(lê-se “Caguei!”)
Ando há uns tempos a pensar nisto e confesso que me chateia. Ultimamente, à medida que o tempo passa e o futuro mais próximo já tem um rótulo com “30” em letras garrafais, têm surgido sinais que as pessoas fazem questão de me enviar (assim em estilo de coisa meio subliminar) que apontam para a possibilidade de eu ser… gay.
Ok… a rapaziada quando vê alguém sem aliança no dedo aos 29/30 anos… tira a conclusão mais fácil: o gajo é gay. Mas não pergunta nada, se um gajo é ou não é. Simplesmente conclui que sim e depois ainda acha que a malta não sabe bem se é ou não é e tenta dar a entender que a malta devia ter a noção de que… pode ser gay; isto para que olhemos para nós próprios e concluamos também o que eles – “sabiamente” – já concluíram.
No meu caso, tal conclusão é extremamente simples de tirar. Tenho muito perto de 30 anos e não estou casado ou “junto”. Logo… sou gay. Mais… como vivo sozinho e tenho um gato (de que até gosto muito e cuja fotografia é o fundo do ecrã do meu telemóvel)… sou gay. A minha irmã acaba de dar à luz o segundo filho (ganha-me “2-0”, portanto). E – para além, de “já ter ficado para tio” – logo… sou gay. Gosto de ser caseiro, de passar serões a ver televisão ou a trabalhar no computador, em vez de sair todas as noites para um discoteca e andar no roço em plena pista de dança com raparigas que não conheço até às quinhentas da madrugada. Acima de tudo por isso… sou gay. Vá lá que não tenho um aquário com peixes dourados (que eu detesto visceralmente, de resto)… Se tivesse… a “bichona” que eu não seria…!
Mas ninguém me diz isso à cara. Não. Prefere toda a gente dizer-me coisas tipo «O que tu precisas é de uma rapariga que te ponha no caminho certo!» ou «A tua casa está a precisar de um toque feminino!» ou ainda «Olha que o gato não faz as vezes…». Enfim… coisas lamentáveis que vêm de todos os lados, desde membros da família até às pessoas que acabam de me conhecer e fazem o “Diagnóstico: gay” ao fim de 3 minutos de conversa, quando digo que os meus problemas financeiros passam muito pelo facto de viver sozinho e que, por isso, a malta se multiplica por vários empregos.
Como já disse, confesso que me chateia. Não porque seja homofóbico (que não sou) mas sim porque já não tenho pachorra para estas assumpções precipitadas e abusivas acerca da minha vida. Acho muito “engraçado” que seja mais cómodo a toda a gente “normal” (com alianças nos dedos e contas pagas a meias) atirar-me para o lado “de lá”, só para tentar justificar o que não lhes compete justificar… nem tem de ser justificado.
Não sou gay. Nem sequer tenho a necessidade de o afirmar publicamente. Mas como a atitude das pessoas que dizem ter o famoso “GayDar” sempre activado (não sei para quê…) não me parece senão de uma insensatez atroz…!
Ando há uns tempos a pensar nisto e confesso que me chateia. Ultimamente, à medida que o tempo passa e o futuro mais próximo já tem um rótulo com “30” em letras garrafais, têm surgido sinais que as pessoas fazem questão de me enviar (assim em estilo de coisa meio subliminar) que apontam para a possibilidade de eu ser… gay.
Ok… a rapaziada quando vê alguém sem aliança no dedo aos 29/30 anos… tira a conclusão mais fácil: o gajo é gay. Mas não pergunta nada, se um gajo é ou não é. Simplesmente conclui que sim e depois ainda acha que a malta não sabe bem se é ou não é e tenta dar a entender que a malta devia ter a noção de que… pode ser gay; isto para que olhemos para nós próprios e concluamos também o que eles – “sabiamente” – já concluíram.
No meu caso, tal conclusão é extremamente simples de tirar. Tenho muito perto de 30 anos e não estou casado ou “junto”. Logo… sou gay. Mais… como vivo sozinho e tenho um gato (de que até gosto muito e cuja fotografia é o fundo do ecrã do meu telemóvel)… sou gay. A minha irmã acaba de dar à luz o segundo filho (ganha-me “2-0”, portanto). E – para além, de “já ter ficado para tio” – logo… sou gay. Gosto de ser caseiro, de passar serões a ver televisão ou a trabalhar no computador, em vez de sair todas as noites para um discoteca e andar no roço em plena pista de dança com raparigas que não conheço até às quinhentas da madrugada. Acima de tudo por isso… sou gay. Vá lá que não tenho um aquário com peixes dourados (que eu detesto visceralmente, de resto)… Se tivesse… a “bichona” que eu não seria…!
Mas ninguém me diz isso à cara. Não. Prefere toda a gente dizer-me coisas tipo «O que tu precisas é de uma rapariga que te ponha no caminho certo!» ou «A tua casa está a precisar de um toque feminino!» ou ainda «Olha que o gato não faz as vezes…». Enfim… coisas lamentáveis que vêm de todos os lados, desde membros da família até às pessoas que acabam de me conhecer e fazem o “Diagnóstico: gay” ao fim de 3 minutos de conversa, quando digo que os meus problemas financeiros passam muito pelo facto de viver sozinho e que, por isso, a malta se multiplica por vários empregos.
Como já disse, confesso que me chateia. Não porque seja homofóbico (que não sou) mas sim porque já não tenho pachorra para estas assumpções precipitadas e abusivas acerca da minha vida. Acho muito “engraçado” que seja mais cómodo a toda a gente “normal” (com alianças nos dedos e contas pagas a meias) atirar-me para o lado “de lá”, só para tentar justificar o que não lhes compete justificar… nem tem de ser justificado.
Não sou gay. Nem sequer tenho a necessidade de o afirmar publicamente. Mas como a atitude das pessoas que dizem ter o famoso “GayDar” sempre activado (não sei para quê…) não me parece senão de uma insensatez atroz…!
PS: A minha resposta a essas vozes...? Está no título (e subtítulo) deste InSenso.