Oh! Como eu quero ser um chip!...

O InSenso anterior motivou uma série de opiniões, expressas não só em comentários directos ao post como em e-mail’s e SMS’s que me enviaram pessoalmente.

No meio destes últimos, surgiu uma mensagem estranha, vinda de uma amiga minha. No ecrã do “tele-portátil” aparecia o seguinte: «??». E mais nada.

Apressei-me, então, a enviar nova mensagem, perguntando à minha amiga que queria dizer com o misterioso «??». Antes que chegasse qualquer resposta, o telefone tocou. Era de novo essa minha amiga e atendi. Do outro lado, vários ruídos, sons do teclado e aquilo que aparentava ser (e refugio-me em termos técnicos para descrever a situação) uma salganhada de todo o tamanho. Voz humana… nem ouvi-la. Desliguei.

Cerca de uma hora mais tarde, chegou a explicação, também via SMS. A “conversa” foi a que agora transcrevo.

Amiga: «Sorry… Alguém se sentou em cima do meu telemóvel e pressionou as teclas. Bjs.»

Eu: «Alguém se sentou…?! E o telefone é um sortudo ou simplesmente azarado?»

Amiga: «Como o telefone é masculino… Foi sortudo :-) Foi uma colega minha e é bem gira ;-)»

A minha conclusão sobre o incidente foi óbvia. É nestas alturas que invejo os gadgets tecnológicos. Por muito feios que sejam, cada vez mais, atraem as atenções das gajas boas. Telemóveis… a gajas adoram-nos. GPS’s… as gajas cobiçam-nos. Até comandos de televisões, DVD e Ar Condicionado… quanto maiores e mais “XPTO” um gajo os tiver… mais as gajas gostam.

A tecnologia está em fase de alto sex-appeal. É… sexy, por imensamente estranho que isso pareça. Se, dantes, chips, circuitos electrónicos, bits e bytes eram coisas de geeks totós – e os geeks totós estavam para as gajas boas como o repelente para as melgas – agora, não. Os geeks são actualmente mais desejados pelas boazonas do que alguma vez o foram e os inventos que eles idealizam são cada vez mais vistos nas mãos das grandes modelos, actrizes, celebridades e, em geral, das gajas mais giras do mundo.

As capas das revistas Stuff e T3 estão aí que não me deixam mentir e qualquer passagem de olhos por uma banca de jornais comprova que os gadgets são agora mesmo mais sexy’s que, por exemplo, um bom par de óculos escuros RayBan, há muito símbolo de sex-appeal.

Começo a desejar ser um chip. Ou então um cabo USB. Até porque, não tarda, as conversas de engate vão tornar-se tecnologicamente fantásticas. Um exemplo?... Ora cá vai…

- Estou com uma quebra no sistema que só tu podes resolver…
- É…? Queres combinar alguma coisa para mais logo…?
- Podíamos ver um filminho no DVD-ROM, pelo menos…
- Boa ideia… E depois…? Uma musiquinha em MP3 no iPod, ao pé do quentinho da firewall…?
- Oh!… Sim!... Que romântico!...
- E… podíamos fazer um download das nossas roupas… Que tal…?
- Hmmmmm!... E depois um link… e… um upload…?
- Talvez… Se te portares mesmo bem…!
- Sabes… quero gravar coisas bonitas no teu Disco, para que fiques com uma inesquecível Memória RAM desta noite, querida!...
- Oh!… Sim!... Agitas-me os bits todos, ao falar assim!... Vou contar todos os nano-segundos até lá…!

O que a gente quer é gajas!* (este asterisco é importante)

O que a gente quer é gajas! Gajas pequenas com “grandes” corpos, maminhas rijas, rabos (vulgo, “pacotes”) bem delineados e carinhas larocas que nos façam cair de beicinho logo que as vemos. Ou então gajas grandes com corpinhos Danone, assim tipo modelo, mas sem as manias das manequins, porque não há nada pior que uma caramela que sabe que é boa, achar-se boa e ainda por cima armar-se em boa. Não há pachorra...

O que a gente quer é gajas! Gajas nem demasiado fáceis nem – valha-nos Deus! – demasiado difíceis. As primeiras não dão luta nenhuma e a “conquista” acaba por não ter sabor a coisa nenhuma. As outras são umas parvas; querem que um gajo ande ali… a “anhar”… a “anhar”… tempo imenso, quando fazia melhor figura, era a “investir” noutra ou noutras gajas que (se calhar, não sendo tão boas) dão mais bola à malta que lhes bate um coiro.

O que a gente quer é gajas! Gajas… e mamas e “pacotinhos” bem feitos. Mas isso a malta já disse… Curvas!!!… A malta curte curvas. Gajas e curvas e bocas carnudas… ou então lábios finos… mas com “personalidade” (que é sempre uma coisa gira de dizer, mesmo não se sabendo bem o que significa). E pés com pinta, já agora. Pezinhos jeitosos que nos levem a desenvolver um foot-fetish (até ali desconhecido). E orelhas com lóbulos com sensibilidade para a rapaziada mordiscar e isso fazer “efeito”. Gajas com um bocadinho de cócegas também são boas. E pescoços a cheirar bem – também é bem. E nada a cheirar mal…!

