Como é sobejamente sabido, sou um apreciador dos nossos mais lusitanos costumes. Desde a cuspidela (que eu gosto mais de intitular "escarretada") para o chão até à coçada da zona do virilhame e leguminosas situadas um pouco abaixo da cintura… quase tudo me fascina na cultura agora vulgarmente chamada Tuga.
Eu, cá, não sou muito de ir nas ondas do que está na moda. E o termo "Tuga" está. No entanto, ele há coisas nos Tugas que me cativam ainda para lá da puxada da ranhoca que rapidamente se torna numa excreção de tom verde, a sair pela boca, a não menos do que 57km/h.
Falo da (tão nacional) necessidade fisiológica ao ar livre.
Não sendo uma coisa tão exclusiva do sexo masculino quanto isso, é a nós que compete a maior fatia de responsabilidade na manutenção do costume. Aliás, é nitidamente com esse sentido de dever que a malta se dedica a escolher uma boa berma de estrada nacional para aliviar a bexiga (ou a tripa, consoante os ingredientes da refeição anterior). E isto… é Serviço Público. Porquê?
Antes de mais porque, assim, o costume não cessará de existir, o que enriquece a nossa identidade nacional. Mas também porque há consciência ambiental nisto. Veja-se a água que se poupa na não utilização de um qualquer autoclismo. Além disso, o que quer que seja excretado… é biodegradável e até pode ser um composto fertilizante de elevada qualidade.
Mas não é tudo. É que a opção pela bordinha do asfalto para levar a cabo a expurgação dos canais também pode ser outra forma de Serviço Público, mas mais no campo visual e até da (boa) imagem do País. Onde a malta se alivia, geralmente, não há monumentos nem outras imagens que captem a atenção do passageiro do veículo que percorre a EN “cento e troca-o-passo”. Logo, o passageiro, na ausência de motivos (visuais) de interesse, passa pelas brasas e muitas vezes só acorda no destino da viagem.
Ora, havendo quem – à beirinha da estrada – esteja disposto a expor os seus atributos (e o que é nacional é bom, recorde-se), já o passageiro do sexo oposto (ou do sexo não-oposto – este blog não é homofóbico) se distrai, não é? E quantos mais houver a aliviar-se (até podia haver um Corpo de Voluntários – e esses até podiam ser funcionários assalariados da Secretaria de Estado do Turismo… seria de toda a justiça, de resto) junto às estradas deste País, mais atentos estarão os nossos visitantes ao que de melhor Portugal tem para oferecer em termos de paisagem lusitana.
Por mim… garanto que farei o meu quinhão, fazendo-o quando puder (ou quando tiver muita vontade, claro) e, se a necessidade assim o exigir, usando os recursos naturais para os cuidados básicos de higiene, preservando a natureza do uso e depósito de papéis nos locais de alívio fisiológico. E você, InSensato Leitor… fará a sua parte…?
1 inSensinho(s) assim...:
Tinha que ser!
claro que já contribuí e vou continuar a lutar por tão nobre causa de cada vez que estiver à mijinha para rascar :-)
Enviar um comentário