Mais vale NÃO quebrar!



5 e 7 são 12, com mais 23 são 35, a multiplicar por 3 dá 105, a dividir por 5… 21, menos 8 são 13, noves fora… 4.

Serve esta aritmética lenga-lenga… para rigorosamente coisa nenhuma, como é óbvio. E não me chateiem, que eu estou com uma neura desgraçada!... Aliás, se ficarem de burro, têm dois trabalhos… ou melhor, três… cravar uma estaca no chão, prender o burro e desprendê-lo, caso queiram sair galopando em direcção ao pôr-do-sol, tal e qual o Lucky Luke.

Resulta este estado de (parece-me que clara) má disposição de uma daquelas situações que nos fariam roer o chapéu, caso vivêssemos para aí no início do século XX, por exemplo.

Bolachas. Esse (mais ou menos) doce e salvador snack de todas as horas, desde o pequeno-almoço à fomeca a meio da madrugada, passando – claro – pelas pequenas refeições entre as refeições principais do dia.

Penso que será algo de comum a todos (InSensatos que sejam, ou não) o gosto por uma bela bolacha com a companhia de uma caneca de leite fresco (no meu caso), de chá ou café ou até de um sumo ou iogurte líquido, certo? Mas atenção! Bolacha INTEIRA! E não partida ou feita simplesmente em migalhas!...

Na minha InSensata opinião, parece-me notório que os produtores de bolachas por esse mundo fora (mas cá em Portugal, particularmente – até porque não ando por aí a comer bolachas estranjas a torto e a direito) até hoje descuraram negligentemente um pormenor que, para quem gosta de bolachas, se reveste da maior importância.

É que… quem realmente gosta de bolachas e começa um pacote delas… gosta de o acabar. E quem realmente gosta de bolachas, gosta de as saborear meticulosamente, trinca a trinca, cuidadosamente usando a dentola para quebrar a bolacha, para depois a degustar e finalmente engolir, com a ajuda do imprescindível leite fresco (mantenho aqui o meu gosto pessoal, pelo que se o gosto do leitor for outro, deve mudar mentalmente a imagem da caneca de leite frio por aquela que mais lhe agradar).

Aliás, o ritual de pegar e dar a primeira dentada na bolacha é assim como que sagrado para quem aprecia sobremaneira a dita guloseima. E, daí, que nada deve perturbar esse instante. Mas isso, infelizmente, sempre acontece.

É certo que a quase totalidade das bolachas de um pacote cumprem com as características de impecabilidade exigidas pela solenidade do momento da trinca, mas nem sempre o que começa bem, acaba da mesma forma.

Falo dessa coitada que é a ÚLTIMA bolacha do fundo do pacote que, sem culpa qualquer que se lhe possa ser apontada, aparece toda quebrada e nos deixa o coração apertado (muitas vezes partido… como ela, de resto) por de repente nos apercebermos que aquela bolacha (logo “aquela”) que nos devia saber “ao céu” (e provavelmente deixar a tão extraordinária aguinha na boca, a babar por mais – esse desejo proibido e, como tal, pecaminoso)… afinal nem sequer serve para nos fazer saborear o restinho do leite fresco no fundo da caneca, guardado de propósito só para fechar em beleza o solene acto da degustação bolachal.

É tão duro e cruel que até dói só pensar nisso.

Aos digníssimos senhores produtores de bolachas (espero que a Cuétara, a Vieira e outras marcas do ramo me leiam), aqui deixo - gratuitamente! - uma sugestão para resolver este gravíssimo problema. Um conceito vencedor, parece-me; que em muito pode ajudar a indústria bolacheira e encher de alegria os genuínos amantes da bolacha, quem quer que sejam e onde quer que se encontrem.

Uma “bolacha” de plástico rígido, colocada no topo e no fundo de cada pacote. Simples e eficaz, evitaria a quebra de qualquer bolacha no dito pacote, a não ser por grosseira negligência de manuseamento das bolachas por distribuidores ou consumidores; mas isso já seria problema de cada um deles, individualmente.

