Está muito na moda agora!...*


A frase diz tudo. A assumpção de que algo é bem visto a uma dada data (já reparou, InSensato Leitor, o quão giro é dizer “dada data” em voz alta…?) traz com ela a máxima que resume tudo nessas belas cinco palavras.

Aliás, a verdade é que está sempre alguma coisa (muito) na moda, agora ou em outra qualquer altura. Noutro qualquer “agora”, portanto. Por isso, será… quase justo dizer que a frase é logicamente verdadeira ou verdadeira baseada na lógica. Errado! Não é!

O que está na moda agora… deixa de estar na moda… mais tarde. No tal outro qualquer “agora”, portanto. E isso, logicamente, retira à frase a tal verdade baseada na lógica. É triste dizê-lo… mas é verdade.

Por exemplo, está muito na moda agora andar de iPod ligado, com os respectivos auriculares nos ouvidos, por todo o lado, não ouvindo nada que venha do mundo exterior ao “universo iPod”, que entra pelos ouvidos e se passeia pelos meandros da cabeça sem que se saiba bem por onde sai (muito embora eu desconfie que sai pelos olhos… mas não consiga provar). Ou seja, está muito na moda agora a malta alhear-se do mundo, marimbar para o que se lhe diz, em troca de uns acordes bem malhados que entram cabeça-dentro por uns auscultadores brancos (ou, mais recentemente, da cor... do arco-íris) e não se sabe bem por onde saem.

Um dia destes, isso há-de deixar de estar na moda. Pelo menos, espero eu que assim seja. E há-de deixar de estar na moda porque o resto do mundo, ignorado que é por quem anda para todo o lado com o iPod ligado, vai chatear-se, mais tarde ou mais cedo. E vai exigir que o raio dos auscultadores deixem de estar permanentemente enfiados nos ouvidos de com quem precisamos de falar. Está muito na moda agora… mas um dia destes…

Outro exemplo. Também está muito na moda agora ir a restaurantes de sushi e beber e comer coisas light mas acredito que, por ser tão bom, tão bom, tão bom… as belas idas a tascas com aquele cheiro entranhado de gordura para comer fantásticos cozidos à portuguesa, regados com uns belos tintos (ou moelas, ou pregos, ou bifanas, ou um belo pica-pau)... até termos de desapertar o cinto e o botão de cima das calças há-de voltar a ser um “must”. Isso, sim, nunca estando muito na moda, estará muito na moda agora… e sempre.

Se nada disto estiver a fazer sentido… porreiro!

Porque eu acho que está muito na moda agora não fazer sentido no que se diz e escreve. Resulta para os políticos, para os cronistas sociais e para mais uma data de gente – tipo… a malta dos blog’s – que se orgulha de proferir palavras sem nexo num qualquer meio de comunicação ou de um qualquer púlpito. E, se está muito na moda agora…!

PS: O texto (que eu próprio escrevi) levanta-me uma dúvida. Estar muito na moda será o mesmo que estar muito na berra?!? Se é ou não é, na v erdade, não me importa muito. Só é chato que eu próprio me enrodilhe com coisas que escrevo...


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* texto escrito a 1 de Agosto de 2007 e nunca publicado... vá lá saber-se por quê!... Volvido todo este tempo - mais de um ano - talvez o próprio tema já tenha passado de moda. Se sim, isso só ajuda à causa do texto, convenhamos.

a fervilhar de motivação!!!


Estou com estou uma vontade imensa de ...


...?


... zero... Curiosamente, não me ocorre nada para completar a frase que comecei.

ambi-pur - gaja boa


Estou muito satisfeito com o ambientador que comprei há dias para purificar (e perfumar) o ar do meu automóvel. Cheira mesmo muito bem! Tão bem que é como se a Cindy Crawford tivesse soltado gases dentro da viatura e o cheiro ficasse por ali a pairar. Quando abro a porta do carro, a sensação é muito agradável.

Sim... eu tenho a ideia que, ao contrário dos restantes mortais, as gajas ditas "boas" gozam da posse de uma flatulência com odor aprazível e não repugnante, como é habitual. Aliás, associar a (boa) imagem de uma mulher linda com o (mau) odor da flatulência não faz qualquer sentido sequer, na minha opinião.

