Mais vale NÃO quebrar!



5 e 7 são 12, com mais 23 são 35, a multiplicar por 3 dá 105, a dividir por 5… 21, menos 8 são 13, noves fora… 4.

Serve esta aritmética lenga-lenga… para rigorosamente coisa nenhuma, como é óbvio. E não me chateiem, que eu estou com uma neura desgraçada!... Aliás, se ficarem de burro, têm dois trabalhos… ou melhor, três… cravar uma estaca no chão, prender o burro e desprendê-lo, caso queiram sair galopando em direcção ao pôr-do-sol, tal e qual o Lucky Luke.

Resulta este estado de (parece-me que clara) má disposição de uma daquelas situações que nos fariam roer o chapéu, caso vivêssemos para aí no início do século XX, por exemplo.

Bolachas. Esse (mais ou menos) doce e salvador snack de todas as horas, desde o pequeno-almoço à fomeca a meio da madrugada, passando – claro – pelas pequenas refeições entre as refeições principais do dia.

Penso que será algo de comum a todos (InSensatos que sejam, ou não) o gosto por uma bela bolacha com a companhia de uma caneca de leite fresco (no meu caso), de chá ou café ou até de um sumo ou iogurte líquido, certo? Mas atenção! Bolacha INTEIRA! E não partida ou feita simplesmente em migalhas!...

Na minha InSensata opinião, parece-me notório que os produtores de bolachas por esse mundo fora (mas cá em Portugal, particularmente – até porque não ando por aí a comer bolachas estranjas a torto e a direito) até hoje descuraram negligentemente um pormenor que, para quem gosta de bolachas, se reveste da maior importância.

É que… quem realmente gosta de bolachas e começa um pacote delas… gosta de o acabar. E quem realmente gosta de bolachas, gosta de as saborear meticulosamente, trinca a trinca, cuidadosamente usando a dentola para quebrar a bolacha, para depois a degustar e finalmente engolir, com a ajuda do imprescindível leite fresco (mantenho aqui o meu gosto pessoal, pelo que se o gosto do leitor for outro, deve mudar mentalmente a imagem da caneca de leite frio por aquela que mais lhe agradar).

Aliás, o ritual de pegar e dar a primeira dentada na bolacha é assim como que sagrado para quem aprecia sobremaneira a dita guloseima. E, daí, que nada deve perturbar esse instante. Mas isso, infelizmente, sempre acontece.

É certo que a quase totalidade das bolachas de um pacote cumprem com as características de impecabilidade exigidas pela solenidade do momento da trinca, mas nem sempre o que começa bem, acaba da mesma forma.

Falo dessa coitada que é a ÚLTIMA bolacha do fundo do pacote que, sem culpa qualquer que se lhe possa ser apontada, aparece toda quebrada e nos deixa o coração apertado (muitas vezes partido… como ela, de resto) por de repente nos apercebermos que aquela bolacha (logo “aquela”) que nos devia saber “ao céu” (e provavelmente deixar a tão extraordinária aguinha na boca, a babar por mais – esse desejo proibido e, como tal, pecaminoso)… afinal nem sequer serve para nos fazer saborear o restinho do leite fresco no fundo da caneca, guardado de propósito só para fechar em beleza o solene acto da degustação bolachal.

É tão duro e cruel que até dói só pensar nisso.

Aos digníssimos senhores produtores de bolachas (espero que a Cuétara, a Vieira e outras marcas do ramo me leiam), aqui deixo - gratuitamente! - uma sugestão para resolver este gravíssimo problema. Um conceito vencedor, parece-me; que em muito pode ajudar a indústria bolacheira e encher de alegria os genuínos amantes da bolacha, quem quer que sejam e onde quer que se encontrem.

Uma “bolacha” de plástico rígido, colocada no topo e no fundo de cada pacote. Simples e eficaz, evitaria a quebra de qualquer bolacha no dito pacote, a não ser por grosseira negligência de manuseamento das bolachas por distribuidores ou consumidores; mas isso já seria problema de cada um deles, individualmente.

Penso que qualquer apreciador de bolacha, como eu, abdicaria de bom grado de duas bolachas em cada pacote, para que o drama da última bolacha quebrada não sucedesse.

Em suma, ...
Porque é necessário lutar por estas causas…
Porque é preciso defender aquilo que é realmente bom…
Porque é de todo justo querermos as nossas bolachas – todas – inteiras…

Por favor, aceitem esta minha sugestão!

Ah! E não me façam pôr uma petição a correr na net!... até porque eu estou com uma neura desgraçada…


4 inSensinho(s) assim...:

Sol disse...

Abre outro pacote que podes ser que a neura passe...

Sol

P.S. parece que já estás melhores, já voltas-te ao activo, continua assim que é bom ouvir a palavra do InSenso Comun...

Wakewinha disse...

Eu não sei se concordo contigo! Acho que prefiro comer uma bolacha partida, do que não a comer sequer... =) Já reparaste que depois de comida a bolacha se desfazerá no teu estômago? Então que importância tem ela já ir para lá partida? Até dá menos trabalho a mastigá-la... ;)

Espero conseguir demover-te da opinião redutora de bolachas... =P

Beijinho e boa semana*

so disse...

eu tb prefiro os cookies inteiros! :)

Roberto Iza Valdés disse...
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