Red Red Wine


Red, red wine, goes to my head,
makes me forget that I
still need you so

Red, red wine, it's up to you
All I can do, I've done
But memories won't go
No, memories won't go...


Esta música, conhecida e cantarolada por todos... é um flop.

É, sim senhor!

Eu agora poderia ficar-me por aqui e fazer o papel de "bate-e-foge".... mas não me apetece.

O que acontece é que o tema "Red Red Wine" é visto, sentido e cantado como uma música de engate ou mesmo uma "love song" mas, na verdade,... é o oposto.

É a chamada música do ressabianço.
É a história de um gajo que se lamenta da pouca sorte que leva na vida amorosa e apanha uma bebedeira do caraças, ao ponto de jurar amor eterno ao vinho tinto, com que vai afogando as mágoas.

E isto levanta-me duas dúvidas.

1. Porque é que esta música serve de tónico para tanto início e tanta "manutenção" de relações amorosas?

  • É um facto que, para muitos casais, o "Red Red Wine" é, como eles próprios dirão, «A "nossa" música!». Ou porque tocava muito nas matinés da escola ou dos salões dos voluntários ou da associação lá da terra, onde foram dançados os primeiros "slows", ainda com os pais, os tios e os avós sentados nas cadeiras à volta da pista de dança, no chamado controle... ou porque quando deram o primeiro beijo no carro, à beira da praia, lá ia passando o disco na rádio... ou ainda porque é a eleita para, enfim, servir de banda sonora aos momentos de... "encaixe" e "troca de fluidos". Seja por que motivo for, os UB40 têm nesse tema o seu maior sucesso de sempre e - digo eu - sem perceberem bem porquê.

2. Quem é que escreveu aquilo???

  • Não foi nenhum dos elementos dos UB40!!! Não, senhor! Esses só o reeditaram (em versão "REGGAEzada"em 1983. TEORICAMENTE (e eu já explico porque é que destaco este "teoricamente"), a canção foi escrita entre 1965 e 1967 (não se sabe bem) pelo mítico... Neil Diamond(!), o que só de si já seria uma surpresa do camandro... mas eu nem nisso acredito.
    A minha crença vai mais para o facto de o mega-êxito que é o "Red Red Wine" foi escrito em Portugal... e por um português.

Recordemos então a história.

Gajo ressabiado com o amor e com a vida... é o fado português. Nunca estamos bem com nada!
Afogar as mágoas em tinto... ora... há lá coisa mais portuguesa do que isso?!?!

Eu cá acho que, numa passagem por Portugal, o Neil Diamond passou por uma tasca qualquer, daquelas que estão numa ruela de empedrado muito suspeita, só visível pelo ramo de loiro preso no topo da porta. Decidiu entrar para perguntar direcções e reparou num cromo que lá estava, como muito mau aspecto, a dormir debruçado numa mesa muito suja, com uma data de "copos de três" já mamados e com um papel largado na mesa, com uma mancha circular em tom de grená.
Pegou, traduziu e foi o sucesso que foi.

Daí que acredite piamente que o "Red Red Wine" que todos conhecemos não passe de "Vinho Tinto! Oh Vinho Tinto!", não escrito por Neil Diamond (e celebrizado pelos UB40) mas sim por José Manuel Carraca, um tipo com problemas de alcoolismo, higiene negligente e, provavelmente, de flatulência; com aspecto duvidoso, cabelo despenteado, bigode farfalhudo e barba (malhada e rija) por fazer há, pelo menos, dois dias.

A ele (caso ele exista, de facto, ou seja só mais uma figura da minha imaginação fértil e parva), aqui fica a merecida vénia de homenagem.


日本からオトラリア!!!

(Cuidado com os japoneses de máquina fotográfica em punho!!!)*


É um flagelo dos tempos modernos.

Sim. E a tecnologia - de que os japoneses são os grandes apologistas - está na base do que pode vir a ser o maior dos golpes alguma vez levados a cabo!

Japoneses.
Todos já os vimos, disfarçados de turistas, a viajar em grandes magotes, empacotados em autocarros apinhados de malta de olhos em bico... a tirar fotografias a tudo o que mexe... e não mexe.

Achamos-lhes piada. Fotografam toda a gente, todos os monumentos, todas as pombas que procuram migalhas no meio de uma qualquer praça de uma cidade ou vila do interior... Fotografam TUDO!... e TODOS!...

Mas... Porquê?...

Há dias - como qualquer gajo que não tem mais nada para fazer - pus-me a pensar nisso, quando vi um grupo de coreanos (que devem ter assim uma espécie acordo de parceria com os nipónicos), frenéticos, empoleirados uns nos outros, a tirarem fotografias, de dentro do autocarro em que seguiam, a um acidente (coisa pouca... um normalíssimo toque entre dois carros) numa das ruas da cidade.

Era um acidentezeco, valha-me de Deus!... Para quê tanto click-flash? Para quê tudo frenético a querer uma imagem dos carros amassados e dos dois condutores que discutiam de forma... "animada" a fundamental questão da culpa do embate? Para quê tanto interesse num banalíssimo facto da vida urbana do nosso quotidiano.
Fui para casa a pensar nisso (exceptuando quando, no caminho, passei pela pastelaria para comer um croissant de chocolate; sim... a malta tem prioridades...).

E, não tardou, percebi tudo e tudo ficou percebido!

Lembrei-me dos relatos dos antigos exploradores que testemunhavam a ira das tribos indígenas, quando os ocidentais lhes tiravam fotos. Os nativos acreditavam que as máquinas fotográficas eram instrumentos usados pelos exploradores para lhes roubarem a alma e tornavam-se hostis.

Ora... É certo e sabido que os orientais estão no pico da tecnologia de ponta e que, se a máquina do tempo ainda não é uma realidade, pouco faltará para chegar o dia em que viajar no tempo será coisa acessível a todos; cortesia da etiqueta "made in Japan".

Logo, é legítimo pensar que, em segredo, os japoneses já tenham chegado ao ponto de ter desenvolvido as tais máquinas de roubar almas que os indigenas tanto temiam.
E, se isso já aconteceu... então andam a usá-las... em nós!!!!

Sim... eu próprio já fui fotografado centenas de vezes por grupos de japoneses e coreanos que, aos grupos de dez ou vinte, captavam a minha imagem enquanto um deles me perguntava algo do género «Plaça Lépúbika?... Tulismo?...» seguido daquela veniazita repetida à exaustão e do sorriso com os dentes todos, numa expressão que mais parece de prisão de ventre.

O que eu acho é que eles andam mesmo organizados em E.E.I.'s (Equipas de Enfraquecimento do Inimigo), disfarçados de divertidos turistas, a tirar a alma à malta para um dia nos invadirem com uma facilidade dos diabos.
Depois, ao fim do dia, chegam aos quartos dos hotéis (já com o trabalho de assalto às almas de todos os empregados e recepcionistas feito, claro) e fazem grandes orgias de maluquice oriental, com gritos lancinantes de «Ting-Chiau-Feng Banzai!!!!» (que é como quem diz «A vitória será nossa!!!»).

E nós.... otários... ainda lhes dizemos onde é a Plaça Lepúblika e deixamos que nos tirem fotos... e a alma também...

Estamos perdidos!!!...

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* É... cada um dos caracteres deles é uma palavra! O espaço que eles poupam!!!...

A Frustrada Vida Sexual do Pionés


É uma imagem meio perturbadora mas, por favor, acompanhem este raciocínio que cruzou a minha mente a horas impróprias de se pensar no que quer que seja, quanto mais em insensatezes desta natureza.
(não se estiquem... estava só a dormir mesmo!...)

Que vida sexual pode ter um pionés?

Na minha opinião, só pode ser nula ou, no mínimo, muito frustrada.

A fisionomia (ou parte dela) do pionés até que é prometedora.
Pronto, o gajo é espalmado e redondo, o que é meio estranho... mas está sempre de "pau-feito"!
A erecção é sempre um dado adquirido.
Ou seja, o pionés tem tudo para ser um garanhão dentro da comunidade dos artigos de papelaria e de escritório... mas não é!...