O que a gente quer é gajas! Gajas que vistam bem ou que vistam assim-assim… coisa que não esconda em demasia o corpo que têm. Gajas a vestir mal é que não, muito obrigado. Por exemplo, a rapaziada curte calças justas, quando isso realça a bunda bem feita com que as gajas nasceram ou que moldaram no ginásio, ali ao pé do trabalho. E curtimos também gajas que usem top´s; mesmo que isso signifique por vezes (consoante o tamanho/volume das mamas) que haja uma luta desigual em que o top sofra uma pesada derrota (aliás… a gente curte esses mesmo). À laia disto, a malta faz a devida vénia às gajas que, mesmo usando collant’s grossos, tenham a coragem de vestir uma saia curta em pleno Inverno, porque o frio é tanto que o rapazio poucas razões tem para sentir que o Inverno tem alguma coisa para compensar o facto de ficarmos com os tintim’s do tamanho de azeitoninhas (daquelas com caroço de pimentão vermelho)… Ver uma boa perna, mesmo que vestida de collant grosso… já compensa qualquer coisinha. Ajuda.

O que a gente quer é gajas! Gajas penteadinhas ou bem… despenteadas. Tanto faz… desde que a opção seja a que mais as favoreça… e a nós também. Ah!… e gajas que não se importem que a malta as despenteie quando a hora já não é propriamente de estarem todas arranjadas… se é que me entendem…!

O que a gente quer é gajas! Gajas que nos aturem quando estamos sensíveis (ou seja, quando estamos a atravessar uma fase mais gayzola) e que nos deixem em paz quando não estamos para as aturar a elas. Gajas que não nos obriguem a ver telenovelas, nem a visitar galerias de arte, nem a ir a concertos de cantores românticos (fora das nossas fases gay, claro – nessas alturas… pode ser). Gajas que não nos interrompam quando estamos a ver a bola na televisão e que, de vez em quando, até estejam disponíveis para ir ao estádio… porque só lhes fica bem.

O que a gente quer é gajas! Gajas que digam asneiras na cama… mas não muitas e não muito alto, porque ter os vizinhos a bater à porta só chateia, atrasa o processo todo e de certeza que estraga o clima, em última instância. Gajas que não tenham medo de experimentar coisas novas (e aqui deixo a definição do conceito à consideração de cada um… para não me chamarem tarado). E gajas que não nos chamem de panascas quando, num bar, não estamos propriamente para deixar o grupo de gajos que está nos copos connosco, só para ver no que dá a cantada delas (de vez em quando, a malta sai só para beber uns canecos mesmo… Entendam lá isso, de uma vez por todas, se fazem favor!).

No fundo… o que a gente quer é gajas! Porquê? Porque gostamos de gajas… e ponto final.




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* - InSenso politicamente incorrecto, declarada e exageradamente machista, de homenagem ao InSensato Vizinho, também proprietário do blog M18º, com o qual este burgo – acredite-se ou não – mantém uma parceria pictográfica.

"Sequim, sequim"... como o Dodot

A televisão por cabo é tramada, manhosa e furtiva. Nas horas mais insuspeitas, num zapping perfeitamente inocente, a TVCabo surpreende-nos com alguma coisa com que, inesperadamente, acabamos por ficar de boca aberta.

Esta madrugada, a rondar as 3 horas da matina, por exemplo. AXNDiscovery TurboCanal História (a essa hora pouca coisa há de jeito para ver, infelizmente)… Sailing Channel… Até que, de repente, num outro canal qualquer (sei lá eu qual… àquela hora!)… o Sequim D’Ouro! Esse “mega” mini-concurso internacional infantil da canção italiano!... Mítico!... ainda que em versão mítico-depressivo, entenda-se.

Quem diria que, por volta das 3 da manhã, houvesse uma reposição do Sequim D’Ouro para ver numa estação emissora de televisão que se quer – acredito – afirmar como credível? Mas, sim, havia mesmo.

E lá estavam os miúdos… (pseudo)cantando… Um pirralho na frente, vestido de marinheiro ou escuteiro; os outros – o coro – atrás, todos vestidinhos de uniforme “tipo colégio interno”, a cantar de olho arregalado e a dançar em pequenos pulinhos (perdão… pequenas mas enérgicas flexões dos joelhos, que não constituem bem pulos, mas parecem) e fazendo movimentos de vaivém com os ombros, ora para a direita, ora para a esquerda. As músicas, quase sempre iguais, sobre um simpático hipopótamo que sonhava saber cantar ou sobre uma cegonha distraída que não sabia o caminho de Paris até à casa onde havia de deixar o próximo bebé… Enfim… O mesmo de todos os anos.

No entanto, e ainda que não tenha por ali ficado muito tempo, antes de voltar a usar o comando, não pude deixar de me interrogar… duplamente.

