OIRO, TOURO/TOIRO, e por aí além...), por isso... proponho que a usada seja... uma terceira!
CÓRÁTO. Ora nem mais!...
Aliás, é esta que se ouve nas benditas roulottes, quando se apregoa a bela da sandocha que acompanha a maravilhosa "míne" Sagres. Por isso, não há mais discussão.

Esta coisa de opinar já vai longa... mas também... caguei pra isso.
Mesmo assim, fico por aqui, no que toca à opinação.
Penso seriamente - e já que é domingo - em ir à rua, ver a bola e comer qualquer coisa.
Seja febra, fêvera, coirato, courato numa sande ou numa sandes... quero lá saber!...

Com uma "míne"... vai tudo!


= = = = = =

* - nestas confusões entre comidas roulottianas portuguesas, não envolvi a bifana e o cachorro quente; simplesmente, porque o nome da bifana é consensual e o cachorro quente - sendo uma invasão de estrangeirice no tão nosso universo da gordurosa venda ambulante - não é aqui nem tido... nem achado. Tenho dito.

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