A minha Terra-NATAL é fixe!!!

De vez em quando vou ao GOOGLE e digito o nome da pequena cidade alemã que me viu nascer. Hoje... surpresa das surpresas! No site oficial do município de Rheine, os cibernautas são recebidos por um Pai Natal numa foto comprometedora, identificado e encarcerado pela Polícia [vide foto neste link].

Por momentos fiquei estupefacto. «Coitado do Pai Natal! Que será que ele fez?!? Cá para mim foi tramado por alguém, acusado de invasão de propriedade (com entradas criminosas pelas chaminés das habitações) com vista a tirar satisfação pessoal ao agradar às criancinhas… e agora vai directo para o DIAP ou para o TIC, depois para a prisão e sem ter direito a passar pela casa da Partida!... Desgraçado...!»

Depois lembrei-me de que o Pai natal afinal não existe – foram ali entre 5 e 12 segundos de patetice infantil que me toldaram a tola mas aquilo passou logo. Entretanto, acabei por perceber a piada.

Rheine (a terra alemã onde nasci) "prendeu" o Pai Natal para que ele faça a festa toda no Centro da cidade e não noutro sítio qualquer, nem na Alemanha, nem no resto do Mundo. O Santa Claus fica em Rheine e acabou-se!... A ideia está gira, de facto.

Sucintamente, a notícia apense à foto diz o seguinte: «De 2 a 19 de Dezembro, no centro da cidade haverá um intenso e inédito programa de animação, com um mercado histórico onde comércio tradicional e moderno vão complementar-se, camiões natalícios da COCA-COLA [muito populares na Alemanha], demonstrações de artesanato, diversões para as crianças e o Pai Natal "radical", a andar nas novíssimas trikes».

Ora cá está! Quem diria que uma cidadezinha do Norte da Alemanha, pacata, pitoresca pelo seu tradicionalismo e tal… se dava a estas modernices com estratégias de marketing deste gabarito?!?... Fiquei agradavelmente surpreendido.

Ao ler a notícia no site e vendo a imagem do Pai Natal com a placa numerada a posar para a foto policial só me ocorreu que a minha terra é o máximo!

Tenho é pena de ter "pré-agendado" o meu regresso a Rheine só para 2007, ano em que passam 25 anos da minha última ida lá, numas curtíssimas férias com a família. Se fosse esta semana... ia divertir-me à grande de certeza. Agora resta esperar pelo próximo ano e, se possível, fazer coincidir o meu regresso com a época do Natal.

Não vou poder pagar a fiança ao Santa Claus (deverei ter gasto o meu dinheiro todo nas viagens) mas ponho uma palavrinha por ele lá junto da bófia. Isto – claro está – se ele me der boleia na trike, como é óbvio! Se não… estás bem lixado, ó barbudo! Quem me diz que tu não desces mesmo pelas chaminés para conseguir mais do que umas bolachinhas…?!

2 inSensinho(s) assim...:

Maria disse...

Pobres das crianças quando passam pelo trauma de descobrir que o Pai Natal não existe. Diga-se, no entanto, que esse trauma é rapidamente ultrapassado quando descobrem que os presentes aparecem na mesma, mesmo que não cheguem pela chaminé ou pela janela, como vem sendo hábito ( deve ser tradiçao da China). Já há uns anos que não acredito no Pai Natal. Paciência, o velhote até era simpático, mas a vida continua. Agora pensar no barrigudo bonacheirão como ladrão, destrói qualquer recordação simpática que tenha dele. É, todavia, compreensível que o homem faça pela vida, afinal, as crianças já não acreditam nele. Assim, da próxima vez que der de caras com o Pai Natal dos vizinhos do segundo andar, em acto de equilibrismo, a tentar entrar pela janela da sala, vou certamente encará-lo de maneira diferente.

Alex disse...

Não tenho "terra". É o que costumo dizer aos meus amigos quando eles partem nestas alturas do ano.



Feliz Natal Marco.
:)