Primeiro… isto de passar reposições do Sequim D’Ouro às 3 da madrugada… não será coisa para ser um “piscar de olho” a um nicho do mercado das audiências pouco explorado pelos canais generalistas? A saber… essa “imensa” mol de pervertidos que gostam de ver criancinhas em uniformes quando já o resto da malta está a dormir há muito. Esta questão perturbou-me e rapidamente passei a seguinte…

…que é esta: Quem será o fornecedor de Ecstasy para os miúdos daquele coro do Sequim D’Ouro?!? Da maneira como reviram os olhos e com aqueles movimentos “electrizados”… os miúdos não enganam. Estão “narsados” de todo, é o que é. Só lhes falta mesmo um par de óculos escuros… mas, assim com’assim, também não há luzes coloridas nem psicadélicas. Aquilo é tudo muito luz branca e pouco mais. Deve ser por isso que os putos não têm absoluta necessidade dos RayBan’s mas também acabam por sofrer um bocado com tamanha claridade, revirando os olhos cada vez que abrem a boca.

Estas e outras perguntas surgem inesperadamente. Tal como, de resto, o Sequim D’ouro aparece na TVCabo às 3 da matina. Completamente sem aviso e com tudo para nos deixar acordados por mais umas boas horas, pela comoção intelectual que tudo aquilo provoca.

Ainda “ouvi” os “sinos” às 4 da manhã. Mas por essa altura, noutro canal, já via a biografia de um rei qualquer medieval da Europa Central. Ao que fiquei a saber, também ele revirava os olhos desalmadamente. Mas a verdade é que os documentos históricos não comprovam esse facto e, dessa altura, também não há relatos de que o Ecstasy já tivesse sido inventado. Desconfio que o problema ocular do monarca talvez não fosse por causa disso, então.

O Público Certo

Tenho uma embaraçosa confissão a fazer. Assisti, de fio a pavio, a uma emissão do “Preço Certo”, na RTP. Eu sei… não é coisa que contribua grandemente para o meu saudável desenvolvimento intelectual, mas ainda assim, forcei-me a não usar o comando para “zappar” do “primeiro” canal para outro qualquer. Fiquei mesmo por ali, a ver no que dava o tão popular concurso apresentado por Fernando Mendes.

Ponto prévio: o que diz e faz o comediante e o que anuncia o senhor da voz-off durante a hora que dura o programa, sinceramente, não me interessa. E não me interessou hoje também. A minha atenção estava direccionada para a plateia.

Neste particular, impressionou-me sobremaneira a forma entusiasta como os espectadores, in loco, participam no incentivo aos concorrentes. Muitos berros, muitas palmas, olhos arregalados, gestos frenéticos… Em suma, um barulho tremendo num espectáculo que acaba por ser muito estranho.

Eu achei aquilo tudo muito parvo. Porquê? Porque não consegui perceber a motivação com que essa malta fica tão extasiada no apoio a todos aqueles que… estão ali para ganhar qualquer coisinha e, que bem vistas as coisas, não vão partilhar nadinha com o público. Ou seja, essa rapaziada vai (em autocarros, muitas vezes), grita, esperneia, manda-se ao ar, dá palpites… mas não ganha nada com isso. Os tipos e tipas que eles vão apoiar… vão ficar com o prémiozinho e não vão dar nada a ninguém. Se dessem, tinham de dividir por, pelo menos, umas dez pessoas que foram, lá da terrinha, e isso não dava praticamente nada para cada um. E se os que não foram com eles, mas sim com outro(s) concorrente(s), só berram para destabilizar… isso está simplesmente mal.

Já os outros, aqueles que não vão com concorrente nenhum e são contratados por uma empresa de figurantes… pronto. Esses têm desculpa para aplaudir e tal, mas para apoiar… não vejo o que os move. Além daqueles contos de reis da figuração, não levam mais nada para casa. Admira-me que ainda haja tanta gente a fazer tanto barulho no “Preço Certo”.

No entanto, curiosamente, a RTP – vê-se – é um canal com uma certa atenção aos pormenores. Digo isto porque o canal estatal também deve ter-se apercebido que é parvo aquilo da malta aos berros no “Preço Certo”, enganada a pensar que lhe vai calhar “algum”. Logo, entende-se porque é que, no mesmo dia (aliás, todos os dias), também haja um concurso onde toda a plateia (que não estrilha nem esperneia – muito positivo!) é interessada no prémio e tenta ganhar aquilo, cada um de per si. É assim no “Um Contra Todos”, não é? Mas há mais. Também de segunda a sexta, a RTP exibe ainda outro concurso, o “Lingo”. Aí, a coisa é simplificada, diria eu, ao extremo. Não há lá público a fazer barulho, nem para, nem por causa de ninguém. Também não há malta enganada a apoiar quem não vai dar guito nenhum a ninguém, tal como não há gente a mais, ávida, à cata de um prémio só.