Antes de tudo mais, porque - pensando bem - ele não pode sentir-se um garanhão sequer.
Tudo bem que ele está permanente de "pau-feito", mas na companhia de outros 99 pionéses, todos também de "pau-feito"... e numa caixa, apertadinhos uns contra os outros.
Seria positivo assim numa versão Village People "pioneica" mas...
Bom... simplesmente não me parece muito másculo, para quem passa a vida "pronto para a acção".

Mais. Quais são as aspirações sexuais do pionés? Ou, melhor, qual é o melhor "objecto amado" que o gajo pode ter? Qual será para ele a «Gaja boa que não me escapas!!!»?...

UM CONTRA-PLACADO!!!...
Ou um quadro de corticite... ou, pior ainda,... uma placa de esferovite!...

Olha, porra! Com perspectivas sexuais destas... muito frustrado deve ser o pobre pionés.
É que nem sequer há uma versão fêmea (uma "pionésa") para o coitado do cabeçudo espalmado de picoto em riste!...
"Injustizia!", diria o Calimero.

E mais frustradão acredito que ele seja se alguma vez tiver a noção de que há casos de verdadeiro sucesso neste aspecto; como é o caso das fichas-macho de electricidade. Sempre com a certeza de que há uma tomada de parede ou uma ficha-fêmea com buraquinhos disponíveis para receber os seus dois pernes metálicos "firmes e hirtos"... Mas não é só. Para além dessa disponibilidade, ainda há uma grande compatibilidade, já que quase todas as fichas e tomadas se complementam, o que permite acreditar que no mundo da energia, há toda uma dinâmica de maluquice e troca de parceiros porque... é tudo compatível!
Ah!... E que é que se pode querer mais quando a malta se "junta" e "até dá choque!"?... Ah pois é!

Enfim... Coitado do pionés.

Sinto pena dele.

Puro InSenso - I


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Nova "rubrica" aqui no Blog.
Insensatezes que, não sendo minhas, gostava (ou não!... como é o caso desta que apresento já a seguir) de ter "insensatado" antes.
Pá... há por aí malta mais rápida, que chega lá primeiro!
A todos esses insensantos... o meu "Bem Hajam!"
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Título: "Amor de Água Fresca"
Interprete: Dina
Letra: Rosa Lobato de Faria
"kamentário": «... sabe Deus!...»

(não posso dizer rigorosamente mais nada... não consigo!)

Quando eu vi
Olhos de ameixa
E a boca de amora silvestre
Tanto mel
Tanto sol
Nessa tua madeixa
Perfil sumarento e agreste
Foi, a certeza que eras tu
O meu doce de uva e noz sobre a mesa
O amor de morango e cajú

Peguei trinquei
Meti-te na cesta
Ris e dás-me a volta à cabeça
Vem cá tenho sede
Quero o teu amor de água fresca (bis)

Tens na pele
Travo a laranja
E no beijo três gomos de riso
Tanto mel
Tanto sol
Fruta sumo água fresca
Provei e perdi o juízo
Foi, na manhã acesa em ti
Abacate abrunho e a pêra francesa
Romã framboesa e kiwi




Urinating Baby Jesus


Estou de volta.
Sinal de que sobrevivi à quadra natalícia, muito embora não tenha sido fácil.
(pá... nem fazem ideia o pavor que ainda cá mora, depois de ter visto o Campeonato do Mundo de BodyBuilding masculino, só porque não havia mais nada de jeito na televisão!... Logo que me recomponha disso, voltarei ao assunto)

O Natal passou, de facto, mas a chamazinha do espírito natalício mantém-se acesa, que mais não seja porque os centros comerciais insistem em continuar a promover a quadra, como se o Natal voltasse de novo a ser... já amanhã.
É certo que o Natal é quando o homem quiser... mas não vale a pena exagerar...

No entanto, esta estratégia dos shopping's (que tem os seus resultados junto da malta que ainda aproveita os últimos dias de Dezembro para arranjar as prendas que não conseguiu comprar a tempo de fazer um figurão na seia de Natal) tem os seus "quês", ainda para mais,... para quem se quer aliviar.

Numa ida a um centro comercial, sucedeu-me mais um daqueles momentos em que deixo de ver e ouvir tudo o que está à minha volta, só para procurar... uma casa-de-banho.
Nada mais normal... até ao ponto em que, depois de abrir a braguilha para "pôr os susquins a zipar" [para quem não se lembra da expressão...], reparo na musiquinha que passa no sistema de som do shopping, incluindo na casa-de-banho.

«... Baby Jesus was born on christmas day... La La La... »

Pá... não ouvi mais nada! Não quis!...

Não quer isto dizer que tenha largado o "pingarelho" para tapar os ouvidos (porque isso implicaria sujar os sapatos, claro), mas simplesmente bloqueei (ou tentei bloquear) mentalmente os meus canais auditivos para evitar que dali a pouco - caso ainda estivesse a aliviar a bexiga - estivesse, de "coiso" na mão, a ouvir que o «Deus menino» está «nas palhas deitado» ou «nas palhas estendido»!!!...

Parece-me errado!... Parece-me mal... juntar o Deus Menino (que é também o Baby Jesus - impressionante esta multiplicidade de personalidades... ainda por cima, todas sagradas!...) ao acto da chamada mijadinha!...

Será só impressão minha ou o facto do tal momento (sagrado, para muitos... tal como eu) em que respondemos às mais urgentes chamadas da natureza ser superado pela presença do Deus Menino na casa-de-banho onde a malta se alivia é simplesmente... estranho?...

Lá acabei o que tinha a fazer... sem danos físicos e materiais de maior, mas agora tenho o receio de que o espírito natalício (tal como o conhecemos) nunca mais signifique o mesmo para mim...

Agora ocorreu-me... Se estivéssemos no "Diário" da revista "Maria", agora tinha de terminar com..
«Estou tão desesperado!... Que hei-de fazer?...»
:-)


PS: Pá... Não levem o título "à letra", nem o traduzam livremente, por favor. Depois da cena da Rádio Renascença, já levei um aviso da Santa Sé, que me disse que já estive mais longe da excomunhão... e a malta não quer isso...

24x24... antes do 25!...


Apresto-me para entrar numa das maiores aventuras da minha vida.
Sei que corro o risco de não me sair bem e, se a coisa correr mesmo mal, até... de ficar com maleitas físicas e mentais para o resto da minha vida.

Portanto, se este for o meu último texto... pá... recordem-me só como um gajo porreiro, ok?
Obrigado! Estou sensibilizado pelo facto de (pelo menos terem fingido) que me acham um tipo fixe.

Acontece que - muito à portuguesa - não tenho uma única prenda comprada para este Natal e estou decidido (pois... tem mesmo de ser... mesmo que não estivesse decidido a fazê-lo, tinha de ser) a conseguir arranjar tudo em tempo recorde para poder fazer um figurão na ceia da família.

Mas isso, só de si, é um problema do caraças.
Sabendo que portugas como eu há por aí aos magotes, a minha tarefa não parece que vá ser coisa muito fácil de levar a cabo.


Planeio acordar cedo (assim tipo os caçadores quando vão prás matas... coisa de madrugada mesmo), sair de casa ainda com a aurora em tons de azul muito escuro, verificar 5 ou 6 vezes se tenho a lista de compras com o nome e endereço das lojas onde tenho de me dirigir, dar uma última volta pelo percurso previamente delineado com vista a tentar fugir aos grandes engarrafamentos e fluxos de multidões, ligar o carro, respirar fundo... e seja o que Deus quiser!...

Depois... bem... depois...!

Há que ter (como se diz no futebol) a "sorte do jogo", ter "estrelinha de campeão". «trabalhar muito... correr muito... correr mais que os adversários...».
Estranho... quem diria que o futebulês também se aplicaria às compras do Natal?...
Conceito interessante, este.

