Alerta aos (Potenciais) Consumidores


Acho que é consensual isto ser uma consequência dos tempos em que vivemos. Os avanços tecnológicos e a criação de novos produtos em todas as áreas implicam (quase que directamente) o surgimento de novas e inúmeras necessidades (ou sensação de necessidade) nas pessoas. E, na verdade, ninguém pode dizer que é a excepção a esta regra… porque não é.

Mais cedo ou mais tarde, todos nós acabamos por ficar de certo modo dependentes de algo que não víamos (ou sentíamos) como necessário há uns anos. Os telemóveis são o melhor exemplo disso. Mas há muitos mais exemplos.

Nesse sentido, vejo-me na obrigação de aqui prestar (mais um) serviço público (como é apanágio deste blogue, desde a sua criação).

Aos dois únicos leitores que ainda vêm a este estaminé (se é que são assim tantos), deixo então o seguinte conselho: (se ainda não experimentaram) não experimentem usar papel higiénico humedecido.

A razão para este alerta é simples. A verdade é que ninguém precisa realmente de usar papel higiénico humedecido mas, uma vez que experimenta, parece ser inevitável colocá-lo nas listas de compras de supermercado até, mais ao menos, … ao fim da vida. Porquê? Porque, a partir da primeira experiência com esse produto de limpeza corporal, não mais o uso de papel higiénico tradicional perece ser tão competente como até ali parecia ser. É que nem a roupa interior parece assentar bem, logo a seguir a usar o papel higiénico tradicional, sem recorrer ao humedecido. Sem se perceber, cria-se uma necessidade até àquele momento inexistente.

Por isso, acho de todo o bom-tom chegar-me à frente e prestar este serviço público que nada tem de má vontade ou reprovação em relação ao produto em causa (deixa a malta limpinha!); apenas e só se destina a incentivar a poupança de uns cobres a quem ainda não sente a necessidade de ter o rabinho limpo com paninhos de fibra humedecidos e com aromas de flores, frutas ou outras essências inegavelmente agradáveis ao olfacto (como convém, dada a função do produto).

Eu bem sei o dinheiro que vou deixar de poupar até ao resto da vida. Sim… eu já me apercebi que estou no “ponto de não-retorno” e fiz as contas… Logo a seguir, curiosamente, até fui à casa de banho… E voltei de lá limpinho!... Uma maravilha!...

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