(ou "Bata… mas com jeito!", um título claramente muito parvo, que o InSensato Leitor deverá ignorar)
Fui alertado pela Dona M, competentíssima secretária aqui do burgo, para uma situação que – reconheço humildemente – me tinha escapado durante os 29 anos da minha imbecil existência.
Perguntou-me ela se eu – ao ver as inúmeras reportagens sobre os incêndios dos últimos dias/semanas – não teria reparado em algum comum (para além do fogo, claro) a todas elas. Respondi que não fazia ideia e ela murmurou alguma coisa que me pereceu ser «E ainda sou eu a subalterna aqui nesta espelunca a que chamam escritório!…» mas como não posso afiançar, também não a acuso de insolência perante o patrão (leia-se, eu).
Bom… uns minutos e uma curta explicação depois, fiquei a perceber que, de facto, ela tinha uma certa razão no que dizia. Uma coisa saltará claramente à vista de quem perder algum tempo a ver um telejornal de fio-a-pavio ou a observar os habitantes de um qualquer bairro citadino ou até de qualquer terreola do interior deste país. A bata.
Nem mais! A bela da bata!... que – pasme-se – é usada por uma tão grande mol de portuguesas que julgo mesmo ser a peça de roupa mais vestida pelas mulheres no território lusitano, a par da cueca de algodão (com ou sem laçarote) e do collant tom-de-pele (com o respectivo foguete, como é óbvio).
Pois é! Esta peça de vestuário simples domina completamente os lares portugueses. Senão vejamos… quem de nós (totalidade dos InSensatos e restantes leitores) não consegue lembrar rapidamente e com facilidade descrever uma dessas batinhas azuis nas variantes “florzinhas” ou “arabescos” (que eu admito não saber bem o que é) e às listitas fininhas em verde ténue e branco de cima abaixo?
Não é nada complicado!… porque, ou temos uma lá perdida pela casa, ou – no mínimo – a nossa mãe, avó, tia (ou, mais deprimentemente, algum familiar… macho) já usou uma batita à nossa beira tão repetidamente que, mesmo sem querer, já lhe decorámos o padrão.
Ainda segundo a Dona M, 90% (uma percentagem claramente fundamentada em termos científicos) das senhoras que apareciam nas ditas reportagens vestiam batas. E, partindo do princípio que estas peças jornalísticas são suficientemente relevantes para serem mostradas fora do nosso território, nas rubricas de Internacional dos meios de comunicação social por esse mundo fora… é essa a imagem de Portugal que vai passar para quem as vir. Ou seja, a bata lusitana será, naturalmente, encarada como uma espécie de Vestimenta Nacional, legislada como tal, homologada politicamente e, por isso, usada compulsivamente, sob pena de sanções a quem ouse não usar.
Nós sabemos que não é assim. Mas o “estranja” não sabe! E… das duas, uma! Ou a estrangeirada pensa que a malta aqui veste a batinha como o holandês usa a soca de madeira e o russo usa o chapéu peludo “à czar”… ou então… até curte o conceito de andar com tudo “à fresquinha”, a… arejar… e adopta o modelito, copiando uma das coisas que – digo eu… – até é um dos nossos maiores símbolos nacionais, embora não reparemos nisso, o que, na verdade, é lamentável.
Sugiro que defendamos, pois, a bata portuguesa; assim como defendemos os cavalos “Puro-Sangue Lusitano”, os cães “Serra da Estrela”, a filigrana de Gondomar, o Galo de Barcelos e as sete saias das varinas da Nazaré. Porque… já diz o ditado, «ter a mais nunca foi demais»… e isso também se aplicará, com certeza, aos símbolos nacionais… não?...
Fui alertado pela Dona M, competentíssima secretária aqui do burgo, para uma situação que – reconheço humildemente – me tinha escapado durante os 29 anos da minha imbecil existência.