Penso que qualquer apreciador de bolacha, como eu, abdicaria de bom grado de duas bolachas em cada pacote, para que o drama da última bolacha quebrada não sucedesse.

Em suma, ...
Porque é necessário lutar por estas causas…
Porque é preciso defender aquilo que é realmente bom…
Porque é de todo justo querermos as nossas bolachas – todas – inteiras…

Por favor, aceitem esta minha sugestão!

Ah! E não me façam pôr uma petição a correr na net!... até porque eu estou com uma neura desgraçada…


Os Putos e o Sistema



Tenho sempre um grande orgulho em poder dizer “O que é nacional é bom!”. E, de vez em quando, até rejubilo um pouco mais (a ponto de me causar a queda de alguma baba pelo canto direito da boca) por ter razões para o fazer, como é o caso de hoje.

Muito embora já aqui tenha falado de algo que se possa assemelhar a esta temática (nomeadamente quando defendi que o sistema judicial português devia definitivamente adoptar o modelo de Tribunal Popular que diariamente se verifica em inúmeros lavadouros nacionais –
vide InSenso de 10 de Maio de 2005), o que hoje proponho é que seja analisada a sagacidade da juventude (ou melhor… acima de tudo, meninice – vulgo putalhada) portuguesa neste particular.

Ora… sem que lhe tenha dado grande importância na época (e até agora, porque putos… são putos), apercebi-me de que a perspicácia da miudagem na compreensão do nosso sistema politico-judicial é simplesmente exemplar.

Longe de mim estaria imaginar que a “chave” do nosso sistema estaria ao alcance do pirralho mais pirralho de uma qualquer escola primária ou até de um infantário da nossa praça, mas de facto é o que acontece.

Ocorreu-me isto ao observar dois miúdos que discutiam numa paragem de autocarro a legitimidade de um deles ter ficado com o jogo do Mini Game Boy do outro (sim… o tempo dos berlindes já lá vai… não vale a pena ficarmos nostálgicos…). Ao que parece, teria ficado assente (leia-se, apostado) que quem ganhasse “x” jogo na PlayStation lá de casa, ficava com o jogo do Mini Game Boy do outro. E assim se procedeu, muito embora estas coisas nunca sejam recebidas de bom grado, mormente por quem perde, claro.

Qual não foi o meu espanto quando a discussão descambou em algo extremamente familiar, dos meus tempos de puto.

- Olha que eu chamo o meu pai!!
- E eu chamo o meu!!!
- Oh! O teu pai não vale nada! O meu é dono de uma empresa!!
- E o meu é polícia! Pode prender o teu pai!!!
- Querias!!! E eu chamo o meu tio que é juiz e não deixa o teu pai prender o meu!!
- Juiz?!?! Que é que isso interessa? Eu chamo o meu primo que é cinturão negro de Karate e dá cabo do teu tio à porrada!!!
- …


Fantástico! É claro que no meu tempo a coisa ficava-se pelo pai que era mais forte que o do outro, ou – no máximo dos máximos – havia um familiar na Judiciária, o que calava logo a discussão (eu, por exemplo, só usei a referência do meu primo da antiga Guarda Fiscal uma ou duas vezes). Mas o diálogo destes dois putos fez-me ver que ELES (os putos portugueses) é que a sabem toda!

A palavra, a justiça e outras tretas afins não valem de nada… quando se tem… conhecimentos. De que vale um contrato quando há um advogado com a arte de fazer letra morta do documento? De que vale um advogado artolas quando há um amigo magistrado que pode invalidar (ou adiar) processos sem conta? De que vale um magistrado quando há um político na família, disposto a fazer uns favores para fazer “implodir” uma notícia bombástica, sem grandes alaridos? E… quando nada disso resulta… de que vale ter uma quantidade inimaginável de bons contactos, com influência, quando um grupo de amiguinhos musculados ou armados até aos dentes podem resolver tudo à marretada?!?

Enfim… pareceu-me que, entre os miúdos, aquilo ficou tudo em “águas de bacalhau”, até porque acho que marcaram uma nova competição de “tira-teimas” na PlayStation lá de casa.