Ou seja, a RTP é um canal com olho para estas coisas. Há de tudo um pouco, assim à laia de haver um bocadinho para todos os gostos. Talvez seja por isso que é um canal de Serviço Público – há que agradar a “gregos e troianos”:

Agora espere aí um bocadinho, caro InSensato Leitor, que vou ali esterilizar o meu cérebro, mergulhando-o uns minutinhos em álcool etílico, por causa de ter passado uma hora a ver o “Preço Certo”. É que não há Aspirina que debele a dor de cabeça que resulta deste meu acto de pura… e parva coragem.

United Colors of Piss

Este blog, mesmo que imbecil, tem potencial económico, claramente com espaço para o bom marketing e – acima de tudo – para ideias luminosas de produtos de merchandising. Esta certeza advém de um comentário aqui feito por um leitor: «Quando é que disponibilizas o calendário InSensato, e te deixas de conversas hã?... Isso é que era!». Ora, se o calendário (que ainda ninguém – nem eu – percebeu onde está à venda) tem sucesso, há outros produtos que também podem safar-se.

Nesse particular, há uns dias que ando a incubar um conceito que acredito ser absolutamente vencedor. Digamos apenas que se trata do “cruzamento” de outros dois conceitos (já) vencedores, o que só pode predizer o sucesso deste novo produto (tão novo que é um produto que ainda nem sequer foi produzido).

A saber… o primeiro conceito inspirador é o das lentes de contacto descartáveis, decoradas com motivos Pop Art. O segundo… é o dos pequenos blocos de detergente que põem a água da sanita azul ou verde. Ainda que não aparentando grande ligação, há quem ache (leia-se, eu) que da fusão destas duas ideias pode sair um produto com grande potencial.

Apresento, então, em rigorosa estreia mundial (e interplanetária também) o próximo conceito vencedor com a chancela “InSenso Comum”: o
UrinCOLOR, Corante de Urina, para que mijar (em várias cores) seja divertido.

Urinar vai deixar de ser uma mera necessidade fisiológica. Os dias de micto banal, enfadonho, aborrecido… já eram! O futuro está aí já ao virar da esquina e urinar está a um pequeno passo de deixar de ser um acto rotineiro, solitário, envolto em vergonha, escondido em pequenos compartimentos de casa de banho, para passar a ser uma festa comunitária e divertida!

A minha ideia é criar uma forma simples de cada pessoa poder escolher, todos os dias, de que cor será a sua urina. Com as excepções do dourado transparente (por estar já muito batido) e do vermelho (para não criar confusões), o leque de tonalidades à disposição dos potenciais interessados seria o mais vasto possível, com destaque (porque é da moda) para os tons choque, fluorescentes e, por que não, até o preto, para os clientes “góticos”, por exemplo.

Eu falo por mim. O mínimo que eu faria com esta inovação era divertir-me a colorir a água da sanita todos os dias com uma cor diferente. Mas isto era o mínimo…! Escolheria a cor da minha urina consoante a minha disposição, antes de tudo mais. Da mesma forma que alguém faz uma tatuagem, a cor do micto podia ser uma espécie de assinatura pessoal de cada indivíduo. E, num dia de bebedeira, a chamada mijadela ao relento tornar-se-ia numa verdadeira festa, com todos os membros do grupo de amigos (embriagados, entenda-se) a partilharem em grande folia as cores garridas do micto, potenciado pelo consumo de cerveja e outros líquidos de teor alcoólico. No caso masculino, os clássicos concursos de Mijo em Comprimento seriam bem mais divertidos, para além de muito mais facilmente acompanhados pelos espectadores (as diferentes cores identificariam os concorrentes). Já no feminino, tudo não seria mais do que uma espécie de questão fashion, querendo sempre uma ter a cor mais na moda do que a próxima. As mulheres são assim.

Não vejo como pode este conceito não ser vencedor. Se alguma dúvida persistir, lanço ainda mais alguns dados. O produto, propriamente dito, apresentar-se-ia sob a forma de uma bebida (obviamente, com sabor agradável), de um pequeno comprimido (inócuo, excepto – claro – na interacção com a cor da urina) ou de uma pastilha elástica (que, inclusivamente, distrai). E mais. Por que não alterar também o odor do vil líquido? Aí, sim, mijar seria mesmo uma grande farra… e os recantos mais escondidos das nossas ruas agradeciam; ficavam mais bonitos e bem cheirosos.

Bom… está visto. Vou vender esta ideia à Benetton, que tanto alarido faz à volta das cores… e que também já se lançou no mundo das fragrâncias. Talvez haja aqui um patrocinador de peso para este conceito vencedor.

Correr faz doer as gengivas

Esta manhã decidi tentar pôr em prática uma das minhas poucas resoluções de Ano Novo (abater gramas e centímetros na minha já algo proeminente barriga) e saí de casa para ir correr um bocado. Os entendidos dizem que não se deve chamar “corrida” a este tipo de exercício, mas sim footing. Mas isso agora não importa. Chamemos-lhe corrida.