Perguntou-me ela se eu – ao ver as inúmeras reportagens sobre os incêndios dos últimos dias/semanas – não teria reparado em algum comum (para além do fogo, claro) a todas elas. Respondi que não fazia ideia e ela murmurou alguma coisa que me pereceu ser «E ainda sou eu a subalterna aqui nesta espelunca a que chamam escritório!…» mas como não posso afiançar, também não a acuso de insolência perante o patrão (leia-se, eu).
Bom… uns minutos e uma curta explicação depois, fiquei a perceber que, de facto, ela tinha uma certa razão no que dizia. Uma coisa saltará claramente à vista de quem perder algum tempo a ver um telejornal de fio-a-pavio ou a observar os habitantes de um qualquer bairro citadino ou até de qualquer terreola do interior deste país. A bata.
Nem mais! A bela da bata!... que – pasme-se – é usada por uma tão grande mol de portuguesas que julgo mesmo ser a peça de roupa mais vestida pelas mulheres no território lusitano, a par da cueca de algodão (com ou sem laçarote) e do collant tom-de-pele (com o respectivo foguete, como é óbvio).
Pois é! Esta peça de vestuário simples domina completamente os lares portugueses. Senão vejamos… quem de nós (totalidade dos InSensatos e restantes leitores) não consegue lembrar rapidamente e com facilidade descrever uma dessas batinhas azuis nas variantes “florzinhas” ou “arabescos” (que eu admito não saber bem o que é) e às listitas fininhas em verde ténue e branco de cima abaixo?
Não é nada complicado!… porque, ou temos uma lá perdida pela casa, ou – no mínimo – a nossa mãe, avó, tia (ou, mais deprimentemente, algum familiar… macho) já usou uma batita à nossa beira tão repetidamente que, mesmo sem querer, já lhe decorámos o padrão.
Ainda segundo a Dona M, 90% (uma percentagem claramente fundamentada em termos científicos) das senhoras que apareciam nas ditas reportagens vestiam batas. E, partindo do princípio que estas peças jornalísticas são suficientemente relevantes para serem mostradas fora do nosso território, nas rubricas de Internacional dos meios de comunicação social por esse mundo fora… é essa a imagem de Portugal que vai passar para quem as vir. Ou seja, a bata lusitana será, naturalmente, encarada como uma espécie de Vestimenta Nacional, legislada como tal, homologada politicamente e, por isso, usada compulsivamente, sob pena de sanções a quem ouse não usar.
Nós sabemos que não é assim. Mas o “estranja” não sabe! E… das duas, uma! Ou a estrangeirada pensa que a malta aqui veste a batinha como o holandês usa a soca de madeira e o russo usa o chapéu peludo “à czar”… ou então… até curte o conceito de andar com tudo “à fresquinha”, a… arejar… e adopta o modelito, copiando uma das coisas que – digo eu… – até é um dos nossos maiores símbolos nacionais, embora não reparemos nisso, o que, na verdade, é lamentável.
Sugiro que defendamos, pois, a bata portuguesa; assim como defendemos os cavalos “Puro-Sangue Lusitano”, os cães “Serra da Estrela”, a filigrana de Gondomar, o Galo de Barcelos e as sete saias das varinas da Nazaré. Porque… já diz o ditado, «ter a mais nunca foi demais»… e isso também se aplicará, com certeza, aos símbolos nacionais… não?...
1 inSensinho(s) assim...:
Ora aí está uma sugestão a considerar, digo eu...!
Atenção que a Dona M existe mesmo e é - porventura - a grande responsável por grande parte da evolução deste blog imbecil; muito embora ela não seja imbecil nenhuma. E a Dona M bem que merecia ter o seu espaço de reconhecimento que esse tasquito de Liberdade de Expressão permitiria.
Serve este comment unica e exclusivamente como uma forma de VÉNIA minha à Dona M (que, segundo sei, não usa batas). Bem haja(s)!
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