*** Da afamada série de escritos «O InSenso e a Cidade» ***
Já estou pelas bandas da capital. Aliás, este é o 1º InSenso “alfacinha” de sempre, se é que se pode dizer isto. Cheguei há dias, instalei-me (num processo que, ele próprio, daria um InSenso mas que não me apetece relatar por escrito simplesmente porque já não posso sequer ouvir falar em arrendamentos, mudanças e casas, no sentido mais vasto possível do conceito de local de habitação) e agora começo a aperceber-me de que isto é, definitivamente, diferente.
Mesmo que não me tenha dado ao trabalho de me informar cabalmente acerca do assunto (não estive para isso), sempre soube – e também já deu para ver – que aqui a taxa de criminalidade é extremamente elevada.
Não que me tenha acontecido alguma coisa. Não. Além do mais, quando o meu Punto foi assaltado, foi a 200km daqui, numa pacata cidade a Norte de onde estou. Mas, mesmo não tendo sucedido nada de “criminalmente relevante” nas minhas últimas 72 horas (mais 10 minutos, menos 10 minutos), não há forma de não sentir que há insegurança “no ar”, em todo o lado.
E quem se sente inseguro, trata de apostar – claro – na segurança, com é óbvio, certo? Certo! Ou seja, não tendo sido eu aborrecido por um gatuno qualquer, sinto-me aborrecido é com todas as medidas de segurança a que sou obrigado, desde manhã até à noite, todos os dias.
A minha rotina diária é agora esta. Acordo, levanto-me e abro 3 frestas da persiana do quarto. Sim, só 3 porque vivo num rés-do-chão e abrir a persiana totalmente está fora de questão, seja a que horas for. Tomado o banho, saio de casa e para fechar a porta, a chave dá… 5 (leu bem… CINCO) voltas! É um exagero, porque eu já “lutei” com a porta em questão para testar a segurança de uma só rotação da chave e o raio da porta nem sequer um milímetro se mexeu…! Mas vá. 5 voltas é o que é. Já no carro – e a provar que até na segurança… rodoviária esta malta não brinca – passo por cerca de 30 lombas de controlo de velocidade (de todos os tamanhos e feitios – chegam a haver umas que são do tamanho de uma passadeira… em TODAS as passadeiras pelas quais passo) em pouco menos de 6 km que faço de casa ao trabalho. Cá para mim, acho que aqui há uma certa espécie de Lomba-Fetiche… mas quando conseguir provar isso, eu volto ao assunto. E chegado ao trabalho, tenho de passar um cartão magnético por um torniquete que regista a minha entrada e a minha saída nas instalações, muito ao estilo de um “BigBrother” (que sabe sempre onde eu ando). Findo o trabalho, volto a casa com as portas do carro trancadas todo o caminho (foi assim que me disseram para conduzir logo que a noite cai), esvazio todo o interior do carro para NADA ficar à vista, se possível tiro a antena para não ma roubarem e tento deixar a fantástica viatura num local iluminado… e tanto melhor se for mesmo perto da porta do prédio. E já que falo em prédio, para entrar em casa, novas 5 voltas à chave para entrar e ainda mais 5 para fechar a porta e passar a noite mais… seguro.
Que me perdoem os lisboetas… mas isto é altamente paranóico! E eu, muito sinceramente, não sei se estou para viver neste medo permanente. Bem sei que a taxa (a maldita taxa) é bem mais elevada do que a que se verifica de onde eu venho, mas “nem 8 nem 80”! Que não há pachorra para isto. Não tarda, tenho de dar 5 voltas à chave do meu Punto só para o abrir… não…?
Mesmo que não me tenha dado ao trabalho de me informar cabalmente acerca do assunto (não estive para isso), sempre soube – e também já deu para ver – que aqui a taxa de criminalidade é extremamente elevada.
Não que me tenha acontecido alguma coisa. Não. Além do mais, quando o meu Punto foi assaltado, foi a 200km daqui, numa pacata cidade a Norte de onde estou. Mas, mesmo não tendo sucedido nada de “criminalmente relevante” nas minhas últimas 72 horas (mais 10 minutos, menos 10 minutos), não há forma de não sentir que há insegurança “no ar”, em todo o lado.
E quem se sente inseguro, trata de apostar – claro – na segurança, com é óbvio, certo? Certo! Ou seja, não tendo sido eu aborrecido por um gatuno qualquer, sinto-me aborrecido é com todas as medidas de segurança a que sou obrigado, desde manhã até à noite, todos os dias.
A minha rotina diária é agora esta. Acordo, levanto-me e abro 3 frestas da persiana do quarto. Sim, só 3 porque vivo num rés-do-chão e abrir a persiana totalmente está fora de questão, seja a que horas for. Tomado o banho, saio de casa e para fechar a porta, a chave dá… 5 (leu bem… CINCO) voltas! É um exagero, porque eu já “lutei” com a porta em questão para testar a segurança de uma só rotação da chave e o raio da porta nem sequer um milímetro se mexeu…! Mas vá. 5 voltas é o que é. Já no carro – e a provar que até na segurança… rodoviária esta malta não brinca – passo por cerca de 30 lombas de controlo de velocidade (de todos os tamanhos e feitios – chegam a haver umas que são do tamanho de uma passadeira… em TODAS as passadeiras pelas quais passo) em pouco menos de 6 km que faço de casa ao trabalho. Cá para mim, acho que aqui há uma certa espécie de Lomba-Fetiche… mas quando conseguir provar isso, eu volto ao assunto. E chegado ao trabalho, tenho de passar um cartão magnético por um torniquete que regista a minha entrada e a minha saída nas instalações, muito ao estilo de um “BigBrother” (que sabe sempre onde eu ando). Findo o trabalho, volto a casa com as portas do carro trancadas todo o caminho (foi assim que me disseram para conduzir logo que a noite cai), esvazio todo o interior do carro para NADA ficar à vista, se possível tiro a antena para não ma roubarem e tento deixar a fantástica viatura num local iluminado… e tanto melhor se for mesmo perto da porta do prédio. E já que falo em prédio, para entrar em casa, novas 5 voltas à chave para entrar e ainda mais 5 para fechar a porta e passar a noite mais… seguro.
Que me perdoem os lisboetas… mas isto é altamente paranóico! E eu, muito sinceramente, não sei se estou para viver neste medo permanente. Bem sei que a taxa (a maldita taxa) é bem mais elevada do que a que se verifica de onde eu venho, mas “nem 8 nem 80”! Que não há pachorra para isto. Não tarda, tenho de dar 5 voltas à chave do meu Punto só para o abrir… não…?
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PS: Ah… já agora… se alguém me souber explicar porque é que os sinais de trânsito de Oeiras, Cascais, Estoril e alguns de Sintra parecem lolly-pop’s… a malta agradece esse esclarecimento.
1 inSensinho(s) assim...:
Insensato, o pensamento de que nos estás a dar mais uma volta.
Aquele abraço.bom fimde Semana
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