Como não fazia corrida há muito tempo, a coisa durou pouco, porque a resistência é actualmente quase nula.

Regressado a casa, rapidamente cheguei a uma conclusão: correr faz doer as gengivas. É um facto (ainda que esteja em crer a Ciência não se tenha apercebido disso, pelo menos até hoje). Mesmo antes de entrar em casa, já eu sentia esse agudo de dor que me provocou em mim um certo esgar de sofrimento que, ainda bem, só o gato viu… e ele não pode descrever. Menos mal.

No entanto – não tardou – a dor gengival alastrou para o resto da cara. Não foi bom nem bonito. Diria mesmo que foi… mau e feio. Embora não tenha visto (não estava com pachorra para ir até ao espelho), creio ter feito várias caretas menos graciosas resultantes desta incómoda (ainda que apenas temporária) maleita. Mas como não vi e ninguém mais viu, isso não está confirmado como tendo realmente acontecido.

O que aconteceu mesmo (mesmo, mesmo!...) foi o raio a dor ter estendido o seu “raio de acção” aos ouvidos, o que foi uma verdadeira chatice. E, logo depois (também já não faltava muito) ao resto da cabeça.

Ora, com a dor de cabeça devidamente (e, ao que percebi, confortavelmente) instalada acima do meu pescoço, senti também que a dor gengival me provocou uma certa fraqueza pulmonar, porque um gajo com dores nas gengivas, a bem dizer, não consegue respirar como quando não tem dores nas gengivas. Se tem dúvidas, InSensato Leitor, tente ter dores nas gengivas (talvez correndo um bocado… a dor talvez lhe surja) e veja se não lhe é mais difícil inspirar e expirar… Ainda assim, isso de uma certa dificuldade em respirar não é nada de muito grave, que uns minutos de descanso não resolvam, certo? Errado. Com a respiração dificultada, todo o corpo se vai abaixo e as pernas – raios partam! – ficam bambas, o que não dá jeitinho nenhum quando o que mais se quer (para além de voltara respirar decentemente) é tomar um duche.

Em suma, correr faz doer as gengivas e um gajo ainda por cima não pode tomar banho.

Há que reconhecer que isto não é um bom “cartão de visita” para uma actividade física que se quer saudável e na qual confiamos para nos ajudar a perder peso. “No pain, no gain”, costuma dizer-se. Mas, se calhar, não era preciso exagerar
. E a Ciência, se soubesse disto, já podia ter arranjado maneira de o prevenir ou remediar.


Está à procura de quê mesmo?

Ao fim de muito tempo sem o fazer, voltei a usar o serviço de estatísticas “FreeStats” aqui do blog. Para além de saber mais ou menos a quantas ando em questão de visitas diárias, semanais e mensais ao burgo, consigo perceber qual a página de onde vêm os InSensatos Leitores dos escritos que aqui deixo. E, neste particular, tenho de confessar que o que mais me fascina são as pesquisas que os cibernautas fazem no Google, no Sapo ou no Blogger Search e que acabam por resultar em visitas a este imbecil cantinho azul na Internet. Comecemos então pela mais básica das buscas, Insenso, porque há pessoas que pensam que “Incenso” (de cheiro) se escreve com “s”… e vêm cá ter que é um mimo.

Depois, há aqueles que fazem pesquisa por coisas de que já aqui falei… só que, se calhar… não da forma séria que pensavam ver abordadas, como Economia para 2007, Paragem Digestiva, Coro de Santo Amaro de Oeiras (os tais meus “vizinhos” que nunca vi na rua) e mais umas quantas.

Pelos vistos, sou “grande” no domínio da bricolage, electrodomésticos (mas só de brincadeira) e truques caseiros, porque já me visitou malta que procurou por Utensílios para Lareira, Bricolage Mesa Original, Como tirar Cheiros de Guardanapos, Electrodomésticos de Brincar Miele… mas veio aqui parar. Imagino a desilusão deles…!

O oculto também rende visitas – certamente inesperadas – ao InSenso Comum. O que é giro, porque eu não acredito nada nessas coisas. Ou seja, devo ter uma data de inimigos entre os que buscam consolo e orientação junto do Grande Especialista Médium Vidente Professor Bambo (este senhor devia pagar-me a publicidade que lhe faço!...), perguntam como Desfazer Amarrações, Porque a Umbanda faz Cortes na Cabeça do Médium (?!) ou Como nos Livramos do Mau Olhado. Esta gente deve ter-me um “pó”…!

Depois… o sexo! Sempre o sexo! Esse grande best-seller, ou, neste caso, best-clicker de acesso aqui ao blog. Linhas Eróticas é uma busca estranhamente recorrente no que toca a malta que aqui vem ter. Mas há mais… e mais estranhas. Boxers Magníficos, Miúdas em Bikini, Bonecas Vivas (?!), Nomes de “Meninas” (que é que isto quer dizer?!?) e Portugal Escorts Raparigas Europa de Leste (Uau!!).

