Um problema que vem de trás

É com mágoa que o digo, mas isto há que ser dito.

O rabo português… está em crise.

Diria mesmo que o lusitano traseiro já viu melhores dias do que aqueles que vive actualmente. Porque a crise afecta todos… mas ao rabo português afecta – vá lá saber-se porquê – de uma forma perfeitamente dramática, atrevo-me a dizer.

A razão é, como quase sempre, conjuntural. E a conjuntura é, de facto, extremamente desfavorável ao “sim senhor” tuga que, actualmente, está longe de corresponder ao que se espera dele. E o drama é esse.

Uma explicação cabal, desconfio, é o que o InSensato Leitor espera agora, ávido que está de saber mais sobre o rabo lusitano e os problemas que o afectam. Pois ela aí vem… por supuesto.

O que importuna a fama, de uma forma geral boa, do rabo português é a publicidade. Aquela que é feita pelas séries juvenis que agora pululam pelos fins de tarde, inícios de noite (e, ultimamente, também as manhãs) da nossa televisão. Uma delas, inclusivamente, gravada numa praia da região de Lisboa/Setúbal e em que abundam rabos (portugueses) pequenos, redondinhos, (aparentemente) rijos/musculados e bem acondicionados em tangas de bikini mínimas, com a elegância que se lhes reconhece e exige. No fundo, é esta a causa da crise que hoje aqui trago ao assunto.

E isto porque, há dias, passei eu pela mesma praia onde são gravados os episódios da série em causa… e não vi UM ÚNICO rabo assim. Tão pouco vislumbrei rabos parecidos ou vagamente semelhantes. Nada! Não vi nada que correspondesse às expectativas criadas pela tv nesse particular. Foi absolutamente decepcionante.

Tenho para mim, portanto, que a crise do traseiro lusitano não é indiferente à restante realidade nacional… também ela de crise… acima de tudo num pormenor. O de que o problema maior é o da publicidade enganosa que nos rodeia.

Toda a gente (principalmente os políticos e os analistas económicos, esses grandes malucos) diz que a tão falada retoma está aí, em marcha, a grande vapor. O que eu constato, no entanto, é que a minha conta bancária, todos os meses… retoma ao mesmo de sempre: está cada vez mais “magra”. Ou seja, o que dizem não é, claramente, o que está a acontecer.

O mesmo se passa com o rabo português. A gordura, a celulite, os fatos de banho mal arrumados nos traseiros lusitanos e vice-versa... enfim… tudo aquilo que se vê nas nossas praias está nos antípodas do que a televisão nacional promove todos os fins de tarde, inícios de noite (e, ultimamente, também de manhã). É lamentável. É desastroso. É triste e demonstrativo de que o rabo português, na verdade, está dramaticamente em crise.

5 inSensinho(s) assim...:

Anónimo disse...

Caríssimo amigo e colega, como leitora atenta dos seus escritos permite-me que descorde TOTALMENTE do teu "opinanso" relativamente à parte de trás dos portugueses.
Amigo, provavelmente não foste à praia certa, na hora certa.
Deixa-me dizer-te que tenho visto por aí a pavonearem-se uns belos traseiros.Concordo que a imagem dos media seja talvez um pouco deturpada da realidade, mas também não é assim tanto(na minha opinião), exageram num produto que sabem à partida que vende, e a verdade é que toda a gente gosta de ver um belo traseiro.Eu vejo todos os dias belos traseiros, dignos de um spot publicitário.Para mim Portugal não está assim tão mal da parte de trás.

GK disse...

Primeiro, deixa-me dizer-te que... escolheste um tema... hum... delicado... ;)

Mas acabei por não perceber... Afinal, para ti, qual é o "rabo português": o "pequeno, redondinho, rijo/musculado e bem acondicionado em tangas de bikini mínimas" ou aquele que tem "a gordura, a celulite e os fatos de banho mal arrumados"???
(Eu desconfio qual preferes. Só estou a perguntar qual é que a tua análise reconhece como o exemplo do "rabo português"...)

Anónimo disse...

ouve lá... isso da crise do rabo refere-se só às mulheres ou falas também do rabo tuga masculino?? É que eu vejo por ai uns rabinhos bem jeitosos...de gajos claro ;)

Anónimo disse...

Curiosas as analogias... Facto é que, como em grande parte das coisas da vida, aquilo que nos vendem não é o que esperamos ter comprado. Para contrariar só podemos tentar estar mais atentos... aos verdadeiros bons "rabos" que por aí andam. E olha que não são poucos.

Anónimo disse...

Recomendo-te tratamento de choque, quiçá castigo cruel para que voltes manso à Terra mãe (Tugaland) e agradeças a todas as Tuga-girls (novas e velhas) os rabitos que têm.
Como poderia eu convencer-te a tal? como poderia deturpar-te o juízo ao ponto de (por comparação desesperada) te renderes aos encantos menos aterrorizadores do Tuga-rabiosk ???

É simples: Obrigo-te a uma viagem e estadia prolongada em St Louis Missouri, ou em washington D.C. (também serve)...e talvez depois de muito chorares e sofreres a olhar para os rabos das American mocitas (cujo tamanho corresponderá, com algumas honrosas excepções, ao poderio económico do país) talvez eu me compadeça de ti e te traga de volta ;-)

Sandra