Mais vale quebrar… ou não!





Hoje exponho uma das minhas maiores fraquezas aqui no InSenso Comum. É com alguma falta de senso que o faço, é certo, visto que de futuro poderei vir a ser importunado por alguém que use isto contra mim, por não me querer propriamente bem e até agora não possuísse este precioso naco de informação.

Tenho fobia de partir coisas. Principalmente, pratos, copos, jarras e outras faianças afins, de vidro ou porcelana. Quero dizer… se calhar não é bem uma fobia. Simplesmente, não gosto de partir coisas sem querer (quando é propositado e muito libertador e até relaxante!).

Para mim, partir um copo ou um prato equivale quase a ter um pequeno acidente de viação, daqueles em que ninguém se magoa mas da chapa batida e dos nervos que a situação despoleta não dá para se livrar. Fico de tal forma inquieto e stressado que tenho de parar tudo e sentar-me porque a coisa me afecta mesmo à séria.

Imagine-se a seguinte situação. Lava-loiça cheio de água e detergente, bolhinhas, espuma e tal. 4 ou 5 pratos lá dentro, com os restos de comida a “amolecer”. A malta chega (sempre com pouca vontade em lavar a loiça) e mete mãos ao trabalho. 3 segundos depois… aquele som…! A espuma fez o prato escorregar da mão e o curto “voo” resulta na colisão com a borda do lala-loiça, provocando o estilhaçar da porcelana e a consequente quebra em dezenas de cacos…! Visão horrenda!

Começo sempre (inevitavelmente) a tremer como varas verdes, sem conseguir reagir a um simples incidente de ínfima gravidade menor. Porquê? Não sei bem…

Em miúdo, parti um vidro “martelado” de uma porta de marquise e ainda uma mesa de vidro e um daqueles cães de porcelana (para aí de meio metro de altura) que havia na minha sala de estar. Bom… se a foleirada do cão estava mesmo a pedi-las e partir aquilo não me causou grande stress (sem ser aquele no imediato) e dor de consciência… já o vidro da porta e a mesa a quebrarem em mil estilhaços, pontiagudos e brilhantes, de tamanhos diversos… são imagens que me perseguem até aos dias de hoje!...

Talvez seja isso que ainda me provoca a tremideira sempre que parto alguma coisa, volvidos que são tantos anos desses eventos de pouca fortuna. Talvez… não sei…

O certo é que só há uma coisa pior do que os nervos que vêm logo a seguir à quebra da loiça. É aquela vozinha que, em vez de confortar a malta, só sabe dizer algo do género «Ah… deixe estar… era só um copo muito precioso que já estava na minha família há 5 gerações… Não tem importância nenhuma…»!! Que é como quem diz «Meu grande f****-da-p***! Eu aqui a pôr os copinhos que a minha tetravó me deixou no testamento!... Eu vou ali chorar baba e ranho e já volto… pode ser?...» mas só lhe sai… «Não se preocupe… Não tem importância… Era só um copito debruado a oiro antigo, para o qual nunca vou arranjar substituto… Paciência… Um dia tinha de ser…».

Eu fico logo perdido! Olha que esta!?! Prejuízo maior é para mim, que perco anos de vida com a tremideira! Não tivesse posto a porra do copo na mesa, se era tão valioso! Sabendo essa rapaziada que eu não me ajeito propriamente com a locomoção das manápulas… tem mais é que prevenir… porque remediar, nestas coisas, simplesmente não dá!...

E com isto fico com o stress de partir a loiça… e com o stress de ouvir estas choraminguices também!... tudo acumulado!

Não há maneira de um gajo se sentir bem… a não ser que se partam as coisas pelo simples prazer de as quebrar em mil pedaços.

2 inSensinho(s) assim...:

covinhas disse...

e pá...não acreditam no que o solteirão diz. é tudo falso. desde que fomos para aquela casa não parti prato nenhum...só dois copos...e ele partiu um...portanto, está visto que estavam a tentar difamar a minha pessoa.
PS:nunca achei piada a partir pratos..tipo aquelas cenas de filmes...ficas furiosa e olha, lá vai mais um prato!!

so disse...

eu não costumo partir copos, mas eles acabam por aparecer sempre partidos... não sei como é que isto acontece. quando reparo, já têm uma rachadela.