E já que falamos de “negócio”, só mudamos é de ramo. Há gente que aqui vem ler textos parvos, ainda que tenha procurado orientação financeira no Google (que é o que todo aquele que quer ser milionário devia fazer, claramente). Há então quem busque por Nomes de Bares (certamente, para não incorrer em infracção da Lei do Direito de Autor – bem pensado) e quem pergunte se Abrir um MiniPreço é Bom Negócio. Eu não sou consultor, mas se me é permitida a opinião… Sim. Acho que é um bom negócio.

No dia 31 de Dezembro, por exemplo, dezenas de pessoas procuraram pela receita de Gambas à Guilho. Se lhes tiver corrido tão bem quanto a mim me corre sempre que tento fazer… talvez tenham feito figas para ter uns pedaços de leitão ali à mão para garantir o jantar. Também na quadra de festas, muitos pesquisaram por Frases Lindas para dizer e acabaram aqui. Ora… frases lindas não sei… mas se alguém optou por frases aqui já escritas nestes dois anos… Boa Sorte. Não lhe auguro grande coisa no futuro.

Por fim , um medley. Mas não um medley qualquer, assim à maneira dos Mix’s de Fim-de-Ano que têm sempre os Gipsy Kings e o Charlie Brown. Não. Um medley das mais estranhas buscas que resultam em visitas aqui ao InSenso Comum. Aqui vai…

- Guia para a Figa da Linha dos Macacos (hãã!?)
- Rouba-se a Visão do Mar
- Passo a Passo Continhas de Divisão (sim… este blog é muito pedagógico)
- Restaurador Olex Mercearia (essa malta do Olex também devia pagar publicidade)
- Peixe Esbranquiçado Morto Aquário (quê?!)
-
Vídeos Cegonhas em Desenho Animado
- Criança Vestidos Cerimónia (Mau!!!)
- Imagens de Miúdos nos Hospitais (MAU!!! Nem vou comentar…)
- Pastilha Gorila (mais publicidade)
- Calimero (boneco parvo…)
- Figuras de Almoços tipo Garfo e Facas (atenção à palavrinha “tipo” ali… a ajudar)
- Baton Labello Cereja (busca de gay, certinho e direitinho)
- Imagem Sabão em Pedaços (?!)
- Couto Pasta Dentrifica (sim… há erro em “Dentífrica”; e ando mesmo a perder guito…)
- Testemunho de uma Pessoa Sobredotada (querem o meu?...)
- Serenela Andrade bi (dúvida: B.I. ou BIssexual…?)
- Origem da Palavra Abacadabra
- Teleporte das Formigas (este caramelo deve ser do meu “clube”)
- Como foi a Passagem do Senso Comum para o Bom Senso

Tinha de terminar com esta, para poder dizer-lhe, meu amigo… nunca é de mais lembrar que aqui… Senso Comum é visto como a maior parvoíce de todos os tempos e que Bom Senso… é coisa que não existe. Por isso, veio obviamente ter ao sítio errado.

Full Frontal Nudity

Nos Estados Unidos – o… alegado "País da Liberdade" e coiso e tal – está instalada a maior (de longe a maior) indústria de pornografia de todo o mundo (perdão… Indústria de Entretenimento para Adultos, manda dizer o “politicamente correcto”). Nem a Tailândia (onde há Turismo Sexual com fartura), nem o Japão (onde se lêem revistas porno à vontadinha nas carruagens do Metro de Tóquio), nem na Índia (a terra do Kamasutra)… a pornografia tem tantos trabalhadores e tantos fãs como na América.

No entanto, curiosamente, é também o “Tio Sam” quem mais critica a “indústria”, com um moralismo tal que até enjoa. Se não, vejamos. Em Hollywood, nicho de terra em que tudo se consegue com uma boa dose de… “boa-vontade” e disponibilidade para fazer o que for… necessário para garantir um papel num qualquer filme (mesmo que não tenha falas nenhumas), muitos actores e actrizes desdobram-se em minutas e contra-minutas de contratos para evitar aquilo a que, ultimamente, se chama de “Full Frontal Nudity” (vulgo, aparecer em pelota).

Estranho… não terá sido assim que chegaram a Hollywood…? Como terá sido aquele primeiro casting para um filminho independente de uns recém-formados estudantes de cinema, sem argumento escrito até ao final e sem certezas sequer de receber cachet pela participação no papel de Enfermeira #2, cujo ponto alto (aliás, ÚNICA aparição) era uma cena de sexo ardente e esbaforido com um médico numa marquesa das Urgências, interrompida bruscamente por uma maca com um tipo a sangrar por todos os lados, escancarando violentamente a porta da sala de suturas usada para a cópula?... Peço desculpa… entusiasmei-me…

Agora, não. “Full Frontal” é que não! Só “Partial Nudity”!... Quer dizer… Talvez…! “Partial Nudity” quer dizer, para os homens, mostrar o traseiro e, para as mulheres, o traseiro e/ou, digamos, a zona peitoral. E repito… TALVEZ mostrar. Porque nesse vai-não-vai-e-vem-e-vai-de-novo de contratos entre advogados e empresários, actores e empresas de produção, ainda se vai esgrimindo argumentos quanto à utilização de duplos (com rabos mais firmes e peitos mais volumosos do que os dos verdadeiros protagonistas da película) para aparecerem na tela nas cenas mais ousadas.