É preciso ter sorte para que um gajo oiça o despertador tão cedo... sorte para não estar mau tempo (sim.. porque os planos feitos não contemplam um dia de chuva, por exemplo)... sorte para o carro não estar - como está sempre... - sem gasolina... sorte para não me esquecer da lista de compras em casa (já vos contei dos meus difíceis primeiros minutos da manhã...), nem de me ter esquecido de colocar algo importante na lista... e ter a sorte de que mais nenhum gajo tenha planeado a mesma porra de trajecto que eu.

É que, se assim for,... 'tou "feito ao bife"!...

Vais ser um autêntico contra-relógio em versão Maratona (deve ser o diazinho todo, de manhã à noite), com períodos de Nascar pelas artérias da cidade, excertos de Meeting de Atletismo nos corredores dos shopping's, (muito provavelmente) cenas de wrestling em várias lojas, esforços dignos de um halterofilista no carregamento dos embrulhos até ao carro... enfim... tudo isto sem direito a intervalos com cházinho, Gatorade ou mesmo a "spray milagroso", em caso de lesão.

Vai ser bonito, vai...
Torçam por mim, por favor!...
Depois conto-vos como correu.

Se, eventualmente, esse texto não surgir... foi bom conhecer-vos.



Um abraço!... Boas Festas e...
Boas... Compras (eu sei que, desse "lado", há mais malta como eu) !


K@

4ª Feira


«E ao 4º dia...»

Não, não!...

Ao 4º dia, Deus não descansou!
Trabalhou...e bem, pelos vistos!

Para qualquer um de nós, a Quarta-feira é um dia perfeitamente banal. Um dia como todos os outros. Depois de Terça-Feira, antes de Quinta..., o 4º dia da semana e, simultaneamente, também o do meio.

E é precisamente aí que reside o interesse deste "magnífico" dia.

Se bem repararmos, a Quarta-Feira é, provavelmente, o dia mais indefinido da semana. Porquê?...

Ora... à Quarta-Feira a malta não sabe muito bem como se há-de sentir!...
Por um lado, não há muito cansaço, porque ainda é só o 3º dia de trabalho; por outro, a gente não pode estar totalmente descansada porque ainda falta outro tanto para o fim-de-semana.

Como, afinal, não conseguimos decidir como nos sentimos, a Quarta-Feira acaba por ser um bom dia para tomar outras decisões.

Por exemplo... o que fazer.

A Quarta-Feira é um bom dia para fazer quase tudo:


  • fazer os recados que temos a fazer até ao final da semana
  • sair à noite
  • jantar fora - como já vinha sendo prometido há meses...
  • descansar
  • ficar em casa e ver televisão
  • ficar em casa e... não fazer rigorosamente nada
  • pedir 'aquele' aumento
  • arranjar namorado(a)
  • tirar fotografias - aquelas mais embaraçosas - de família
  • descansar
  • ver os jogos de futebol da Champions League
  • descansar
  • fazer o bolo de chocolate que se ía fazer na semana passada, precisamente, quando não havia farinha em casa
  • descansar
  • descansar
  • descansar...

(repetição obcessiva deste verbo devida a problemas técnicos... ou não... ou não...!)

Como se pode (e pôde) ver, a Quarta-feira é sempre um bom dia.E quando se tem uma folguita à Quarta-Feira...!
Ah! E como é bom ter a folga à Quarta-Feira.!... Não há melhor folga do que a de Quarta-Feira (talvez à Sexta ou à Segunda, mas como não quero estragar o ramalhete...)!
É um autêntico oásis na nossa semana de trabalho, um fim-de-semana… no meio dela.

Se o pensamento de que a Quarta-Feira é um dia como os outros ainda persiste, aí está a insensata prova de que é engano («por favor ligue de novo dentro de momentos!...»).
Se Deus tivesse pensado bem, naquela altura , provavelmente teria mesmo escolhido o 4º dia para descansar... e não para fazer montanhas, vales e cenas que tais...

Aproveitemos as Quartas-Feiras! Vamos tirar o maior proveito do que elas te podem trazer de bom e vamos a divertir!


Até uma próxima Quarta-Feira!!!...

...mas, provavelmente, a gente "fala" antes disso, claro.
:-)



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Texto adaptado de um original de 1995

It's a Record!!!!


Ando a ficar meio “doente” com esta mania recordeira que se vive ciclicamente neste País.
Antes de tudo mais, porque os tais ciclos são curtinhos. Ou seja, "volta-não-volta", lá está mais um caramelo (ou uma cidade inteira… mas já lá vamos) a tentar fazer alguma coisa que traga cá os juízes do Guiness para registar mais uma vez o nome de Portugal (os nossos egrégios avós hão-de dar umas belas voltas na cava…!) no malfadado Livro dos Recordes.

Já fomos o País com o maior logótipo humano (quando se fez aquele vídeo – extraordinário – de promoção à candidatura para o Euro2004 que, pelos vistos, … resultou!), temos a maior broa e o maior Bolo Rei (bem… estes dois recordes não seriam nunca muito difíceis de bater… pensando bem… quantos outros países consomem broa de milho e Bolo Rei?!?...) e, ainda na onda culinária, temos a maior feijoada do mundo! (Bem... aí já poderíamos ter a concorrência brasileira, pelo menos. Mas não me parece que a brasucada se dê ao trabalho de planear tal “teste de impacto de vibrações” a uma ponte acabadinha de construir. O arrojo lusitano é fantástico!)

No entanto, esta época natalícia tem sido uma estupidez no que toca a tentativas desenfreadas de aparecer no Livro do Guiness.
Senão… veja-se.

Num fim-de-semana só(!), 3 tentativas (acho que todas concretizadas) relacionadas com Pai’s Natal!...

Sábado… O Benfica joga no Estádio da Luz e pede aos adeptos (dias antes, os pouco motivados Simão, Nuno Gomes, Moreira e… pior que tudo, Petit!... foram à sala de imprensa vestidos de Pai Natal… Quem é que quer ver um minorca feioso como o Petit?!? Quanto mais vestido de Pai Natal!?! Ridículo!) que se vistam a rigor para quebrar o recorde de maior número de Pai’s Natal na assistência de um jogo de futebol.

Domingo… A CP cria um comboio especial, pintado a rigor, que parte de Lisboa com o intuito de atingir a maior concentração de Pai’s Natal alguma vez conseguida numa carruagem ferroviária. Ao que sei, juntaram-se mais de 500 pessoas (a CP providenciava os fatos). Ah!... e o comboio dirigia-se para o Porto, onde se preparava o maior desfile de Pai’s Natal do mundo... perto de 30 mil…

CHEEEEEEEEEEEEEEEGAAAAAAAAAA!!!!!


ESTOU FAAAAAARTOOOOO!!!!

Que mania!!!! Porra! Deixem-se lá dessas merdices de recordes, pá!
Toda a gente já se apercebeu que isso é coisa de gente pequena que se quer mostrar ao mundo de qualquer maneira!

Ele é a árvore de natal mais alta da Europa, o maior desfile de miúdas em bikini (pá… espera lá... desse eu gosto… esse eu não contesto… Malta, continuem com o bom trabalho na organização desse belíssimo evento!… ok?)… a maior navalha do mundo e a maior panela de ferro fundido (eu comi sopa feita nessa!... He He! Estava meio aguadota, não se iludam…)!...

Seja como for, acho que esta coisa do recordezinho por tudo e por nada pode descambar é mesmo na demonstração do contrário do que a malta quer apregoar.
País porreiro e “cool”, com bué atracções e tal…
Meus amigos… Portugal é um país fixe e muito “cool”, mas não é por essa "paneleirices".

Um dia destes a malta fala melhor disso.

Quanto a esta "concentração elevada de tentativas de record por fim-de-semana quadrado"… pá… vejam lá se param com isso!

Qualquer dia não descansamos o suficiente para a semana de trabalho seguinte, porque no sábado estivemos a comer a maior sandes de bifana do mundo, fizemos a maior corrida de dedos das mãos (a simular pernas) e ainda ajudámos a confeccionar o maior pijama de flanela.
No domingo, começamos o dia a comer a maior torrada com manteiga acompanhada de um galão de 500 litros de café com leite, vamos todos para um campo de futebol juntar o maior número de bandeiras verdes fluorescentes, e…

Estão a ver o esquema, não estão?...