Mas a lição de Sociologia, essa, já estava dada…

Enxoval(ho)



É um dos grandes desastres (pouco) naturais de décadas que já lá vão. Lembro-me eu muito bem que se compravam arcas (dependendo da região, também pode ser usado o termo “baú” para este faustoso objecto). Grandes, pesadonas, cheias de efeitos em altos e baixos relevos, com mais ou menos pegas metálicas e opulentas fechaduras espampanantes, em ferro fundido dourado ou pintado a preto.

Mais solene do que a própria aquisição da arca, porém, era o acto de o encher. Ou melhor… de o atafulhar. De o atestar de tecidos vários, turcos, cobertores, lençóis, naperons, toalhas, toalhitas, toalhetes e toalhões e mais uns bibelot’s que lá coubessem, num espacinho entre dois cobertores ou uns lençóis profusamente rendilhados.

Eu tive uma arca dessas. Acho mesmo que ela ainda existe. Mas consegui safar-me só com dois cobertores (esses, sim, verdadeiramente úteis – bonitos… nem por isso… mas definitivamente úteis), que hoje andam pelo armário lá do quarto, à espera das noites mais frias e dos tremores que hão-se aparecer, mais tarde ou mais cedo.

Já a minha irmã não teve tanta sorte. Aliás, coisa banal era isso acontecer quando se tratava de raparigas. Elas tinham, garantidamente, uma arca para encher. Nós… tínhamos… ou poderíamos não ter. Para nós, esta questão era algo mais “democrática” e bem menos “imposta” do que às miúdas, coitadas.

Dizia eu que a minha irmã não teve fortuna igual à minha e cedo o enxoval (palavra que até me custa pensar… quanto mais escrever!...) lhe foi sendo feito, aniversário após aniversário, Natal após Natal, Domingo de Páscoa após Domingo de Páscoa…

O que me chocou na existência da “instituição” enxoval, na altura em que era miúdo, foi a minha incompreensão sobre para que serviria tal coisa… Enxoval... Isto porque não compreendia o que era casamento, vida planeada, filhos, cama de casal, lençóis rendilhados e toalhas com letras e corações devidamente debruados a cor-de-rosa. Isso e o facto da minha irmã também não compreender, ao mesmo tempo que ia desembrulhando presentes desses em vez de bonecas e livros, que – sei eu muito bem – eram muitos mais desejados do que panos em ponto cruz.

Hoje, o que eu não compreendo no enxoval (continua a custar-me escrever esta palavra) é o… porquê. Porquê dar toalhas, naperons, centros de mesa e outros artigos de tecidos vários, todos rendilhados? Haverá alguma dúvida que, de ano para ano, as modas mudam? Ou seja, haverá hoje alguma arca dessas em que haja alguma roupa de cama que alguém queira usar?

Solidário estou, portanto, com todos e todas (e todos) que sofreram (ou sofrem) por causa desta indecifrável calamidade: o enxoval… (e não é que me custa mesmo?!)

O Copperfield… passou-se!



Agora que ando mais ligado à escrita de material “para fora” (sinto-me um verdadeiro Take Away de escrita) tenho consultado mais sites noticiosos em busca de temas que possam ser actuais e, assim, mais “usáveis” na rádio.

Mas quanto mais se procura alguma coisa… mais se encontra… de tudo. Ou seja, quanto mais informação se angaria, mais possibilidade há de nos caírem no “colo” notícias que mais nos deixam a levantar a sobrancelha, que se eleva imediatamente, do que a processar a (pouca) informação (propriamente dita) nelas contidas.

Hoje cruzei-me com o seguinte título “noticioso”, vindo da Alemanha.

«David Copperfield vai engravidar mulher sem lhe tocar»

E eu pensei: “Olha… está giro! O gajo vai ter um filho ‘proveta’ e tal!”. Mas não. O que o mágico quer é engravidar uma mulher… sem lhe tocar… num dos espectáculos dele! Aí, o meu pensamento já foi algo diferente. Foi mais no género de “Pronto! O Penkas (aquele nariz, pá…!) passou-se! Só pode...!”.

