Pequena Reflexão Sobre Nada (perdão... Sobre Elevadores)


Como se pode comprovar uns poucos de textos abaixo deste ["A Guerra dos Comunicantes"], o objecto/meio de transporte que dá pelo nome de elevador é algo que me fascina. Ainda mais quando percebo que, para além das suas muitas utilidades (transporte de pessoas e bens, rápidos encontros sexuais, etc.), também pode ser um meio de divulgação de comunicados de extrema importância na vida de um condomínio num prédio de 10 andares.


Hoje, por causa de uma vizinha minha, lembrei-me de que há uma visão curosíssima dos elevadores de que raramente nos recordamos ou apercebemos.


A origem disto está no passeio diário que uma vizinha minha, extremamente velha, faz à rua com o seu cão, também extremamente velho. (Na verdade, dada a velhice de um e de outro, fico sempre na dúvida: quem é que leva a passear quem? Mas isso agora nem vem ao caso.) O que eu não gosto é de partilhar o elevador com aquela (extremamente velha) dupla. Há ali cheiros que me desagradam sobremaneira. Daí que evite entrar no mesmo ascensor, como será compreensível, acho eu.


Assim fiz hoje e, para evitar essa viagem fastidiosa, subi pelas escadas até ao 1º andar, "chamando" o 2º elevador (os velhotes - cão e dona - tinham subido no outro). De repente, lembrei-me que sempre que apanhei um elevador de um andar "x" para um outro (que não o meu ou o da saída do prédio), terá sido, invariavelmente, por causa de uma vizinha jeitosa que morasse no mesmo prédio que eu. Digamos que é a cena do raminho de salsa ou da chávena de açúcar. Um mito engraçado que, no fundo, 9 em cada 10 vezes, mais não serve do que para meter conversa com a vizinhança que nos interessa cortejar.


Na verdade, temos de o admitir, os elevadores também servem para isso. Nós é que nunca lembramos... a não ser que, de um momento para o outro, nos "falte" açúcar para o bolo que decidimos fazer assim de repente... e saibamos exactamente a que andar do prédio o vamos pedir, claro.

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