Com uma "míne"... vai tudo!


Caríssimos:

Depois de ter lançado a "acha" do sexo do/da hamburger para a "fogueira" das perguntas mais parvamente feitas às insensatas mentes que ainda se preocupam em ler estas linhas, um dos feedback's que recebi foi de um tal de Pica-Ossos (que também é blogueiro) que juntou umas achegas ao tema do fast food... neste caso, fast food "à portuguesa".

A questão (ou melhor, questões... foi mais do que uma) que me foi posta, é a seguinte.

Deve dizer-se SANDE ou SANDES?

Deve dizer-se FEBRA ou FÊVERA?

E eu ainda acrescento, neste registo...

Deve dizer-se COURATO ou COIRATO?
(sim... se é para falar em comida gordurosa que se vende nas roulottes nas feiras populares e à beira dos campos da bola... ao menos que se fale de tudo*!)

Bom... respostas cientificamente correctas acerca destes casos... não tenho.
Mas tenho a minha opinião. E apetece-me partilhá-la.

Se não quiserem gramar com ela, parem de ler o texto por aqui, ok? Amanhã há mais...

...

Ai ficaram por aí?... Agora não se queixem... E não ousem dizer que a minha opinião não conta! Vocês é que quiseram saber qual era...

Bom... Quanto à questão SANDE/SANDES, eu opto pela segunda forma. SANDES.
Porquê?
Porque sim!
:-)
Não. Opto por uma questão patriótica mesmo.
É sabido que a malta, por esse País fora, gosta de por uns ésses a mais no final de algumas palavras, principalmente, nos verbos.
A segunda pessoa do singular do pretérito perfeito, para muita gente, não é (por exemplo) "fizeste" ou "foste", mas sim "fizestes" ou "fostes". Não... a malta não regrediu no tempo ao ponto de se tratar por «vós isto...» e «vós aquilo...». Simplesmente, a essa maralha, soa-lhes melhor dizer «Ó Zé! Não quisestes comer há bocado!... Agora lixastes-tes!». Sabe Deus...
E eu acho - por uma questão de coerência com este príncipio do uso (e abuso) do "s" no final das palavras - que SANDES há-de soar muito melhor ao plebeu ouvido lusitano.

Na dúvida entre FEBRA e FÊVERA, escolho a primeira. FEBRA.
Sem nenhuma razão especial, a não ser a de que, se fosse FÊVERA, isso significaria um valente "rombo" no mundo do piropo do trabalhador da construção civil, que nunca mais conseguiria dizer «É pá!!! Rica febra!!!!» de uma forma artisticamente pontuável com nota 9.5, pelo menos (como é, actualmente).
«É pá!!! Rica fêvffffvvvvffffffera!!!».
Já estou a imaginar... o cuspo (o chamado "gafanhoto") que não voaria boca fora, a fazer ficar mal visto o nosso "piropador-mor"... e isso não pode acontecer!
O piropo nacional tem de ser defendido e preservado!

Por fim... COIRATO e COURATO.
A malta sabe que as duas formas estão correctas (tal como em OURO/OIRO, TOURO/TOIRO, e por aí além...), por isso... proponho que a usada seja... uma terceira!
CÓRÁTO. Ora nem mais!...
Aliás, é esta que se ouve nas benditas roulottes, quando se apregoa a bela da sandocha que acompanha a maravilhosa "míne" Sagres. Por isso, não há mais discussão.

Esta coisa de opinar já vai longa... mas também... caguei pra isso.
Mesmo assim, fico por aqui, no que toca à opinação.
Penso seriamente - e já que é domingo - em ir à rua, ver a bola e comer qualquer coisa.
Seja febra, fêvera, coirato, courato numa sande ou numa sandes... quero lá saber!...

Com uma "míne"... vai tudo!


= = = = = =

* - nestas confusões entre comidas roulottianas portuguesas, não envolvi a bifana e o cachorro quente; simplesmente, porque o nome da bifana é consensual e o cachorro quente - sendo uma invasão de estrangeirice no tão nosso universo da gordurosa venda ambulante - não é aqui nem tido... nem achado. Tenho dito.

A 2ª "Idade dos Porquês" - I


Porque é que não podemos... coçar o cérebro?...





















Sim! Porquê?...

Se Cá Nevasse...


... mas não neva (pelo menos... não muito)... e é uma pena.

Não porque - como na letra da canção - «fazia-se cá ski». Nada disso.
Quer dizer... É claro que se fazia mais ski do que se faz mas isso agora não vem ao caso.

Tenho pena que não neve mais e que não faça mais frio "seco" (assim bem à maneira norte-europeia), porque se perde a oportunidade de usar um dos "must's" dos acessórios de vestuário de Inverno: a bandélete com o bel-pompom felpudo, para protecção dos ouvidos contra o frio.

A bandeléte (não sei muito bem se é assim que se escreve... se não for... paciência!...) e o chapéu de pêlo russo são dois dignos representantes do que de mais giro um Inverno rigoroso (no sentido de... frrrrrrrrrrrio) nos pode oferecer. Agasalham a bel-orelha das baixas temperaturas, evitando a queimadura (e até a frieira) mas... cá com uma pinta...!
Eu acho que sim; que aquilo tem uma pinta desgraçada! Não acham?...

Não me interpretem mal. Eu gosto de orelhas. As orelhas são algo engraçado de se ver, de Verão ou de Inverno. E a orelha portuguesa - deixe-me que vos diga - é bem interessante. Aliás, se houvesse um ranking mundial de orelhas, a orelha lusa estaria, certamente, bem classificada.
Digo eu...!
Esclarecido este ponto... avante.

Bom... o que é certo é que ver as orelhas da malta tapadinhas com pompom's peludos de todas as cores ou umas abas de pêlo bem grossas "à czar"... nada.

As minhas origens germânicas (nasci e vivi os meus primeiros anos na Alemanha), deram-me a chance de "privar" tanto com as bandelétes dos pompom's como com os chapéus russos. Na altura (com uns três anitos, talvez) imaginava o quanto seria giro andar com uma coisa daquelas (infelizmente, as minhas orelhas eram mais protegidas à base do simples garruço de lã com um pompom farfalhudo no topo, que sempre achei mais parvo, mas enfim...) e no infindável número de funcionalidades que aquilo poderia incluir.
Cheguei mesmo a pensar que, no caso da bandeléte, seria interessante que cada pompom desse música… o que era, na minha cabeça, uma inovação do caraças!...
Aaaaaah!... A idade da inocência!...
Mal sabia eu que essa porra já estava inventada e mais que inventada há que tempos... e até tinha nome em estrangeiro (o que, para mim, naquela altura, era uma língua como outra qualquer; o que não fosse português ou alemão... era estrangeiro). Headphones.
Pois... Não admira que a malta, uns anos mais tarde, não "bata bem da bola".
A levar com desilusões destas quando a moleirinha ainda nem está rija...!
Olha porra!...

Pronto. Estou chateado. Não escrevo mais.
Pensem mas é lá em usar mais bandelétes e chapéus russos (com ou sem música... não interessa) para um gajo ter mais motivação quando sai à rua no Inverno. Vá!

Jogo 13: Futebol-Deus... XÍS!...


Sou fã da "Bola Branca", da Rádio Renascença.

As notícias da bola, ao fim da tarde (18:15)... Poder saber se o Benfica ainda contesta o golo anulado no jogo contra o Porto... Se, finalmente, vai ser criada uma produtora de audiovisual no Estádio da Luz para fazer DVD's para serem levados aos Ministros do Desporto (ao ritmo que eles vêm e vão!)... enfim... informaçãozinha essencial a todo e qualquer gajo que queira ser – bem à lusitana - um bom chefe de família.

Mas este programa tem um (único) problema. A Recitação do Terço, que vem logo a seguir.

C'um camandro!... O que é aquilo?!?...

