Não sei se sou só eu... mas quando oiço esse início de discurso ["Não me leve(m) a mal, mas..."], a única reacção que tenho é - em oposição ao pedido - preparar-me para levar a mal o que quer que dali venha. Não...?
Eu falo por mim, que também uso a expressão. Quando digo "Olhe... não me leve a mal, mas..." é porque vai sair bujarda da grossa, sempre que possível, dita com um certo nível... mas não obrigatoriamente.
Imaginemos os seguintes exemplos.
A malta pode fazer a coisa de uma forma soft, do tipo... "Olhe... não me leve a mal, mas... a sua posição acerca do assunto que discutimos há pouco é tida por todos como bastante interessante e devidamente fundamentada, muito embora a conjuntura não permita, para já, considerá-la; sendo, por isso, necessário aguardar por nova oportunidade, num contexto mais favorável". Basicamente, o que se disse ao gajo foi que metesse a viola no saco, porque o resto da malta não gostou da música que ele tocou; ou, dito de outra forma, "Pá... tu não vês que a tua opinião é parva e nem sequer conta? Vá... põe-te ao fresco e não me chateies a moleirinha tão depressa!". Mas, como a gente pediu logo ao início, ele não vai levar a mal. E, se levar,... azar o dele. A gente disse para não levar...
Bom... mas muito mais gozo dá um gajo ter o desplante de começar bem e depois espalhar as brasas à força toda para cima de quem quer que seja a nossa "vítima". Assim do género... "Olhe... não me leve a mal, mas... você uma verdadeira besta, caraças! Você é um cabrãozito que não merece o ar que respira nem o chão que pisa! Olhe... não me leve a mal, mas... vá à bardamerda, sim?!?". Aí, não sei se o gajo leva a mal (é capaz de levar... possivelmente...), mas a obrigação (de pedir-lhe que não levasse a mal) estava cumprida logo "à cabeça", no início do nosso discurso.
Em suma, essa de "Olhe... não me leve a mal..." e tal é assim uma espécie de coisa de boa educação que nos desculpa toda e qualquer bujarda que a gente tenha para atirar à cara de "outrem" (que é uma outra expressão de que gosto muito). E isso é positivo... desde que não me venham a mim com essa porra de eu não levar a mal uma merdice qualquer, claro.
Eu falo por mim, que também uso a expressão. Quando digo "Olhe... não me leve a mal, mas..." é porque vai sair bujarda da grossa, sempre que possível, dita com um certo nível... mas não obrigatoriamente.
Imaginemos os seguintes exemplos.
A malta pode fazer a coisa de uma forma soft, do tipo... "Olhe... não me leve a mal, mas... a sua posição acerca do assunto que discutimos há pouco é tida por todos como bastante interessante e devidamente fundamentada, muito embora a conjuntura não permita, para já, considerá-la; sendo, por isso, necessário aguardar por nova oportunidade, num contexto mais favorável". Basicamente, o que se disse ao gajo foi que metesse a viola no saco, porque o resto da malta não gostou da música que ele tocou; ou, dito de outra forma, "Pá... tu não vês que a tua opinião é parva e nem sequer conta? Vá... põe-te ao fresco e não me chateies a moleirinha tão depressa!". Mas, como a gente pediu logo ao início, ele não vai levar a mal. E, se levar,... azar o dele. A gente disse para não levar...
Bom... mas muito mais gozo dá um gajo ter o desplante de começar bem e depois espalhar as brasas à força toda para cima de quem quer que seja a nossa "vítima". Assim do género... "Olhe... não me leve a mal, mas... você uma verdadeira besta, caraças! Você é um cabrãozito que não merece o ar que respira nem o chão que pisa! Olhe... não me leve a mal, mas... vá à bardamerda, sim?!?". Aí, não sei se o gajo leva a mal (é capaz de levar... possivelmente...), mas a obrigação (de pedir-lhe que não levasse a mal) estava cumprida logo "à cabeça", no início do nosso discurso.
Em suma, essa de "Olhe... não me leve a mal..." e tal é assim uma espécie de coisa de boa educação que nos desculpa toda e qualquer bujarda que a gente tenha para atirar à cara de "outrem" (que é uma outra expressão de que gosto muito). E isso é positivo... desde que não me venham a mim com essa porra de eu não levar a mal uma merdice qualquer, claro.
2 inSensinho(s) assim...:
por acaso ñ uso essa expressão. dá logo a ideia de q vais atacar!
É verdade. Eu deixei de dizer coisas do género "Isto que vou dizer pode parecer estúpido, mas...", ou "Não quero que pensem que o que vou dizer é cruel, mas..." porque invariavelmente estou mesmo a ser estúpida ou cruel. Prefiro reformular o que escrevi até já não ter motivos para dar essa desculpa de mau pagador.
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