Está visto que a expressão “dar o corpo ao manifesto” não se aplica, portanto, a todas as profissões, ou melhor, a todos os locais de trabalho deste mundo.

O giro é que, enquanto na indústria cinematográfica (dita comercial) americana se fala disso nos gabinetes dos grandes estúdios, (ainda que outra forma) também nas ruas e nas casas suburbanas de famílias que veneram deuses com regras muito baseadas em bons costumes de contornos muito… americanizados (o que leva a crer que os deuses deles só devem ter 200 anos, como próprio país – são deuses jovens…) o “Full Frontal” e até o “Partial” são duramente criticados, por surgirem amiúde nas TV’s e nos placard’s publicitários.

Gostava de saber que diria Ron Jeremy (o maior actor pornográfico de todos os tempos – embora ninguém perceba bem por quê..!), americano de gema, acerca desta coisa de limitações quanto à “nudity” a mostrar nos pequenos e grandes ecrãs. É que, Jeremy é, sem grandes dúvidas, o gajo que mais “nudity” ofereceu aos olhos do povo americano e quiçá à população de todo o Planeta Terra. Para ser sincero, nem sei mesmo se ele entenderá o que quer dizer “Partial Nudity”…ele foi sempre mais de “Full”… frontal, traseiro, de pé, deitado, a fazer o pino e por aí além.

Talvez com um pouco de esforço e uma boa pesquisa na Internet eu lá chegue; e, caso consiga conhecer a posição (a posição moral, não física – essas posições de Ron Jeremy não estão particularmente no alcance da minha busca), aqui a trarei, para que este InSenso fique realmente completo.

Ainda na temática do furgão...

O InSenso anterior a este fez-me lembrar que, infelizmente, nem só as míticas Ford Transit são afectadas por esse flagelo das bandeirinhas do Benfica nos vidros que deveriam estar tapado logo de origem nas carrinhas e furgões de Portugal.

Aliás, fosse esse o maior flagelo visto nas nossas estradas… andávamos nós meio abananados… mas SÓ meio abananados e não toldadinhos de todo, como andamos sempre, apontando em todas as situações o dedo acusador à crise económica que o país atravessa. Mas estamos errados.

Pior do que a crise económica e que o bandeirame lampião na Ford Transit é haver também Toyota’s Hiace e Bedford’s Seta a circular por aí.

São autênticas nódoas do tráfego automóvel, essas carrinhas hediondas, que mais não são do que pobres desculpas para viaturas com quatro rodas e motor, no mundo dos veículos automóveis, certamente envergonhados de terem esses dois lamentáveis exemplares como colegas. Ah… As Hiace’s, as Seta’s… e os Daewoo’s Matiz – claro – cuja única safa é não ser carrinha e ser tão pequeno que raramente tem espaço sequer para ter um cachecol ou bandeira do Benfica em exposição no vidro traseiro.


Temos pena… mas pouca.

Volto às Toyota e às Bedford para perguntar que raio tinham na cabeça os donos dessas marcas ao contratar desenhadores de latas de conserva para os seus quadros e, consequentemente, para a indústria automóvel. Estariam à espera de diferente resultado que não a criação de meras latas de conserva, só que de dimensões bem mais consideráveis? Enfim…

É que, para “trás”, já haviam ficado os bons exemplos da mítica primeira Transit (muito british, com curvas giras e tal)… e a giríssima Wolkswagen dos anos 60, essa sim, um orgulho de uma geração! Depois veio… aquilo, por amor de Deus!...

Durante anos e anos (que infelizmente, ainda perduram), magotes de gente foram enfiados em carrinhas Toyota Hiace e Bedford Seta. Inúmeras equipas de futebol (inteiras!... com titulares, suplentes, equipa técnica… e condutor), de andebol, de basquetebol, de atletismo (era o meu caso) – e sei lá mais que desportos – foram transportadas nesses furgões, dividindo o espaço com sacos cheios de roupa, sapatilhas fedorentas, chuteiras cheias de terra, bolas e sandes mistas, que se faziam acompanhar devidamente por pacotes de sumo de laranja de marca duvidosa (desde que os Capri-Sonne começaram a ficar mais caros).

Muitos milhares de quilómetros continuam ainda a ser feitos por ainda mais milhares de crianças, jovens, adultos e velhotes “enlatados” e evidentemente embaraçados por serem vistos na via pública em viaturas tão horrendas. É lamentável.