Não que tenha alguma coisa contra a oração em causa, bem pelo contrário, mas... no "prime time" da Renascença, que é a altura da "Bola Branca"?... Parece-me mal.
Acredito que não sou o único a mudar de estação ou a desligar o rádio logo a seguir ao indicativo final da "Bola Branca".
Mas rápido!!! Não vá um gajo ainda ter de gramar com os primeiros acordes de órgão de "O Senhor é o meu Pastor... Nada me Faltará"!
Mais uma vez, não tenho nada contra. Só me parece assim uma espécie de “anti-climax” para essa imensa "minoria" de gajos (só de benfiquistas diz-se que são seis milhões e meio, não é?...) que gostam de ouvir as notícias do "glorioso" e do Pinto da Costa, que até se empolgam com as tricas - sempre giras, naquele registo tipo Teoria da Conspiração - criadas pelo "sistémico" "Beato Salú" (leia-se, Dias da Cunha)...

Como é que a Renascença consegue ameaçar (e, na minha opinião, estragar) o seu ponto mais alto nas audiências (a "Bola Branca")... ainda por cima... com Deus?!...

Bom... por um lado, tenho de o dizer, eu até vejo a lógica da coisa.

Sendo que a vocação da Renascença é mesmo ser a Emissora Católica Portuguesa, é justo colocar a Recitação do Terço num horário em que muita gente está a ouvir (em casa, nos carros - nos "táx'es", acima de tudo -, nas tascas... sim... as tascas - esses verdadeiros garantes da sociedade portuguesa, tal como a conhecemos - quase param durante os 15 minutos da "Bola Branca"!... Imaginem o que não é... não servir "copos de três" nem "mínes" a caquécticos mal barbados durante um quarto d'hora!... Ah pois é...! Coisa séria, meus amigos!).

Mas há mais. A Direcção de Programas da RR tem as costas largas com'ó caraças.
Imaginem (assim de repente) a reunião em que se decidiu que o Terço começaria às 18:30, logo a seguir à "Bola Branca"...

- Pá... A que horas é que a gente põe o Terço? Tem de ser num horário nobre, pá. Com muita audiência!
- Olha, pá... Não sei... A gente tem mais audiências por volta das seis da tarde... pá.
- Por que é a gente não põe o terço logo a seguir à "Bola Branca", pá? Mais audiência que a essa hora não pode ter!
- Boa ideia, pá! Mas isso não dará uma quebra do caraças nas audiências? O nosso público de taxistas e tasqueiros não vais desligar o rádio ao ouvir o Pai Nosso, pá?
- Pá... pois isso não sei, pá... Mas também... Se mudarem, a culpa é deles ou... é de Deus!... E quem é que se atreve a apontar o dedo a Deus?!...

Com um argumento destes não havia razão para que os megahertz's dos Pai Nosso's, das Avé Maria's, dos salmos cantados e das Salvé Rainha's não irrompessem pelos nossos rádios, logo a seguir a ouvirmos as novas da trigésima sétima lesão do coitado do Mantorras.

O... ou A...? (uma dúvida em fast food)


Ando inquieto com uma questão que me tem, literalmente, dado a volta ao estômago...


Hamburger... é...

... o hamburger?...

... ou ...

... a hamburger?


(ou seja... é "macho" ou "fêmea"?...)


Eu explico.


Eu digo (e muita gente diz) «UM hamburger» mas há uma mão cheia (muito cheia mesmo) de gente que diz «UMA hamburger»!...

Aliás, de vez em quando vou almoçar a um desses restaurantes que têm um palhaço medonho à porta, sentado num banco ou a fazer que acena à malta... oh!!!!... quero lá que se lixe a porra da publicidade!!!!... De vez em quando vou ao McDonalds e peço UM hamburger e a gaja do balcão pergunta-me (deve ser só para provocar... eu não gosto daquele "tonzinho sonso" deles... com o sorrizinho amarelo de quem tem de ser simpático mas não lhe apetece nadinha... e a pensar «O que eu não dava pra pôr laxante no teu pedido!»... pá... não gosto!...) «UMA hamburger com quê?».

Eu fico per-di-do!!!...

A minha mãe também diz sempre AS hamburger's (ou será "hambuguéres"?...) e eu lá a vou corrigindo à minha maneira para, da próxima vez... ela dizer outra vez o mesmo.
Enfim... a malta esforça-se...

Já inquiri outras pessoas acerca desta questão que divide a sociedade em dois e não cheguei a uma conclusão.

Por um lado, eu acho que a malta se refere ao Bife de Hamburgo, que é, de facto, um bife feito de carne picada e se come (preferencialmente) grelhado.
Por outro, há quem diga que A hamburger é a sanduíche toda, com o pão de sementes, a carne, a cebola, o pickle, ...

Por favor!... Preciso de saber!!!...
O que eu ando a comer é O hamburger ou A hamburger???
(confesso que isto posto desta forma é meio estranho...
e, nesse registo, eu até preferia que fosse A...)


Enfim... Em que é que ficamos?!?



Sou um esquecido!...


Hoje, sem querer, abri um "baú" que - pelo menos, penso eu - toda a gente tem mas tenta a todo o custo manter fechado e bem escondido.
A verdade é que, se pudéssemos, guardávamos todas as nossas recordações mais embaraçosas numa caixa, fechávamo-la com 2 fechaduras, 27 cadeados, 5 correntes... e outras tantas tralhas que servem para fechar as coisas, mas de que não me lembro agora, para vos dizer.

Aliás, é de esquecimento(s) que vos vou falar, logo que se sintam avisados de que as próximas linhas vão ser, para mim, um tormento de todo o tamanho.
É uma daquelas coisas embaraçosas que tentei esquecer mas que, “volta-não-volta”, regressam para me chagar a tola e me fazer corar só de pensar nisso.

Andava eu na primária (não me lembro se na 2ª classe ou na 3ª...).
Num dia igual a tantos outros, fui à escola, sentei-me na minha carteira, acho que me portei bem (na altura era ainda mais totó do que sou agora, por isso, ...), a Dona Zulmira* terminou a aula e eu saí da escola em direcção a casa.

Tudo normal, não fosse o facto de me ter esquecido... da mochila na escola!

Como é que se pode sair das aulas trazendo... NADA... e sem se perceber?!?!?!?

É verdade! Juro! Saí da escola... mas sem trazer nadinha de nada! E só me apercebi a meio do caminho!

O pior é que, como na mochila estava tudo, fiquei sem nada para fazer o T.P.C. (sempre detestei esta sigla estúpida) e com mais um momento embaraçoso garantido para viver na segunda-feira seguinte quando chegasse de mãos vazias à escola (ah... sim... se bem me lembro, a malta decidiu esquecer-se da mochila na escola à sexta-feira... quando havia mais trabalhos-de-casa).
Na altura, aquilo foi muito perturbador, porque - claro - levei um belo de um ralhete em casa, depois passei a vergonhaça já esperada na escola e ainda havia novo ralhete (por não ter feito os trabalhos de casa) reservado à Dona Zulmira*, obviamente.

Mas o que eu nunca pensei é que isso fosse o sinal de algo bem maior que estaria para vir e que ainda hoje sucede com uma facilidade imensa. Eu sou, oficialmente, um... esquecido. Esqueço-me de coisas que tenho para fazer, de onde deixo os mais variados objectos (pá... chaves e óculos escuros são um problema de manhã...) e, acima de tudo, do nome das pessoas.
É um drama. Faço um esforço tremendo mas tentar lembrar-me do nome das pessoas (principalmente, aquelas que só vejo muito de vez em quando) é uma batalha que perco... sempre.
E é triste.

Ou melhor... é triste... para não dizer confrangedor (que o é... que o é...!).

Custa-me acreditar que tudo tenha começado com esse episódio estúpido que vou tentando empurrar lá bem para o fundo do meu cérebro; para aquela parte em que só estão informações tão desnecessárias que nunca as vamos buscar.
No entanto, pode muito bem ser que estes meus esquecimentos mais ou menos quotidianos não passem de uma consequência nefasta desse dia fatídico.
O que eu vos posso garantir é que ainda hoje não uso guarda-chuva pelo simples facto de me recusar a perder... mais um.
Sim... já não têm conta os chapéus que eu deixei esquecidos não sei onde. São tantos que acabei por me decidir a apanhar uns pingos de chuva a mais, aproveitando para poupar uns cobres.