Tudo bem que o homem já tenha atravessado a muralha da China, tenha feito desaparecer uma data de gente e ainda mais uns aviões e uns barcos… mas parece-me que os pós de pirlimpimpim lhe andam a provocar uma má carburação naquela moleirinha.

O que eu entendi da pseudo-notícia é que o Copperfield quer “inseminar magicamente” uma mulher escolhida – sei lá – da plateia e que suba ao palco sem “semente” para descer de lá já com um “fruto” no ventre, concebido sem pecado… isto se não considerarmos pecaminoso o facto de o Copperfield se andar a armar em Deus, claro.

Aliás, esta é só uma das questões essenciais que se me vêm assim logo de repente à cabeça, em relação a esta coisa estranha que li.

Mesmo que Copperfield negue que se quer substituir a Deus, não se livra da fama de tentar ir atrás do lugar do Espírito Santo ou do Anjo Gabriel, o que me parece altamente difícil de ser aprovado pela Santa Sé; pelo menos, nos tempos mais próximos.

Mas, vá… ainda que ele vá em frente com isto. De quem é o filho? É certo que o puto não será do “pai” dele. Suponhamos que a gaja é casada e deixa o marido na plateia, enquanto o Copperfield a leva para o palco… O pachá do marido fica ali, literalmente com cara de corno, a pensar que já não bastava agora a parva ficar balofa e a vomitar durante meses (e sexo… meu amigo!… “pão e água”…), como também depois vai ter de aturar um fedelho que ainda por cima nem sequer é filho dele. Olha qu’esta!...

E, já agora… Vai haver um Predictor no palco à espera dela, para se fazer o teste imediatamente antes? E a malta vai poder ver a recolha da urina “ao vivo” (a bem da transparência do truque)?... Sabe Deus…!

Mais. Em que ponto da actuação (do truque) se dá exactamente a concepção? O ilusionista garante que não há sexo envolvido no truque (realmente, o espectáculo até teria muito mais interesse COM sexo, mas ele lá sabe… e aí o “corno” ainda ficava mais corno); logo, tem de haver um momento em que se saiba que… já está; que há puto lá dentro. Ou seja, a minha dúvida é… como é que se prova, no tempo “útil” de uma actuação de magia, que uma mulher fica grávida? A coisa não é “Pufffff! Já está!”, certo? E vai haver ecografia, é? Ou a gaja começa logo, imediatamente, com enjoos matinais? Ou – em última instância – será que o público fica na sala fechado uns meses, à espera que a barriga cresça? Nesse caso, parece-me lógico que o Copperfield arranje mais uns quantos artistas para ir entretendo a malta que o há-de aplaudir – se tudo correr bem – lá para o 3º ou 4º mês de gravidez da moça.

Tudo isto cheira-me muito “a esturro”, claro. O Copperfield – mestre na arte da publicidade – fecha-se em copas e não dá mais pormenores. Mas agora que isto me fez tanta confusão… vou estar atento ao que aí vem e, se possível, confrontá-lo com as minhas dúvidas, no mínimo.

GuGu DáDá… PFFFFF!




Há uns dias, no Centro de Saúde, assisti a uma cena daquelas que têm piada… nos primeiros - vá... - 27 segundos, começam a incomodar a partir daí e até ao minuto e meio de duração, sendo que, passado este ponto no tempo, a única maneira de suportar tal coisa é descalçar os sapatos e (repentinamente mas de forma continuada) inalar toda e qualquer partícula do chamado sulfato de peúga que exista por ali, à espera de ser recebida em grande apoteose no nosso sistema respiratório.

Ora… só não me descalcei logo ali, em plena Sala de Espera do Centro de Saúde porque, a inalar o meu chulé, ao menos que o faça em casa, sem ter a obrigação de o partilhar com mais ninguém. É o que faz ser muito possessivo com as minhas coisas… e eu bem vi os olhos (e narizes) de cobiça de malta que fitava os meus pés, sentido o desejo de inalar um bom chulé para fazer esquecer o que se passava ali ao lado.

