*** Da afamada série de escritos «O InSenso e a Cidade» ***
Com a chegada de Setembro chegaram também os lisboetas, vindos das férias. A cidade mudou radicalmente… mas não para melhor. Aliás… pergunto-me a mim mesmo (e, já agora, a si também, InSensato Regressado de Férias) para que é que os lisboetas foram de férias?!? Ou… para ser mais exacto, para que é que eles voltaram?!?...
Para quem, durante cerca de dois meses, se deliciou com a facilidade de deslocação para onde quer que fosse (foi uma fantástica altura para aprender caminhos desconhecidos, sem grande stress nem engarrafamentos), agora há um sabor acre nos despertares seguidos do trajecto até ao trabalho.
Sim… com o retorno dos veraneantes alfacinhas, voltaram as filas de trânsito no IC19, 2ª Circular, A2, A5, Marquês e restante centro da cidade… enfim… em todo o lado. Consequência disso são também as buzinadelas que trazem stress à malta que buzina (e, acima de tudo, a quem não gosta de usar nem ouvir buzinas), a falta de lugares de parque e o maior gasto de combustível no pára-arranca. Pergunto… Para que é que voltaram?!?...
Ademais (que é – diga-se – uma palavra tristemente esquecida no nosso vocabulário), os lisbonenses voltaram… e não voltaram bem.
Uma passagem pelo centro comercial e uma manhã passada em guichets da EDP, Serviços Municipalizados de Águas e de distribuição de gás canalizado bastaram para perceber que essa malta que agora chegou de férias não está propriamente “na paz de Deus”… Longe disso!
Logo no centro comercial, foi fácil reparar nas meninas armadas em super-modelos com o mesmo ar enjoado e enfadado com que há uns meses rumaram (mais) a Sul. Ou seja,… as férias claramente não as ajudaram. Os putos também não lucraram muito com a fuga de Agosto. Regressaram parvos que tolhe… e voltaram para os seus melhores amigos: os comandos da PlayStation. Os senhores, esposos e namorados das meninas com ar de quem andou tempo demais no cacilheiro para Alcântara, vieram apagados, caladinhos e submissos como tinham ido… e os que foram brutos que nem uma porta a desatinar com a mulher e com os filhos por tudo e por nada… também assim voltaram. No news there either…
Já no meu périplo pelo “buro-inferno” (sim… sou burofóbico!...) o que percebi é que, tal e qual como antes do verão, anda metade do mundo a lixar a outra metade. E isso feito com afinco, com vontade, com empenho… ah!... e com umas trombas de primeiríssima água, há que dizê-lo!...
Ou seja, continua tudo como dantes. Tudo como em Janeiro, Março, Maio ou… Novembro. Tudo como antes da chegada do calor e da partida destes lisboetas mal-encarados que voltaram tão bestas (ou mais) do que aquilo que foram para férias.
Podiam ter descansado e recarregado baterias, podiam ter-se divertido e animado, podiam ter voltado bem dispostos e sorridentes… ou então podiam ter ficado por lá!!!
Isso é que eles tinham feito bem!... E a malta tinha agradecido.
Para quem, durante cerca de dois meses, se deliciou com a facilidade de deslocação para onde quer que fosse (foi uma fantástica altura para aprender caminhos desconhecidos, sem grande stress nem engarrafamentos), agora há um sabor acre nos despertares seguidos do trajecto até ao trabalho.
Sim… com o retorno dos veraneantes alfacinhas, voltaram as filas de trânsito no IC19, 2ª Circular, A2, A5, Marquês e restante centro da cidade… enfim… em todo o lado. Consequência disso são também as buzinadelas que trazem stress à malta que buzina (e, acima de tudo, a quem não gosta de usar nem ouvir buzinas), a falta de lugares de parque e o maior gasto de combustível no pára-arranca. Pergunto… Para que é que voltaram?!?...
Ademais (que é – diga-se – uma palavra tristemente esquecida no nosso vocabulário), os lisbonenses voltaram… e não voltaram bem.
Uma passagem pelo centro comercial e uma manhã passada em guichets da EDP, Serviços Municipalizados de Águas e de distribuição de gás canalizado bastaram para perceber que essa malta que agora chegou de férias não está propriamente “na paz de Deus”… Longe disso!
Logo no centro comercial, foi fácil reparar nas meninas armadas em super-modelos com o mesmo ar enjoado e enfadado com que há uns meses rumaram (mais) a Sul. Ou seja,… as férias claramente não as ajudaram. Os putos também não lucraram muito com a fuga de Agosto. Regressaram parvos que tolhe… e voltaram para os seus melhores amigos: os comandos da PlayStation. Os senhores, esposos e namorados das meninas com ar de quem andou tempo demais no cacilheiro para Alcântara, vieram apagados, caladinhos e submissos como tinham ido… e os que foram brutos que nem uma porta a desatinar com a mulher e com os filhos por tudo e por nada… também assim voltaram. No news there either…
Já no meu périplo pelo “buro-inferno” (sim… sou burofóbico!...) o que percebi é que, tal e qual como antes do verão, anda metade do mundo a lixar a outra metade. E isso feito com afinco, com vontade, com empenho… ah!... e com umas trombas de primeiríssima água, há que dizê-lo!...
Ou seja, continua tudo como dantes. Tudo como em Janeiro, Março, Maio ou… Novembro. Tudo como antes da chegada do calor e da partida destes lisboetas mal-encarados que voltaram tão bestas (ou mais) do que aquilo que foram para férias.
Podiam ter descansado e recarregado baterias, podiam ter-se divertido e animado, podiam ter voltado bem dispostos e sorridentes… ou então podiam ter ficado por lá!!!
Isso é que eles tinham feito bem!... E a malta tinha agradecido.
2 inSensinho(s) assim...:
credo, ainda bem q voltaram pas casinhas deles... já estava farta de aturar aqueles q cá pararam!
(n nada pior do q trabalhar nos meses de verão, num sitio onde as pessoas vem passar férias...)
Bem retratado! Muuuito bem retratado!!
Não sendo eu um habitante de Lisboa, e sim de uma cidade bem mais pacata e com menos habitantes zangados 17 horas por dia, sinto que me expulsam violentamente cada vez que vou à capital.
E apesar de não me andar sempre a rir, sou um tipo bem disposto, a sério que sou. Não há é boa disposição que resista à exposição continuada a um cenário como o que acabou de retratar.
Um abraço.
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