A PIOR das Frases de Engate


Confesso que, até uma amiga minha me ter alertado para o facto, nunca tinha conta deste estranho facto. Especialmente porque grande parte de nós conhece imensas músicas estrangeiras, até as cantarola (com letrinha na "ponta da língua" e tudo) e raramente se apercebe das palavras que compõem o "poema" (já vão perceber estar aspas aqui) da música x ou y.

Atente-se nas primeiríssimas palavras da letra do tema "(Sexual) Healing", de Marvin Gaye (uma das maiores referências da música romântica de sempre)...

Ooh, now let's get down tonight
Baby I'm hot just like an oven
I need some lovin'

Eu nem quero saber dos outros dois versos...
«Baby I'm hot just like an oven»?!?!?!?!?!?!
(Querida, eu estou quente que nem um forno?!?!?!?!?)

Esta só pode ser a pior frase de engate alguma vez criada e dita por alguém...
quanto mais cantada...!

Nem o mais "barrasco" dos piropos desses nossos grandes embaixadores da boa educação, que são os trabalhadores da construção civil, se assemelha ou aproxima à mega-dimensão deste «estou quente que nem um forno». Fantástico!...

Bom... pirosa ou não, esta letra do Marvin Gaye denota um grande esforço (vamos supor que é um esforço nobre) do artista em manter-se na linha da frente da música romântica dos finais dos anos 70. Aliás, dele são alguns dos temas que mais fizeram palpitar a veiazinha que pulula quando dois seres humanos se aproximam com a musiquinha da curtição a tocar em fundo.
Em mim, essa veia não é muito visível, mas relatos há de gente que já viu veias pulando que nem doidas em testas, mãos, pescoços e outras partes afins, que agora não interessam porra nenhuma.

Mas o esforço do Marvin Gaye em ser um símbolo do romantismo, com várias músicas dedicadas ao sexo oposto tem o seu quê que merece uns segundos de dúvida e procura de uma resposta para essa mesma dúvida.
Será que tudo não se terá devido a um trauma de problema de identidade?

Eu imagino o que seria, desde miúdo, o (futuro) artista ouvir frases como estas:
- Pá... Viste o Marvin?
- Que Marvin?
- O Gay(e)!

Ao que ele responde, em intenso dilema mental:
- Mas eu não sou gay...! Como é que eu descalço esta bota? É que se fosse... pá... tudo bem. Mas não sou. Então e se eu me tornasse numa estrela pop, com montes de músicas dedicadas a gajas e tal?... Boa!

Chegar ao estrelato, o Marvin Gaye... chegou.
Mas algures nesse percurso, o processo criativo deve ter andado um bocado em baixo e a consequencia foi (mais do que visível) audível...

«Baby I'm hot just like an oven»?!?!?!?!?!?!

A sério que não entendo... como é que uma miúda se pode sentir atraída por um gajo que apregoa sentir-se como um encastrável da Teka...?



PS: ;-) , M.

1 inSensinho(s) assim...:

K@ disse...

Pela 2ª (ou será... "segunda"?) vez, respondo a um 'comment' aqui no blog.
Acima de tudo, para vos dizer que a qualidade gramatical não é, de todo, a minha maior prioridade à face da terra.E esse tipo de prioridades, como já aqui esplanei no blog... algures, só as tenho quando chega a hora de uma daquelas necessidades fisiológicas com as quais se torna f**ido viver. Tipo comer, mijar e... 'trunga-lhungar', claro.
Logo, ecrever bem - que em nada não se assemelha a uma boa mija por exemplo -, não me preocupa por aí além.

Quanto à suposta assinatura, não o é.
É só fruto de uma insensata interpretação da(s) caríssma(s) leitora(s). O "PS: ;-), M." é uma dedicatória à minha amiga que me alertou para a existência do piropo (que considero ainda do mais foleirinho que pode haver). Houvese mais atenção e a questão do meu nome ser começado por "M" e não ser "Ka"... não se punha (ou será... "não punha-se"?).

Finalmente,... os piropos propostos.
Gostei muito e penso considerá-los para um próximo (e insensato, claro) texto. Principalmente, o do fósforo e tal...

Continue(m) insensata(s)!

KA