Bom; voltando ao que, de facto de se passava… Era uma avó que esperava pela consulta do Médico de Família com a neta (pirralha aí com os seus dois/três anos). Nada de especial a assinalar, a não ser o discurso da velha para a miúda. Passou um carro lá fora (que apitou) e a vovózinha decidiu lançar à neta a pérola «Olha, Lili! O popó fez pipi!». Logo a seguir, tocou o telefone do Secretariado e… «Olha Lili! Olha o trrim-trrim!». A miúda pouco ligava ao que a sexagenária dizia, é um facto, mas a dose ia aumentando, talvez numa dinâmica de “água mole em pedra dura…”. «Olha, Lili! Daqui a pouco, vamos ter com a Babá, à casa da titi, vamos?»… E isto foi andando até ao momento que o meu único pensamento era “Ai o sapatinho a sair-me do pé! Vem cá sapatinho, vem!”.

Parece-me haver poucas coisas mais parvas do que isto, para dizer a verdade. Falar com o miúdos em pseudo-vocábulos dissilábicos é uma coisa por demais estranha e estapafúrdica, não é? A minha sobrinhita tem pouco mais de um ano e, muito embora ainda só esboce a articulação de umas poucas palavritas mais simples, já entende palavras como “casaco”, “arrumar”, “comer” e por aí além. Dissílabos, só “mamã”, papá” e, inevitavelmente, “papa”, porque é assim mesmo que a palavra é. Mais de resto, não há cá tetés para ninguém.

Não quero com isto dizer que a minha sobrinha é melhor que os outros bebés (outro dissílabo que é o que é). Simplesmente, parece-me que – a optar pelo discurso do “popó” – pode chegar-se a alguns discursos como este que se segue.

- Olha, Lili! O popó faz pipi!
- Mas o pipi não faz xixi?
- Faz. Mas não é só o pipi, também é o loló!
- E o cocó?
- O cocó vem do tutu!
- Mas a cocó é quem dá o teté, não é?
- É. A cocó dá o teté.
- E a titi faz o teté para a papa?
- Faz. Lá na casa da Babá.
- E o papá, a mamã e o vovô ‘tão lá, vovó?
- Estão. E também lá está o ão-ão e o miau-miau para tu brincares mais a Babá.
- E a mumu, vovó?
- A mumu, não, porque tem dói-dói.
- Tem dói-dói?
- Tem. Mas tem lá o memé a fazer-lhe companhia.
- Ah…

Desculpem-me!!!… mas estou a ficar lelé!... Não há aí mais um sapatinho para eu cheirar, não?...

Por uma só vez...!



Caríssimos InSensatos:

Por uma só vez, aqui farei publicidade explícita a algo que me diz respeito, no caso, como amante da comunicação nos mais variados sentidos da palavra e meios usados para a levar a cabo.

O que se passa é que, ao que tudo indica, na próxima segunda-feira (17 de Outubro), um amigo meu vai estrear um novíssimo programa de rádio numa estação local mas, logo que o convite surgiu para fazer as novas manhãs daquela rádio, decidiu pedir a minha InSensata Ajuda para "abrir" o programa ao "resto do mundo", criando um site para que a malta visse o que dia-a-dia de mais importante acontecesse durante essas três horas (das 9:00 às 12:00), independentemente de se ser ouvinte ou não.

Ora... aqui o vosso amigo percebe é de blogs e foi isso que lhe propôs. O rapazola - certamente não se capacitando que muito possivelmente estava a fazer um erro crasso mesmo antes do programa começar - aceitou e ainda estendeu o convite à produção de alguns conteúdos (pseudo)humorísticos para o programa.

De "moldes" que agora estou duplamente envolvido nesta coisa a que chamaram Café com Pimenta, o programa das manhãs da Rádio Maiorca FM (92.1 - Figueira da Foz e Coimbra), como "argumentista" e criador do blog; razão pela qual esta semana de regresso foi escassa em escrituras aqui no InSensato Burgo, algo que pretendo resolver já a partir de segunda-feira, se vossas mercês não ficarem muito chateadas com isso.

