BCM-BQNP ou BQNP-BCM?

Tenho andado a pensar nisto, confesso. Porque me parece uma questão pertinente, acima de tudo.

Numa altura em que não se sabe bem qual é o critério de selecção para muitos empregos que por aí pululam, urge – na minha modesta opinião – questionar o que é que tem mais "peso", por vezes, na decisão de um empregador: o BCM-BQNP ou BQNP-BCM?

Ok. Acredito que esteja confuso. Mas eu estou aqui (seja onde "aqui" for) para ajudar. É este Espírito de Missão (ouvi isto há dias e adorei – tinha de usar) e o outro... de Serviço Público. Não me largam…

Por BCM-BQNP pode entender-se o factor "Boa Como o Milho mas Burra Que Nem uma Porta", conceito utilizado por eventuais empregadores que, escrupulosos, admitem que uma gaja que aparece numa entrevista de emprego é, de facto, jeitosa que tolhe e tal… mas não dá uma para a caixa. Para tal é necessário que o candidato a patrão, ainda que vacile, opte por declarar o caso como um BCM-BQNP e deixar o currículo da dita candidata a funcionária de lado (mesmo que não o deite definitivamente fora – que mais não seja para poder olhar para a foto de vez em quando e/ou guardar o número de telefone para um contacto futuro… de outra natureza; é o que acontece na maioria das vezes).

Por BQNP-BCM entende-se, grosso modo, o contrário. "Burra Que Nem uma Porta mas Boa Como o Milho" é um modo de hierarquização de prioridades baseado noutras…características essenciais (leia-se, curvas) que não a competência para a escolha de alguém para um cargo profissional. De facto, inteligência até é, por (muitas) vezes, mais empecilho do que uma mais-valia, mormente quando o futuro patrão procura alguém não só para estar abaixo dele no organigrama, como também para estar simplesmente… abaixo dele. Não é assim tão raro. É o mesmo que dizer que as BQNP-BCM, sim, estão na parte certa da balança... e muitas vezes... da cama.

Duas notas, neste momento. Ponto 1: também há homens a concorrer a empregos e a ir a entrevistas - não pense que me esqueci disso - mas não é deles que me aprouve falar neste InSenso. Ponto 2: também há outras mulheres (não necessariamente bonitas e imbecis) de aspecto “mediano” e muito espertas, por exemplo – a concorrer a empregos e a ir a entrevistas - não pense que me esqueci disso - mas também não é delas que me aprouve falar neste InSenso; aliás, este tema afecta-as mais é a elas, diria eu.

Retomando o assunto… Até pode parecer parvo que eu veja a coisa simplesmente pelos prismas BCM-BQNP e BQNP-BCM. Mas não é. Ultimamente – em alguns sectores empresariais (uns mais do que outros) – o aspecto conta (e de que maneira) na escolha dos futuros funcionários ou funcionárias. Caso contrário, note-se, que sentido faria que cada vez mais anúncios de emprego exijam currículos com fotografia do candidato? Alguns ramos – não só a moda e a comunicação – pedem mesmo fotografia de corpo inteiro. E, já agora, não é verdade que sempre que alguém que vai a uma entrevista se emperiquita para causar “boa impressão”?... Por que será?...

Acho eu que a competência não se vê nuns sapatos novos, numa gravata colorida, num decote até ao umbigo ou num tom “vermelho-diablo” de baton. É que, pensando bem, a competência até deve ser invisível – ou, melhor dizendo, não tem de ser visível; seria bom que sobressaísse pela qualidade do trabalho realizado, independentemente de quem (e do aspecto físico de quem) o realize. Certo?... Certinho!

Mas pronto. A verdade é que as BCM-BQNP (e, acima de tudo, as BQNP-BCM) deste nosso universo imperfeito partem em grande vantagem, logo “à cabeça”. Os currículos, curiosamente, lá acabam por surgir sempre no topo da pilha da papelada dos candidatos, pelo menos. A todos os outros aspirantes (culpados apenas de serem comuns mortais, de estarem longe de serem BCM’s ou de simplesmente serem... machos)… a esses… resta fazer figas.

Afinal... talvez... TALVEZ a pessoa procurada até pode ser ecolhida por ser PBP: Potencial Bom Profissional. Mas ningúem garante que isso vá, de facto, acontecer, não é...?

4 inSensinho(s) assim...:

Anónimo disse...

Até pode ser que tenhas razão mas uma coisa "boa" que Tuga-land tem é que não há nada (NADA) que se compare a ter parentes em locais críticos (primo da pessoa que empilha os CVs e põe o do primo ao de cima e os outros no...caixote do lixo???). Digo isto porquê? Vontade de "mal dizer" ou puro cinismo?
Nah! É que eu assisti (ninguém me contou) a isso mesmo. E olha que ele era com cada "pessoinha" mais mal parecida!!! Nada de muito promissor, nem de cintura para cima nem da cintura para baixo, em nenhum dos sexos. Mas tinham o factor "C" e encaixavam-se na categoria TMA (temos o mesmo apelido) ou TMATC (tenho mesmo apelido do teu conjugue).
Sorry InSenso mas... ao menos aqui em Tuga-land se queres vencer mesmo ele o melhor é casar parentes teus a torto e a direito com pessoal que esteja em lugares estratégicos.
É muito mais justo não é?
(piada de mau gosto)
...
S.

ah e tal disse...

Acho que nem tanto ao céu nem tanto à terra...
Acho que ainda queremos acreditar que a maioria ainda é escolhida como PCP independentemente de ser BCM ou TMA sendo que BQNP não entra em nenhum dos critérios de escolha de profissionais...
E mais, se não for PCP não dura muito ali...

ah e tal disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ah e tal disse...

Enganei-me em vez de PCP é PBP (potencial bom profissional)...com tantas abreviaturas perdi-me!!!