Eu gosto de TANG Laranja. É um sumo jeitoso, muito embora nunca tenha resolvido muito bem aquele trauma decorrente de, em miúdo, me terem dito profusamente (raio da televisão!!!) que seria igual a laranjas acabadas de espremer. Nunca lhe encontrei grainha. Muito menos alguma vez aquilo me soube a laranjas acabadas de espremer. Mas gosto. Quase tanto como Capri-Sonne… mas não tanto. Ainda assim… gosto. TANG Laranja é bom.
No entanto, desde há poucas horas, o TANG Laranja tem para mim um outro significado. Aliás, quase todas as metáforas que todos os dias me passam pela cabeça têm a ver com comida, bebida e outras coisas que alimentem o corpo e a alma. Neste caso, o TANG Laranja faz-me lembrar que (aparte a cena da mentirinha das laranjas espremidas), a vida muitas vezes também se assemelha a todo o processo de produção do sumo, inicialmente em pó, transformado depois em solução aquosa, doce e – bebida fresquinha – competente extintora da sede.
Quase todos os amantes do TANG – como eu – gostam de comer o pó, mesmo sem se lhe juntar água, directamente da saqueta. Em pó, o TANG é algo agridoce, pica na língua (que fica toda a alaranjada) mas não é desagradável; bem pelo contrário. Aquele sabor é o verdadeiro sabor TANG Laranja e mais nenhum. Qualquer conhecedor saberia distinguir o pó do TANG Laranja de entre vários outros pós de sumos do género. E, para muitos, o TANG podia ser só mesmo em pó. Porque, no fundo, é essa a sua essência.
Mas nem toda a gente gosta do TANG Laranja só em pó, porque não foi para isso que o TANG foi criado. Foi para ser complementado com água e assim se fazer sumo (mesmo não sendo igual a laranjas acabadas de espremer, como muito se apregoou, em tempos). E, esse sim, é do agrado de uma grande maioria. O TANG Laranja – em sumo – não é a essência do TANG Laranja – o pó – mas agrada a mais gente, porque o sabor intenso e agridoce do pó pode ser demasiado “arisco” para paladares mais interessados em coisas doces e suaves.
Por isso, a essência do TANG Laranja [o pó] dilui-se na neutra (e simples) água para, no fundo, se tornar mais popular, mais abrangente, mais bem aceite por uma grande mole humana.
Assim é, na vida também. A essência das pessoas (com o seu travo genuíno) pode ser do agrado de alguns mas não de todos. E, às vezes, em favor de uma maior aceitação, essa essência dilui-se para que o “produto final” seja mais doce, mais suave, mesmo que isso signifique que perca qualidade… e autenticidade.
Pessoalmente, acho este (a que chamo) “Efeito TANG Laranja” nefasto. Percebo que aconteça, mão não o vejo como providencial; pelo menos, não tanto como a tal maior mole humana de que já aqui se falou.
O verdadeiro amante do TANG Laranja gosta tanto dele em pó – agridoce, seco e marcante (na cor da língua) – como diluído em água… mas prefere-o claramente na sua essência, apesar de se saber de antemão que não é igual a laranjas acabadas de espremer (que, como é sobejamente sabido, não ficam em pó e cristais, saídas do espremedor).
No entanto, desde há poucas horas, o TANG Laranja tem para mim um outro significado. Aliás, quase todas as metáforas que todos os dias me passam pela cabeça têm a ver com comida, bebida e outras coisas que alimentem o corpo e a alma. Neste caso, o TANG Laranja faz-me lembrar que (aparte a cena da mentirinha das laranjas espremidas), a vida muitas vezes também se assemelha a todo o processo de produção do sumo, inicialmente em pó, transformado depois em solução aquosa, doce e – bebida fresquinha – competente extintora da sede.
Quase todos os amantes do TANG – como eu – gostam de comer o pó, mesmo sem se lhe juntar água, directamente da saqueta. Em pó, o TANG é algo agridoce, pica na língua (que fica toda a alaranjada) mas não é desagradável; bem pelo contrário. Aquele sabor é o verdadeiro sabor TANG Laranja e mais nenhum. Qualquer conhecedor saberia distinguir o pó do TANG Laranja de entre vários outros pós de sumos do género. E, para muitos, o TANG podia ser só mesmo em pó. Porque, no fundo, é essa a sua essência.
Mas nem toda a gente gosta do TANG Laranja só em pó, porque não foi para isso que o TANG foi criado. Foi para ser complementado com água e assim se fazer sumo (mesmo não sendo igual a laranjas acabadas de espremer, como muito se apregoou, em tempos). E, esse sim, é do agrado de uma grande maioria. O TANG Laranja – em sumo – não é a essência do TANG Laranja – o pó – mas agrada a mais gente, porque o sabor intenso e agridoce do pó pode ser demasiado “arisco” para paladares mais interessados em coisas doces e suaves.
Por isso, a essência do TANG Laranja [o pó] dilui-se na neutra (e simples) água para, no fundo, se tornar mais popular, mais abrangente, mais bem aceite por uma grande mole humana.
Assim é, na vida também. A essência das pessoas (com o seu travo genuíno) pode ser do agrado de alguns mas não de todos. E, às vezes, em favor de uma maior aceitação, essa essência dilui-se para que o “produto final” seja mais doce, mais suave, mesmo que isso signifique que perca qualidade… e autenticidade.
Pessoalmente, acho este (a que chamo) “Efeito TANG Laranja” nefasto. Percebo que aconteça, mão não o vejo como providencial; pelo menos, não tanto como a tal maior mole humana de que já aqui se falou.
O verdadeiro amante do TANG Laranja gosta tanto dele em pó – agridoce, seco e marcante (na cor da língua) – como diluído em água… mas prefere-o claramente na sua essência, apesar de se saber de antemão que não é igual a laranjas acabadas de espremer (que, como é sobejamente sabido, não ficam em pó e cristais, saídas do espremedor).
1 inSensinho(s) assim...:
eu adiciono o pó do tang laranja no bolo de sabor laranja (de sachê) para realçar o sabor de laranja. Fica uma delícia
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