Enfim...

...

Tenho a certeza de que tinha alguma coisa mais para vos dizer...

...mas esqueci-me...

: [

Deixem lá...



= = = = = = = = = =

* - não sei bem se deveria dizer aqui o nome da minha professora primária, mas só o faço em tom de homenagem; bem... ela é que não se deverá sentir muito lisonjeada, sabendo que, todos os dias, um antigo aluno dela escreve balelas sem grande sentido... mas pronto... a minha intenção é boa.

Dona Zulmira, ensinou-me bem! Peço desculpa é de não estar a usar nadinha do que ensinou…


Muito chato é estar "nas lonas"...


É. De facto, é lixado.

Esta altura [do Natal] é propícia a ficarmos mais enrascados com o dinheiro do que o costume.
Prendas aos montes, doces e bebidas para as festas, promoções que não o são... tudo junto, só pode dar numa coisa...!

O mais curioso é a nossa reacção quando vemos só dois algarismos antes da virgula (e dos outros dois algarismos) no talão do MultiBanco da nossa conta à ordem.

E nem sequer estou a falar daquela expressão facial tão característica de quem quer dizer tudo o que é palavrão... mas não pode, porque - a bem dizer - estão muitas pessoas à volta ali perto da máquina também para levantar dinheiro. Essa cara (meio envergonhada, meio furiosa) é só o ponto de partida para o que vem a seguir.
Enfim, como diria um célebre agricultor/técnico de futebol...

«Vocês sabem do que é que eu estou a falar...!»

Pois é.

A malta ainda nem saiu do MB e já vai a pensar «Que é que vai ser da minha vida? Onde é que eu gastei o dinheiro? Vou ter de "apertar o cinto"!...».
E, a partir daí (como se já não bastasse o choque), ainda vem o pior.

Compras no supermercado...

Antes de tudo mais, pegamos no carro e vamos logo para um daqueles supermercados com um nome do género "MaxiDesconto" ou "MicroPreço", a que nunca fomos na vida.

Já lá dentro, andando pelos corredores com o cesto na mão, começamos a pôr de lado quase tudo o que compraríamos normalmente.
Tipo... chega-se à prateleira, pega-se aquele queijo fundido "sem o qual não podemos viver" (pensamento muito comum quando comemos uma sandocha que nos sabe "ao céu") e... volta-se a pôr na prateleira, enquanto se faz beiço (visível ou - algo mais "higt tech" - só... virtualmente; é mais discreto).

De repente, os produtos da marca do supermercado (eu faço sempre caretas a olhar para eles nas prateleiras...) passam a ser os melhores de todo o corredor... e - atenção - em TODOS os corredores!

Damos por nós a comprar mais legumes do que o habitual para fazer mais sopa do que o costume (sim... que é para dar para o resto da semana) e a comprar fruta em promoção («com "um ou dois" toquezitos...», dizem eles; está bem, está...).

Ah... e as Loja's dos Trezentos (realmente, a mudança para o Euro não lhes deu jeito nenhum... Lojas do "Um e Meio"???... Pfff!) passam a ser as maiores fornecedoras dos nossos produtos de limpeza, inclusivamente dos afamados detergentes de marca... "Detergente" (a sério que gosto muito deste pormenor) !...

Enfim... É tão chato estar "nas lonas"...!

Mas, sabem, nem tudo é mau quando isto acontece.
O que é melhor de estar "curto" de dinheiro (para além de, obrigatoriamente, se fazer dieta , o que dá um jeitaço)?...
É, daqui a alguns dias, voltar a ter dinheiro e jurar por todos os santinhos e a pés juntos que «Nunca que NUNCA eu vou beber sumos de laranja da IKE nem comprar cogumelos sem ser da Compal!»...

Yeah... right!...


"NUNCA"... até voltar a ver a porra do talão só com os filhos da mãe dos dois algarismos antes do caraças da virgula.

A P*** da Mancha do Colgate


Já aqui vos disse que todo o período que vai desde o toque do despertador ao momento em que coloco a chave no canhão da ignição do meu carro é um verdadeiro pesadelo, embora a malta já esteja desperta.

O que vos conto a seguir é outra das coisas que me chateia a moleirinha, de tal maneira que o dia, a partir dali, nunca mais pode ser aquele que a gente desejou, quando ainda tinha a "poleira" (leia-se, almofada) debaixo da cabeça.

Se não vos acontece... deixem-me que vos diga... sois os meus heróis!

Um gajo levanta-se e lá vai levar a chapada da água fria; recupera penosamente e termina a 1ª parte da higiene matinal; segue-se a escolha da roupa (por vezes, com o extra de ter de passar alguma peça a ferro - gajo solteiro nunca tem roupa engomada...) e o pequeno almoço (ainda com dificuldade em ver as torradas, por causa dos olhos estarem cerrados a cerca de 85%).
Por fim, a malta pensa em pegar as chaves do carro (quando as consegue encontrar...), os óculos escuros (mesmo que o tempo esteja escuro, sem qualquer pontinha de sol) e sair.

Eis quando, depois de todo este trabalho, se faz a última passagem/paragem na casa-de-banho, para a lavagem da dentola. (por essa altura, a reacção à água fria já não é tão "$#ª&{=*§!]#£!!!"...)

Escova-escova, prá frente-pra trás-prá direita-prá esquerda, por cima, de lado, por baixo... COSPE!!!!... Escova mais... prá frente-pra trás-prá direita-prá esquerda, por cima, de lado, por baixo... COSPE!!!!... Bochecha... Gargareja (opcional)... COSPE!!!... Pronto... Limpa a boca...
(não se entusiasmem... estava mesmo a falar de escovar os dentes...)

... MAS QUE RAIO!?!...

De onde vem aquela pinta meio azulada na camisa?!?
O filho-da-mãe do Colgate decidiu lixar-me o meu esforço matinal todo... num segundo!
É que aquela porra seca num'stante e, sair...? 'tá bem, abelha!...

Nem com água, nem com escovinha, nem com detergente... nada!

E um gajo já está atrasado...
Porra! Lá vou eu ter de dar a desculpa dos GNR's a cavalo outra vez...
Mas nessa eles não acreditaram...

Volta tudo à estaca zero!
Procura nova camisa... não há nada engomado... Porra!..
Não há tempo para passar a ferro...
Procura uma camisola... tudo enesgado... Porra!!!!
AH! Está ali uma!!! Em cima da cadeira!...

... MAS TEM UMA MANCHA TAMBÉM!!!...

É a camisola que pus aqui, no outro dia,... depois de lavar os dentes...

...NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOO!!!!!....

Quem pôs o arroz na morcela?


Há coisas que, se não me matam de confusão, no mínimo, causam-me uma "comichão mental" desgraçada.

Passa-se o seguinte.

Há uns tempos (não se iludam... não foi há dois dias, já foi há uma "porrada" de anos atrás) descobri que um gajo qualquer se lembrou de pôr arroz nas morcelas, pensando que estava a fazer uma daquelas coisas acertadas que permitem à malta ter um busto no meio da praça principal de uma vila do interior.

Ora, eu não tenho grandes dúvidas que o indivíduo não só não é digno de um busto em bronze, como pode ser classificado com um perfeito anormalóide.
Quem lhe disse a ele que era uma ideia luminosa cozer arroz e juntá-lo na sagrada amálgama de sangue e carne que constitui o (até ali intocável) recheio da morcela?
É parvo... É muito parvo.

É certo que há gente que se digna a "ratificar" esta lamentável anomalia culinária, consumindo e até (valha-me Deus...) apreciando esta aberração que - espero (nunca me dei ao trabalho de confirmar... e até tenho receio de o fazer) - não venha nessa autêntica "bíblia" que é livro do Mestre Cozinheiro.