Fica a sugestão para as empresas de produção de ambietadores para automóveis: uma linha de odores à base da flatulência de top models, figuras do mundo da música, da televisão e do cinema e também de mulheres desconhecidas mas que sejam inegavelmente deslumbrantes (tendo, por isso, acredito, gases que são verdadeiros concorrentes das melhores essências à face da Terra). Não vejo como possa ser um negócio com futuro pouco risonho. Ah... E não cobro direitos de autor pela ideia! Como condutor, proprietário de um automóvel e, consequentemente, futuro cliente destes produtos dou-me simplesmente por feliz caso venham a pegar nesta sugestão.

Aqui em Portugal, penso que se poderia começar por sondar, por exemplo, a Marisa Cruz, a Rita Pereira, a Cláudia Vieira, a Rita Andrade, a Isabel Figueira e a Luisa Beirão para iniciar um projecto deste tipo. São todas miúdas com... bom "ar"... digo eu!...

olha que bem!


Acabo de me aperceber que o meu microondas é Samsung, tal como o novo telemóvel.

Estou muito contente por descobrir isso, porque as chamadas entre os dois aparelhos devem ser uma bagatela!

de vez em quando...


... dizem-me: «Tu és um bocado criança!»

Eu, a isso, respondo: «Não sou! Não sou! Não sou! Não sou! E NÃO SOU!!!! E se continuas a dizer que sou criança vou chamar o meu primo que é GNR e vais ver como elas te mordem, ouviste?!»

Penso que, desta forma, a coisa fica bem resolvida e de forma célere, ficando também mais que evidente que não há pinga de criancice por estas bandas.

va..cat...ion


Sim. Pela primeira vez, o gatônfio foi de férias. Já tinha acontecido passar temporadas fora de casa mas nunca no relax. Quando fui eu de férias para fora ou em trabalho para o estrangeiro, o Passíu (oficialmente, Mr. Jenkins) foi deixado ou na casa dos meus pais (onde deu cabo de tudo e todos - uma experiência jamais repetida, de resto) ou no abrigo onde nasceu e onde o tratam muito bem. Férias, propriamente ditas, o animal nunca tinha tido. Está a tê-las agora, literalmente. No Alentejo, encontrou calorzinho e sol que aproveita para ficar com o pelinho sedoso. Quando está muito calor, vem para dentro de casa, onde a sombra e o fresco imperam, alternando diferentes formas de conforto felino. Acho que o meu gato está, tal como nós, a adorar as férias.

É nesta altura que o inSensato Leitor diz: «Olha lá, pá! Estas paneleirices escreves tu no Petit Riens e não aqui!!! Por que raio tenho eu de aturar coisinhas bonitinhas sobre o gatinho nas fériazinhas...?»

Ao que eu respondo, mostrando as imagens que provam que o gato está mesmo a curtir o feriame... mas de uma forma, digamos, meio amalucada (como, de resto, lhe é habitual). Entre a marquise e o resto da casa, o J normalmente opta por deitar-se na tábua de passar a ferro, que ocupa por completo, durante horas a fio, dormindo desalmadamente. Estas imagens, como se poderá ver, só podiam ser mostradas aqui.

em mértola...


... há uma farmácia onde, por muito bom que seja o medicamento, a cura pode muito bem ser sempre pior que a maleita.



Médico: Então, passe pela farmácia, pegue os comprimidos que isso passa.

Paciente: Deixe 'tar, xô'tor... fica p'ra próxima... já me dói o corpo o suficiente...

Se isto fosse um país a sério...


Quando alguém em férias sai dos grandes centros populacionais para, digamos, uma aldeia mais ou menos perdida no interior alentejano, aquilo que espera obter com a "fuga" é paz, sossego e nada que se assemelhe às vicissitudes inerentes a viver, digamos, em Lisboa. Isso é o que se espera... mes nem sempre se consegue. Correndo o risco do leitor soltar aquela velha máxima «Também... a este palhaço acontece-lhe tudo!», tenho de confessar que, de facto, a minha "fuga alentejana" já ficou marcada por algo que esperava mais que acontecesse na capital.

A caixa MultiBanco (MB) do supermercado da vila vizinha (Ferreira do Alentejo) foi levada esta madrugada por um grupo de encapuzados que quase foram apanhados já bem longe daqui, junto ao Pinhal Novo (Palmela), a tentar abrir a geringonça para de lá sacar o dinheiro. Em vão, visto que a GNR surpreendeu em flagrante delito os meliantes que lá conseguiram pôr-se em fuga num jipe de alta cilindrada que haviam gamado também, pelo método do carjacking.

É nestas alturas que se vê que a Justiça em Portugal claramente não funciona como devia.

