Tetris & Formigueiro



Avisa este InSensato Autor que o texto que se segue nada tem a ver com o InSenso do passado dia 28 de Julho (denominado "...quanto tempo o tempo tem..."), que aludia a esse animal tão estupidamente trabalhador: a formiga. Até para este blog imbecil, falar mais do que uma vez da relação formiga-tempo cronológico é parvoíce a mais...

= = = = = = = = = = = = = = = = = =

Acredito que isto não seja do conhecimento geral, e é perfeitamente natural que assim seja. Precisamente por essa razão, vale a pena aqui (e agora) fazer a publica divulgação deste facto que se reveste de uma vital importância... pincipal e obviamente, para quem nada melhor tenha a fazer neste preciso momento.


O popularíssimo jogo Tetris (na sua versão de pequeno jogo electrónico portátil) causa o chamado formigueiro.


É uma notícia chocante - eu sei - mas, relacionado com isto, há ainda algo mais que pode abalar as estruturas do famigerado senso comum. Este formigueiro derivado da BrickMania não se manifesta nas mãos (como seria de crer, cedendo à tentação do raciocínio fácil), mas sim, (pasme-se... ou não) nas pernas! Se há confusão em qualquer InSensata Mente que leia estas linhas... eu explico.


Tal como em vários milhares de lares de Portugal (e milhões em todo o mundo), no meu 3ºB joga-se Tetris na casa-de-banho, aquando daquele período sagrado... que é o da defecação. Também se lê (livros, revistas masculinas, histórias aos quadradinhos e, claro, a Dica da Semana), também se manda sms's, também se atira bolas de papel (feitas a partir da Dica ou de qualquer jornal que lá pare) para o gato brincar (...ok... isto, se calhar,...é só mesmo na minha casa...) e até já sucedeu a malta cortar as unhas sentadinha na retrete. Mas, acima de tudo, joga-se Tetris.


Acontece que, sendo a malta já experiente neste jogo "puzzliano", os níveis sucedem-se, a emoção aumenta (exponencialmente, claro), o botão de Pausa NÃO é utilizado em tempo algum (nunca percebi porquê...) e uma simples ida à “casinha” pode chegar a durar, na boa,... umas horas. E tudo por causa deste vício em forma de entretenimento.


Ora... quem se dignar a passar tanto tempo na cagadeira (e eu... sabe Deus... já passei) perceberá, ao fim de um determinado lapso temporal, que há uma claríssima relação de causa-efeito entre o Tetris e a manifestação da má circulação nas pernas (vulgo, formigueiro), que - convenhamos - é das piores coisinhas que nos pode acontecer.


É que, a partir desse momento [quando começa aquele misto de cócega e choque eléctrico], qualquer mínimo movimento é o cabo dos trabalhos e, por isso, torna-se imperativo manter a imobilidade total dos membros inferiores, sob pena de sermos surpreendidos a dar gritinhos dignos de uma rapariguita de sete anos e meio, assustada com a visão de um rato debaixo da carteira da escola primária. Isso... também já me aconteceu (os gritinhos... a cena do rato, não). É uma experiência a não repetir.


Mas não há meio de evitar. Ou melhor... até haveria, caso a malta deixasse de jogar Tetris enquanto evacua. Mas não. O vício fala mais alto e nem o cheiro - por vezes, por demais nauseabundo - que se suporta (estoicamente) é capaz de demover quem parece depender da cumplicidade entre linhas, quadrados, "l's" (éles) e zig-zag's para melhor aliviar a tripa.


Gostava de dizer que há uma cura para este... formigueiro. Mas, exceptuando o fim da energia das pilhas do Tetris... não vejo como a malta se veja livre desta maldição.




1 inSensinho(s) assim...:

so disse...

caro insensato, não me parece bem usares o tetris para disfarçar os problemas intestinais que te fazem passar tanto tempo na cagadeira. é uma vergonha. sinceramente....


ps- xiii, aos anos que eu não jogo tetris... era mesmo um vicio! mas não jogava na casa de banho!