Estou sinceramente desiludido com o Alentejo. Esta minha irada generalização não tem, claramente, em conta as paisagens bonitas, a boa comida, o ambiente de calmaria permanente e a simpatia dos alentejanos. Aliás, esta minha irada generalização tem apenas um (e um só) fundamento. O meu paupérrimo sentido de bom senso.
Em passando a explicar…
Pois que me calhou a incumbência de ser enviado em trabalho para Beja por três dias. Com estadia em hotel de * * * (isto são três estrelas, literalmente), que, ainda assim, é um bom hotel, com águas correntes (lamentavelmente, os hotéis já não fazem publicidade disso) aquecidas, varanda do lado onde bate o sol ao fim da tarde, uma pequena garrafa de vinho branco de oferta e outras comodidades que, confesso, agrada(ra)m a este seu [dele, do hotel] cliente.
No entanto – há sempre um “mas” ou um “no entanto” –, algo deitou tudo a perder logo na hora em que – acho que (quase) todos fazemos isso – fui ver se algo “habitava” as gavetas das mesinhas de cabeceira e da cómoda. E a verdade é que o problema estava no que ali não “morava”, ao invés do contrário.
Qual não foi o meu espanto ao descobrir que, pela primeira vez desde que recorro à estadia num hotel (inclusivamente, há uns meses, na Dinamarca), o quarto não tinha uma Bíblia. Nem um Novo Testamento! Nada!
Bom… Na verdade… nada, nada… não é bem assim. A única publicação existente nas ditas gavetas era uma lista telefónica da PT (passe a publicidade), com a Maria João Bastos (em dose dupla) na capa.
Pronto… Por esse prisma, e pensando bem, afinal não estou assim tão desiludido com o Alentejo. Perde-se a sabedoria religiosa das Santas Escrituras mas ganha-se a inspiração pagã (mas boa) de uma bela imagem feminina que, em última instância, até deixa o incentivo a usar os números da lista para ligar indiscriminadamente até que uma agradável voz de fêmea aceite um convite para tomar café.
Mas – e há sempre um “mas” ou um “no entanto, recorde-se – não consigo deixar de pensar no que terá estado na decisão de não colocação de Bíblias nos quartos do Hotel Melius em Beja (passe a publicidade). Terá sido o preço? Não faço puto de ideia quanto custa uma Bíblia hoje em dia, mas para poupar, já muita gene compra só o Novo Testamento (assim com’assim, é a parte final da Bíblia – e no fim é que a malta sabe como as histórias se resolvem, certo? Terá sido por opção ateia do proprietário do hotel? É capaz… Ou terá sido por influência da Esquerda Comunista que (ainda) predomina por terras a Sul do Tejo? Dizem-me que a famosa frase de Odete Santos “O Alentejo ainda há-de ser nosso outra vez, camaradas!” é sinal de que as coisas já não são o que eram… mas o Comunismo é uma força política com longevidade e influência apreciáveis e é bem “gajo” para ter “sugerido” a proscrição compulsiva da Bíblia nos hotéis da região…
Em passando a explicar…
Pois que me calhou a incumbência de ser enviado em trabalho para Beja por três dias. Com estadia em hotel de * * * (isto são três estrelas, literalmente), que, ainda assim, é um bom hotel, com águas correntes (lamentavelmente, os hotéis já não fazem publicidade disso) aquecidas, varanda do lado onde bate o sol ao fim da tarde, uma pequena garrafa de vinho branco de oferta e outras comodidades que, confesso, agrada(ra)m a este seu [dele, do hotel] cliente.
No entanto – há sempre um “mas” ou um “no entanto” –, algo deitou tudo a perder logo na hora em que – acho que (quase) todos fazemos isso – fui ver se algo “habitava” as gavetas das mesinhas de cabeceira e da cómoda. E a verdade é que o problema estava no que ali não “morava”, ao invés do contrário.
Qual não foi o meu espanto ao descobrir que, pela primeira vez desde que recorro à estadia num hotel (inclusivamente, há uns meses, na Dinamarca), o quarto não tinha uma Bíblia. Nem um Novo Testamento! Nada!
Bom… Na verdade… nada, nada… não é bem assim. A única publicação existente nas ditas gavetas era uma lista telefónica da PT (passe a publicidade), com a Maria João Bastos (em dose dupla) na capa.
Pronto… Por esse prisma, e pensando bem, afinal não estou assim tão desiludido com o Alentejo. Perde-se a sabedoria religiosa das Santas Escrituras mas ganha-se a inspiração pagã (mas boa) de uma bela imagem feminina que, em última instância, até deixa o incentivo a usar os números da lista para ligar indiscriminadamente até que uma agradável voz de fêmea aceite um convite para tomar café.
Mas – e há sempre um “mas” ou um “no entanto, recorde-se – não consigo deixar de pensar no que terá estado na decisão de não colocação de Bíblias nos quartos do Hotel Melius em Beja (passe a publicidade). Terá sido o preço? Não faço puto de ideia quanto custa uma Bíblia hoje em dia, mas para poupar, já muita gene compra só o Novo Testamento (assim com’assim, é a parte final da Bíblia – e no fim é que a malta sabe como as histórias se resolvem, certo? Terá sido por opção ateia do proprietário do hotel? É capaz… Ou terá sido por influência da Esquerda Comunista que (ainda) predomina por terras a Sul do Tejo? Dizem-me que a famosa frase de Odete Santos “O Alentejo ainda há-de ser nosso outra vez, camaradas!” é sinal de que as coisas já não são o que eram… mas o Comunismo é uma força política com longevidade e influência apreciáveis e é bem “gajo” para ter “sugerido” a proscrição compulsiva da Bíblia nos hotéis da região…
0 inSensinho(s) assim...:
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