Dir-me-á o InSensato Leitor que há mais carrinhas da mesma gama, com características iguais. Eu respondo, caro InSensato que… QUASE concordo. Mas não concordo totalmente. A Hyundai lançou a H1 e a Mitsubishi a L400, por exemplo; que não sendo muito melhores, sempre debelaram algumas das gritantes deficiências da Toyota Hiace e da Bedford Seta. Toda a gente sabe isso. E com a mera existência de veículos equiparados como são as Mercedes Vito, a Wolkswagen Transporter, a Renault Traffic e a Ford Transit (estas últimas que evoluíram claramente nos últimos anos)… essas débeis latas ambulantes simplesmente já não deveriam fazer parte do parque automóvel deste mundo.

Mas fazem… ainda para mais, algumas com bandeiras do “Gliorioso” no vidro traseiro. Aí, sim, está mesmo tudo estragado.


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UPDATE (15 de Janeiro de 2007)

Lamentavelmente, a minha cabeça InSensata e ôca olvidou-se da inesquecível Nissan Vanette. Esse mito ambulante do asfalto, desde a Ásia até à Europa, mas com grande proeminência no continente africano, servindo de autocarro (vulgo, machibombo) e até de veículo de guerra, onde se fazem transportar guerrilheiros civis em direcção aos palácios presidenciais de inúmeras nações em estado de sítio (pelo menos, é isso que vejo nas notícias da televisão). Pela negligente não-referência à Nissan Vanette... peço desculpa.

A Questão Fundamental (para 2007)

Os jornais insistem em dizer que 2007 vai ser um ano de discussão em torno de grandes temas. Assuntos de vital importância para a Nação, como a Economia, a Interrupção Voluntária da Gravidez e assim. No entanto, eu não estou nada convencido disso e o que me preocupa realmente é que não vejo nenhum jornal dizer que está na altura de debater a mais fundamental de todas as temáticas, que há muito já merece ser abordada e que só por grosseira negligência nunca foi sequer aflorada nem posta à consideração do povo português.

O que fazer em relação à bandeirinha do Benfica que os chamados “Portugas” colocam nos vidros dos furgões que se passeiam pelas estradas do nosso país?

São às centenas (ou… que caraças!... mais vale ser realista… são AOS MILHARES) as bandeiras do “Glorioso” que tapam o vidro traseiro (e por vezes, também os vidros laterais) de outras tantas Ford’s Transit que circulam pelas estradas de Portugal, de Norte a Sul, não são? Devem ser. Porque não há como escapar delas. Em qualquer viagem (curta ou longa) que se faça, mais quilómetro menos quilómetro, ela há-de aparecer, de tecido estampado a vermelho e letras brancas, “colorindo” o incolor vidro do veículo de cargas, tapando a vista para o interior e, no mínimo, incitando a curiosidade do pobre condutor que a segue acerca da “mercadoria” transportada; se é que é mesmo “alguma coisa” – e não “alguém” – que lá vai dentro.

Pessoalmente, acho mal que seja essa a realidade vigente. Bandeirinha do Benfica… parece-me mal. Não porque é do Benfica nem mesmo porque tapa a visão para o interior do furgão (muito embora fique sempre a tal pontinha de curiosidade).

Simplesmente, nunca entendi… se essa rapaziada tudo faz para tapar os vidros das carrinhas, por que é que não comprou viaturas sem vidros?... E, já agora, por outro lado, se o tapume do vidro é MESMO necessário… por quê a bandeira do clube dos “seis milhões e meio” e não outra coisa?...

A verdade é que, há uns tempos, esta mesma questão era coisa mais bem resolvida, claramente com mais nível, com mais classe… No fundo, e para abreviar… com mais poster’s de gajas nuas.

Recorrendo aos calendários de oficinas automóveis ou de lojas de ferragens, os “Portugas” espalhavam pelas nossas estradas imagens de delicada sensualidade, de graciosa volúpia e de suavemente molhadas T-Shirts que, revelando o “fruto proibido”, davam novo sentido à expressão “muitas curvas na estrada”. Agora não. Bandeira do Benfica. E, nas melhores das hipóteses, bandeira dos Rolling Stones, Xutos e Pontapés ou então de Portugal, mas isso é mesmo muito raro.

Pergunto: não será tempo já de fazer regressar às nossas estradas a mítica Samantha Fox? E a Cicciolina?... e a Sónia Braga?!... Não?! Será mesmo melhor ter de levar com o bandeirame lampião em vez de juntar ao prazer condução o prazer de admirar as boas… curvas femininas?

Se está a pensar na escolha da posição a tomar em relação à questão anterior, deixo-lhe o meu exemplo, só porque pode ajudar. Bandeira do Benfica a tapar o vidro da Ford Transit que segue à minha frente… faz com que eu ultrapasse imediatamente a carrinha, entrando em excesso de velocidade e, consequentemente, em condução perigosa. Já Samantha Fox tentando – com evidente dificuldade – manter o peito dentro de uma blusa justa… e eu mantenho-me atrás da carrinha, cumprindo todos os limites de velocidade; ou seja, sou um condutor bem comportado. Agora diga lá o que é que acha melhor, InSensato Leitor.

Fica por saber, portanto, por que raio os jornais insistem em não falar disto.