Last Day, First & Last Hour Shopping

As compras feitas no último dia do ano são – acho que posso dizê-lo hoje com alguma segurança – únicas. Únicas em forma e em conteúdo, se é que isso se pode aplicar a uma ida às compras, muito mais a 31 de Dezembro.

Em explicando, a coisa fica mais fácil de perceber… ou se calhar, não. A ver vamos.

Antes de tudo mais, é preciso esclarecer que a singularidade das compras que fiz hoje começa… na hora a que foram feitas. Em dia de Passagem de Ano, ir ao CARREFOUR às… 8:30 da manhã (!) é algo difícil de conceber e – acredite, caro InSensato – ainda mais complexo de levar à prática. Mas fez-se… e com algumas vantagens, digamos, vantajosas.

Às 8:30 da manhã de um domingo, que é simulânemente o último dia do ano e véspera de feriado também, não há trânsito, não há problemas de estacionamento, não há atrasos de natureza alguma, não há gente a atrapalhar em lado nenhum, muito menos no supermercado. Por isso, não foi nada complicado ser o primeiro a espetar a pequena pá no monte de camarão já cozidinho, à espera de ser levado num saco para mais tarde (bastante mais tarde, que a hora ainda é madrugadora e as badaladas ainda vêm longe) ser devidamente degustado e acompanhado por cerveja gelada.

O mesmo aconteceu com a garrafa de champanhe, que foi a primeira a sair da prateleira, com o ananás (o mais vistoso de todos eles… pude escolher à vontade), com o pão e com o… molho de cocktail, também ele algo de único para mim em compras de Fim de Ano.

De facto, ele há coisas pelas quais só nos lembramos de gastar guito em situações muito especiais; no caso, os festejos de Ano Novo. Não fosse isso e de certeza só com muita dificuldade alguém me apanharia a comprar molho de cocktail para o camarão, a procurar saquinhas de frutos secos (algo muito gay, perece-me) ou até a perder mais de cinco minutos a observar (com verdadeiro “olho clínico”) cerca de três dezenas de ananases, antes de me decidir por um, pegar nele e ir pesá-lo.

No entanto, ... pensando bem, hoje também praticamente ninguém me apanhou nesses preparos lamentáveis. O enorme CARREFOUR estava… vazio… ou quase. Consegui não passar grande vergonha na compra de produtos... embaraçosos, dizer Bom Dia a vários empregados que limpavam ou faziam reposição de produtos nos corredores do supermercado e a quem nunca havia falado sem ser para perguntar onde ficava a secção de bricolage e ainda consegui sem dificuldade uma caixa sem fila (onde, também sem “dificuldade”, larguei 40€ assim “a brincar”). E isso não é mau.

Mau é não haver as… gajas que um tipo como eu gosta de ver nos outros dias (ou será que devo dizer “nas outras… horas”?), quando vai às compras. É que, a bem dizer, vai muita gaja gira (ou será que devo dizer “boa”?) às compras ao CARREFOUR, só que às 8 da matina ainda estão todas na cama a cumprir o chamado soninho da beleza. Ir ao supermercado e não as ver, de cestinho na mão, a comprar iogurtes dietéticos CORPOS DANONE (bom corredor, o dos lacticínios light…!) é uma chatice, por muito jeito que as comprinhas se façam muito mais facilmente.

1 inSensinho(s) assim...:

Anónimo disse...

Mandei por sms os votos de bom Natal e bom ano (método coerente com os tempo modernos) e venho agora renover os votos de BOM ANO ciberneticamente. Boas compras e muitas gajas é o que te desejo para 2007. Vale?

Bj.