procura-se


Há um mistério que está a tomar conta do meu lar, doce lar. A expressão "lar, doce lar" era escusada, aqui, bem sei. Mas como nunca a havia usado por estas bandas (e porque estou farto de pesquisas por gajas de rabo grande que aqui vêm dar), decidi fazê-lo hoje, para começar a surgir por cá gente com mente mais "limpa" e no Google digite, então, "lar, doce lar". A todos esses novos leitores, Boas Vindas!

Dizia eu que há um mistério novo do "1º andar a contar do céu" onde vivo actualmente. No início da semana passada, pegámos num filme em DVD e passámos uma calma noite de cinema (sem pipoca, infelizmente) em casa. Desde então, o comando remoto do leitor não mais foi visto e está, ainda hoje, em paradeiro desconhecido.

A família (a nossa, já que não conhecemos a dele) está preocupada, sem saber qualquer novidade: onde estará, como estará, se estará a alimentar-se convenientemente ou se está com pilha fraca, se ainda se mantém lúcido ou se - esperemos sinceramente que não - já perdeu a orientação e se mostra incapaz de orientar qualquer outro aparelho. Isso é, no fundo, o que mais nos preocupa. Não por nós, num sentido de que nesse caso ela já não nos pode servir, não. Por ele, porque caso não consiga controlar-se a si ou a outros... que outro objectivo terá na vida? Qual será o sentido da vida dele?

Repito: esperamos que não. Ser-nos-ia doloroso saber que ficaria votado a uma existência nula, em estado comatoso, sem vida nas teclas, ligado a duas pilhas carregadas que, ainda assim, seriam impotentes para lhe dar energia. Isto e, mais tarde, a ser substituído por algum mais novo, ... Universal, como se intitulam esses que, descurando uma especialização e sem qualquer brio profissional, acedem a fazer tudo, mesmo que mal. Eu bem sei o que passo com esses "universais", que prometem mundos e fundos, a troco de pouco dinheiro, no MediaMarkt ou na Rádio Popular. Servem para a TV mas não mudam o canal, só aumentam e diminuem o som, orientam o Vídeo mas só quando lhes apetece e o DVD só em noites de lua cheia, e entre Março e Maio. Esses, amontoam-se na gaveta dos detritos electrónicos lá de casa. Avariam-se em dois, três meses, se não menos.

Custava-nos ver ao nosso comando do DVD acontecer o mesmo. Por isso queremos encontrá-lo rapidamente, para sabê-lo bem, para o tratarmos se preciso for, para lhe darmos o futuro que merece e não nos vermos forçados a trocá-lo por um mercenário qualquer que não permita a troca das legendas a meio do filme, o uso do slow motion ou até da função zoom. Estamos fartos de chicos-espertos, preguiçosos e caprichosos. Não queremos mais!

Como já deve ter percebido, estamos em ânsia por encontrar o nosso controlo remoto do DVD. Já procurámos em todo o lado: no sofá, entre as almofadas, em toda a sala, em toda a casa...

Queremo-lo de volta! Infelizmente, não temos uma foto dele (culpa nossa! uma relação assim, como a que temos, merecia um registo para a posteridade...). É parecido (não igual, mas parecido) com este outro, de traços semelhantes.


Caso o veja por aí, por favor, diga-lhe que estamos preocupados e que o esperamos em casa, no sítio dele, o poufe quadrado que está à frente da televisão da sala. Obrigado.

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Apareceu!!! Ao fim da tarde. Não muito longe do sítio onde normalmente está. Visivelmente desorientado. Perdido. Mas bem. Foi acolhido com o carinho que merece e já estamos a ver se está com algum problema. Aparentemente, não; mas pelo sim pelo não esta noite ninguém viu filmes em DVD, para que o moço tenha hipótese de descansar. Estamos felizes de o ter de volta.

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