Dias #3 e #4 (Dagen #3 en #4)
(que se lixe o “querido”!) Diário:
Estou cá com uma pilha de nervos que não me aguento. Ou melhor… se calhar, não me aguento e é por isso que estou com uma pilha de nervos. Não sei bem. Deve ser uma destas duas coisas.
A verdade é que estou tramado com os holandeses… por causa da comida. Já não bastava o facto de a alimentação por aqui engordar que é uma coisa parva (os culpados são os molhos e a super abundância de carnes, em detrimento do peixe, praticamente inexistente nas ementas dos restaurantes) como também o desta malta se fazer esquisita em dar de comer a alguém, a partir das nove da noite!
É verdade! Nove… nove e meia… já ninguém como mais seja o que for por estas bandas. Só se for em casa, comidinha feita pela própria mão. De outra forma… está bem, está! As cozinhas de bares e restaurantes fecham impreterivelmente às 21:30. Deve ser “em ponto”, porque sempre que pergunto em algum lado se há qualquer coisa que se trinque a resposta é a mesma: “Sorry, sir! Our kitchen has been closed exactly since 9:30PM this evening!”.
Caraças dos holandeses, pá! Não compreendem que a malta tuga que, faminta, os olha desesperadamente do outro lado do balcão às dez ou dez e meia da noite (horas locais, claro) esteve a trabalhar até àquele momento e só quer enganar a fome, “matar o bicho”. Não… não há “mandioca” para ninguém. Mas há bebida. Bebida há! Sempre!... e muita!... e até às quinhentas da noite! Comida é que não. Há praticamente quatro dias que é assim, mas nos últimos dois, a situação tem alcançado o limite do ridículo.
Conclusão: os holan-coisos são uns parvos de primeira apanha no que toca a esta cena da comida de snack e refeições de restaurante. Claramente não querem ganhar dinheiro. Sim… porque com a fomeca que a malta trabalhadeira está depois de um dia de 14 horas ininterruptas a labutar… venha que comida for… custe o dinheiro que custar… Marcha TUDO! E um gajo desesperado paga qualquer preço por aquilo que quer mesmo.
Talvez tenha sido isso que o dono do pub em que esta noite entrei, já praticamente sem esperanças, pensou e melhor fez. Arrumou cinco mânfios com um hamburger, uma mini-pizza e asinhas de frango para cada um, acompanhado tudo de umas cervejas. Ao que soubemos, ele esgotou a despensa (foi positivo para o negócio, antes que a ASAE lá do sítio se lembrasse de confiscar tudo) e nós aconchegámos o estômago, pagando sem olhar para a máquina registadora.
Mais ninguém o fez e olha… perdeu uma boa oportunidade de lucrar (e bem!) com uns portuguesitos que já só pediam uma sandes mista e uma cervejola. Preferiu toda a gente fechar as cozinhas e deixar os bares de porta aberta só para lá ter a malta a beber até de manhã. E até de manhã porquê…? Porque o raio desta cerveja não “bate” nada. E só assim se compreende que os holandeses bebam-bebam-bebam… e nem se preocupem em comer. Se fosse em Portugal, com metade da quantidade de cerveja e sem nada no bucho, a “noite de COPOS” passava a “noite de COPO” e não havia Van Nistelrooy que se aguentasse à bomboca de beber sem ficar toldado ao fim de 3 minutos e 53 segundos, mais segundo menos segundo.
PS: Eu comunico com os holandeses recorrendo ao Inglês. A coisa tem-se feito com mais ou menos dificuldade, mas frequentemente bem. No entanto, isso cria problemas básicos, como nunca conseguir explicar exactamente o que quer dizer “matar o bicho”. “Kill the animal?!?!?”, diriam os estranjas… Como é que se explica que a nossa intenção não é tirar o piriquito da gaiola e espetar com ele numa frigideira com óleo Três AAA's a mais de 300º?! É complicado. Ah! E já disse que isto tudo me põe com uns nervos que não me aguento…?