Os assaltantes fugiram. Certo. Mas deixaram para trás vários equipamentos usados para tentar abrir a caixa MB furtada (como um pé-de-cabra e uma rebarbadora), que as autoridades apreenderam de imediato. Se isto fosse um país a sério, a coisa não ficava assim.

A verdade é que, agora, os ladrões estão em liberdade... mas sem meios de subsistência, coitados! Sem equipamentos para abrir à força caixas MB, como é que esta malta se safa? E não há sequer um mecanismo legal qualquer ao dispor da rapaziada para pedir uma indemnização à GNR por apoderação abusiva de ferramentas essenciais para o desempenho da actividade profissional?

É que, a partir desta manhã, estes assaltantes estão em maus lençóis para conseguir o seu ganha-pão... e ninguém lhes garante que não venham ainda a ser apanhados, os pobres diabos!... Quer dizer... talvez aí a Justiça portuguesa venha a dar-lhes uma borlazita. Se eles nunca forem capturados (e, pelo que se tem visto, há fortes possibilidades de isso vir a ser uma realidade) será assim como que uma compensação pela apreensão da rebarbadora. Por exemplo, para muita gente, o Rendimento Mínimo de Inserção é a melhor forma daquela malta que, não querendo fazer nenhum, não tem que ficar sem tusto para o diário macinho de tabaco da ordem (e para mais um ou outro viciozito sem o qual não se consiga passar, claro).

Isto não é um país a sério... mas... vá... também não é totalmente injusto. Estou certo que é nisso que os assaltantes da caixa MB de Ferreira estão a confiar neste momento.

stop the presses:
a notícia do homem, da mulher, do outro indivíduo e dos dois filhos


Esta noite - não faço ideia por quê (quero dizer... é verão, eu estou de férias... é a minha silly season... deve ter sido por isso) - sonhei que um tipo que tinha sido pai há pouco tempo mas cuja relação terminara pouco depois (estando agora a antiga companheira já numa nova relação), tinha ido trabalhar para uma zona de guerra. No entanto - também não faço a mínima ideia por quê - o sonho era de tal forma elaborado que imaginei como seria (por via da minha vida profissional) se algo de altamente incomum acontecesse e a notícia tivesse de ser relatada com objectividade e síntese nos jornais.

Antetítulo:

Para poder ver os filhos

Título:

RENDIDO NA GUERRA PELO NAMORADO DA EX-MULHER

Notícia:

É uma história surpreendente. Um homem que decidiu há meses ir trabalhar para uma zona de guerra foi agora substituído pelo actual companheiro da ex-namorada, mãe dos seus dois filhos gémeos, de um ano e meio de idade. A iniciativa partiu da própria antiga companheira do indivíduo, que reconheceu que a partida do ex-namorado se teria devido unicamente ao desgosto que esta lhe causou ao terminar a relação e convenceu o homem com que actualmente vive a rendê-lo no cenário de guerra para que ele veja os seus filhos, defendendo que a alternativa seria ela própria levar as crianças até ao pai, apesar do perigo que isso significaria. O namorado acedeu a viajar, então, para o território em conflito há já três semanas mas só agora a história foi conhecida. Ao que se sabe, todos os envolvidos neste caso estão bem de saúde, muito embora seja possível que nenhum dos adultos regule a 100% da cabeça.

uns tiros na minha ignorância


Esta manhã (ainda pela aurora), acordei e ouvi aquilo que me pareciam ser tiros. Um "aqui", mais três "ali", mais dois "acolá"... numa sequência sem sequência nenhuma. Por ter vivido em miúdo numa aldeia muito rural, reconheci de imediato que barulhos eram aqueles e nem sequer me passou pela cabeça associar estes disparos à recente "onda" de crimes (agora está na moda fazer isso com tudo e mais alguma coisa). Eram só tiros de caça e nada mais. Há anos que não me lembrava de ouvir, logo pela fresquinha, tiro de caça. Ouvi hoje. Um "aqui", mais três "ali", mais dois "acolá"... Pensando bem, ainda os estou a ouvir (são 8:10 da manhã). O mais estranho é que estou bem no interior do Alentejo e nunca imaginei que houvesse caça numa região onde não há mata praticamente nenhuma e a vegetação (pelo menos, aqui em volta) é quase toda composta por girassol, agora já seco e à espera da colheita. Mas pronto. Admitir que não sei não me custa nada, ainda que reconheça que esta minha ignorância teve de ser... morta a tiro de caçadeira.