Agora que ando mais ligado à escrita de material “para fora” (sinto-me um verdadeiro Take Away de escrita) tenho consultado mais sites noticiosos em busca de temas que possam ser actuais e, assim, mais “usáveis” na rádio.
Mas quanto mais se procura alguma coisa… mais se encontra… de tudo. Ou seja, quanto mais informação se angaria, mais possibilidade há de nos caírem no “colo” notícias que mais nos deixam a levantar a sobrancelha, que se eleva imediatamente, do que a processar a (pouca) informação (propriamente dita) nelas contidas.
Hoje cruzei-me com o seguinte título “noticioso”, vindo da Alemanha.
«David Copperfield vai engravidar mulher sem lhe tocar»
E eu pensei: “Olha… está giro! O gajo vai ter um filho ‘proveta’ e tal!”. Mas não. O que o mágico quer é engravidar uma mulher… sem lhe tocar… num dos espectáculos dele! Aí, o meu pensamento já foi algo diferente. Foi mais no género de “Pronto! O Penkas (aquele nariz, pá…!) passou-se! Só pode...!”.
Tudo bem que o homem já tenha atravessado a muralha da China, tenha feito desaparecer uma data de gente e ainda mais uns aviões e uns barcos… mas parece-me que os pós de pirlimpimpim lhe andam a provocar uma má carburação naquela moleirinha.
O que eu entendi da pseudo-notícia é que o Copperfield quer “inseminar magicamente” uma mulher escolhida – sei lá – da plateia e que suba ao palco sem “semente” para descer de lá já com um “fruto” no ventre, concebido sem pecado… isto se não considerarmos pecaminoso o facto de o Copperfield se andar a armar em Deus, claro.
Aliás, esta é só uma das questões essenciais que se me vêm assim logo de repente à cabeça, em relação a esta coisa estranha que li.
Mesmo que Copperfield negue que se quer substituir a Deus, não se livra da fama de tentar ir atrás do lugar do Espírito Santo ou do Anjo Gabriel, o que me parece altamente difícil de ser aprovado pela Santa Sé; pelo menos, nos tempos mais próximos.
Mas, vá… ainda que ele vá em frente com isto. De quem é o filho? É certo que o puto não será do “pai” dele. Suponhamos que a gaja é casada e deixa o marido na plateia, enquanto o Copperfield a leva para o palco… O pachá do marido fica ali, literalmente com cara de corno, a pensar que já não bastava agora a parva ficar balofa e a vomitar durante meses (e sexo… meu amigo!… “pão e água”…), como também depois vai ter de aturar um fedelho que ainda por cima nem sequer é filho dele. Olha qu’esta!...
E, já agora… Vai haver um Predictor no palco à espera dela, para se fazer o teste imediatamente antes? E a malta vai poder ver a recolha da urina “ao vivo” (a bem da transparência do truque)?... Sabe Deus…!
Mais. Em que ponto da actuação (do truque) se dá exactamente a concepção? O ilusionista garante que não há sexo envolvido no truque (realmente, o espectáculo até teria muito mais interesse COM sexo, mas ele lá sabe… e aí o “corno” ainda ficava mais corno); logo, tem de haver um momento em que se saiba que… já está; que há puto lá dentro. Ou seja, a minha dúvida é… como é que se prova, no tempo “útil” de uma actuação de magia, que uma mulher fica grávida? A coisa não é “Pufffff! Já está!”, certo? E vai haver ecografia, é? Ou a gaja começa logo, imediatamente, com enjoos matinais? Ou – em última instância – será que o público fica na sala fechado uns meses, à espera que a barriga cresça? Nesse caso, parece-me lógico que o Copperfield arranje mais uns quantos artistas para ir entretendo a malta que o há-de aplaudir – se tudo correr bem – lá para o 3º ou 4º mês de gravidez da moça.
Tudo isto cheira-me muito “a esturro”, claro. O Copperfield – mestre na arte da publicidade – fecha-se em copas e não dá mais pormenores. Mas agora que isto me fez tanta confusão… vou estar atento ao que aí vem e, se possível, confrontá-lo com as minhas dúvidas, no mínimo.
3 inSensinho(s) assim...:
oh, o david é pouco original, é o que é. porque isso de engravidar sem tocar já não é de agora, olha o menino jesus!
eh, mas ó so, essa teve a ajudinha do sr. espírito santo, então?! não é a mesma coisa, pá!
Primeiros: Isso não é magia nenhuma. Eu já vi gente engravidar sem sequer acordar.
Segundos: Toda a gente sabe que esse gajo não tem pila, é tipo Ken.
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