O dito blog ainda não está terminado (nunca estará, de facto, porque há sempre coisas que podem ser melhoradas, como é óbvio) mas o que lá está já dá uma ideia do que serão as manhãs com os "Pimentinhas de Serviço": Marco António (animador/locutor/totó/especialista em cultura geral da treta), Carina Rodrigues (jovem e promissora jornalista) e Albino (o inoportuno e efeminado estagiário, encarregado de tirar os cafés da malta - o único trabalho que a rádio decidiu atribuir-lhe para o calar... muito embora ele continua a maçar toda a gente!...).

E pronto! Está feita a publicidade! Agora (caso queiram, claro), oiçam, vejam ou leiam o que esta malta tem para oferecer no InSensato Programa cujo site terá muito em breve um link de destaque aqui no blog. Para já, Excelssos InSensatos, aqui fica a imagem (também criada por "moi mêmme") para "ilustrar" essas três horas de sons no éter [adoro esta expressão!], onde vossas excelências (estou, claramente, a tratar-vos excepcionalmente bem apenas e só para que acedam ao site, como já devem ter reparado!...) nela cliquem para chegar ao
http://cafepimenta.blogspot.com.

Ok! Está feito! Muito Obrigado e saboreiem muitos cafés com pimenta!...

:-)

K@, InSensato Autor (& InSensato Criador do "Café com Pimenta, O Blog")

InSensata Apendicite – II



A apendicite de que fui “vítima” foi resolvida logo no dia em que o médico do Centro de Saúde a detectou. Aliás, entre esse primeiro (e horripilante) exame de tacto e a mesa de operações (ou seja, outros quatros dolorosos exames de tacto depois – nem imaginam as dores que isso provoca) não decorreram mais de seis horas; o que, para quem nunca tinha sido operado na vida (exceptuado uma pequena sutura no escalpe, devido a uma queda), é um choque tramado de gerir.

Mas pronto, lá deixei que todos os procedimentos (desde a inserção do cateter numa veia das costas da mão à raspagem do pelume na zona pudibunda – por momentos senti mesmo que estava a caminho de fazer uma depilação “à brasileira”… –, passando pela extracção de sangue por três vezes[!] para um mesmo exame ante-operatório…) fossem feitos com uma surpreendente boa disposição da minha parte.

Além disso, até foi giro ser adormecido por uma médica gira de olhos azuis e acordar com eles a olharem para mim “três minutos” depois (na verdade, foi uma hora, mas a mim pareceu-me só três minutos). Já não foi tão giro estar no Recobro e não conseguir articular quaisquer palavras, ainda fruto da anestesia geral. Tal como não foi nada engraçado ver os candeeiros a passar por cima de mim (bem ao estilo de um filme mil vezes visto) no caminho feito até à enfermaria e, claro, sentir dores imensas na primeira noite, só atenuadas por umas drogas valentes (e boooooas!) que juntaram ao meu soro. Aquilo bebido directamente deve dar uma moka valente...!

Também não gostei – e fez-me confusão – o odor da urina do soro fisiológico. Caraças! Que fedor! Já não bastava um gajo mijar a custo?! Ter de levar com aquele cheiro era coisa perfeitamente dispensável! Mas era isso ou ter uma sonda! Mal por mal… o bedum!

Então e as calças de pijama que me deram no Hospital?!? Sabe Deus!!! Se eu encontro o pseudo-designer responnsável pela criação daqueles sacos de batatas em flanela (rija de milhares de lavagens), sem elástico mas com dois míseros botões e um baraço, que não seguram o suficiente para evitar a chamada mostragem do princípio do "rêgo rabal"...! Foi, sem dúvida, o pior dos meus fashion statements dos últimos anos!...

