(peço desculpa pela insistência no tema, mas o texto justifica a pertinência do regresso ao WC)
Está instalada a polémica no meu local de trabalho. E o mais insólito é que este (que é o mais recente imbróglio ocorrido no burgo onde a malta verga a mola todos os dias) coincidiu com a publicação do InSenso de ontem… com o qual, bem vistas as coisas, até vem a ter uma ligação de proximidade peculiar.
Ontem de manhã, a malta foi surpreendida pela indignação de uma colega que pronunciava alguns impropérios, enquanto se ouvia o bater da porta do WC, ao fundo do corredor. Barafustava ela que assim não podia ser, que era coisa que não se fazia, que era uma porcalhice, uma badalhocada,… enfim… que era uma merda.
Durante curtos momentos, a confusão foi um dado adquirido e ninguém conseguiu perceber bem o que se estava a passar, para além – claro – da noção de que a nossa colega estrebuchava à grande. No entanto, pouco depois, lá veio o muy necessário esclarecimento da situação. Havia o chamado flutuante na sanita da casa de banho.
O busílis causou grande celeuma. O alarido engrandeceu rapidamente e, num ápice, juntou-se um autêntico fórum de opiniões que condenavam o desleixo higiénico de quem tinha utilizado a “casinha”. Estava iniciado o debate e com discursos, no mínimo, inflamados. No meio do grupo (onde se argumentava e contra-argumentava algo com que eu fazia questão de não me envolver), lá estava a colega “denunciante”, que balbuciava algumas coisas, meio imperceptíveis, alegadamente devido ao estado de choque em que se encontrava.
O abalo da senhora era, de certo modo, compreensível. Afinal, ela tinha tido um dramático encontro de 2º ou 3º grau com o referido… OFMMI (Objecto Flutuador Mais ou Menos Identificado). Parece-me não ser coisa que se deseje a ninguém, de facto.
E a discussão no corredor – vim a aperceber-me depois – transcorria precisamente em torno desse “mais ou menos identificado”. É que ninguém conseguia saber quem era o autor (ou a autora) de tal obra (que é o mesmo que dizer… quem… obrou) e – fulminantemente – a “caça às bruxas” estava aberta. Seria homem ou mulher? Ouvi eu que “homem não seria certamente e mulher não cagava assim!”. Por mim, fiquei feliz por haver alguma elevação cultural numa discussão de casa de banho, mas isso - por si só -, na verdade, não resolvia a questão. O suspeito (não-utilizador do autoclismo) e o “móbil do crime” ainda não eram conhecidos e tal facto carecia de menos faladura e mais investigação.
Organizou-se, então, uma visita ao local do delito. Eu não fui, mas foi sensibilizante ver malta (dita “com um certo nível”), a mirar sanita abaixo, como se de cientistas forenses se tratassem, perdendo tempo a olhar para o (fazendo fé nos depoimentos que ouvi, “enorme!”) produto da defecação alheia.
Ao que sei, a investigação ainda continua, quase 24 horas depois do sucedido. E isto perturba-me um bocado, confesso. Sempre contei ter um emprego com gente respeitável à minha volta para tentar disfarçar esta minha gritante Insensatez (que vós conheceis perfeitamente). Mas agora… já não tenho assim tanta certeza quanto à respeitabilidade do pessoal…!
1 inSensinho(s) assim...:
que e a sra ficou escandalizada por isso?ai qd ela vir o post...lol..
Só tu...;o)***
Enviar um comentário