(que se lixe o “querido”!) Diário:
Estou cá com uma pilha de nervos que não me aguento. Ou melhor… se calhar, não me aguento e é por isso que estou com uma pilha de nervos. Não sei bem. Deve ser uma destas duas coisas.
A verdade é que estou tramado com os holandeses… por causa da comida. Já não bastava o facto de a alimentação por aqui engordar que é uma coisa parva (os culpados são os molhos e a super abundância de carnes, em detrimento do peixe, praticamente inexistente nas ementas dos restaurantes) como também o desta malta se fazer esquisita em dar de comer a alguém, a partir das nove da noite!
É verdade! Nove… nove e meia… já ninguém como mais seja o que for por estas bandas. Só se for em casa, comidinha feita pela própria mão. De outra forma… está bem, está! As cozinhas de bares e restaurantes fecham impreterivelmente às 21:30. Deve ser “em ponto”, porque sempre que pergunto em algum lado se há qualquer coisa que se trinque a resposta é a mesma: “Sorry, sir! Our kitchen has been closed exactly since 9:30PM this evening!”.
Caraças dos holandeses, pá! Não compreendem que a malta tuga que, faminta, os olha desesperadamente do outro lado do balcão às dez ou dez e meia da noite (horas locais, claro) esteve a trabalhar até àquele momento e só quer enganar a fome, “matar o bicho”. Não… não há “mandioca” para ninguém. Mas há bebida. Bebida há! Sempre!... e muita!... e até às quinhentas da noite! Comida é que não. Há praticamente quatro dias que é assim, mas nos últimos dois, a situação tem alcançado o limite do ridículo.
Conclusão: os holan-coisos são uns parvos de primeira apanha no que toca a esta cena da comida de snack e refeições de restaurante. Claramente não querem ganhar dinheiro. Sim… porque com a fomeca que a malta trabalhadeira está depois de um dia de 14 horas ininterruptas a labutar… venha que comida for… custe o dinheiro que custar… Marcha TUDO! E um gajo desesperado paga qualquer preço por aquilo que quer mesmo.
Talvez tenha sido isso que o dono do pub em que esta noite entrei, já praticamente sem esperanças, pensou e melhor fez. Arrumou cinco mânfios com um hamburger, uma mini-pizza e asinhas de frango para cada um, acompanhado tudo de umas cervejas. Ao que soubemos, ele esgotou a despensa (foi positivo para o negócio, antes que a ASAE lá do sítio se lembrasse de confiscar tudo) e nós aconchegámos o estômago, pagando sem olhar para a máquina registadora.
Mais ninguém o fez e olha… perdeu uma boa oportunidade de lucrar (e bem!) com uns portuguesitos que já só pediam uma sandes mista e uma cervejola. Preferiu toda a gente fechar as cozinhas e deixar os bares de porta aberta só para lá ter a malta a beber até de manhã. E até de manhã porquê…? Porque o raio desta cerveja não “bate” nada. E só assim se compreende que os holandeses bebam-bebam-bebam… e nem se preocupem em comer. Se fosse em Portugal, com metade da quantidade de cerveja e sem nada no bucho, a “noite de COPOS” passava a “noite de COPO” e não havia Van Nistelrooy que se aguentasse à bomboca de beber sem ficar toldado ao fim de 3 minutos e 53 segundos, mais segundo menos segundo.
PS: Eu comunico com os holandeses recorrendo ao Inglês. A coisa tem-se feito com mais ou menos dificuldade, mas frequentemente bem. No entanto, isso cria problemas básicos, como nunca conseguir explicar exactamente o que quer dizer “matar o bicho”. “Kill the animal?!?!?”, diriam os estranjas… Como é que se explica que a nossa intenção não é tirar o piriquito da gaiola e espetar com ele numa frigideira com óleo Três AAA's a mais de 300º?! É complicado. Ah! E já disse que isto tudo me põe com uns nervos que não me aguento…?
2 inSensinho(s) assim...:
experiências únicas!
Eu bem te disse que levasses umas sandochas congeladas. Assim muitas e tal.
(bom... se não disse, pensei!... e se não pensei... devias ter pensado tu que és quem se está a queixar!)
;-)
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