Entretanto, a coisa lá se fez e tive alta dois dias depois. Fui para casa e começou o ócio forçado que durou até há dias. Neste hiato de tempo, fui sendo visitado por gente claramente mais simpática que eu, que foi às compras por mim, me trouxe DVD’s para eu me entreter, me mudaram a areia do gato já que eu não podia – e há poucas coisas piores do que mudar a areia da caixa dos gatos –, me trouxeram doces que eu não podia comer (mas comi) e, estranhamente,… me contaram as suas estórias de hospital.

Aliás, nunca me tinha apercebido disto senão agora. Acredito que acabo de entrar para um clube/organização que até agora desconhecia! Como se da Maçonaria se tratasse, deve haver uma Irmandade dos Operados, de certeza! É que, a partir do momento em que apareci com o bandulho atado por pontos e tive de começar fazer o penso com Betadine todos os dias (algo que ainda faço, devido à já sobejamente conhecida má cicatrização dos parvos três pontos de cima), as pessoas olham-me de maneira diferente e de todos os quadrantes surgem (umas interessantíssimas… outras nem tanto) estórias de intervenções cirúrgicas, (mais ou menos) semelhantes à minha.

De repente, descobri que meio mundo decidiu falar das suas (antigas) mazelas, do modo como foi tratado e de como foi a recuperação… sem que eu tivesse perguntado o que quer que fosse!

Estranho!… Mas deve ser uma coisa da tal Irmandade… Mais vale a pena não levantar ondas por causa disso…

Não sei!…Digo eu!...


InSensata Apendicite - I



Sei que suscitou estranheza e curiosidade – mas, convenhamos, era essa a minha intenção quando (como qualquer gajo que se move no mundo da comunicação) escrevi isso no post anterior – o facto de relacionar a minha recente apendicite com uma, até ali, insuspeita fartura, esse baluarte das guloseimas de festas e romarias, em versão frita, de preferência em óleo com mais de 35.000 km de “rodagem” sem nunca ter visto revisão ser-lhe feita uma vez que fosse.

Cabe-me, então, explicar a razão pela qual acho que a minha apendicite se “deveu” a uma (e uma só) fartura.

Acontece que, por altura das festas da minha vila (que não é propriamente do interior, caso contrário não me referia a ela – tal é o “gosto” que tenho por vilas do interior!...), fui visitar a feira (num sábado à noite) e no regresso a casa entreguei-me a esse pernicioso prazer de comer uma fartura sempre que vou a uma festarola, romaria ou feira popular. Assim fiz mas logo a seguir começaram as dores.

Pensei logo, obviamente, que a razão do padecimento estomacal se devesse à ingestão daquela saborosíssima fartura, bem demolhada que tinha sido em óleo que aparentava estar ao lume há já para aí umas 13 horas… non-stop, claro!...

O mal-estar foi tanto que se prolongou noite dentro e dia seguinte… e dia subsequente. Ou seja, segunda-feira. Perdi a conta às águas gaseificadas que bebi e aos palavrões que disse de sábado à noite até ao final dessa segunda-feira, altura em que, num último esforço de demonstração de que não acreditava noutra coisa que não na culpa da imbecil fartura pela minhas dores, ainda fui à farmácia pedir pastilhas para amenização do mal estar de estômago.

Nada resultou. Nem a água, nem as pastlhinhas anti-ácidos, nem muito menos os insultos, nos quais – confesso – depositava as minhas maiores esperanças de resolução do problema. Porra, Merda, Foda-se, Caralho, Puta-que-Pariu (e palavras doces afins) claramente foram incapazes de debelar o indebelável. As dores continuavam e, infelizmente, em crescendo.

Na manhã seguinte fui ao Centro de Saúde logo às nove da manhã. Fiz queixinhas das dores e deitei todas as culpas publicamente (quer dizer… semi-publicamente… só lá estava o médico mesmo!...), claro, à bardajona da fartura que me tinha posto a barriga num desastre que só visto… e sentido.

«Fartura?!?! 'Tás parvo ou quê, rapaz?», disse-me o médico, com um sorriso de orelha a orelha, enquanto fazia o exame de tacto mais horrível que a Medicina alguma vez inventou (aquele de carregar na barriga com três dedos e largar de repente). «Isto é uma apendicite! E tu vais é já para o Hospital!».

