n'américa...


...chegou ao fim o suspense. Barack Obama é o novo homem mais poderoso do mundo, sucedendo a Dick Cheney.




se não acompanhou o processo eleitoral
americano ou não tem interesse
- what so ever -
em relação a politico-americanices...
foi bom receber a sua visita; até à próxima


Como quase todo o resto do mundo, estou satisfeito e esperançado de que esta mudança na Casa Branca resulte em algo de positivo. Quando digo «eu e o resto do mundo» não incluo, claro, os "estados vermelhos" que votaram maioritariamente no John McCain (tipo o Oklahoma e o Mississipi, que - apesar de serem intitulados de "estados vermelhos" por causa da cor do Partido Republicano - são, na verdade, mais brancos que o branco)... e a FOX News.

De entre quem está esperançado numa verdadeira mudança (além de mim, claro) está a comunidade afro-americana, obviamente. Acima de tudo porque está visto que já era tempo de a Casa Branca deixar de ser tão branca. Adivinho que em breve, se muito tempo depois da tomada de posse nada mudar, as manifestações estarão garantidas à porta da residência oficial do presidente americano... pela simples razão de que Obama não terá decretado a pintura da Casa Branca em tons mais... "afro". Nesse sentido, parecia-me justo, no mínimo, pintar as paredes exteriores em tons garridos ou com um padrão leopardo, honrando as origens quenianas do novo presidente. Segue o exemplo:


Tanbém é possível que todos os funcionários públicos passem a ser obrigados a usar cabelo em carapinha ou rastas - embora isso possa só ser matéria legislativa para um eventual segundo mandato.

Mas há quem esteja "assim-assim" com este resultado. Os comediantes americanos (quase todos apoiantes de Obama) estão agora preocupados com o facto de John McCain (quase sempre o "alvo" preferido das suas piadas no último ano) sair de cena. Jon Stewart, Stephen Colbert, Jay Leno, David Letterman, Conan O'Brien, Craig Ferguson, Jimmy Kimmel e, especialmente, todo o elenco do Saturday Night Live são só alguns dos humoristas que vêem com um misto de felicidade e tristeza a eleição de Obama. Agora restar-lhes-á fazer as "exéquias" a W.Bush e Cheney e homenagear o fairplay de McCain nos últimos anos. Depois disso, talvez só Sarah Palin (qual Santana Lopes) continue "por aí"* e mereça umas piadolas dos stand-up comedians e dos late show hosts, mas isso não é garantido. Quanto a Barack Obama, por ser tão certinho, vai ser realmente complicado arranjar matéria para a comédia diária. Sim, pode dizer-se que Bush ainda não deixou a Casa Branca mas já deixa saudades em toda a gente que escreve humor na América.


* Sarah Palin... Ah... Sarah Palin... O mais inolvidável, divertido e estranhamente sexy erro de casting que ninguém imaginaria possível numa eleição americana (sobretudo, depois de ter sido possível eleger... George W. Bush... duas vezes seguidas!). Estou curioso de como ela se comportará no futuro mais ou menos imediato. Obama surgiu aos olhos do mundo há quatro anos, na convenção democrata que deu a nomeação presidencial a John Kerry e, desde então, não mais deixou de aparecer na televisão, criando em torno de si esta opinião de que é mesmo um tipo fantástico - que lhe valeu a eleição para presidente - e McCain foi sempre um dos habitués nas entrevistas de late night - de que já falei. Palin parece-me "matéria-prima" para algo muito semelhante. Pode dizer-se o que se quiser acerca da burrice e tacanhez da senhora, mas não deixa de ser algo... adorável. Cheira-me que não vai desaparecer de todo e que vai começar a preparar-se para daqui a quatro anos se candidatar (e perder, quase de certeza) e também daqui a oito para ganhar (sem que por essa altura se possa alegar - como agora - que não tem experiência). Por um lado, tudo o que ela defende me assusta mas, por outro, será interessante ver se este processo de "estágio" se repete de facto com Palin e, já agora, quero muito continuar a ver a Tina Fey imitar a Sarah Palin. Tina Fey... Ah... Tina Fey...

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