Amigos... há coisas que devem permanecer puras e intocáveis... como a morcela (sem arroz, claro).
Que seria do nosso mundo se toda a gente se torna-se "artista" ao ponto de espalhar a porra da criatividade sobre as mais respeitadas "instituições" existentes no domínio dos pratos raso e fundo.

Estou a exagerar? Eu, cá, acho que não.
Não vos faria confusão... sei lá... bolo de chocolate com fruta cristalizada?
Vêem?... É disto que eu estou a falar.
Da verdadeira heresia que é pôr ingredientes onde, simplesmente, não são necessários.
E vocês eram capazes de admitir que isso chegasse ao Mestre Cozinheiro?
Ah pois é...! Isso é que era bonito!...

Que existam coisas como Cozido à Portuguesa, em que todo e qualquer ingrediente é tão necessário como dispensável... tudo muito bem (e reforço... tudo muito bem, MESMO!...).
Agora, haver "iluminados" que se põem a inventar... com a morcela...?
Pá... give me a break...!

Enfim, é só um desabafo... mas tinha de pôr isto cá para fora.
(mas depois de me ter saído com o sacrilégio do choco-cake com fruta cristalizada azul...

...só há uma saída; a de sempre: terapia)

PS: Se, por acaso, também têm ódios de estimação a alguma imbecilidade feita com um dos vossos pratos favoritos, manifestem-se. Digam de vossa justiça e quem sabe a gente não se junta para levar uma petição (juntamente com um imaculado Mestre Cozinheiro, claro) às mais altas instâncias do país... caso elas não estejam ocupadas a ser demitidas e assim.


O "bedum"

(ou "bodum")


Nota prévia:

Segundo o Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora (os senhores até têm um bom serviço on-line... merecem a publicidade)...

bodum: substantivo masculino; cheiro característico do bode não castrado; cheiro e sabor do sebo, na carne de carneiro; cheiro enjoativo da louça mal lavada; transpiração desagradável de alguém; de "bode+ -um".

Na minha terra diz-se "bedum" e será assim - de forma insensata, como sempre - que eu me vou referir ao dito, nas próximas linhas.
Se não gostarem da insolência do uso da forma popular... paciência. Eu vou usá-la na mesma.

= = = = = = = = = =

É daquelas coisas que a malta ouve na rua e, inexplicavelmente, dá que pensar (principalmente, a quem não tem rigorosamente nada mais interessante para fazer, claro).

«Pôrra! Que bedum!!!...»

Uma frase popularucha dita por alguém que - adivinha-se - sentiu um odor que não foi assim da sua maior preferência. Já não me lembro onde foi que a ouvi (mas presumo que fosse junto a uma sarjeta, daquelas bem infectas, que proliferam pelas nossas cidades). Seja como fôr, pôs-me a pensar.

Pôs-me a pensar que, de facto, se há coisa que - de forma unânime - nos incomoda muito e com grande facilidade, o chamado bedum (também conhecido por pivete, fedor, ou - mais recentemente - "smell"... inglesices...) está no topo dessa lista.
Quem de nós já não susteve a respiração até ficar roxo, fez uma carantonha digna de uma máscara carnavalesca do Frankenstein ou simplesmente fez aquele gesto de abanar a mão à frente do nariz (como se isso afastasse, por exemplo, os efeitos de um gás rectal daqueles... cáusticos ou - pior - "feijonianos")?...
Quem disser «Eu!» está a mentir; por isso, escusam de pensar nisso sequer...

É uma verdade universal. Detestamos mau(s) cheiro(s) e reagimos (muito) mal a isso. Ponto final.

E são tantos os... beduns que por aí andam...!
Basta ler a definição do dicionário. Bem... aquela cena da carne, do sebo e, principalmente, do bode não castrado não sei... e sinceramente... também não estou curioso por aí além...
Mas as outras duas, são bons exemplos.

De «cheiro enjoativo da louça mal lavada» (ou por lavar) sei eu - aliás, sou um perito na matéria -, mas mais não vou acrescentar; acho que dá para se perceber só assim.
Dá?... 'Brigad'sss!

Já no campo do bedum da transpiração alheia somos TODOS verdadeiros especialistas.
E até há sítios "de culto" para a constatação desta (dura) realidade. O bel do trasnporte público.

Saudosas (ou não... ou não...) viagens nos tróleis, autocarros, carreiras e comboios, que se tornavam intermináveis (embora não demorassem mais de 10-15 minutos) porque - todos apertadinhos, em hora de ponta - tínhamos de partilhar o "perfume" daquele senhor que tinha corrido desalmadamente para ainda poder entrar, do gajo que ainda vinha vermelhão do jogo da bola que tinha feito (sem direito a duche no final) ou até daquela velhota (acho que há sempre uma...) que aproveita para andar todo o dia às voltas pela cidade, fazendo do autocarro uma espécie de "lar-de-dia".
Um pavor só, tenho a dizer-vos; mas acho que todos temos histórias dessas.

E nesses "breves-longos" minutos, tudo vale (careta, mãozinha, respiração em modo "off" ou até em modo "Aguenta!!!!"... que é mais violento, com a malta a ficar mesmo já a "caminhar" para o roxo).

Mas atenção!!!! Vale tudo... menos sair na próxima paragem.
Sim... porque quem sai... fica sempre mal visto.
Uns pensam «C**rão!... Ele safa-se e a gente fica cá a aturar o fedor!»; os outros... «Pffff! Fracalhote!...».
Convenhamos... Não há vitória possível.

Por isso, aguentem-se, rapazes e raparigas!... Ops! Desculpem...
Por isso, aguentem-se, insensatos e insensatas!
(ou ainda, na versão politiqueira, "insensatas e insensatos")

= = = = = = = = = =

Por hoje, vou ficar por aqui, com a consciência de que o tema ficou a meio.
Falta falar, por exemplo, do bedum que deixamos ou encontramos numa casa-de-banho (com luz temporizada ou nem por isso).
Mas, como devem perceber, terei de dedicar um espaço unicamente a esse "insenso" para qual o... incenso até pode ser uma possível solução.
Até lá... bons aromas e poucos beduns!

Do vosso, Ka.

Que bosta de engarrafamento!...


Há uns dias atrás, vi-me "preso" numa fila de trânsito.
Nada mais normal, para quem vive numa cidade.
Mas este engarrafamento estava longe de ser normal, embora eu ainda não soubesse porquê.

Primeiro, estranhei que ninguém estivesse a buzinar e, depois, o facto de a fila não estar propriamente parada, mas sim em andamento constante de para aí 2 a 3 km/h.
Não deu para ver bem já que, no meu conta-quilómetros, se o meu carro vai a menos de 10 km/h, é como se estivesse simplesmente... parado. Carrinho bom... :-)

Mas tanto uma dúvida como a outra dissiparam-se quando decidi esticar o meu pescoço um pouco mais do que o costume (acho que à minha frente estava uma senhora que já ia a esticar o pescoço assim há um bom bocado... para - claro! - não borratar o baton... coisa de gaja...).
A fila de trânsito (que já ia com uns duzentos metros) estava a ser provocada... por uma patrulha a cavalo de GNR!...

...QUÊÊÊÊ?!?!?

Verdade! Dois guardas da GNR passeavam-se calmamente por uma das ruas mais movimentadas da cidade... às 9 da manhã!!!!

Achei fantástico. Simplesmente fantástico! A sério!...

Antes de tudo mais, porque pela primeira vez, poderia culpar as autoridades pelo meu crónico atraso (embora - no fundo, no fundo - eu não acreditasse muito que isso fosse "pegar"), mas acima de tudo pelo potencial de insenso que toda aquela situação encerrava.
Mas vamos por partes.

Autoridades a patrulharem as ruas da cidade... a cavalo??? Onde já se viu???
Já não falando no factor "humano" dos cascos dos pobres animais estarem a pisar o muito irregular empedrado de que a via em causa é feita...
Que tipo de crime se pode combater a cavalo numa cidade?
Será que a GNR está à espera de que uma diligência seja assaltada por uma gang de pistoleiros que fogem galopando por entre os Fiat's, os Renault's e as scooter's, em direcção ao horizonte onde o sol se põe com aquele tom alaranjado?...
Não pode!!! 9 da manhã, meus senhores! N-O-V-E da MA-TI-NA!!!
Ah... e estamos no Inverno, o que reduz em muito a probabilidade da cena do tal pôr-do-sol.
E, já agora, não há ladrão que use outros cavalos num assalto que não os de um Honda ou de um Lancia bem potente, meus caros! E esses, os vossos potros crescidinhos não apanham.

