Na vida, há coisas com que podemos sempre contar.
Dito isto, eu podia agora dar numa de bem falante e dizer coisas bonitas sobre a amizade, o amor, a confiança de quem nos quer bem, sobre a beleza de um dia de sol, da necessidade de haver um ou outro dia com chuva para que as flores voltem sempre a desabrochar na Primavera e tal…
Não. Não é disso que trata este singelo InSenso, não. Quem estava à espera disso… paciência. Há mais blog’s por aí, certamente com belíssimos textos sobre o tema.
Ao que eu me referia era às lixeiras mesmo. Aquelas de beira de estrada, com muito entulho de construção, acima de tudo e sempre – SEMPRE! – com um frigorífico lá perdido, algures no meio dos detritos.
Sim. Se na vida há coisas com que podemos sempre contar, o frigorífico abandonado numa lixeira é uma delas. E não há nada como saber que em certas coisas podemos confiar… nem que seja num electrodoméstico obsoleto, ferrugento, invariavelmente de porta escancarada e por vezes até com ninhos de pássaros lá dentro… ou então com coisas menos agradáveis de encontrar.
Se olharmos bem para uma dessas lixeiras, nem sempre à primeira o encontramos, mas mais tarde ou mais cedo haveremos de o encontrar. O velho frigorífico, todo partido, com a grelha traseira num estado inenarrável.
Apesar de tudo o que dizem por aí acerca do meio ambiente e do mal que faz o abandono dos frigoríficos nesses locais não autorizados para o lixo, eu, pessoalmente, gosto de encontrá-los nas lixeiras e sucatas do nosso País. Dá-me um certo conforto. Aquele aconchego de passar numa estrada com uma paisagem bucólica à minha volta e de repente ter a certeza de que um frigorífico me há-de cumprimentar, num misto de tristeza pelo abandono e alegria por me ver passar por ele. Sinto-me acarinhado quando assim é.
Nos últimos anos, porém, a concorrência ao mítico e simpático frigorífico tem crescido a olhos vistos. Tem sido penoso assistir ao vergonhoso surgimento em força dos bidés e das sanitas abandonadas nas lixeiras lusitanas. É anti-higiénico, anti-estético e anti-mais coisas que agora não me ocorrem. Em suma, é anti-bom, logo… mau.
Ainda assim, do mal o menos. Tanto o bidé como a sanita têm sempre uso e proporcionam bem-estar a quem os aproveita, ali à beira da estrada. Com uma tabuita ou um contraplacado… as profissionais do sexo podem sentar-se nas horas vagas. E isso parece-me sinceramente um ponto positivo para a loiça sanitária tornada entulho.
De facto, na vida, há coisas com que podemos sempre contar.
Tal como os frigoríficos nas lixeiras (agora e cada vez mais acompanhados por bidés e sanitas) também haverá sempre um grão-de-bico intrometido num saco de feijão seco. Isso é garantido.
Mas isso é todo um outro assunto que também não me apetece abordar neste momento.
Dito isto, eu podia agora dar numa de bem falante e dizer coisas bonitas sobre a amizade, o amor, a confiança de quem nos quer bem, sobre a beleza de um dia de sol, da necessidade de haver um ou outro dia com chuva para que as flores voltem sempre a desabrochar na Primavera e tal…
Não. Não é disso que trata este singelo InSenso, não. Quem estava à espera disso… paciência. Há mais blog’s por aí, certamente com belíssimos textos sobre o tema.
Ao que eu me referia era às lixeiras mesmo. Aquelas de beira de estrada, com muito entulho de construção, acima de tudo e sempre – SEMPRE! – com um frigorífico lá perdido, algures no meio dos detritos.
Sim. Se na vida há coisas com que podemos sempre contar, o frigorífico abandonado numa lixeira é uma delas. E não há nada como saber que em certas coisas podemos confiar… nem que seja num electrodoméstico obsoleto, ferrugento, invariavelmente de porta escancarada e por vezes até com ninhos de pássaros lá dentro… ou então com coisas menos agradáveis de encontrar.
Se olharmos bem para uma dessas lixeiras, nem sempre à primeira o encontramos, mas mais tarde ou mais cedo haveremos de o encontrar. O velho frigorífico, todo partido, com a grelha traseira num estado inenarrável.
Apesar de tudo o que dizem por aí acerca do meio ambiente e do mal que faz o abandono dos frigoríficos nesses locais não autorizados para o lixo, eu, pessoalmente, gosto de encontrá-los nas lixeiras e sucatas do nosso País. Dá-me um certo conforto. Aquele aconchego de passar numa estrada com uma paisagem bucólica à minha volta e de repente ter a certeza de que um frigorífico me há-de cumprimentar, num misto de tristeza pelo abandono e alegria por me ver passar por ele. Sinto-me acarinhado quando assim é.
Nos últimos anos, porém, a concorrência ao mítico e simpático frigorífico tem crescido a olhos vistos. Tem sido penoso assistir ao vergonhoso surgimento em força dos bidés e das sanitas abandonadas nas lixeiras lusitanas. É anti-higiénico, anti-estético e anti-mais coisas que agora não me ocorrem. Em suma, é anti-bom, logo… mau.
Ainda assim, do mal o menos. Tanto o bidé como a sanita têm sempre uso e proporcionam bem-estar a quem os aproveita, ali à beira da estrada. Com uma tabuita ou um contraplacado… as profissionais do sexo podem sentar-se nas horas vagas. E isso parece-me sinceramente um ponto positivo para a loiça sanitária tornada entulho.
De facto, na vida, há coisas com que podemos sempre contar.
Tal como os frigoríficos nas lixeiras (agora e cada vez mais acompanhados por bidés e sanitas) também haverá sempre um grão-de-bico intrometido num saco de feijão seco. Isso é garantido.
Mas isso é todo um outro assunto que também não me apetece abordar neste momento.
1 inSensinho(s) assim...:
Já cá não vinha há bué!!!!
Já vi que andou pelas terras baixas... andamos muito viajados....
E eu já tinha saudades de aqui vir... e muitas.
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