Comunicação Interna

Tenho-me dado conta de que eu sou um gajo super-comunicativo. Não (só) porque me movo no mundo da Comunicação, propriamente dita, nem (só) porque (man)tenho dois blog’s actualizados mais ou menos diariamente, mas sim porque também algumas partes que integram este meu corpo disforme (em que um ente superior, parvamente, me meteu) andam absolutamente decididas a comunicar com o mundo exterior… sem qualquer hesitação ou pudor.


É assim algo que se podia enquadrar no campo da Expressão Corporal… só que numa subdivisão de Barulhos Estranhos (e Embaraçosos).


Calma… não estou a falar de nada abaixo da linha da cintura. E não falo, simplesmente porque é algo – injustamente, se me perguntaram a mim – publicamente reprovado. Se não fosse…
Refiro-me, portanto, ao meu estômago e sistema gástrico, logo “ali ao lado”. Ou seja, tudo o que vai pouco depois da entrada até… quase até à saída… do que quer que seja.


Ultimamente, tem sido uma verdadeira “festa”. Ao fim da manhã (apesar de ter tomado bons pequenos almoços), RRRRRRROOOOOOOOOOOAAAAAAAAARRRR… tipo sirene a mandar a malta de uma qualquer fabriqueta de tecelagem para debaixo da lusalite a fim de morfar o arrozito de ervilhas e as duas pernitas de frango trazido de casa na marmita. Ou seja, só eu é que tenho fome… mas toda a gente fica a saber. Porque o menino estômago decide afirmar-se vazio a todo o mundo que tenha ouvidos ou um sentido de tacto mais apurado (sim… porque a vibração provocada pelo “rugir” é algo de assinalável).


Já depois do almoço, a meio da tarde – e esta é a verdadeira novidade que justifica a chamada do tema aqui ao burgo – novo embaraço, agora com o intestino como protagonista. É que (não sei porquê…) agora a InSensata Intestinagem deu em dar voltas, mais voltas e ainda mais umas reviravoltas, pontual e religiosamente às 4 da tarde, pá!...


Não é coisa de ir a correr para o (interessante) wc do local de trabalho, nem de ficar assim como que com vontade de me juntar à rede de gás natural… não. Mas as reviravoltas são tantas que lá aparece novo ROOOGGGRRRLLLLLOOOAAAARRRRR… Este não é bem um rugido, mas sim algo mais semelhante ao som abafado de uma betoneira em frenética laboração. E, lá está… o desarranjo intestinal também passa a ser de conhecimento geral, sem que eu possa fazer algo que o evite.


Pergunto-me qual será a razão para tal necessidade do meu corpo se fazer ouvir.


Estarei eu a negligenciar os meus órgãos, de tal forma que se estejam a manifestar, tentando alcançar melhor posição negocial, com um fim último de obter melhores condições de trabalho?...
Ou estarão os endemoninhados (o que eu gosto deste vocábulo estranho…!) estômago e intestinos em processo de separatismo em busca de autonomia e/ou independência de mim e do meu corpo?...


E se for mesmo esta última?!? Quererão eles ser totalmente independentes? Estarão a pensar que sobrevivem (e, já agora, como sobreviverei eu?!?) fora do meu corpo? Ou, pior, para que corpo estarão a pensar transferir-se?!? Devem estar a pensar que são bons demais para mim, não?!? E, sendo assim, quem vão escolher?... Um modelo famoso? Um desportista de alta competição? Um ricalhaço qualquer?... Confesso que isto me faz confusão.


Só sei que se eles pensam dar de fuga… isto pode ser um problema de corre-corre e troca-troca de órgãos entre corpos em todo o mundo. Começa com a saída do meu estômago e intestinos para outro lado e os órgãos desse corpo terão de procurar nova “casa”, desalojando outros órgãos, noutro corpo… e assim sucessivamente.


Preocupante...

1 inSensinho(s) assim...:

so disse...

loool
sinceramente, que falta de combi! ;)