Mas ainda há mais!... Então e a chamada defecação do animal? Como é?
Vai para o chão, pois está claro.
É certo que a bosta cavalar é biodegradável (como de resto, toda a bosta.. ou quase toda), mas se o senhor guarda não levanta o rabinho da sela para ir pegar a "prendinha" do animal (com um saquinho que havia de ter trazido do quartel, claro), que autoridade há para obrigar a malta que passeia o Jack (vulgo, cão ou canídeo) a fazer isso?
Bom... sempre pode haver o argumento da bosta do cavalo poder servir como fertilizante, mas eu tenho cá uma desconfiança que não fará grande falta numa estrada de asfalto ou paralelo (como aquela).

A verdade é que o meu atraso fui muito maior do que o habitual, a desculpa das autoridades a bloquear o trânsito (como se esperava) não vingou, fiquei mal visto por acharem que eu estava a tentar fazer toda a gente passar por parva («Onde é que já se viu isso, pá? Inventa outra!...») e os GNR's não apanharam ninguém... PORQUE NÃO HAVIA NINGUÉM PARA APANHAR!!!

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O Tamanho conta? Só se for 30cm!


Pediram-me que desse "uma volta" a saber preços de árvores de natal. E eu... «Ok!»
(não que, normalmente, eu seja assim tão facilmente convencido, mas desta vez lá aconteceu...)

O alvo da pesquisa era, então, uma árvore que fosse de plástico e mais alta do que 1.20m ou 1.50m. E foi logo aqui que a coisa começou a fazer-me alguma confusão, já que as medidas seguintes eram 1.80m, 2.10m e 2.40m, sendo que imediatamente abaixo do 1.20m só há (que eu tenha visto) um tamanho de árvore de natal, 90cm.

Desde logo, reparei naquilo que chamei "Padrão 30" (eu gosto de dar nomes parvos a tudo... tenho um saco de desporto chamado João!... sério!). Ou seja, a árvore natalícia existe em tamanhos de 30 em 30 centímetros.
Mas... porquê?!?
É um valor convencionado? E, se sim, quem é que convenciona uma coisas dessas?!?
Aliás... COMO é que se convenciona uma coisas dessas?!?

Deixem-me adivinhar... os governos de todos os países nomeiam um alto-representante (com um currículo daqueles de 27 páginas... sem contar com os anexos) e enviam-no para um evento mundial (assim tipo reunião das Nações Unidas) SÓ para discutir a questão que agita o mundo:
O Tamanho Da Árvore Do Natal.
Sim; porque sem isso determinado... o planeta não seria assim, tal qual o conhecemos. MEDO!!!...

Agora a sério (ou não!... ou não!)....
Não consigo perceber qual é a cena de se impor tamanhos a estas coisas.

Já estou a imaginar...
Neste momento, as insensatas que lêem este texto dizem que acham lógico, porque... «o tamanho conta», claro; enquanto que os insensatos não vêem piaducha nenhuma e advogam que «não interessa o tamanho, mas sim a forma como é enfeitada», ou algo do género.
Estarei errado?...

Isto dos tamanhos de 30 em 30cm tem-me dado tanto que pensar (a sério que tem) que um dia destes dei comigo a ter (mais) um daqueles raciocínios (às vezes acho que não passam mesmo de delírios - como este -, mas enfim...) de puro "insenso".
Sendo que também reparei - na minha "volta" pelos DeBorla's, Continente's, Babous's, Modelo's, Lidl's, Lojas dos Trezentos's, Mestre Maco's, entre outros (sim.. eu sou um gajo masoquista...) - que estes arbustos plastificados que simbolizam o natal são TODOS feitos no oriente (China e Taiwan, acima de tudo), pus-me a imaginar como seria o processo de fabrico da coisa.

Pronto... esqueçam lá que o plástico não cresce...
Não era giro se as árvores de natal fossem criadas em grandes estufas guardadas por UM gajo, que come, dorme e vive (enfim) lá dentro, à espera de que as árvores cheguem aos 90cm, 1.20m, 1.50m, 1.80m... e "Zááás!..." corta-as logo que chegue a um destes tamanhos?
É certo que as outras seguintes (2.10m, 2.40m e por aí além) já seriam mais complicadas, principalmente para um oriental... mas pronto.
Aliás, esse processo - se assim fosse - seria tão meticuloso que, mesmo que o gajo não os tivesse, ficava com os olhos em bico.

Ok... é parvo. E eu sei disso. Mas quis partilhar esta minha inquietação convosco. Que é para verem que, para mim, até andar às compras (ou só a saber preços de árvores de natal) se torna numa missão muito complicada.

Mas, de compras (ou melhor, das compras dos outros), talvez vos fale em breve.



Ah!... O título induziu a malta em erro?...
Azar!...
:-)

A PIOR das Frases de Engate


Confesso que, até uma amiga minha me ter alertado para o facto, nunca tinha conta deste estranho facto. Especialmente porque grande parte de nós conhece imensas músicas estrangeiras, até as cantarola (com letrinha na "ponta da língua" e tudo) e raramente se apercebe das palavras que compõem o "poema" (já vão perceber estar aspas aqui) da música x ou y.

Atente-se nas primeiríssimas palavras da letra do tema "(Sexual) Healing", de Marvin Gaye (uma das maiores referências da música romântica de sempre)...

Ooh, now let's get down tonight
Baby I'm hot just like an oven
I need some lovin'

Eu nem quero saber dos outros dois versos...
«Baby I'm hot just like an oven»?!?!?!?!?!?!
(Querida, eu estou quente que nem um forno?!?!?!?!?)

Esta só pode ser a pior frase de engate alguma vez criada e dita por alguém...
quanto mais cantada...!

Nem o mais "barrasco" dos piropos desses nossos grandes embaixadores da boa educação, que são os trabalhadores da construção civil, se assemelha ou aproxima à mega-dimensão deste «estou quente que nem um forno». Fantástico!...

Bom... pirosa ou não, esta letra do Marvin Gaye denota um grande esforço (vamos supor que é um esforço nobre) do artista em manter-se na linha da frente da música romântica dos finais dos anos 70. Aliás, dele são alguns dos temas que mais fizeram palpitar a veiazinha que pulula quando dois seres humanos se aproximam com a musiquinha da curtição a tocar em fundo.
Em mim, essa veia não é muito visível, mas relatos há de gente que já viu veias pulando que nem doidas em testas, mãos, pescoços e outras partes afins, que agora não interessam porra nenhuma.

Mas o esforço do Marvin Gaye em ser um símbolo do romantismo, com várias músicas dedicadas ao sexo oposto tem o seu quê que merece uns segundos de dúvida e procura de uma resposta para essa mesma dúvida.
Será que tudo não se terá devido a um trauma de problema de identidade?

Eu imagino o que seria, desde miúdo, o (futuro) artista ouvir frases como estas:
- Pá... Viste o Marvin?
- Que Marvin?
- O Gay(e)!

Ao que ele responde, em intenso dilema mental:
- Mas eu não sou gay...! Como é que eu descalço esta bota? É que se fosse... pá... tudo bem. Mas não sou. Então e se eu me tornasse numa estrela pop, com montes de músicas dedicadas a gajas e tal?... Boa!

Chegar ao estrelato, o Marvin Gaye... chegou.
Mas algures nesse percurso, o processo criativo deve ter andado um bocado em baixo e a consequencia foi (mais do que visível) audível...

«Baby I'm hot just like an oven»?!?!?!?!?!?!

A sério que não entendo... como é que uma miúda se pode sentir atraída por um gajo que apregoa sentir-se como um encastrável da Teka...?



PS: ;-) , M.