(ou, Como eu conheci o famoso “Puntanel”)
Dia #1 (Dag #1)
Querido (e InSensato) Diário:
Cheguei à Holanda. O voo correu bem e foi interessante ver que a mentalidade fleumática centro-europeia se pode ver de cima. Uma viagem feita à janela do avião permite perceber que as diferenças entre os povos podem ser mensuradas pela forma como as povoações se organizam arquitectonicamente.
Sai-se de Lisboa e o urbanismo é o que é. Não há volta a dar e não há eleições que melhorem aquilo de um momento para o outro (ao contrário do que os candidatos dizem). Em França o panorama também não é muito melhor. As localidades que consegui vislumbrar do céu são desorganizadas como as portuguesas; sem uma política definida de arruamentos nem uma linha de estilo arquitectónico. Bom… quero dizer… A não ser que o “salve-se quem puder” seja mesmo uma política de pleno direito e tal. Aí, sim, pode dizer-se que os latinos têm uma verdadeira política urbanística.
Passando na Flandres (da Espanha não falei porque o céu estava muito nublado… não deu para ver nadinha…), a coisa muda. Cidades com pinta de cidades. Coisa bem feita, planeada. Na Holanda também. Aliás, Amesterdão (que eu só vi de cima, depois disso, passei-lhe ao lado, para falar a verdade parece toda ela ser uma cidade feita com régua e esquadro. Aqui, definitivamente, estou certo de que o “salve-se quem puder” não passaria de um (chumbado à partida) proposta de projecto-lei de um qualquer louco numa espécie de reunião de junta de freguesia ou mesmo de condomínio.
Bom… mas adiante.
A primeira verdadeira novidade que tenho desde que cá estou é de que conheci o Puntanel. Ao que parece, é um tipo famosíssimo e muito bem conectado. Quando se fala de hotéis… fala-se no Puntanel, quando se fala de grandes negócios… fala-se no Puntanel, quando se fala em férias paradisíacas, festas, carros, promoções, prémios… fala-se no caraças do Puntanel. Na rádio não se ouve outra coisa. “Puntanel isto… Puntanel aquilo… Puntanel ali e acolá”… o Puntanel termina todas as publicidades, sem excepção. Impressionante. Deve ser assim um tipo de Tony ou Mikael Carreira aqui da zona. Ou então é só a maneira dos holandeses dizerem “ponto NL” (.nl), que é a extensão de todos os sites Internet dos Países Baixos… Não sei bem. Mas aposto que é um homólogo dos Carreira’s aqui na terra das Tulipas.
PS: A malta vai com perto de uma hora de viagem e, por muito que se oiça falar do chato do Puntanel, a gaja do GPS consegue superar tudo o que é limite da paciência. Uma hora de caminho… e o aparelho de GPS está quase a saltar pela janela do carro fora!...
Dia #1 (Dag #1)
Querido (e InSensato) Diário:
Cheguei à Holanda. O voo correu bem e foi interessante ver que a mentalidade fleumática centro-europeia se pode ver de cima. Uma viagem feita à janela do avião permite perceber que as diferenças entre os povos podem ser mensuradas pela forma como as povoações se organizam arquitectonicamente.
Sai-se de Lisboa e o urbanismo é o que é. Não há volta a dar e não há eleições que melhorem aquilo de um momento para o outro (ao contrário do que os candidatos dizem). Em França o panorama também não é muito melhor. As localidades que consegui vislumbrar do céu são desorganizadas como as portuguesas; sem uma política definida de arruamentos nem uma linha de estilo arquitectónico. Bom… quero dizer… A não ser que o “salve-se quem puder” seja mesmo uma política de pleno direito e tal. Aí, sim, pode dizer-se que os latinos têm uma verdadeira política urbanística.
Passando na Flandres (da Espanha não falei porque o céu estava muito nublado… não deu para ver nadinha…), a coisa muda. Cidades com pinta de cidades. Coisa bem feita, planeada. Na Holanda também. Aliás, Amesterdão (que eu só vi de cima, depois disso, passei-lhe ao lado, para falar a verdade parece toda ela ser uma cidade feita com régua e esquadro. Aqui, definitivamente, estou certo de que o “salve-se quem puder” não passaria de um (chumbado à partida) proposta de projecto-lei de um qualquer louco numa espécie de reunião de junta de freguesia ou mesmo de condomínio.
Bom… mas adiante.
A primeira verdadeira novidade que tenho desde que cá estou é de que conheci o Puntanel. Ao que parece, é um tipo famosíssimo e muito bem conectado. Quando se fala de hotéis… fala-se no Puntanel, quando se fala de grandes negócios… fala-se no Puntanel, quando se fala em férias paradisíacas, festas, carros, promoções, prémios… fala-se no caraças do Puntanel. Na rádio não se ouve outra coisa. “Puntanel isto… Puntanel aquilo… Puntanel ali e acolá”… o Puntanel termina todas as publicidades, sem excepção. Impressionante. Deve ser assim um tipo de Tony ou Mikael Carreira aqui da zona. Ou então é só a maneira dos holandeses dizerem “ponto NL” (.nl), que é a extensão de todos os sites Internet dos Países Baixos… Não sei bem. Mas aposto que é um homólogo dos Carreira’s aqui na terra das Tulipas.
PS: A malta vai com perto de uma hora de viagem e, por muito que se oiça falar do chato do Puntanel, a gaja do GPS consegue superar tudo o que é limite da paciência. Uma hora de caminho… e o aparelho de GPS está quase a saltar pela janela do carro fora!...
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