O regresso do K@ijo Suíço




Caríssimos InSensatos, estou de volta.

Ok… bem sei que não é motivo de festa nem nada que se pareça, mas pronto, apeteceu-me assinalar “oficialmente” o meu retorno aqui ao burgo e à vida activa em geral.

E tenho a dizer que volto em versão… “queijo suíço”, visto que o raio dos pontos (os três últimos – de sete – cá mais em cima, ali do lado direito da pança) teimam em não querer fechar e, por isso, há um buraco de cerca de um centímetro de comprimento que subsiste por ali como se não fosse nada com ele. Mas é. É com ele e, infelizmente, comigo também.

Ora… como essa coisa de ficar em casa indefinidamente sem poder fazer nada (inclusivamente escrever parvoíces) à espera que um “fuínho” tivesse a bondade de ter querença em fechar já me estava a irritar solenemente… toca de sair à rua… e voltar a agitar o corpo e a mente.

Resultado do primeiro dia… pá… devia ter ficado quietinho em casa!

Estou todo dorido, caraças! Principalmente, na cicatriz, claro; mas no resto do corpo também, porquanto o período de repouso aconselhado por médicos e enfermeiros acaba é por ajudar a uma certa atrofia muscular e a uma consequente maior fadiga neste reinício de actividade física.

Ou seja, estou acabadote… é o que é!...

Planeio fazer no próximo post uma pequena resenha do que foi a InSensata Apendicite que, de repente, me pôs KO durante praticamente três semanas. A estória não é nada de especial, mas lá pelo meio do processo, houve coisas que fizeram (e outras que ainda fazem) alguma confusão e que pretendo partilhar convosco. Depois, logo que possível e despachado o “dossier” relativo ao meu estado de enfermidade, voltarei aos InSensos… para desespero da blogosfera em geral – já certamente agradada com o espectro da minha parvoíce estar toda concentrada no apêndice agora removido para incineração numa fornalha de lixos tóxicos hospitalar. E mais vos digo que esta coisa da apendicite tem rudo a ver... com uma fartura. Porquê? A resposta... no próximo post.

Até lá, mais uma vez, o meu agradecimento pelo InSensato Feedback deixado nos dois últimos post's. Ou melhor… obrigado, não. Se vocês tivessem juízo, liam blog’s de qualidade e não burgos com textos sobre apendicites e incineradoras de resíduos hospitalares! Olha qu’esta!...



InSensato Autor PRESENTE...



... mas só por uns (curtos) minutinhos, para agradecer os simpatiquíssimos comments (que, de resto, eu não mereço) deixados no post anterior e para dar conta de que a recuperação (da qual tenho dado um pequeno lamiré - que é uma palavra que eu gosto muito - no blog InSen'Imagens) tem decorrido de forma mais lenta do que o desejado, devido ao claríssimo mau feitío de um dos sete pontos (agora já sem "cordel" a atar) - o 1º de cima, para ser mais exacto - que não está muito colaborante e insiste em manter-se "aberto a propostas" (ou, simplesmente, aberto a espero de alguma infecção com que ele tenha marcado um encontro romântico, não sei...).

Prevê-se, portanto, mais uma semana - esta que agora começa - de repouso (quase) total, em casa, para ver se, com mais uns "dedinhos de conversa", consigo levar o insolente ponto a sarar convenientemente, de modo a que me seja possível retornar ao activo (e que activo me espera!... com três ocupações - duas delas novas - profissionais) no início da próxima semana.

Agradeço, mais uma vez, o vosso InSensato apoio e despeço-me com a promessa de que aqui farei uma resenha do que foi a aventura da minha primeira intervenção cirúgica e a estopada que é estar confinado às paredes de casa e a ter como melhor amigo o comando da tv, que só leva a malta a ver o que de pior a televisão por cabo tem para oferecer.

InSensatos K@mprimentos!

K@, o InSesato Autor (ainda em convalescença)